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1. (Ufpe 2012) O trabalho escravo garantia a colonização, mesmo que atingisse a dignidade
humana e se chocasse com os princípios da religião católica romana, uma das instituições
articuladoras da ocupação das terras americanas. No Brasil colonial, o trabalho escravo:
( ) foi usado nas plantações de cana de açúcar, mas recebeu a condenação dos holandeses
no período de suas invasões às terras pernambucanas.
( ) definiu a identidade cultural da sociedade da época, sendo aceito, pelos nativos, sem
resistência, em todas as atividades econômicas da colônia.
( ) contou com a participação de comerciantes europeus nas conexões com a África,
favorecendo os países poderosos, como a Inglaterra.
( ) estendeu-se pela região sudeste, mas não participou, com destaque, da exploração do
ouro, devido à falta de preparo técnico dos trabalhadores.
( ) conseguiu fixar-se na monocultura, com presença marcante na produção do açúcar, o
que não o impediu de existir, embora com menos intensidade, nas vilas e cidades da
colônia.
2. (Ufpe 2012) A presença dos holandeses foi marcante na história dos tempos coloniais. De
fato, os holandeses possuíam grande poder de investimento e tinham rivalidades com outras
nações da Europa. No Brasil, a presença holandesa em terras pernambucanas:
( ) deu-se, apenas, devido às rivalidades religiosas existentes entre católicos e protestantes,
responsáveis por guerras contínuas e influentes na gestão das terras americanas.
( ) favoreceu o crescimento da produção açucareira, afastou a Espanha de Portugal e trouxe
vantagens para as relações políticas com a democracia.
( ) movimentou o mercado internacional do açúcar, alterou relações diplomáticas e trouxe
novas práticas sociais.
( ) derrubou os preconceitos contra a mão de obra escrava e recuperou Pernambuco da
forte crise econômica que atravessava.
( ) trouxe novos hábitos para a colônia, com a vinda das ideias renascentistas, embora não
tenha consolidado a aceitação da religião protestante na sociedade da época.
3. (Unicamp 2011) Uma análise das lutas suscitadas pela ocupação holandesa no Brasil pode
ajudar a desconstruir ideias feitas. Uma tese tradicional diz respeito ao reforço da identidade
brasileira durante as lutas com os holandeses: a luta pela expulsão dos holandeses seria obra
muito mais dos brasileiros e negros do que dos portugueses. Já a tese que critica essa
associação entre a experiência da dominação holandesa e a gênese de um sentimento
nativista insiste nas divisões – no âmbito da economia açucareira – entre senhores de engenho
excluídos ou favorecidos pela ocupação holandesa.
(Adaptado de Diogo Ramada Curto, Cultura imperial e projetos coloniais (séculos XV a XVIII).
Campinas: Editora da Unicamp, 2009, p. 278.)
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Essas duas estátuas representam bandeirantes paulistas do século XVII e trazem conteúdos
de uma mitologia criada em torno desses personagens históricos.
a) Caracterize a mitologia construída em torno dos bandeirantes paulistas.
b) Indique dois aspectos da atuação dos bandeirantes que, em geral, são omitidos por essa
mitologia.
Alberto Manguel. Uma história da leitura. (Trad. Pedro Maia Soares). São Paulo: Companhia
das Letras, 1997, p. 312-15 (com adaptações).
Em Salvador, na rebelião conhecida como a Revolta dos Malês — confronto sangrento entre
escravos africanos seguidores do islamismo e tropas do governo brasileiro —, destaca-se o
fato de muitos revoltosos estarem aptos para ler e escrever no idioma árabe, o que contribuiu
para a preparação da insurreição.
7. (Fuvest 2010) O texto (I) e a imagem (II) a seguir foram produzidos por viajantes europeus
que estiveram no Brasil na primeira metade do século XIX e procuraram retratar aspectos da
sociedade que aqui encontraram.
I: “Como em todas as lojas, o mercador se posta por trás de um balcão voltado para a porta, e
é sobre ele que distribui aos bebedores a aguardente chamada cachaça, cujo sabor
detestável tem algo de cobre e fumaça.”
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II:
a) fontes de energia.
b) processos de industrialização.
c) vida urbana.
8. (Enem 2ª aplicação 2010) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso,
não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse
franceses, para viverem em igualdade e abundância”.
O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse
movimento se diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos no Brasil por
a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade, conforme proposto nos
movimentos liberais da França napoleônica.
b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários
ingleses na luta contra o absolutismo monárquico.
c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos Estados Unidos, sem alterar
a ordem socioeconômica escravista e latifundiária.
d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolução
Francesa, propondo o sistema censitário de votação.
e) defender um governo democrático que garantisse a participação política das camadas
populares, influenciado pelo ideário da Revolução Francesa.
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10. (Upe 2009) Com a Abdicação de D. Pedro I, romperam-se os elos entre Brasil e Portugal.
Consolidou-se, assim, o poder dos latifundiários, os quais conseguiram moldar uma monarquia
liberal-escravista de acordo com seus interesses e expectativas. Nessa perspectiva, é correto
afirmar.
( ) A Abdicação foi resultado de um conflito que vinha de antes da Independência, o conflito
entre lusitanismo e a classe dominante nacional.
( ) Para a classe dominante nacional, o absolutismo de D. Pedro I representava a garantia
da manutenção de uma ordem que ajustava os seus principais interesses.
( ) Economicamente, o Brasil vivia um longo hiato intercíclico, não havendo nenhum produto
de exportação que se salientasse.
( ) A Abdicação de D. Pedro I deve ser vista, exclusivamente, pela sua motivação em
favorecer sua filha D. Maria da Glória.
( ) A monarquia logrou impor o centralismo unitarista acima de federalismo, criando uma
unidade nacional.
11. (Ufsc 2009) "A fuga da família real portuguesa para o Brasil abriu o único período na
história em que um império colonial foi governado de fora da Europa. Em 1807, sob forte
pressão britânica e com o imperador francês Napoleão Bonaparte expandindo seu poder pelo
continente, Dom João 6º [sic], então príncipe regente de Portugal, decide transferir a sede do
reino para o Rio de Janeiro. Apesar de planejada e debatida por muito tempo, a mudança se
deu de modo atabalhoado e às pressas. Nem todos os que deveriam viajar conseguiram
embarcar, e o mesmo aconteceu com parte da bagagem, incluindo os livros da biblioteca real,
abandonados em caixotes. Quando a frota portuguesa partiu, amparada por navios ingleses, as
tropas do general francês Junot se aproximavam de Lisboa."
COLOMBO, Sylvia. Confronto e Calmaria. "Folha de São Paulo", São Paulo, 2 mar. 2008.
Especial, p. 2.
Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a história ibérica, assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S).
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01) O deslocamento da Família Real de Lisboa para o Brasil, em 1808, foi provocado pelas
ameaças de invasão militar dos ingleses e a ingenuidade política do rei D. João VI, que
assumiu o poder após a morte de sua mãe, D. Maria, a Louca.
02) A instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, transformou o Brasil no único
exemplo da história ocidental em que um império colonial foi governado de fora da Europa.
04) Durante o século XIX, pressionado pelos ingleses e com a invasão dos seus territórios
pelas tropas francesas, o rei da Espanha decidiu seguir o exemplo de D. João VI e
transferiu a sede do governo para Buenos Aires.
08) A viagem da corte portuguesa para o Brasil foi planejada desde 1807 e permitiu um
transcurso direto, rápido e tranquilo até o Rio de Janeiro, cidade que dispunha de
alojamentos suficientes para hospedar um número superior a 10 mil nobres lusitanos.
16) A transferência da sede administrativa do reino português para o Rio de Janeiro exigiu a
criação de instituições como o Banco do Brasil, a Imprensa Real e a Academia Militar.
32) Instalados no Rio de Janeiro, os nobres portugueses conviveram com epidemias de malária
e ataques de pulgas e piolhos. A princesa Carlota Joaquina perdeu a vida ao contrair
dengue hemorrágico, frustrando seu projeto de invasão da Argentina.
12. (Ufsc 2009) "Se edificámos com eles as suas igrejas [...], eles servem a Deus e a si, nós
servimos a Deus e a eles; mas não eles a nós. Se nos vêm buscar em uma canoa [...], para os
ir doutrinar por seu turno, ou para ir sacramentar os enfermos a qualquer hora do dia ou da
noite, em distância de trinta, de quarenta, e de sessenta léguas, não nos vêm eles servir a nós,
nós somos os que os imos servir a eles." [sic]
VIEIRA, António. "Obras completas do Padre António Vieira: Sermões". Porto: Lello & Irmão,
1959. p. 39.
Durante o ano de 2008, celebram-se os 400 anos do nascimento do padre Antônio Vieira,
missionário jesuíta, pregador renomado e autor do fragmento anteriormente citado. Sobre o
padre Antônio Vieira e a atuação dos jesuítas na América, é CORRETO afirmar que:
01) Os missionários jesuítas, entre eles José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Antônio Vieira,
atuaram no Brasil, na tentativa de converter os povos indígenas ao Catolicismo.
02) Os Aldeamentos e Reduções foram criados pelos missionários jesuítas no Brasil, Paraguai
e Argentina, como tentativas de escravização das comunidades indígenas.
04) A autonomia administrativa permitida aos jesuítas pelas autoridades da Espanha e de
Portugal possibilitou aos grupos aldeados e às Reduções um desenvolvimento pacífico e
harmonioso até o século XX.
08) Na América do Sul os jesuítas fundaram Aldeamentos, Reduções e Escolas, nos quais
pretendiam educar os colonos e convencer os povos indígenas que a aceitação pacífica do
trabalho escravo os tornaria dignos do Céu.
16) Nas Reduções e Aldeamentos do Paraguai e do Brasil, além da evangelização, os jesuítas
organizavam atividades artísticas, como a música e o teatro.
32) O padre Antônio Vieira, além de dedicar-se às atividades missionárias, atuou como
pregador e publicou extensa obra, com destaque para os "Sermões", que reúnem as suas
pregações.
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13. (Ufsc 2007) "Estávamos na horta da minha casa, e o preto andava em serviço;
chegou-se a nós e esperou.
Mostrei outro, mais outro, e ainda outro, este Pedro, aquele José, aquele outro
Damião...
Com efeito, eram diferentes letras, e só então reparei nisto; apontei ainda outros
escravos, alguns com os mesmos nomes, distinguindo-se por um apelido, ou da pessoa, como
João Fulo, Maria Gorda, ou de nação como Pedro Benguela, Antônio Moçambique...
- Não, alguns andam ganhando na rua, outros estão alugados. Não era possível ter
todos em casa. Nem são todos os da roça; a maior parte ficou lá.
- Não sei, mas parece. Mamãe tem outras casas maiores que esta; diz porém que há
de morrer aqui. As outras estão alugadas. Algumas são bem grandes, como a da Rua da
Quitanda..."
ASSIS, Machado de. "Dom Casmurro". São Paulo: FTD, 1991, p. 145.
01) a presença dos escravos no Brasil Imperial podia ser percebida em diferentes atividades,
desde os trabalhos nas lavouras até serviços domésticos nas casas de fazenda e centros
urbanos.
02) os escravos eram trazidos da África, provenientes de uma única região. Isto facilitou a
socialização entre os grupos de escravos trazidos ao Brasil.
04) a submissão ao senhor latifundiário era incontestada. Prova disso é a inexistência de fontes
históricas que provem a resistência dos escravos às péssimas condições de vida às quais
eram submetidos.
08) a concentração da propriedade nas mãos de poucos foi uma característica do período de
escravidão no Brasil. Um grande proprietário de terras também podia possuir imóveis
urbanos que contribuíam em muito para o aumento de sua riqueza.
16) a extinção da escravidão garantiu melhores condições de vida aos africanos e seus
descendentes, uma vez que a eles eram garantidas as vagas nas indústrias emergentes no
Brasil.
32) durante o período de introdução da cultura cafeeira no Brasil, o trabalho escravo já não era
mais utilizado.
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14. (Ufpr 2004) A grande pobreza e a produção agrícola voltada para o mercado interno
marcaram o processo de formação da capitania de São Vicente. É nesse quadro que se
observam, ao longo do século XVII, algumas características daquela sociedade, bem como as
marcas de sua expansão em direção ao sul, ao centro-oeste e ao extremo norte do Brasil
colonial. Assim, pois, fez(fizeram) parte desse processo:
01) A formação do bandeirantismo, ou das bandeiras, as quais consistiam em adentrar-se
pelas matas para capturar índios, sobretudo guaranis, para convertê-los em escravos. As
bandeiras contavam com grupos de dezenas e até centenas de pessoas.
02) A incorporação de enormes contingentes de escravos africanos para o trabalho nas
lavouras do planalto, transportados aos campos de Piratininga através do Caminho do Mar.
04) A dedicação à busca de metais e pedras preciosas, o que leva à criação de vilas como
Iguape, no litoral sul do atual estado de São Paulo, e Paranaguá, no atual estado do
Paraná. Nessas localidades, verificou-se um breve surto de mineração que ocasionou a
formação das "faiscações", isto é, de empreendimentos voltados para a procura de faíscas
de ouro.
08) A necessidade de enfrentar longas distâncias com o objetivo de capturar índios para o
trabalho na lavoura comercial do planalto paulista. É o que nos permite compreender a
ampla presença de paulistas na região do Guairá, no atual estado do Paraná, bem como os
deslocamentos até a região do Araguaia e mesmo até Belém, como se verificou com a
bandeira comandada por Raposo Tavares.
16) A resistência aos ataques promovidos pelos paulistas às missões jesuíticas, a qual implicou
a remoção das missões restantes para a região onde hoje se encontra o Uruguai e a
constituição de grupos de guerreiros indígenas.
15. (Enem 2001) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma peça para teatro
chamada "Calabar", pondo em dúvida a reputação de traidor que foi atribuída a Calabar,
pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invasão do Nordeste brasileiro, em
1632.
- Calabar traiu o Brasil que ainda não existia? Traiu Portugal, nação que explorava a colônia
onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade escravista e discriminatória,
traiu a elite branca?
Texto I:
"... dos males que causou à Pátria, a História, a inflexível História, lhe chamará infiel, desertor e
traidor, por todos os séculos"
Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JÚNIOR, A. Do Recôncavo aos Guararapes. Rio
de Janeiro: Bibliex, 1949.
Texto II
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e) A peça questiona a validade da reputação de traidor que o texto I atribui a Calabar, enquanto
o texto II descreve ações positivas e negativas dessa personagem.
16. (Ufpr 1999) Sobre as rebeliões ocorridas no Brasil, durante o período colonial, é correto
afirmar:
01) A Revolta de Beckmann (1684), no Maranhão, pode ser considerada a primeira rebelião de
cunho social no país, pois, com o apoio dos jesuítas, uniu brancos, escravos negros e
índios contra os desmandos da Coroa Lusitana.
02) A Guerra dos Emboabas (1707-1709), em Minas Gerais, é considerada precursora dos
ideais da Inconfidência Mineira, pois sua liderança tentava unir mineradores paulistas e
portugueses na luta contra a espoliação da riqueza aurífera pela Metrópole.
04) A Guerra dos Mascates (1710-1712), ocorrida em Pernambuco, não pode ser entendida
como uma revolta contra o jugo colonial, pois ela foi motivada, principalmente, por causa da
disputa pelo controle econômico e político local entre comerciantes do Recife e senhores
de engenho de Olinda.
08) A Inconfidência Mineira (1789) teve maior conotação colonial do que social, porque foi
movimento de reação dos colonos contra as pressões exercidas pela Metrópole, e porque o
objetivo principal de sua liderança era obter a separação política do Brasil de Portugal.
16) A Conjuração Baiana (1798) teve maior conotação social do que colonial, porque sua
liderança não propunha a separação política, além de defender a Monarquia Portuguesa.
17. (Uece 1996) "A armada de Martim Afonso de Sousa, que deveria deixar Lisboa a 3 de
dezembro de 1531, vinha com poderes extensíssimos, se comparados aos das expedições
anteriores, mas tinha como finalidade principal desenvolver a exploração e limpeza da costa,
infestada, ainda e cada vez mais, pela atividade dos comerciantes intrusos."
(HOLANDA, Sérgio Buarque de. "As Primeiras Expedições." in: HOLANDA, Sérgio Buarque de.
(org) HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA. Tomo I, Volume 1. São Paulo: DIFEL,
1960. p. 93.)
Com base nesta citação, assinale a alternativa que indica corretamente os principais objetivos
das primeiras expedições portuguesas às novas terras descobertas na América:
a) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e combater os holandeses instalados em
Pernambuco
b) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e expulsar
os invasores estrangeiros
c) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e
escravizar os indígenas
d) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores franceses
na Bahia
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19. (Ufba 1996) A análise da ilustração e os conhecimentos sobre o Brasil colonial permitem
afirmar:
01) No referido período histórico, a população colonial gozava dos mesmos direitos de
cidadania concedidos à população metropolitana.
02) A parte inferior da ilustração representa o enraizamento de ideias anticoloniais e
antimonopolistas em setores ilustrados e populares do Brasil colonial.
04) Os movimentos de Beckman, Maneta e Vila Rica não podem ser incluídos na
representação, por terem eles se constituído episódios que se limitavam a contestar
aspectos específicos da dominação colonial.
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08) A parte superior da ilustração significa a sobrevivência dos ideais presentes nos
movimentos anticoloniais, abrindo espaço para a independência e a construção do Estado
Nacional.
16) Os movimentos anticoloniais do século XVII, à semelhança dos indicados na figura,
buscavam a consolidação da unidade nacional.
32) Os movimentos indicados na representação assemelham-se, no que se refere à categoria
social dos seus componentes, aos fundamentos ideológicos, aos planos de ação e
divulgação e às propostas econômicas, políticas e sociais.
perjúrios do Imperador,
ou engano em adotarmos
em sua origem,
partes componentes...
idêntico;
desprezemos
instituições oligárquicas,
só cabidas na
encanecida Europa."
Com base no texto anterior e nos conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil,
pode-se afirmar:
01) A "negra perfídia" e os "perjúrios do Imperador" referidos no Manifesto demonstram o
desagrado dos brasileiros para com as atitudes autoritárias tomadas por D. Pedro I, após a
dissolução da Assembleia Constituinte.
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02) O movimento revolucionário pernambucano que criticou o centralismo político imposto pela
primeira Constituição pretendia reunir as províncias do Nordeste num governo republicano
e federativo.
04) O "sistema de governo defeituoso em sua origem" decorreu da participação dos deputados
brasileiros nas Cortes Constituintes de Lisboa e consequente aprovação de uma única
constituição para o Reino Unido.
08) O sistema de governo mencionado no texto foi considerado pelos manifestantes "mais
defeituoso em suas partes componentes", porque estabelecia eleições baseadas no
sufrágio universal e igualdade entre os três poderes.
16) A reação conservadora e aristocrática vivida pela Europa, após a derrota de Napoleão
Bonaparte, foi contestada peIa onda revolucionária liberal de 1830, que se refletiu no Brasil,
através das críticas ao centralismo e autoritarismo de D. Pedro I.
32) A onda revolucionária liberal europeia de 1848 refletiu-se no Brasil, através da vigência dos
princípios federalistas estabelecidos com a maioridade de D. Pedro II.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
F - F - V - F - V.
Resposta da questão 2:
F - F - V - F - V.
O domínio holandês na região de Pernambuco foi fruto de uma ação militar da empresa WIC,
interessada nos lucros provenientes da produção açucareira. Apesar de predominantemente
calvinistas, os holandeses não tentaram impor sua religião e, ao contrário, principalmente
durante o governo de Nassau, foram tolerantes com as manifestações religiosas de outros
grupos. A presença de cientistas e artistas na região fortaleceu o maior conhecimento sobre a
colônia e permitiu uma cultura marcada por maior racionalismo.
Resposta da questão 3:
a) Uma interpretação considera que a luta contra os holandeses foi movida por um elemento
ideológico, abstrato, o sentimento de pertencer a uma “nacionalidade” – a brasileira - e de
pertencer a um país, o Brasil, ocupado por elementos estrangeiros. A segunda interpretação
valoriza os interesses econômicos, considerando que a luta pela expulsão dos holandeses
se deve ao processo de exploração imposto aos latifundiários ligados a produção canavieira.
Resposta da questão 4:
1. Tratado de Tordesilhas: a linha de Tordesilhas é imaginária e foi estabelecida para
dividir o mundo entre Portugal e Espanha; Tratado de Madri: a linha demarcatória divide as
terras de Portugal e Espanha na América e baseia-se no princípio do uti possidetis, que leva
em consideração a ocupação dessas regiões
2. O Tratado de Tordesilhas foi definido em 1494, época em que apenas Portugal e Espanha
realizavam a expansão marítima e a conquista de terras fora da Europa. As duas nações eram
as grandes potencias econômicas europeias. O Tratado de Madri foi definido em 1750, época
de apogeu da exploração aurífera no Brasil, que garantia riqueza significativa para Portugal; ao
mesmo tempo, a Espanha vivia um período de decadência, com a redução da extração de
minérios em suas colônias e com a derrota na Guerra de Sucessão, encerrada em 1715, que a
forçou a fazer diversas concessões.
Resposta da questão 5:
a) A historiografia tradicional - principalmente paulista – retrata os bandeirantes como
heróis, pois teriam sido responsáveis por grandes façanhas, tanto no que se refere à
conquista e ocupação de novos territórios, como na descoberta de pedras e metais
preciosos, sempre enfrentando e superando as adversidades naturais, doenças tropicais e
os ataques indígenas. Contribuíram dessa forma para o alargamento do território e para o
enriquecimento do Brasil. Apesar de ser um elemento da sociedade colonial, tal mito foi
construído no século XX, em 1932, quando da Revolução Constitucionalista contra o
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Resposta da questão 6:
Correto – considerando que a base da religião é o Corão e que essa obra é escrita em língua
árabe e não era traduzida, os convertidos de qualquer região acabavam forçados a aprender o
árabe. Isso explica o fato de diversos povos africanos conhecerem essa língua, pois desde o
século VII houve um processo de islamização em diferentes regiões do continente.
O conflito citado foi uma das rebeliões do período regencial, ocorrida em 1835 e massacrada
pelo governo.
Resposta da questão 7:
a) As expressões “cachaça” e “algo de cobre e fumaça” presentes no texto indicam a
destilação de aguardente em alambiques com utilização de energia térmica nas fornalhas.
Resposta da questão 8:
[E]
Resposta da questão 9:
1. No mapa 1, observa-se uma representação sobre o território que privilegia a fauna, a flora
e os habitantes. A precisão cartográfica enfatiza o litoral, descrevendo seus acidentes
geográficos e a toponímia, ao mesmo tempo em que explicita certo desconhecimento do
interior. Esse desconhecimento pode ser identificado na composição escolhida pelo
cartógrafo: ele preenche o espaço afastado da costa com ilustrações relacionadas à principal
atividade econômica, a extração do pau-brasil pelo indígena, associando-a aos elementos
mitológicos. Assim, no mapa, identifica- se elementos tanto do que os portugueses
conheciam, quanto do que imaginavam.
2. No mapa 2, observa-se uma maior precisão geográfica do território explorado, expressa nas
referências à hidrografia e ao relevo, tanto do litoral quanto do interior. Essa maior precisão do
segundo mapa decorre da ampliação dos conhecimentos científicos e da exploração mais
sistemática do território, com as expedições ao interior do Brasil e pelo conhecimento do litoral
sul-americano do Oceano Pacífico. Mesmo assim, a representação cartográfica mantém
ilustrações que, para além de seu caráter informativo, remetem ao imaginário europeu sobre o
território.
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