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Vicente Pinzón
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Pedro Álvares Cabral
Quando Cabral e sua esquadra chegaram a Porto
Seguro, no litoral da terra que mais tarde seria
chamada de Ilha de Vera Cruz e, posteriormente,
Terra de Santa Cruz, os portugueses já possuíam
considerável experiência em suas explorações
marítimas.
À véspera da chegada dos europeus à América em 1500, estima-se que o território que
hoje compreende o Brasil (a costa oriental da América do Sul) era habitado por
aproximadamente dois milhões de indígenas, desde o Norte até o sul.
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O pau-brasil se torna o principal produto que norteia a economia nesses 30
primeiros anos, uma atividade exploratória, uma atividade nômade, predatória que não
promove o povoamento do território. A atividade funcionava através do Estanco: O
monopólio que a coroa portuguesa possuía em relação a extração do pau-Brasil este que era
usada para o tingimento de tecido na Europa.
Extração do Pau-Brasil
O trabalho do Pau-Brasil era realizado pela
mão de obra indígena, através do Escambo, que
seria uma troca natural os índios faziam o trabalho
pesado e em troca ganhavam tecidos, objetos
metálicos, tecidos, dentre outras coisas, objetos que
eram desconhecidos pelos indígenas.
Capitanias Hereditárias
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iniciativa privada a tarefa de colonizar o território português. Território brasileiro foi dividido
em 15 lotes de terras, 14 capitanias que foi entregue a 12 donatários.
Apenas duas capitanias terão resultados eficientes, duas delas terão êxitos que é:
Pernambuco (Duarte Coelho) e São Vicente (Martim Afonso de Souza) essas duas
capitanias prosperaram devido ao cultivo da cana de açúcar.
As outras capitanias não obtiveram êxitos, são inúmeros fatores que levaram ao
declínio dessas capitanias hereditárias como: Ataques Indígenas, ataques de piratas
principalmente franceses, a distância de uma capitania a outra, ausência de apoio
financeiro por parte da coroa, falta de iniciativa dos donatários (alguns deles nunca chegaram
a vim ao território doado a eles)
Duarte Coelho
Primeiro capitão-donatário da
capitania de Pernambuco e Fundador de
Olinda.
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Comandou expedições para o brasil em 1501 e 1503.
Jerônimo de Albuquerque
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Com ajuda de Vasco Fernandes de Lucena, que ali vivia com os tabajaras, em 1537 elevou
à categoria de vila a povoação de Olinda, que havia surgido em 1535 no local da aldeia indígena
de Marim dos Caetés.
Muitas foram às lutas entre os índios, Duarte Coelho e os colonos. Seu cunhado Jerônimo
de Albuquerque uniu-se com a índia filha do cacique Arcoverde dos tabajaras, batizada
Maria do Espírito Santo Arcoverde, para criar um clima de paz entre eles e os índios.
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Fixando o conteúdo
1. Pergunta: Qual era o objetivo da expedição liderada por Duarte Pacheco Pereira
em 1498?
5. Qual atividade predominou nos primeiros 30 anos após a chegada dos portugueses
ao Brasil?
6. Como era realizada a extração do Pau-Brasil e qual era a moeda de troca com os
indígenas?
10. Quem foi Duarte Coelho e qual foi seu papel na colonização de Pernambuco?
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11. Quem comandou a expedição que elevou a povoação de Olinda à categoria de vila
em 1537?
13. Quem foi Brites de Albuquerque e qual foi seu papel na história de Pernambuco?
15. O que Gaspar de Lemos notificou sobre o litoral brasileiro em suas explorações?
20. O que Pero Vaz de Caminha relatou sobre o território brasileiro em sua carta ao
Rei Dom Manoel?
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Respostas
16. Escambo, troca por tecidos, objetos metálicos e outros desconhecidos pelos
indígenas.
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19. Ataques indígenas, ataques de piratas, distância entre capitanias, falta de apoio
financeiro e iniciativa dos donatários.
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REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
Revolução Pernambucana
A Revolução Pernambucana de 1817 é, de fato, um marco importante na história do Brasil
e, mais especificamente, na luta pela independência. Algumas considerações e temas
associados te ajudar a entender esse período.
1. Guerras Napoleônicas e Invasões Francesas em
Portugal (1808-1814):
Durante as guerras napoleônicas, Portugal foi
invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte.
A família real portuguesa, liderada pelo príncipe
regente Dom João, fugiu para o Brasil, tornando o Rio de
Janeiro a capital do Império Português.
2. Período Joanino (1808-1821):
O Brasil experimentou mudanças significativas
durante a estadia da família real portuguesa.
A abertura dos portos às nações amigas em 1808
contribuiu para alterações econômicas e sociais.
A elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal, em
1815, mostrou uma maior autonomia, mas
também gerou tensões.
Influências das Ideias Iluministas e Liberais:
Os ideais iluministas e liberais, que promoviam
conceitos como igualdade, liberdade e
fraternidade, inspiraram movimentos de independência ao redor do mundo.
A Revolução Pernambucana refletiu essas influências ao buscar a emancipação e
a instauração de uma república.
3. Causas da Revolução Pernambucana (1817):
Insatisfação com o domínio português e as políticas
centralizadoras.
Desejo por maior participação política e autonomia regional.
Adoção de ideias liberais e republicanas.
Desdobramentos da Revolução:
4. Impacto Histórico:
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Mesmo que a República Pernambucana tenha sido efêmera, seu impacto histórico é
significativo, sendo um dos primeiros movimentos no Brasil em direção à
independência.
Os movimentos emancipacionistas, são os movimentos que tinha o objetivo de romper
com a metrópole (Portugal) ou seja, promover a independência do Brasil. Dentre esses
movimentos temos alguns:
O Período Joanino refere-se ao tempo em que a família real portuguesa, liderada pelo
Príncipe Regente Dom João, se instalou no Brasil. Esse período foi marcado por eventos
significativos que impactaram diretamente a situação de Pernambuco e contribuíram para o
cenário que culminou na Revolução Pernambucana de 1817.
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2. Invasão Napoleônica:
O declínio da produção açucareira, que já vinha ocorrendo desde o século XVIII, agravou
a situação econômica de Pernambuco. Fatores como a concorrência com o açúcar das Antilhas
contribuíram para essa queda.
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3. Elevados Impostos das Cortes no Rio de Janeiro:
Pernambuco era marcado por divisões sociais e raciais. A elite branca, composta
principalmente por senhores de engenho, detinha poder econômico e político, enquanto a
população negra e mestiça enfrentava condições desfavoráveis.
Influências Externas
1. Pensamento Iluminista:
2. Revolução Francesa:
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inspiração para os revolucionários em Pernambuco, alimentando a ideia de luta contra a tirania
e a busca pela liberdade.
3. Independência dos EUA:
Grupos Sociais
1. Camadas Populares de Pernambuco:
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4. Maçonaria:
Propostas Políticas
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3. Objetivos Comuns:
Independência da Capitania de Pernambuco:
O anseio pela independência da capitania refletia o desejo de autonomia política em
relação a Portugal.
Proclamação da República:
3. Frei Caneca:
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Essas lideranças desempenharam papéis distintos, representando diferentes
setores da sociedade pernambucana. A união de comerciantes, líderes religiosos,
políticos e militares refletiu a diversidade de forças que se uniram na busca pela
autonomia e pela Proclamação da República na Revolução Pernambucana.
Ação Revolucionária
1. Derrubada do Governador:
O governo revolucionário elaborou uma lei orgânica, que funcionava como um esboço de
constituição. Essa lei buscava estabelecer princípios republicanos, incluindo a igualdade de
direitos.
6. Busca por Apoio Externo:
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Apesar das medidas progressistas, a manutenção da propriedade privada, incluindo a
escravidão, gerou descontentamento entre as camadas populares, que almejavam a abolição da
escravidão.
8. Ocupação do Poder por 3 Meses:
Os rebeldes ocuparam o poder por aproximadamente três meses, entre março e maio de
1817, período em que tentaram implementar suas ideias e consolidar a independência de
Pernambuco
A bandeira da Revolução Pernambucana de 1817, que simbolizou o período em
que Pernambuco proclamou sua independência, serve de inspiração para a bandeira
atual do estado de Pernambuco. As referências históricas e os símbolos presentes na
bandeira original foram incorporados à atual, criando uma conexão visual e simbólica
entre o passado revolucionário e a identidade contemporânea do estado. É comum
ver elementos históricos sendo preservados e reinterpretados nas bandeiras e
símbolos atuais de várias regiões, refletindo a importância da memória e das
tradições na construção da identidade cultural.
Derrota do Movimento
A execução do Padre Miguelinho e a repressão severa demonstram a resposta implacável
do governo à Revolução Pernambucana de 1817. A punição exemplar, como o fuzilamento de
lideranças, era uma estratégia comum para desencorajar futuros levantes e manter o controle
sobre as províncias coloniais. Infelizmente, a divergência interna entre os grupos sociais e a
falta de apoio externo foram fatores adicionais que contribuíram para a derrota do movimento.
Essa revolta, apesar de ter alcançado a independência temporária, enfrentou desafios
significativos que resultaram em sua supressão.
Fixando o Conteúdo
1. Quem liderou a família real portuguesa durante as Invasões Francesas em Portugal
(1808-1814)?
2. O que contribuiu para as mudanças econômicas e sociais no Brasil durante o Período
Joanino (1808-1821)?
3. Qual foi a principal influência ideológica na Revolução Pernambucana?
4. Quais foram as causas da Revolução Pernambucana em 1817?
5. Qual foi o impacto histórico da República Pernambucana de 1817?
6. Quais foram os desdobramentos da Revolução Pernambucana?
7. O que caracterizou a Inconfidência Mineira em relação à Revolução Pernambucana?
8. O que a Conjuração Baiana buscava além da independência?
9. Qual evento internacional impactou o Período Joanino?
10. O que contribuiu para a decadência econômica de Pernambuco antes da Revolução
Pernambucana?
11. Quais eram os objetivos das camadas populares na Revolução Pernambucana?
12. Quem foi conhecido como líder religioso e político na Revolução Pernambucana?
13. O que representou a bandeira da Revolução Pernambucana de 1817?
14. Quais foram as principais medidas adotadas durante a Revolução Pernambucana de
1817?
15. Quem derrubaram durante a ação revolucionária de 1817?
16. Qual foi a busca dos revolucionários por apoio externo durante a Revolução
Pernambucana?
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17. O que marcou o fim temporário da Revolução Pernambucana?
18. O que a divergência interna e a falta de apoio externo contribuíram para?
19. Quem liderou o movimento de independência nas capitanias da Paraíba e do Rio Grande
do Norte?
20. O que caracterizou a busca das camadas populares durante a Revolução Pernambucana?
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Fixando o conteúdo
1. Dom João, o príncipe regente, liderou a família real portuguesa durante as Invasões
Francesas.
2. A abertura dos portos às nações amigas em 1808 contribuiu para as mudanças
econômicas e sociais no Brasil durante o Período Joanino.
3. Os ideais iluministas e liberais, promovendo conceitos como igualdade, liberdade e
fraternidade, foram a principal influência ideológica na Revolução Pernambucana.
4. Insatisfação com o domínio português, desejo por maior participação política, autonomia
regional e adoção de ideias liberais e republicanas foram causas da Revolução
Pernambucana.
5. Mesmo efêmera, a República Pernambucana teve um impacto histórico significativo,
sendo um dos primeiros movimentos em direção à independência no Brasil.
6. A instauração da República Pernambucana durou apenas alguns meses, sendo reprimida
pelas forças portuguesas com perseguições e punições aos envolvidos.
7. A Inconfidência Mineira não obteve sucesso como a Revolução Pernambucana, mas é
considerada um marco significativo na luta pela independência.
8. Além da independência, a Conjuração Baiana também buscava a abolição da escravidão.
9. A invasão napoleônica em Portugal, em 1807, impactou o Período Joanino.
10. A seca de 1816 contribuiu para a decadência econômica de Pernambuco antes da
Revolução Pernambucana.
11. As camadas populares buscavam igualdade de direitos, incluindo camadas médias e os
mais pobres, na Revolução Pernambucana.
12. Frei Caneca foi conhecido como líder religioso e político na Revolução Pernambucana.
13. A bandeira da Revolução Pernambucana representou o período em que Pernambuco
proclamou sua independência.
14. Medidas importantes incluíram a garantia da liberdade de expressão, a abolição de
impostos sobre gêneros básicos e a elaboração de uma lei orgânica.
15. Os revolucionários derrubaram o governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro
durante a ação revolucionária de 1817.
16. Os revolucionários pernambucanos buscaram apoio externo, tentando alianças com
países como Estados Unidos, Inglaterra e Argentina.
17. A execução do Padre Miguelinho e a repressão severa marcaram o fim temporário da
Revolução Pernambucana.
18. A divergência interna e a falta de apoio externo contribuíram para a derrota do
movimento revolucionário.
19. Capitães como José de Barros Lima e Pedro Pedroso lideraram o movimento de
independência nas capitanias da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
20. As camadas populares buscavam igualdade de direitos, incluindo a questão da mão de
obra e, em alguns casos, a abolição da escravidão.
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GUERRA DOS CABANOS (1835)
A Cabanada: Pernambuco/Alagoas (1832-1834)
Com a morte de Dom Pedro I em Portugal em 1834, o movimento perdeu sua razão de
existir. Em uma Conferência de Paz com a participação do bispo Dom João da Purificação
Marques Perdigão, a rebelião terminou. Mesmo assim, os governadores Manoel de Carvalho
Paes de Andrade e Antônio Pinto Chichorro da Gama enviaram um exército de 4000
soldados para cercar a região, resultando na prisão de centenas de revoltosos. Ao término
da Cabanada, o líder Vicente de Paula foi capturado e enviado para a ilha de Fernando de
Noronha.
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políticas da época, mas também as medidas repressivas adotadas para conter
movimentos rebeldes no contexto do Brasil no século XIX.
Cabanada
A Cabanada, ocorrida entre Pernambuco e
Alagoas, durante o conturbado período regencial
entre a abdicação de D. Pedro I (1831) e a
maioridade de D. Pedro II (1840), é um conflito
muitas vezes esquecido e confundido com a
Cabanagem no Pará. Ao contrário de outras revoltas
da época, a Cabanada não foi uma contestação ao
regime imperial autoritário nem tinha como objetivo
alcançar a independência regional. Tratou-se de
uma guerra das "gentes do mato" – índios, escravos, posseiros – em defesa de suas terras.
As motivações iam desde a busca por terra até a necessidade básica de viver no ambiente
natural.
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na cana-de-açúcar e no plantio de algodão. A resistência dessas comunidades à investida foi
imediata e brutal.
Entretanto, se tivesse vendido alguns dos inúmeros escravos que diziam ter "roubado" ou
os colocado para trabalhar em seu benefício, teria se tornado um homem rico. A acusação
era, na verdade, um eufemismo para encobrir a escolha feita espontaneamente pelos
cativos, que optavam por deixar os engenhos e eram assimilados pelos cabanos. Apesar
de obrigados a obedecer à hierarquia do grupo, sua situação passava a ser muito diferente da
escravidão, marcando o início da liberdade.
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centro das operações contra o Quilombo de Palmares (destruído em 1695), foram tomados e
perdidos pelos cabanos em sucessivos combates.
Vicente de Paula possuía uma vantagem estratégica única: sua habilidade em navegar
pelos labirintos das matas. Suas tropas surgiam de lugares inesperados, tomando posições
importantes, disseminando o terror e derrotando inúmeros guardas nacionais e soldados de
primeira linha. O batalhão mais temido era o dos "papa-méis", composto inteiramente por
escravos "roubados" por ele.
Essa nova estratégia foi eficaz. As tropas do governo destruíram todas as cabanas,
plantações e animais encontrados. Em um local, descobriram um galo cuja boca estava
amarrada com arame para que não revelasse, por meio do canto, a localização de seus donos. O
bispo de Pernambuco colaborou com a repressão, mobilizando um pequeno exército de
padres para pregar na área do conflito, assegurando que Pedro I estava morto e que a
Regência não era contra o cristianismo. Gradualmente, os cabanos foram se rendendo,
incluindo os índios de Jacuípe, considerados os rebeldes mais "ferozes".
Fixando o Conteúdo
1. Qual foi a principal motivação da revolta conhecida como "A Guerra dos Cabanos"?
2. Onde ocorreu a liderança da Guerra dos Cabanos, e quem foi o líder?
3. O que levou ao fim da Cabanada em 1834?
4. Qual foi a principal característica da Cabanada em Pernambuco e Alagoas durante o
período regencial?
5. Quem eram os "cabanos" e por que receberam esse nome?
6. Quais eram as principais demandas dos escravos envolvidos na revolta?
7. Qual era a estratégia do governo para lidar com os cabanos após a morte de Dom Pedro
I em 1834?
8. Quem era Vicente de Paula, e por que sua habilidade em navegar pelas matas foi uma
vantagem estratégica?
9. Como a estratégia conjunta dos presidentes de Pernambuco e Alagoas contribuiu para o
fim da Cabanada?
10. Como o bispo de Pernambuco colaborou com a repressão durante a Guerra dos Cabanos?
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