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1 - HISTÓRIA DE PERNAMBUCO – (PARTE 1)

HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
PM-PE (SOLDADO) - PÓS EDITAL
História de Pernambuco– PM-PE (Soldado)-2023 (PÓS-EDITAL)
1 – História de Pernambuco – (Parte 1)
Equipe Simula Provas

HISTÓRIA DE PERNAMBUCO – (PARTE 1)

HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
ASSUNTOS
1. Ocupação e colonização - Contatos iniciais do europeu com o nativo local, Capitanias
Hereditárias, Duarte Coelho.

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História de Pernambuco– PM-PE (Soldado)-2023 (PÓS-EDITAL)
1 – História de Pernambuco – (Parte 1)
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1. OCUPAÇÃO E COLONIZAÇÃO DE PERNAMBUCO

Período – Pré-Colonial
Antes da chegada dos europeus ao Brasil, a região Nordeste era povoada por vários grupos
indígenas. Na costa, destacavam-se os Tupinambás, Tabajaras e os Caetés, sendo estes últimos
notoriamente temidos.
Todas essas tribos pertenciam ao tronco linguístico tupi. No interior, predominavam os
Tapuias, pertencentes ao tronco linguístico Jê. Assim como em outras regiões do Brasil, a ocupação
de Pernambuco começou pelo litoral.

Tupinambás

PRINCIPAIS GRUPOS Tabajaras


INDÍGENAS

Caetés

Veja os principais grupos indígenas que ocupavam a região do estado de Pernambuco:

POVOS INDÍGENAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Tupinambás Pertenciam ao tronco linguístico tupi e eram um dos grupos mais


conhecidos na região litorânea de Pernambuco. Eram reconhecidos por sua
organização social e práticas culturais distintas.

Tabajaras: Também do tronco linguístico tupi, os Tabajaras habitavam a região costeira


de Pernambuco. Eles são frequentemente mencionados em registros
históricos relacionados ao período inicial da colonização portuguesa.

Caetés: Este grupo era notório e temido, também localizado na região costeira. Eram
conhecidos por seu espírito guerreiro e resistência à colonização europeia.

Potiguaras: Outro grupo indígena significativo, os Potiguaras ocupavam áreas do


Nordeste brasileiro, incluindo partes de Pernambuco. Eles desempenharam
um papel importante na história da região.

Xukurus, Estes grupos habitavam partes do interior de Pernambuco, mantendo


Pankararus, tradições culturais distintas e continuando a viver na região até hoje.

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Trukás e
Kapinawás:

Tapuias (Jê): Habitavam o interior de Pernambuco, diferenciando-se dos grupos costeiros


tanto cultural quanto linguisticamente.

Itaparica e Cariris Grupos indígenas que habitaram o estado em períodos anteriores,


Velhos: contribuindo para a rica tapeçaria cultural da região antes da chegada dos
portugueses

1.Período Pré-colonial (1500-1530)

Este assunto não está em seu edital, mas é importante para entender o
processo de ocupação e colonização de Pernambuco.

O Brasil Colônia é o período que compreende os anos de 1530 a 1822.


Esse período tem início com a primeira expedição realizada por Martim Afonso de Souza, no
litoral brasileiro e de imediato, não foram encontrados produtos rentáveis para Portugal, por
isso pouca observamos importância dada pelos portugueses ao Brasil nos primeiros anos, até 1530.

Portugal era proprietário do Brasil, porém optou por não o colonizar,


preferindo realizar o lucrativo comércio com as Índias.

Portugal deu início a missões específicas para demarcação de território a partir de 1530 como
uma reação à pretensão Francesa de colonizar territórios sul-americanos.
Não apenas a ameaça estrangeira de instalar-se no Brasil, mas também a busca por metais
preciosos contribuiu para a escolha de Portugal em colonizar o país.

2.Economia no período pré-colonial


A economia baseava-se na exploração do pau-brasil, cuja exploração foi meramente
extrativista e não deu origem a uma ocupação efetiva.
O pau-brasil, árvore de cujo tronco extraísse uma tintura avermelhada (brasil), era muito
aproveitada na pintura de tecidos e que tinha um bom valor comercial na Europa.
O trabalho de derrubar árvores e preparar a madeira para embarque era feito pelos indígenas por
meio do ESCAMBO (sistema de troca de bens ou serviços por outros bens ou serviços sem o dinheiro)
e alguns poucos europeus que permaneciam em feitorias na costa.

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As feitorias tinham como importante função servir de entreposto comercial, eram instaladas
no litoral e recebiam dos indígenas a tão esperada madeira. Em contrapartida os portugueses davam
aos indígenas produtos europeus de baixo valor, tais como tecidos, canivetes, espelhos, etc.

3.Luta pela colonização


No período da chegada dos europeus à América, houve a divisão do mundo entre Portugal
e Espanha, acontece que não só estes dois países navegavam.

Ao longo do século XVI, ingleses, holandeses e franceses foram se lançando nas


navegações e contestando esta divisão do mundo;

Ao longo do período pré-colonial o território brasileiro foi ameaçado pelos invasores


estrangeiros que procuravam fazer o escambo do pau-brasil com os indígenas ou fundar
feitorias:
Entre 1516-19 e 1526-28, Cristóvão Jacques esteve combatendo os piratas, em especial os
franceses, no litoral brasileiro.
Em 1530, a Coroa Portuguesa decidiu colonizar o Brasil.

1500 – Por que não colonizar? 1530 – Por que colonizar?

Comércio lucrativo com o Oriente (Índias); Enfraquecimento do comércio das índias.

Pressão estrangeira pela posse da terra;


Falta de metais preciosos
Possibilidade do açúcar

4.Colonização (A partir de 1530)


SIMULA, O QUE É COLONIZAÇÃO?
Colonização é quando um país ou grupo de pessoas vai para uma região distante e assume
controle sobre ela, impondo sua cultura e autoridade para explorar seus recursos naturais.

Em 1530, Portugal enviou a primeira expedição


colonizadora do Brasil, chefiada por Martim Afonso de
Souza.

A colonização do Brasil seria possível devido a exploração do açúcar, visto que a exploração
do açúcar desempenhou um papel crucial na colonização do Brasil.
O açúcar era uma das commodities mais valiosas e procuradas na Europa durante o período
colonial, e os portugueses já possuíam experiência na produção de açúcar nas ilhas atlânticas.

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Além disso, o solo e o clima brasileiros eram altamente propícios ao cultivo em larga escala da
cana-de-açúcar, (latifúndios) e essa cultura rapidamente se tornou a base da economia colonial. Isso
levou à criação de latifúndios, grandes propriedades agrícolas onde a cana-de-açúcar era cultivada e
processada em engenhos.

A data do início do Brasil Colônia é 1532, quando Martim Afonso fundou o


primeiro núcleo de povoamento, a Vila de São Vicente, no litoral do atual
Estado de São Paulo.

A missão de Martim Afonso era colocar os marcos indicativos de posse e combater os


traficantes franceses, penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para procurar metais preciosos
e, ainda, estabelecer núcleos de povoamento no litoral.

Martim Afonso fez as seguintes realizações:

Doou terras (distribuiu Sesmarias)

Trouxe as primeiras mudas de cana-de-


açúcar;

Fundou a Vila de São Vicente (1532)


Martim Afonso

Nomeou tabeliães e oficiais de justiça

Instalou no Brasil a administração


portuguesa

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5.As Capitanias Hereditárias


As Capitanias Hereditárias foram um sistema de administração territorial implementado no
Brasil pela Coroa Portuguesa em 1534. Este sistema representou a primeira medida real de
colonização tomada por Portugal em relação ao Brasil.

A principal característica das Capitanias Hereditárias era a divisão do território


brasileiro em grandes faixas de terra, que eram concedidas a nobres de confiança do
rei D. João III.

O rei de Portugal, D. João III, criou este sistema com o objetivo de organizar a colonização da
América Portuguesa. As capitanias eram faixas de terra que se estendiam do litoral até o interior e
eram comandadas por donatários, cuja posse das terras era passada de forma hereditária.

Entre 1534 e 1536, foram distribuídas 14 capitanias-hereditárias. Os donatários recebiam


grandes extensões de terra e possuíam documentos chamados carta de doação e floral para
comprovar seu direito de posse.
CAPITANIA DONATÁRIO

Maranhão (primeira secção) Aires da Cunha e João de Barros

Maranhão (segunda secção) Fernando Álvares de Andrade

Ceará Antônio Cardoso de Barros

Rio Grande João de Barros e Aires da Cunha

Itamaracá Pero Lopes de Sousa

Pernambuco ou Nova Lusitânia Duarte Coelho

Baía de Todos os Santos Francisco Pereira Coutinho

Ilhéus Jorge de Figueiredo Correia

Porto Seguro Pero do Campo Tourinho

São Vicente Martim Afonso de Sousa

Santo Amaro Pero Lopes de Sousa

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Santana Pero Lopes de Sousa

As capitanias foram uma estratégia de Portugal para iniciar uma ocupação efetiva do
território brasileiro, sem que os custos fossem tão altos. Os capitães eram incentivados a atrair
moradores, a distribuir terras férteis para que se tornassem rentáveis, encontrar riquezas e metais
preciosos.
As capitanias hereditárias duraram apenas 16 anos e fracassaram. O sistema sofreu com
a falta de recursos e com o abandono de alguns donatários.

Das capitanias, apenas duas delas foram bem-sucedidas:

Comandada por Duarte Coelho


Capitania de
Pernambuco
Responsável por introduzir o cultivo da cana de açúcar..
CAPITANIAS
BEM-SUCEDIDAS
comandada por Martim Afonso de Sousa
Capitania de
São Vicente
graças ao tráfico de indígenas que realizavam naquelas terras.

Apenas as capitanias de São Vicente e de Pernambuco tiveram sucesso


pelo desenvolvimento da produção de açúcar aliado com uma política menos
hostil em relação aos indígenas.

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A Capitania de Pernambuco
A Capitania de Pernambuco, também conhecida como Nova Lusitânia, foi uma das primeiras
14 Capitanias Hereditárias estabelecidas no Brasil por D. João III, rei de Portugal, entre 1534 e 1536.

A capitania de Pernambuco foi concedida a Duarte Coelho, que se tornou seu


donatário.

Duarte Coelho foi responsável por introduzir o cultivo da cana-de-açúcar na região, marcando
o início da produção açucareira que viria a se tornar a principal atividade econômica da capitania.

Ele fundou o povoado de Olinda em 1535, que se tornou vila em 1537, e também foi responsável
pela fundação da cidade de Recife no mesmo ano.

Esquematizando:

Foi o primeiro donatário da Capitania de Pernambuco

Introduzir o cultivo da cana-de-açúcar na região


DUARTE
COELHO
Fundou o povoado de Olinda em 1535

Responsável pela fundação da cidade de Recife em 1535

A economia da capitania era focada na produção de açúcar, e as primeiras vilas fundadas, além
de Olinda e Recife, incluíam Igarassu.

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Duarte Coelho

Figura 1Duarte Coelho Pereira

Duarte Coelho Pereira, nascido por volta de 1485 em Miragaia, Porto, Portugal, foi um nobre,
líder militar e administrador colonial significativo na história do Brasil. Ele desempenhou um
papel crucial na colonização do Brasil como o primeiro Donatário (Senhor Proprietário) da Capitania
de Pernambuco e fundador da cidade de Olinda.
Antes de assumir a administração de Pernambuco, Duarte Coelho enriqueceu por meio de
combates e negócios na África e na Ásia.
Em 10 de março de 1534, ele foi agraciado com a capitania de Pernambuco por D. João III, rei de
Portugal, como parte do sistema de Capitanias Hereditárias implantado na América Portuguesa.

A capitania, que Coelho chamou de Nova Lusitânia, era uma das primeiras 14
distribuídas pelo rei.

Duarte Coelho foi o responsável pelo início efetivo da colonização de Pernambuco. Ele se
estabeleceu na região em 1535 e fundou a Vila de Olinda em 1537.

• Coelho é lembrado como um bom administrador, que governou a capitania por QUASE
VINTE ANOS.
• Durante sua administração, ele focou na extração de pau-brasil e no desenvolvimento do
agronegócio de exportação de açúcar, estabelecendo e operando os primeiros engenhos de
açúcar na região.

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• Ele recusou-se em várias ocasiões a seguir os apelos da coroa portuguesa para a busca de
metais preciosos, preferindo investir na agricultura e na produção de açúcar.

Duarte Coelho morreu em agosto de 1554, depois de retornar a Portugal, doente


e próximo de completar 80 anos de idade

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