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15/02/2024, 21:45 História do Brasil: resumo, períodos, eventos - Brasil Escola

História do Brasil
A história do Brasil é dividida nos períodos Pré-Cabralino, Pré-Colonial, Colonial, Imperial e
Republicano.

História do Brasil é todo o período que compreende a história do nosso país, desde antes da chegada de Pedro Álvares
Cabral até os acontecimentos mais recentes. Ela é dividida em cinco períodos:

Pré-Cabralino;
Pré-Colonial;
Colonial;
Imperial;
Republicano.

Leia também: Qual é a divisão da história?

Resumo sobre a história do Brasil


A história do Brasil é dividida nos períodos: Pré-Cabralino, Pré-Colonial, Colonial, Imperial e Republicano.
Antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, o período Pré-Cabralino foi caracterizado pela presença dos
povos indígenas no território brasileiro, marcando uma diversidade de culturas, línguas e práticas sociais.
O período Pré-Colonial (1500-1530) iniciou-se com a chegada de Cabral e se estendeu até o início da colonização
efetiva. Durante esse tempo, ocorreu o contato inicial entre colonizadores e indígenas, destacando-se trocas
culturais, conflitos e atividades exploratórias.
Do ciclo do pau-brasil ao ciclo do ouro, o período Colonial (1500-1822) testemunhou a colonização portuguesa no
Brasil, marcada por atividades extrativistas, a ascensão do açúcar e, posteriormente, a busca por ouro e diamantes.
O período Imperial (1822-1889) compreendeu o Primeiro Reinado, a Regência e o Segundo Reinado. Iniciou-se com
a independência, enfrentou instabilidades políticas, como a abdicação de Dom Pedro I, e consolidou-se com Dom
Pedro II, destacando-se questões sociais, como a luta pela abolição da escravidão.
A partir de 1889, a proclamação da república marcou o início do período Republicano, dividido entre a República
Velha, a Era Vargas, a República Populista, o Regime Militar e a Nova República, cada fase caracterizada por
eventos políticos, sociais e econômicos únicos.

Quais são os períodos da história do Brasil?


A história do Brasil é dividida nos períodos: Pré-Cabralino, Pré-Colonial, Colonial, Imperial e Republicano. A seguir, você
verá detalhes sobre cada um deles.

→ Período Pré-Cabralino

O período Pré-Cabralino refere-se ao tempo que antecede a chegada de Pedro Álvares Cabral às terras que mais
tarde se tornariam o Brasil. Esse período foi marcado pela presença de povos indígenas que habitavam a região há
milhares de anos antes da chegada dos colonizadores europeus. Diversas tribos, cada uma com suas próprias culturas,
línguas e práticas sociais, desenvolveram-se ao longo desse tempo.

Antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, o território brasileiro era habitado por diversas tribos indígenas,
cada uma com suas próprias línguas, culturas e modos de vida. É importante notar que a diversidade étnica e cultural
dessas tribos era e ainda é vasta, sendo impossível abranger todas. No entanto, destacam-se algumas tribos
representativas:

Tupinambás:
Localização: litoral do atual estado da Bahia.
Características: eram agricultores, pescadores e guerreiros, destacando-se por suas aldeias próximo à
costa.
Guaranis:
Localização: Sul do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Características: eram agricultores itinerantes, conhecidos por suas aldeias e mitologia rica.

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Pataxós:
Localização: Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.
Características: com forte ligação com a Mata Atlântica, praticavam a agricultura e eram caçadores.
Pataxós hã-hã-hães:
Localização: Bahia.
Características: subgrupo dos Pataxós, conhecidos por suas tradições culturais e artesanato.
Guaianás:
Localização: região do Rio Paraná.
Características: povo agricultor que praticava a cerâmica e desenvolveu uma sociedade complexa.
Xavantes:
Localização: região do Planalto Central.
Características: grupo nômade conhecido por suas habilidades de caça e guerra.
Caiapós:
Localização: região do Mato Grosso.
Características: eram agricultores e viviam em grandes aldeias.
Xucurus:
Localização: Alagoas.
Características: povo guerreiro que habitava regiões de mata e caatinga.

Para saber mais detalhes sobre o período Pré-Cabralino, clique aqui.

→ Período Pré-Colonial

O período Pré-Colonial (1500-1530) correspondeu aos primeiros anos após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao
Brasil, antes da efetiva colonização europeia. Nesse intervalo, as características do Brasil estavam em transição,
marcadas pelo contato inicial entre os povos indígenas e os exploradores europeus. As características desse período são:

Contato inicial: os primeiros anos após a chegada de Cabral foram marcados pelo contato inédito entre os povos
indígenas e os europeus, especialmente os portugueses. Essa interação inicial estabeleceu as bases para futuras
relações.
Trocas culturais e comerciais: houve trocas culturais e comerciais entre os europeus e os indígenas. Os europeus
interessavam-se por recursos como o pau-brasil, enquanto os indígenas inicialmente viam os europeus como aliados
em potencial.
Exploração do pau-brasil: a exploração inicial concentrou-se no pau-brasil, uma árvore cuja madeira era valiosa na
Europa para tingir tecidos. Essa atividade limitava-se, inicialmente, às áreas litorâneas.
Presença dos tupinambás: a presença dos tupinambás, uma das tribos indígenas mais numerosas na região do
litoral, era notável. Eles praticavam a agricultura, eram caçadores e pescadores, contribuindo para o sustento das
primeiras expedições europeias.
Conflitos iniciais: conflitos esporádicos surgiram entre europeus e indígenas, muitas vezes devido a mal-entendidos
culturais e disputas pela posse de terras.
Primeiras observações do território: os europeus começaram a realizar as primeiras observações do território,
descrevendo a fauna, a flora e as características geográficas da região. Essas observações contribuíram para futuras
explorações e colonizações.

→ Período Colonial

O período Colonial (1500-1822) compreendeu do descobrimento do país, em 1500, à independência, em 1822. Esse
período é subdividido em várias fases: Ciclo do Pau-Brasil (1500-1530), Ciclo do Açúcar (séculos XVI-XVII), Ciclo do Ouro
(séculos XVII-XVIII) e período Joanino (1808-1821).

◦ Ciclo do Pau-Brasil (1500-1530)

Refere-se ao período inicial da colonização do Brasil, aproximadamente entre 1500 e 1530, quando a exploração do pau-
brasil se tornou a atividade econômica dominante. Abaixo estão algumas das principais características desse ciclo:

Exploração intensiva: a principal atividade econômica do ciclo foi a exploração intensiva da árvore conhecida como
pau-brasil. A madeira era extraída principalmente nas regiões litorâneas.

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Motivação europeia: os europeus, principalmente os portugueses, tinham grande interesse no pau-brasil devido às
propriedades corantes da sua seiva vermelha, usada para tingir tecidos na Europa. Esse interesse impulsionou as
primeiras expedições ao Brasil.
Exploração costeira: inicialmente, a exploração limitava-se às áreas costeiras. Os colonizadores focavam em
coletar e enviar rapidamente a madeira para a Europa.
Monopólio real: o monopólio da exploração do pau-brasil estava nas mãos da Coroa portuguesa. A extração e o
comércio eram controlados pelo governo, que regulava as atividades para maximizar seus lucros.
Presença indígena: os indígenas foram fortemente envolvidos na extração do pau-brasil, sendo frequentemente
obrigados a trabalhar pelos colonizadores. Isso levou a conflitos e resistência por parte dos nativos.
Escravidão indígena: a exploração do pau-brasil contribuiu para a introdução do sistema de escravidão indígena,
uma vez que os nativos eram utilizados como mão de obra forçada na extração e transporte da madeira.
Desgaste ambiental: o ciclo do pau-brasil teve impactos ambientais significativos, com a exploração desenfreada da
árvore levando à degradação de áreas costeiras e à diminuição da população de pau-brasil.
Transição para outros ciclos: o ciclo do pau-brasil, embora tenha sido lucrativo, foi temporário. À medida que a
exploração intensiva diminuía e a madeira se tornava mais escassa, a economia colonial começava a se voltar para
outros ciclos econômicos, como o Ciclo do Açúcar.

◦ Ciclo do Açúcar (séculos XVI-XVII)

Com a introdução da cultura da cana-de-açúcar, a produção se intensificou nas capitanias nordestinas, dando início ao
Ciclo do Açúcar. Esse período foi marcado pela utilização intensiva de mão de obra escrava africana. As principais
características desse ciclo foram:

Localização geográfica: o ciclo do açúcar concentrou-se principalmente nas capitanias nordestinas do Brasil,
especialmente em Pernambuco e Bahia, devido às condições climáticas favoráveis para o cultivo da cana-de-açúcar.
Produção em engenhos: a produção de açúcar ocorria em engenhos, complexos agrícolas e industriais que
envolviam o cultivo da cana, a extração do caldo e o processamento para obtenção do açúcar.
Monocultura canavieira: a economia do ciclo do açúcar era caracterizada pela monocultura canavieira, com vastas
extensões de terras dedicadas exclusivamente ao cultivo da cana-de-açúcar.
Utilização de mão de obra escrava: o ciclo foi fortemente dependente do trabalho escravizado. Milhares de
africanos foram trazidos como escravos para trabalhar nos engenhos, resultando em uma sociedade marcada por
uma estrutura social rígida e desigual.
Sistema de plantation: foi implementado nos engenhos e caracterizado por grandes propriedades agrícolas
monocultoras e pelo uso intensivo de mão de obra escravizada.
Sociedade patriarcal: desenvolveu-se uma sociedade em que os senhores de engenho detinham grande poder e
influência, controlando tanto a economia quanto a política local.
Comércio internacional: o açúcar brasileiro tornou-se uma importante commodity no comércio internacional, sendo
exportado principalmente para a Europa. Esse comércio gerou riqueza para a metrópole portuguesa.
Conflitos militares: a competitividade entre as potências coloniais europeias, especialmente Portugal e Holanda,
levou a conflitos militares, como as invasões holandesas, que afetaram diretamente o ciclo açucareiro.
Declínio do ciclo: o Ciclo do Açúcar entrou em declínio devido a fatores como a exaustão do solo, a concorrência
com outras colônias produtoras de açúcar e a diversificação da economia colonial para outros ciclos, como o Ciclo do
Ouro.

◦ Ciclo do Ouro (séculos XVII-XVIII)

Com a descoberta de ouro em Minas Gerais, houve uma migração em massa para a região em busca de riquezas,
dando início ao Ciclo do Ouro. A exploração do ouro e de diamantes foi predominante, e o sistema de escravidão foi
novamente amplamente utilizado. As principais características desse ciclo foram:

Descoberta nas Minas Gerais: o Ciclo do Ouro teve início com a descoberta de ouro nas regiões de Minas Gerais,
mais notavelmente em Vila Rica (atual Ouro Preto), no final do século XVII.
Atração de população: a descoberta do ouro atraiu uma grande população de garimpeiros, aventureiros e colonos
para as regiões auríferas, gerando um significativo aumento demográfico.
Escravidão nas minas: a extração do ouro dependia fortemente do trabalho escravo. Milhares de africanos foram
trazidos para as minas para trabalhar nas condições difíceis das lavras e dos garimpos.

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Ciclo do Diamante: além do ouro, as regiões auríferas também foram marcadas pela descoberta de diamantes,
resultando na expansão do Ciclo do Ouro para também do Diamante.
Economia monetária: a abundância de ouro levou à produção de grandes quantidades de moedas, contribuindo
para a formação de uma economia monetária na colônia.
Conflitos e bandeirantes: o Ciclo do Ouro foi marcado por conflitos territoriais, revoltas, como a Inconfidência
Mineira (1789), e pela presença de bandeirantes que exploravam o interior do país em busca de riquezas.
Crescimento urbano: o surgimento de cidades como Ouro Preto, Mariana e Sabará refletiu o crescimento urbano
impulsionado pela atividade mineradora.
Centralização do poder: a riqueza gerada pelo ouro centralizou o poder nas mãos da Coroa portuguesa, que
estabeleceu medidas para controlar a extração e tributar as riquezas encontradas.
Declínio do ciclo: o esgotamento das minas e a diminuição da produção de ouro levaram ao declínio do Ciclo do
Ouro, no final do século XVIII, dando lugar a outros ciclos econômicos, como o da agroexportação.

◦ Período Joanino (1808-1821)

A independência do Brasil encerrou o período Colonial e deu início ao período Imperial.

A vinda da família real para o Brasil em 1808 e a transferência da Corte portuguesa para o país deram início ao período
Joanino, de 1808 a 1821. As principais características desse período são as seguintes:

Invasão napoleônica em Portugal: com a invasão napoleônica em Portugal em 1807, a família real portuguesa,
liderada por Dom João VI, fugiu para o Brasil, então colônia portuguesa.
Transferência da Corte para o Brasil (1808): o Brasil tornou-se o centro do Império Português quando a Corte
chegou ao Rio de Janeiro em 1808. Essa transferência marcou o início do período Joanino.
Abertura dos Portos (1808): em uma decisão histórica, Dom João VI abriu os portos brasileiros ao comércio
internacional, rompendo com o sistema colonial e beneficiando a economia local.
Elevação do Brasil a Reino Unido (1815): em 1815, o Congresso de Viena reconheceu o Brasil como Reino Unido
de Portugal, Brasil e Algarves, elevando seu status e reconhecendo sua importância no contexto do império.
Biblioteca Nacional e instituições culturais (1810): durante o período Joanino, foram estabelecidas instituições
culturais no Brasil, como a Biblioteca Nacional, contribuindo para o desenvolvimento intelectual e cultural.
Volta de Dom João VI a Portugal (1821): com a derrota de Napoleão e a instabilidade política em Portugal, Dom
João VI retornou à Europa em 1821, deixando seu filho, Dom Pedro, como regente no Brasil.

Após conflitos com a Coroa portuguesa, Dom Pedro proclamou a independência do Brasil em 1822, marcando o fim do
período Joanino e o início do Império do Brasil.

Para saber mais detalhes sobre o período Colonial, clique aqui.

→ Período Imperial

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O período Imperial (1822-1889) correspondeu ao período em que o Brasil foi uma monarquia, tendo início com a
independência do país, em 1822, e se estendendo até a proclamação da república, em 1889. Esse período é subdividido
em Primeiro Reinado (1822-1831), período Regencial (1831-1840) e Segundo Reinado (1840-1889).

◦ Primeiro Reinado no Brasil (1822-1831)

Contexto histórico: o Primeiro Reinado foi inaugurado em 1822, quando Dom Pedro I proclamou a independência
do Brasil, rompendo os laços coloniais com Portugal.
Independência do Brasil: em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I declarou a independência às margens do Rio
Ipiranga, consolidando o Brasil como um país autônomo.
Constituição de 1824: foi outorgada a primeira Constituição do Brasil em 1824, estabelecendo um regime
monárquico e centralizado, conferindo amplos poderes ao imperador.
Dom Pedro I: o imperador, antes príncipe regente, tornou-se Dom Pedro I. Seu governo foi caracterizado por uma
liderança centralizada e autoritária.
Questão política: o período foi marcado por instabilidade política, com confrontos entre facções liberais e
conservadoras, gerando tensões e conflitos frequentes.
Guerras no Norte e Nordeste: conflitos nas regiões Norte e Nordeste, como a Confederação do Equador (1824),
refletiram as divergências políticas e sociais.
Abdicação de Dom Pedro I: em 1831, após crises e insatisfações, Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor
de seu filho, Pedro II, visando estabilizar o país.
Legado do Primeiro Reinado: o período deixou um legado de instabilidade política e social, evidenciando os
desafios na consolidação do Estado brasileiro independente.

O Primeiro Reinado, embora tenha sido um momento fundamental na afirmação da independência do Brasil, foi também
caracterizado por conflitos internos, autoritarismo e dificuldades na construção de uma ordem política estável. Esses
eventos pavimentaram o caminho para o subsequente período Regencial e a consolidação do Segundo Reinado sob Pedro
II.

◦ Período Regencial no Brasil (1831-1840)

Abdicação de Dom Pedro I: o período Regencial iniciou-se, em 1831, com a abdicação de Dom Pedro I em favor de
seu filho, Dom Pedro II, que, com apenas cinco anos, era incapaz de governar.
Instabilidade política: a ausência de um monarca adulto levou a uma regência tripartite, com figuras como Diogo
Feijó, Pedro de Araújo Lima (marquês de Olinda) e Nicolau Pereira de Campos Vergueiro revezando-se no poder.
Ato Adicional de 1834: promoveu uma série de mudanças na estrutura política, incluindo maior autonomia provincial
e a criação das regências Una, Semanal e Trina Permanente.
Questões regionais: surgiram tensões regionais, notadamente a cabanagem, no Norte, a sabinada, na Bahia, e a
balaiada no Maranhão, refletindo insatisfações locais e sociais.
Liberais e conservadores: a divisão entre liberais e conservadores acentuou-se, gerando conflitos e instabilidade
política, no que ficou conhecido como Noite das Garrafadas.
Golpe da Maioridade: em 1840, frente às crescentes instabilidades, setores políticos liderados por Pedro de Araújo
Lima promoveram o Golpe da Maioridade, antecipando a ascensão de Dom Pedro II ao trono.
Legado do período Regencial: o período deixou um legado de instabilidade política, conflitos regionais e
dificuldades na consolidação de uma ordem política efetiva no Brasil.

O período Regencial foi um capítulo tumultuado na história do Brasil, marcado por divisões políticas, revoltas e desafios na
construção de uma estrutura política coesa. A ascensão antecipada de Dom Pedro II encerrou esse período, dando início a
uma fase de maior estabilidade sob o Segundo Reinado.

◦ Segundo Reinado no Brasil (1840-1889)

Estabilidade política: a antecipação da maioridade de Dom Pedro II trouxe estabilidade política ao Brasil,
encerrando o período Regencial e inaugurando uma fase de governo mais firme.
Consolidação do poder imperial: Dom Pedro II, ao longo de seu extenso reinado, consolidou o poder imperial,
implementando medidas centralizadoras e consolidando a autoridade do Estado.

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Desenvolvimento econômico: o Segundo Reinado testemunhou o início do processo de industrialização, com o
surgimento de atividades manufatureiras e investimentos em infraestrutura, como ferrovias.
Influência geopolítica: a Questão Oriental (Uruguai) e a Guerra do Paraguai (1864-1870) destacaram o papel do
Brasil na geopolítica sul-americana, ampliando sua influência na região.
Escravidão e abolição: o tema da escravidão tornou-se central, com debates intensos e crescente pressão
abolicionista. A Lei Eusébio de Queirós (1850) e a Lei Áurea (1888) marcaram o fim da escravidão no Brasil.
Movimentos sociais e políticos: movimentos como a Revolta Praieira (1848-1850) e a Questão Religiosa (1872-
1875) refletiram as tensões e transformações da sociedade brasileira.
Crise monárquica: o desgaste da monarquia imperial agravou-se nas últimas décadas do século XIX, com
crescentes críticas à forma de governo e a emergência do movimento republicano.

A insatisfação culminou na proclamação da república em 15 de novembro de 1889, encerrando o Segundo Reinado e


dando início a uma nova fase na história do Brasil.

O Segundo Reinado, apesar de períodos de estabilidade e progresso, não foi imune às mudanças e desafios do tempo. As
transformações sociais, econômicas e políticas que ocorreram durante esse período contribuíram para a configuração do
Brasil como uma nação em constante evolução.

Para saber mais detalhes sobre o período Imperial, clique aqui.

→ Período Republicano

O período Republicano teve início em 1889, quando foi proclamada a república, marcando o fim da monarquia no
Brasil. Esse período foi caracterizado por mudanças significativas na estrutura política do país e subdividido em algumas
fases: Primeira República no Brasil (1889-1930), Segunda República/Era Vargas (1930-1945), Terceira República/República
Populista (1946-1964), Quarta República/Regime Militar (1964-1985) e Quinta República/Nova República (1985-atualidade).

◦ República Velha (1889-1930)

A República Velha (1889-1930), inaugurada pela proclamação da república, em 15 de novembro de 1889, marcou uma
transição política crucial na história do país, encerrando o período monárquico e instaurando um novo sistema de governo.
Suas principais características foram:

Proclamação da república: o marechal Deodoro da Fonseca liderou o movimento militar que proclamou a república,
encerrando o Segundo Reinado e iniciando um novo capítulo na história brasileira.
Governo Provisório: o período inicial foi marcado pelo Governo Provisório de Deodoro da Fonseca, que, em
seguida, assumiu a presidência como chefe do governo provisório.
Constituição de 1891: estabeleceu a base para o novo sistema republicano, adotando princípios federais e
republicanos.
Política do café com leite: arranjo político em que São Paulo e Minas Gerais se revezavam no poder, influenciando
a escolha dos presidentes.
Rebeliões: a Revolta da Armada (1893) e outras rebeliões, como a Revolta da Vacina (1904) e a Revolta da Chibata
(1910), evidenciaram a instabilidade e o descontentamento social.
Economia cafeeira: a economia brasileira foi fortemente influenciada pela produção e exportação de café,
consolidando o país como um dos principais produtores mundiais.
Tenentismo: o movimento tenentista, liderado por jovens oficiais militares insatisfeitos com a política oligárquica,
ganhou força, antecipando transformações políticas futuras.
Crise de 1929: impactou o Brasil, contribuindo para a queda do presidente Washington Luís e o início da Era Vargas
em 1930.

◦ Era Vargas (1930-1945)

A Era Vargas (1930-1945), nomeada em homenagem a Getúlio Vargas, foi um período complexo e transformador na história
do Brasil. Foi marcada por mudanças políticas e sociais em governos ditatoriais entrecortados por uma breve experiência
democrática indireta.

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Governo Provisório (1930-1934): a Revolução de 1930 levou Vargas ao poder, instaurando um Governo Provisório,
que marcou a transição do Brasil para um governo mais intervencionista.
Constituição de 1934: foi promulgada, estabelecendo princípios democráticos e garantias sociais, mas também
conferindo amplos poderes ao Executivo.
Estado Novo (1937-1945): em 1937, Vargas dissolveu o regime democrático e instaurou o Estado Novo,
caracterizado por autoritarismo, censura e repressão política.
Política nacionalista e industrialização: Vargas implementou políticas nacionalistas, como a criação da Petrobras,
e promoveu a industrialização para fortalecer a economia brasileira.
Participação na Segunda Guerra Mundial (1942-1945): o Brasil participou, ao lado dos Aliados, da Segunda
Guerra Mundial, enviando tropas para combater na Europa e fortalecendo seus laços internacionais.
Redemocratização (1945): após a guerra, pressões por redemocratização levaram à queda de Vargas. Uma nova
Constituição foi promulgada em 1946, restaurando o sistema democrático.

◦ República Populista (1946-1964)

A construção de Brasília ocorreu durante o governo Juscelino Kubitschek, caracterizado pela política
desenvolvimentista.[1]

A República Populista (1946-1964) foi caracterizada por mudanças políticas, sociais e econômicas. Após o Estado Novo, a
redemocratização trouxe desafios e conquistas para o país, mas também sinalizou a crescente polarização política que
culminaria no Golpe Militar de 1964. Suas principais características foram:

Redemocratização (1945): a Constituição de 1946 restaurou o sistema democrático, estabelecendo um governo


republicano com eleições regulares e a divisão dos poderes.
Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1951): Dutra promoveu políticas de estabilização econômica, abertura ao
capital estrangeiro e cooperação com os Estados Unidos durante a Guerra Fria.
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Governo Getúlio Vargas (1951-1954): Vargas foi eleito novamente em 1950, iniciando um governo com ênfase em
políticas trabalhistas, nacionalismo e industrialização.
Suicídio de Vargas (1954): em 1954, sob intensa pressão política, Getúlio Vargas suicidou-se, deixando um país
dividido e abalado por crises políticas.
Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961): o governo de Kubitschek foi marcado pela construção de Brasília,
pela política desenvolvimentista conhecida como plano de metas e pela promoção do desenvolvimento econômico.
Governo Jânio Quadros (1961): a eleição de Jânio Quadros trouxe instabilidade política. Seu governo curto foi
marcado por gestos populistas, renúncia surpreendente e a ascensão de João Goulart à presidência.
Governo João Goulart (1961-1964): enfrentou tensões políticas, incluindo a tentativa de implementar reformas de
base, o que gerou oposição de setores conservadores e militares.
Golpe Militar de 1964: em 1964, um golpe militar depôs Goulart, instaurando um regime militar que perdurou por
duas décadas. O golpe foi justificado sob a narrativa de combate à ameaça comunista.

◦ Regime Militar (1964-1985)

O Regime Militar no Brasil, de 1964 a 1985, foi um período de intensas transformações políticas e sociais. Iniciado por um
golpe militar, o regime justificou-se como uma resposta à ameaça comunista, mas perdurou por duas décadas, deixando um
legado complexo e controverso. Suas principais características foram:

Golpe Militar de 1964: em 31 de março de 1964, militares depuseram o presidente João Goulart, alegando a
necessidade de proteger o país do comunismo. O golpe recebeu apoio de setores civis e empresariais.
Atos Institucionais (AI): o regime militar implementou uma série de Atos Institucionais, que conferiam amplos
poderes ao governo, suspendiam direitos políticos e instituíam eleições indiretas.
Repressão política: o período foi marcado por intensa repressão política, censura à imprensa, perseguição a
opositores e violações aos Direitos Humanos. Muitos foram presos, torturados e exilados.
Milagre econômico (1968-1973): apesar da repressão política, o regime implementou políticas econômicas que
resultaram em um período de rápido crescimento conhecido como milagre econômico.
AI-5 (1968): de 1968, esse Ato representou o auge da repressão, suspendendo garantias constitucionais, fechando o
Congresso Nacional e intensificando a censura.
Abertura política (1974-1985): pressões internas e externas levaram à abertura política gradual nos anos 1970. Em
1979, foi promulgada uma nova Lei de Anistia, e, em 1985, ocorreram eleições diretas para presidente.
Fim do Regime Militar (1985): Tancredo Neves foi eleito presidente pelo colégio eleitoral em 1985, finalizando o
regime. Contudo, Neves faleceu antes da posse, sendo sucedido por José Sarney.
Legado controverso: o Regime Militar deixou um legado controverso, com avanços econômicos, mas também com
a supressão de liberdades civis. A Comissão da Verdade, estabelecida em 2011, buscou esclarecer violações aos
Direitos Humanos durante esse período.

◦ Nova República (1985-atualidade)

A Nova República corresponde ao período da república brasileira que se iniciou a partir da redemocratização do Brasil, de
1985, e se estende até a atualidade. As principais características desse período são:

Redemocratização (1985): com o fim do Regime Militar, em 1985, a redemocratização trouxe de volta eleições
diretas e a promulgação de uma nova Constituição, restabelecendo as bases democráticas do país.
Governo José Sarney (1985-1990): Sarney assumiu a presidência em meio a desafios econômicos e inflação
elevada, implementando planos de estabilização econômica.
Governo Fernando Collor (1990-1992): marcado pelo confisco de poupanças (plano Collor), enfrentou forte
oposição popular, resultando em seu impeachment, em 1992.
Governo Itamar Franco (1992-1994): Franco assumiu a presidência após o impeachment de Collor, contribuindo
para a transição política e a estabilização econômica.
Governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002): o plano real, implementado em 1994, estabilizou a economia.
Fernando Henrique Cardoso, presidente por dois mandatos, promoveu reformas econômicas e sociais, mas
enfrentou desafios como a crise financeira de 1999.
Governo Lula da Silva (2003-2010): em 2002, Lula foi eleito presidente. Seu governo buscou reduzir a
desigualdade social, implementando programas como o Bolsa Família.

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Crescimento econômico e desafios (2000s-2010s): durante os anos 2000 e início dos anos 2010, o Brasil
experimentou um período de crescimento econômico, mas enfrentou desafios como corrupção, protestos sociais e
instabilidade política.
Governos Dilma Rousseff (2011-2016): a presidenta Dilma enfrentou um processo de impeachment em 2016,
marcado por controvérsias sobre a gestão fiscal. Seu vice, Michel Temer, assumiu a presidência.
Governo Jair Bolsonaro (2018-2022): Bolsonaro foi eleito presidente em 2018, assumindo o cargo em 2019. Seu
governo foi caracterizado por políticas conservadoras, reformas econômicas e debates intensos sobre questões
sociais e ambientais.
Governo Lula da Silva (2023): em 2023, Lula foi novamente eleito presidente, marcando seu retorno à liderança do
país após o término de seu segundo mandato, em 2010. Sua eleição representou mudanças no cenário político
brasileiro.

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Exercícios resolvidos sobre história do Brasil


Questão 1

O Ciclo do Ouro, marcado pela descoberta de ouro em Minas Gerais no século XVIII, foi uma fase crucial na história do
Brasil Colonial. Considerando esse contexto, qual foi o impacto econômico e social mais significativo desse período?

A) A ascensão de uma classe média urbana de comerciantes e artesãos.

B) A intensificação do sistema escravocrata nas regiões auríferas.

C) A promoção de políticas de inclusão social e abolição da escravatura.

D) O fortalecimento das atividades agrícolas nas capitanias nordestinas.

E) A redução das desigualdades sociais devido à distribuição equitativa do ouro.

Resolução:

Alternativa B

O Ciclo do Ouro impulsionou a economia, mas a intensificação da mineração exigiu uma mão de obra significativa,
resultando no fortalecimento do sistema escravocrata para atender à demanda por trabalho nas regiões auríferas.

Questão 2

Durante a Regência no Brasil (1831-1840), diversas revoltas marcaram esse período de instabilidade política. Uma delas foi
a balaiada, ocorrida no Maranhão. Qual foi a principal característica da balaiada e sua relação com as questões sociais da
época?

A) Foi uma revolta elitista, liderada por grandes proprietários rurais insatisfeitos com medidas tributárias.

B) Representou um movimento abolicionista, buscando a libertação dos escravizados na região.

C) Caracterizou-se como uma revolta popular, envolvendo diferentes grupos sociais, como vaqueiros e escravos.

D) Buscou a independência da província do Maranhão em relação ao governo central.

E) Foi um movimento religioso, liderado por grupos que buscavam a autonomia religiosa.

Resolução:

Alternativa C

A balaiada foi uma revolta popular que envolveu uma variedade de grupos sociais, como vaqueiros, escravizados e outros
insatisfeitos com as condições sociais e econômicas da época.

Crédito de imagem

[1]Arquivo Nacional / Wikimedia Commons (reprodução)

https://brasilescola.uol.com.br/imprimir/119 9/10
15/02/2024, 21:45 História do Brasil: resumo, períodos, eventos - Brasil Escola
Fontes

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2012

SCHWARCZ, Lilia; STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/historiab

https://brasilescola.uol.com.br/imprimir/119 10/10

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