• Ao chegarem ao Brasil, os portugueses encontraram um
território povoado; • Na chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, estima-se que os índios brasileiros constituíssem uma população de até cinco milhões; • Os tupis ocupavam a região costeira que se estende do Ceará a Cananéia (SP); • Os guaranis espalhavam-se pelo litoral Sul do país e a zona do interior, na bacia dos rios Paraná e Paraguai; • Em outras regiões, encontravam-se outras tribos, genericamente chamados de tapuias, palavra tupi que designa os índios que falam outra língua. MODO DE VIDA • Os índios sobreviviam da caça, da pesca, do extrativismo e da agricultura. Nem esta última, porém, servia para ligá-los permanentemente a um único território; • Fixavam-se nos vales de rios navegáveis, onde existissem terras férteis. Permaneciam num lugar por cerca de quatro anos; • Depois de esgotados os recursos naturais do local, migravam para outra região, num regime semi-sedentário. Suas tabas (aldeias) abrigavam entre 600 e 700 habitantes. Levando em conta as possibilidades de abastecimento e as condições de segurança da área, um conselho de chefes determinava o local onde eram erguidas. MODO DE VIDA • As aldeias eram formadas por ocas (cabanas), habitações coletivas que apresentavam formas e dimensões variadas. Em geral, as ocas eram retangulares, com o comprimento variando entre 40 m e 160 m e a largura entre 10 m e 16 m. Abrigavam entre 85 e 140 moradores. Suas paredes eram de madeira trançada com cipó e recobertas com sapé desde a cobertura. • Várias aldeias poderiam estar ligadas entre si através de trilhas; • Algumas eram muito extensas como a do Peabiru, que unia a região da atual Assunção, no Paraguai, com o planalto de Piratininga, onde se situa a cidade de São Paulo; • Descobrimentos arqueológicos confirmam contatos entre os tupis- guaranis e os incas do Peru: objetos de cobre dos Andes foram desenterrados em escavações, no Rio Grande do Sul e no Estado de São Paulo. MODO DE VIDA
• A alimentação dos índios do Brasil se compunha basicamente de
farinha de mandioca, milho, peixe, mariscos e carne; • Com as fibras nativas dos campos e florestas, fabricavam-se cordas, cestos, peneiras, esteiras, redes, abanos de fogo; moldavam-se em barro diversos tipos de potes, vasos e urnas funerárias, pois enterravam seus mortos. RELIGIOSIDADE •Os tupi-guaranis acreditavam em duas entidades supremas - Monan e Maíra - identificados com a origem do universo; •Ao lado das divindades criadoras, figurava também uma entidade - Tupã - associada à destruição do mundo, que os índios consideravam inevitável no futuro, além de ter ocorrido em passado remoto; •Acreditavam também na vida após a morte, quando o espírito do morto iniciava uma viagem para o Guajupiá, um paraíso (a terra sem males) onde se encontraria com seus ancestrais e viveria eternamente. •Pajelança (do tupi: pajé, curador, sacerdote, xamã) é um termo genérico aplicado às diversas manifestações do xamanismo dos povos indígenas brasileiros. Refere-se aos rituais nos quais um especialista entra em contato com entidades não humanas. •A prática da antropofagia estava especialmente ligada à viagem sobrenatural, sendo uma espécie de ritual preparatório para ela. O ritual de antropofágico servia, também, para reverenciar os espíritos dos antepassados e vingar os membros da aldeia mortos em combate. CONDIÇÕES ATUAIS •Para preservar a unidade e a integridade de seu modo de vida, os índios optaram pela migração para as áreas interioranas, cujo acesso difícil tornava o contato com o branco improvável ou impossibilitava a este exercer seu domínio. Essa alternativa, porém, teve um preço alto para as tribos indígenas, forçando-as a adaptar-se a regiões mais pobres ou inóspitas •Dos cinco milhões de índios da época do descobrimento, existem atualmente cerca de 460 mil, segundo a Funai - Fundação Nacional do Índio. A CHEGADA PORTUGUESA AO BRASIL
DESCOBRIMENTO OU POSSE? CONTEXTO HISTÓRICO
•AS GRANDES NAVEGAÇÕES;
•AS TENSÕES ENTRE PORTUGUAL E ESPANHA; •CRISES INTERNAS NAS MONARQUIAS NACIONAIS; •NASCIMENTO DO CAPITALISMO; •MERCANTILÍSMO; • A BUSCA POR METAIS PRECIOSOS; •O RENASCIMENTO CULTURAL; •A CRISE INTERNA DA IGREJA CATÓLICA. O TRATADO DE TORDESILHAS A CHEGADA
•O Descobrimento do Brasil deve ser entendido dentro do contexto das
Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Portugal e Espanha eram as nações mais poderosas do mundo e se lançaram ao mar em busca de novas terras para explorar. Usavam também o mar como rota para chegar as Índias, grande centro comercial da época, onde compravam especiarias (temperos, tecidos, joias) para revender na Europa com alta lucratividade. •O Descobrimento do Brasil ocorreu no dia 22 de abril de 1500. Nesta data as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral, chegou ao litoral sul do atual estado da Bahia. Era um local que havia um monte, que foi batizado de Monte Pascoal. •No dia 24 de abril, dois dias após a chegada, ocorreu o primeiro contato entre os indígenas brasileiros que habitavam a região e os portugueses. De acordo com os relatos da Carta de Pero Vaz de Caminha foi um encontro pacífico e de estranhamento, em função da grande diferença cultural entre estes dois povos. O CONTATO COM OS NATIVOS
•Cabral recebeu alguns índios em sua caravela. Logo de cara, os índios
apontaram para objetos de prata e ouro. Este fato fez com que os portugueses pesassem que houvesse estes metais preciosos no Brasil. Neste contato os portugueses ofereceram água aos índios que tomaram e cuspiram, pois era água velha com gosto muito diferente da água pura e fresca que os índios tomaram. Os índios também não quiseram vinho e comida oferecidos pelos portugueses. •Neste contato, que foi um verdadeiro “choque de culturas”, houve estranhamento de ambos os lados. Os portugueses estranharam muito o fato dos índios andarem nus, enquanto os indígenas também estranharam as vestimentas, barbas e as caravelas dos portugueses. •No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil, rezada pelo Frei Henrique de Coimbra. Após a missa, a esquadra rumou em direção as Índias, em busca das especiarias. Como acreditavam que a terra descoberta se tratava de uma ilha, a nomearam de Ilha de Vera Cruz (primeiro nome do Brasil) O DEBATE SOBRE 1500: DESCOBRIMENTO OU POSSE? •Quando usamos o termo “Descobrimento do Brasil” parece que nossa terra não era habitada e os portugueses foram os primeiros a encontra-la. Desta forma, desconsideramos a presença de mais de cinco milhões de indígenas, divididos em várias nações, que já habitavam o Brasil muito tempo antes da chegada dos portugueses. •Portanto, muitos historiadores preferem falar em “Chegada dos Portugueses ao Brasil”. Desta forma é valorizada a presença dos nativos brasileiros no território. Diante deste contexto, podemos afirmar que os portugueses descobriram o Brasil para os europeus. Principal fonte histórica •A principal fonte histórica sobre o Descobrimento do Brasil é um documento redigido por Pero Vaz de Caminha, o escrivão da esquadra de Cabral. A "Carta de Pero Vaz de Caminha" a D. Manuel I, rei de Portugal, conta com detalhes aspectos da viagem, a chegada ao litoral brasileiro, os índios que habitavam na região e os primeiros contatos entre os portugueses e os nativos. O PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500 – 1530): • BRA em 2º plano: comércio com as Índias + ausência de metais preciosos. • Pau-Brasil – Fabricação de tintura para tecidos. – Exploração nômade e predatória. – Escambo com índios. – Incursões estrangeiras (ESP e FRA). – As Feitorias. • Expedições portuguesas ao Brasil. • Os primeiros contato com os nativo. • Colonização: O PAU BRASIL – Medo de perder as terras para invasores. – Decadência do comércio com as Índias. – Esperança de encontrar metais preciosos. BRASIL COLONIA CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PERÍODO COLONIAL •Colônia de exploração. •Monocultura. •Agroexportação. •Latifúndio. •Escravismo. •Pacto Colonial (monopólio da metrópole sobre a colônia). AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS •Inicio da colonização e administração colonial •Por não dispor de recursos suficientes para investir na colonização, o governo português transferiu a tarefa a particulares; •Em 1534, o rei de D. João III ordenou a divisão do território da colônia em grandes porções de terra-15 capitanias ou donatarias - e as entregou a pessoas que se habilitaram ao empreendimento(capitães ou donatários) •Nomeados pelo rei, o donatário era a autoridade máxima dentro da capitania. •Com sua morte, a administração passava para seus descendentes daí, capitanias hereditárias. •Obs: o sistema não era novidade, havia sido praticado na África. •Documentos: carta de doação e o Foral. •Obs: o Foral – direitos e deveres do donatário. •Capitanias de sucesso: São Vicente e Pernambuco PROBLEMAS COM O SISTEMA DE CAPITANIAS •Falta de recursos dos donatários; •Revoltas dos povos indígenas; •Isolamento das capitanias; •Dificuldades com a lavoura RESULTADOS POSITIVOS •Foram lançadas as bases da colonização; •formaram-se os primeiros núcleos de povoamento, como São Vicente, Ilhéus, Olinda e Santos; •Preservou a posse das terras; •Foram reveladas as possibilidades de exploração econômica da colônia, com o início do cultivo da cana-de-açúcar.