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A EXPANSÃO DA COLÔNIA

PORTUGUESA
Profa. NADINNY SOUSA
União Ibérica

Com a morte de D. Henrique, o


parente mais próximo a
reivindicar a Coroa portuguesa
foi Filipe II, rei da Espanha. Ao
se tornar também rei de
Portugal, com o nome de Filipe
I, o monarca unificou as duas
coroas. Surgia, assim, a União
Ibérica, que durou sessenta
anos.
(1580 – 1640)
União Ibérica

Como Espanha e Portugal


estiveram unidos por todo esse
período, a linha divisória do
Tratado de Tordesilhas perdeu sua
razão de existir, uma vez que as
terras da América, divididas entre
os dois reinos, passaram a
pertencer a um mesmo governo.
Isso contribuiu para a expansão
das fronteiras do Brasil.
Ocupação do Nordeste

• Diversos fatores contribuíram para uma :


• a resistência dos indígenas contra a invasão portuguesa de
suas terras;
• a concorrência com outros colonizadores estrangeiros,
que tentavam ocupar regiões da América;
• a falta de recursos dos donatários das capitanias para
financiar um projeto colonizador de grande envergadura;
• a dificuldade de se encontrar pessoas dispostas a iniciar
uma vida nova em um continente até então desconhecido.
Ocupação do Nordeste

As autoridades da União
Ibérica passaram a estimular
a organização de expedições
colonizadoras na atual
Região Nordeste do Brasil. De
modo geral, elas partiam de
dois centros diferentes, a
capitania de Pernambuco e a
capitania da Baía de Todos-
os-Santos.
Ocupação do Nordeste

Essas expedições
promoveram, principalmente,
o povoamento do interior
nordestino e contribuíram
para impulsionar a criação de
gado no território brasileiro.
Fortes do litoral

• Fortes eram construídos para assegurar a posse do território e impedir a


investida de povos estrangeiros também interessados em se instalar em terras
americanas.

• Os fortes também funcionavam como ponto de apoio para expedições que


tinham por finalidade desbravar novas terras.

• Foi o caso, por exemplo, das cidades de Natal, capital do Rio Grande do Norte,
surgida em torno do Forte dos Reis Magos (erguido entre 1598 e 1602), e de
Fortaleza, capital do Ceará, surgida ao redor do Forte de São Sebastião (de 1611).
• A conquista de territórios e a posterior construção dos fortes não foram um
processo pacífico. Os colonizadores enfrentaram a resistência dos indígenas,
que lutaram tentando impedir a invasão de suas terras.
Fortes do litoral

os fortes tinham ainda outra


função: combater as constantes
invasões de franceses, ingleses e
neerlandeses ao litoral brasileiro.
Ainda assim, em 1612, os franceses
conseguiram instalar uma colônia
em uma ilha no litoral do norte e a
batizaram com o nome de São
Luís, em homenagem ao rei
francês na época, Luís XIII.
Currais do interior

O primeiro governador-geral da
colônia, Tomé de Sousa, trouxe um
conjunto de orientações sobre como
deveria conduzir sua administração
por essas terras. Entre outros
objetivos, o governo português previa
a exploração do interior da colônia.
Na época, esse interior era chamado
genericamente de sertão , e os
expedicionários que partiam rumo a
ele ficaram conhecidos como
sertanistas.
Currais do interior

O governo português previa


a exploração do interior da
colônia. Na época, esse
interior era chamado
genericamente de sertão, e
os expedicionários que
partiam rumo a ele ficaram
conhecidos como
sertanistas. A ideia do
governo era fundar vilas e
procurar metais preciosos.
Currais do interior

Na região de Pernambuco,
os sertanistas viajaram ao
longo dos rios Ipojuca,
Capibaribe, Pajeú, entre
muitos outros. Em 1560, os
irmãos Duarte e Jorge
Coelho, da capitania de
Pernambuco, fundaram a
cidade de Penedo, no atual
estado de Alagoas, às
margens do Rio São
Francisco.
Currais do interior

Conforme o interior ia
sendo desbravado, diversos
currais, onde o gado era
recolhido e abrigado, eram
instalados nessas regiões.
Com o tempo, várias
cidades se formaram ao
redor desses currais.
Colonização da região
Norte

A colonização da região
começou com uma postura
defensiva. Uma das
primeiras ações tomadas
pelas autoridades ibéricas
foi a construção de um
forte na Baía do Guajará,
inaugurado em 1616, em
um ponto de entrada para
a região amazônica.
Colonização da
região Norte

Seu objetivo era impedir


que embarcações
estrangeiras tentassem
invadir a Amazônia pela
via fluvial. A edificação
recebeu o nome de Forte
do Presépio, e, em pouco
tempo, formou-se em
torno dela a cidade de
Belém, atual capital do
estado do Pará.
Colonização da
região Norte

Entre 1612 e 1771, por


exemplo, 35 fortes foram
erguidos em pontos
estratégicos da Bacia
Amazônica; um deles, o
Forte de São José da Barra
do Rio Negro, fundado em
1669, originou a cidade de
Manaus, atual capital do
Amazonas.
Missões religiosas

O destaque fica por conta dos


jesuítas, que, nas primeiras décadas
do século XVII, se embrenharam
pelo interior da floresta, fundando
aldeamentos com o objetivo de
converter os indígenas à fé cristã.
Em 1653, os jesuítas instalaram-se
efetivamente na cidade de Belém,
onde fundaram colégios e conventos.
De lá, espalharam-se pela Amazônia,
instituindo diversos colégios e
tomando conta de aldeamentos.
Missões religiosas

Os jesuítas também se envolveram


na extração das drogas do sertão,
riquezas naturais da Região
Amazônica.
Além de escolas e conventos, os
missionários chegaram a ter 25
fazendas de cultivo agrícola e de
criação de gado, três engenhos e uma
olaria.
Escravização indígena
• Os colonizadores adentravam a Região
Amazônica para capturar a população
nativa espalhada pelas diversas aldeias
locais.

• Principal objetivo expandir o


catolicismo, esses religiosos
priorizavam a conversão dos indígenas
ao cristianismo, e não os interesses
comerciais.
• O governo português decretou uma lei
que proibia a escravização da população
nativa. Porém, havia uma brecha nessa
legislação: caso acontecesse uma
“guerra justa” entre os colonizadores e
os indígenas, estes poderiam ser
escravizados.
Guerra justa

• Eram guerras justas aquelas que


tivessem sido iniciadas pelos indígenas
ou que tivessem como objetivo punir
aldeias hostis aos portugueses e
inimigas da Coroa.

• Podiam ser julgados inimigos da Coroa


os povos que se opusessem à
catequização.

• Praticantes da antropofagia e os que


resistissem ao processo cultural
imposto

• A ocupação de suas terras e os que se


aliassem a povos considerados inimigos
de Portugal.
Bandeirantes

• Os primeiros habitantes de São Paulo dedicaram-se à produção de gêneros


alimentícios para abastecimento interno, como o trigo e a mandioca.

• Esse tipo de atividade não possibilitava o acúmulo de riquezas necessárias


para a compra de escravizados africanos. [...] Passaram, então, a organizar
expedições para capturar os nativos que viviam nas proximidades da vila. Essas
expedições eram chamadas de bandeiras e foram responsáveis pela
exploração de grandes regiões do interior da América portuguesa.
Bandeirantes
Os bandeirantes, como ficaram
conhecidos os participantes dessas
expedições, exploraram apenas regiões
próximas de São Paulo. Para isso,
deslocavam-se acompanhando o curso
dos rios, especialmente o rio Tietê.
Porém, com o tempo, o número de
indígenas nas proximidades da vila foi
diminuindo. Isso motivou os
bandeirantes a se deslocar para
localidades cada vez mais distantes.
Assim, eles passaram a explorar regiões
dos atuais estados do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, além da
atual nação do Paraguai, entre outras
partes do sul da América.
Bandeirantes

O contato entre indígenas e


colonizadores luso-brasileiros
também foi marcado por intensa
troca de saberes, como os relativos
a práticas médicas, alimentos,
técnicas de exploração dos
recursos naturais, entre outros,
criando uma cultura que misturava
elementos portugueses e
indígenas. Muitos elementos dessa
cultura podem ser observados até
os dias atuais nos hábitos da
população paulista, especialmente
no interior do estado.
Bandeirantes

Outra consequência das


bandeiras foi a fundação de
povoados, aldeias e vilas na
parte sul da América
portuguesa. São exemplos de
cidades que foram originadas
pela ação dos bandeirantes:
Paranaguá e Curitiba, no
Paraná; São Francisco do Sul e
Laguna, em Santa Catarina;
Itu e Porto Feliz, em São
Paulo; entre muitas outras.
Bandeirantes

As bandeiras foram
precedidas pelas
entradas, expedições
organizadas pela Coroa
portuguesa, que foram as
primeiras a desbravar o
interior da colônia em
busca de indígenas, metais
preciosos e recursos
diversos.
Sertanismo de contrato

Nesse processo, os bandeirantes


acabavam explorando outras
regiões da América portuguesa,
como o interior do Nordeste. Eles
realizavam expedições para
perseguir escravizados fugitivos,
destruir quilombos ou combater
grupos indígenas que ameaçavam
a produção de açúcar e outras
riquezas. Esse tipo de atividade
recebeu o nome de sertanismo de
contrato .
Descoberta de metais e
pedras preciosas

• Tanto esforço deu resultado. No final do século XVII, as expedições paulistas


encontraram ouro na região do atual estado de Minas Gerais. Tal evento
provocou uma verdadeira corrida da população em direção à região das minas,
dando origem a novas vilas e cidades afastadas do litoral.

• Os bandeirantes foram também responsáveis pela descoberta do ouro nas


regiões do atual estado de Goiás e de Mato Grosso. Dessa forma, o centro-sul e o
centro-oeste da colônia começaram a ser ocupados e colonizados pelos
portugueses.

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