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aulas

51 e 52
Expansão territorial da América Portuguesa (I)

1.
Os principais focos de ocupação do interior da América Portuguesa foram São Vicente, o litoral
nordestino e a região Norte.
2.
Os primeiros povoadores de São Vicente se dirigiram para o interior do território porque
sua produção de açúcar não conseguiu competir com a de Pernambuco, voltando-se, então,
para a economia de subsistência. Alguns povoadores de São Vicente, em busca de melhores
oportunidades, dirigiram-se para o interior do território e instalaram-se no planalto de Piratininga,
onde jesuítas fundaram o colégio que constituiu o núcleo da Vila de São Paulo (1554).
3.
Os primeiros povoadores de São Paulo viviam muito isolados e praticavam a economia de
subsistência, utilizando o trabalho de indígenas escravizados.
4.
Os paulistas ocuparam o interior do território em busca de indígenas para serem escravizados,
o que levou à destruição de missões jesuíticas em possessões espanholas. A dispersão do gado
que vivia nas missões destruídas também motivou a penetração dos paulistas rumo ao interior.
Após serem localizados, os rebanhos eram recolhidos e conduzidos para São Paulo. Por fim, o
início da mineração levou os paulistas ao interior do território, com o início da ocupação de
Minas Gerais (1693), Mato Grosso (1718) e Goiás (1725).

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53 e 54
Expansão territorial da América Portuguesa (II)

1.
As entradas eram expedições oficiais de exploração, conquista de território e luta contra
estrangeiros. As bandeiras eram expedições particulares, com finalidades mais econômicas do
que políticas.
2.
Tratava-se de expedições contratadas por autoridades coloniais com finalidades determinadas,
como o combate a indígenas ou a busca de escravizados fugitivos.
3.
Domingos Jorge Velho, Pascoal Moreira Cabral Leme, Bartolomeu Bueno da Silva, Manuel
Borba Gato, Fernão Dias Paes, Manuel Preto e Antônio Raposo Tavares.
4.
Monções eram expedições realizadas pelos bandeirantes em rios, especialmente durante o
século XVIII, quando se dirigiam para os sertões de Mato Grosso. Seu objetivo era buscar ouro
e levar provisões aos bandeirantes que lá se encontravam.

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55 e 56
Expansão territorial da América Portuguesa (III)

1.
A pecuária foi o principal motivo de penetração para o interior na região Nordeste.
2.
A partir da Bahia, o gado atingiu Sergipe, margeando o litoral até a foz do rio São Francisco e
seguindo para o interior por sua margem direita, o que levou à ocupação do “sertão de dentro”
(Bahia). Atravessando o rio São Francisco, o gado ocupou a margem esquerda (Pernambuco),
atingindo a bacia do rio Parnaíba e o sul do Piauí e do Maranhão. Do Piauí, as fazendas se
expandiram para o Ceará. A partir de Pernambuco, a expansão das fazendas de gado levou à
ocupação da costa da Paraíba e do Rio Grande do Norte e, depois, do interior; por fim, chegou-
-se ao Ceará, onde houve o encontro com o gado da Bahia.
3.
Mestiços e indígenas livres trabalhavam na pecuária. Empregados em fazendas, cuidavam do
gado e, ao término de um período, eram pagos com alguns animais, podendo dar início às
próprias criações.
4.
A floresta Amazônica despertou o interesse dos exploradores europeus, e logo surgiram tenta-
tivas de ocupação das margens do rio Amazonas com a fundação de missões jesuíticas. Além
da busca de ouro e prata, havia também frutos da floresta (drogas do sertão) cuja exploração
integrou a Amazônia aos domínios portugueses. A iniciativa oficial predominou na ocupação,
feita pelos rios.

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57 e 58
Fixação dos limites territoriais

1.
A primeira definição de fronteiras na América ocorreu antes da ocupação do território,
com o Tratado de Tordesilhas (1494), firmado entre Portugal e Espanha. Contudo, durante a
dominação espanhola sobre Portugal (1580-1640), o Tratado de Tordesilhas perdeu o sentido
em termos práticos.
2.
Por meio do Tratado de Utrecht, assinado em 1713, Portugal obteve a renúncia da França às
suas pretensões sobre o Amapá, fixando-se a fronteira norte no rio Oiapoque. Em 1715, uma
complementação do tratado, firmada com a Espanha, garantiu as posições portuguesas no rio
da Prata, com a devolução da Colônia do Sacramento pela Espanha.
3.
O Tratado de Madri, assinado em 1750 por Portugal e Espanha, revogou o Tratado de Tordesilhas
(1494), fixando os contornos do Brasil atual, exceto ao sul. Consagrando o princípio jurídico
(uti possidetis) segundo o qual a soberania de um território pertence a quem efetivamente o
ocupa, fixou a fronteira sul em Castilhos Grandes (Uruguai). Portugal cederia a Colônia do
Sacramento para a Espanha, recebendo desta os Sete Povos das Missões. Contudo, jesuítas
espanhóis e indígenas guaranis negaram-se a abandonar os Sete Povos, levando à eclosão da
Guerra Guaranítica (1755-1756). Por fim, o Tratado de Madri foi anulado pelo Tratado de El
Pardo (1761).
4.
Em linhas gerais, o Tratado de Santo Ildefonso, assinado em 1777, repetiu o Tratado de Madri.
No sul, a fronteira foi deslocada de Castilhos Grandes para o Arroio Chuí. A Espanha desocupou
a ilha de Santa Catarina e, em troca, Portugal cedeu a Colônia do Sacramento. Os Sete Povos
das Missões continuaram pertencendo à Espanha por mais alguns anos, até serem tomados por
colonos portugueses no início do século XIX.

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Respostas das atividades adicionais

1.
alternativa E
A exploração de metais preciosos, a criação de gado e o estabelecimento de missões jesuíticas
contribuíram para o processo de interiorização da colonização brasileira.
2.
alternativa E
A pecuária e a mineração contribuíram para a penetração rumo ao interior do território. Juntas,
esboçaram um comércio interno na Colônia.
3.
alternativa C
As atividades dos bandeirantes e a expansão da pecuária tiveram um papel importante na for-
mação territorial do Brasil contemporâneo.
4.
alternativa C
Quando comparado ao Nordeste, o litoral de São Vicente era estreito e não apropriado à cultu-
ra açucareira. A população local dedicou-se às atividades de subsistência e ao apresamento de
indígenas, pois estavam isolados em relação à Metrópole.
5.
alternativa C
No Período Colonial, o rio Tietê serviu como uma via de ligação entre o planalto de Piratininga
e o interior, facilitando a atividade dos bandeirantes, seja no apresamento de indígenas, seja na
busca de metais preciosos. As expedições que utilizavam as vias fluviais também eram chama-
das de monções.
6.
alternativa C
A ação dos bandeirantes ampliou o espaço territorial da América Portuguesa além da linha de
Tordesilhas, consolidando as fronteiras no Tratado de Madri (1750).
7.
alternativa E
As bandeiras constituíram instrumentos de penetração no interior para além da linha de Torde-
silhas. Essas expedições associaram-se ao apresamento de indígenas, à mineração e ao comba-
te aos quilombos (redutos de escravos fugitivos).
8.
alternativa D
O rio São Francisco ficou conhecido no Período Colonial como o “rio dos currais”. Ao longo
de sua bacia desenvolveu-se a pecuária, cuja expansão foi responsável pela ocupação de vastas
regiões do interior nordestino.
9.
alternativa A
Tanto a atividade missionária dos jesuítas quanto a atividade econômica da coleta das drogas
do sertão estão relacionadas à interiorização da Colônia na região amazônica. Tal área tornou-
-se reconhecidamente portuguesa por meio do Tratado de Madri (1750).
10. alternativa E
Durante os séculos XVII e XVIII, os portugueses ocuparam grande parte do vale amazônico,
destacando-se a exploração econômica da região por intermédio das entradas e missões jesuí-
ticas, que adquiriam dos indígenas as drogas do sertão.
11. alternativa E
De acordo com os termos do Tratado de Madri (1750), Portugal, ao sul, cedia a Colônia do
Sacramento para a Espanha e, em contrapartida, a Espanha entregava a região dos Sete Povos
das Missões para Portugal. Para a Espanha, era vital o controle do estuário do rio da Prata.

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12. alternativa B
O texto se refere ao episódio da Guerra Guaranítica (1755-1756), quando tropas espanholas e
portuguesas lutaram lado a lado para combater indígenas e jesuítas que se recusavam a aban-
donar as missões que, segundo os termos do Tratado de Madri (1750), deveriam passar à sobe-
rania portuguesa.
13. alternativa E
O Tratado de Madri, de 1750, assinado por Portugal e Espanha, permitiu a Portugal a posse das
terras a oeste do meridiano de Tordesilhas.

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