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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 41/2019
Minas Gerais
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// IOB Setorial
Federal
Informática - Simples Nacional - ISS - Tributação da atividade de
suporte técnico em informática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
// IOB Comenta
Estadual
Posicionamento do Fisco mineiro referente ao aproveitamento de
crédito para material de embalagem adquirido por supermercados. . 15
Capa:
Marketing SAGE | IOB
0800-724-7900 SAC
ISBN 978-85-379-3503-3
19-30071 CDD-34:336.223(81)
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Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a Federal
IPI 4. Cestas de Natal - Exclusão do conceito de
industrialização
5. Hipóteses de incidência
Cestas de Natal 6. Material utilizado na confecção da cesta de Natal
SUMÁRIO 1. Quadro sinótico
1. Quadro sinótico
2. Considerações iniciais Veja, a seguir, quadro sinótico com os principais
3. Embalagem para transporte tópicos deste texto:
Tópicos Descrição
Está excluído do conceito de industrialização o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16
Exclusão do conceito de
a 22 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), adquiridos de terceiros em
industrialização
embalagens confeccionadas sob a forma de cesta de Natal e semelhantes.
No caso de reacondicionamento em cestas de Natal ou assemelhadas realizado pelo próprio industrializador,
ou importador de produtos do exterior (equiparado a industrial), há a incidência do IPI nas saídas dos produtos
por ele industrializados ou importados, uma vez que a legislação considera como fato gerador a saída de pro-
dutos desses estabelecimentos. A incidência do IPI, nesse caso, não ocorre em razão do reacondicionamento
Incidência dos produtos realizado pelo estabelecimento industrial ou importador, mas sim pela saída de produto por ele
industrializado ou importado (parte final do Parecer Normativo CST nº 479/1970, transcrita no subitem 4.1).
O mesmo ocorre em relação aos produtos importados por outro estabelecimento da mesma empresa, exceto
nas hipóteses em que o estabelecimento reacondicionador seja exclusivamente varejista e não tenha recebido
os produtos diretamente da repartição que os liberou.
Não se considera reacondicionamento a simples revenda dos produtos tributados conforme os Capítulos 16 a
22 da TIPI, adquiridos de terceiros, quando acondicionados em embalagens confeccionadas sob a forma de
cestas de Natal ou semelhantes.
Não incidência
Assim, por não ser a operação caracterizada como industrialização, não há incidência do IPI, tendo em vista
que, no caso, não há substituição das embalagens originais, mas apenas colocação de vários produtos em
uma só.
condicionada à forma da embalagem do produto, será Dessa forma, o acondicionamento dos produtos
entendido como acondicionamento para transporte o ora relacionados, em embalagens confeccionadas
que se destinar principalmente a esta finalidade. sob a forma de cesta de Natal e assemelhadas, por
não ser operação caracterizada como industrializa-
É considerada como embalagem para apre- ção, não está sujeito à incidência do IPI por ocasião
sentação aquela que não estiver compreendida no de os produtos saírem do estabelecimento que realiza
conceito de embalagem para transporte (exceto nos o acondicionamento.
casos em que a natureza do acondicionamento e as
(RIPI/2010, art. 5º, X; TIPI - Decreto nº 8.950/2016)
características do rótulo atendam, apenas, às exigên-
cias técnicas ou a outras constantes de leis ou de atos
administrativos). 4.1 Produto fora do campo de incidência do IPI
Nos termos do Parecer Normativo CST nº 90/1975,
Para ser caracterizado como embalagem para a exclusão da operação do conceito de industrializa-
transporte, o acondicionamento deverá atender, ção importa em considerar o produto dela obtido fora
cumulativamente, às seguintes condições: do campo de incidência do imposto.
a) ser feito em caixas, caixotes, engradados, barri-
cas, latas, tambores, sacos, embrulhos e seme- Transcrevemos, a seguir, a íntegra do Parecer
lhantes, sem acabamento e rotulagem de fun- Normativo CST nº 479/1970, que traz diversas eluci-
ção promocional, e não ter por finalidade a va- dações sobre o reacondicionamento de produtos em
lorização do produto em razão da qualidade do embalagens confeccionadas sob a forma de cesta de
material nele empregado, da perfeição do seu Natal:
acabamento ou da sua utilidade adicional; e Parecer Normativo CST nº 479/70
b) ter capacidade acima de 20 kg ou superior
àquela em que o produto é comumente vendi- Formação de “Cesta de Natal” não configura reacondi-
cionamento por força do art. 9º do Decreto-lei nº 400/68.
do, no varejo, aos consumidores. Mercadoria estrangeira importada diretamente e adquirida
no mercado interno. Documentário Fiscal.
O acondicionamento do produto, ou a sua forma de
apresentação, será irrelevante quando a incidência do Firmas que se dedicam ao reacondicionamento de produ-
imposto estiver condicionada ao peso da sua unidade. tos alimentares e de bebidas para formação de chamadas
“Cestas de Natal”.
(RIPI/2010, arts. 4º, caput, IV, e 6º)
Firma que reacondiciona em caixas sortidas frascos de
sucos de frutas naturais e de geléia, com pagamento par-
4. Cestas de Natal - Exclusão do conceito celado e entrega futura.
de industrialização
Num e noutro caso não há substituição das embalagens
Está excluído do conceito de industrialização originais, mas tão-somente a colocação de numerosos
o acondicionamento de produtos classificados nos produtos numa embalagem maior, para facilidade de trans-
porte.
Capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros em
embalagens confeccionadas sob a forma de cesta de Importadores e atacadistas de mercadoria estrangeira.
Natal e semelhantes.
Preliminarmente, com relação às chamadas “Cestas
de Natal”, o Decreto-lei nº 400, de 30.12.1968, o art. 9º,
Os produtos classificados nos referidos capítulos declara que “não se conceitua como reacondicionamento
da TIPI são os seguintes: a simples revenda de produtos tributados dos Capítulos 16
a 22, adquiridos de terceiros, quando acondicionados em
TIPI embalagens confeccionadas com os produtos do capítulo
Capítulos Produtos 46, tudo da Lei nº 4.502, de 30.11.1964;” os capítulos 16
Preparações de carnes, de peixes ou de crustáceos, a 22 compreendem os “Produtos das Indústrias Alimen-
16
de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; tícias” e as “Bebidas, Líquidos Alcoólicos e Vinagre”; o
17 Açúcares e produtos de confeitaria; Capítulo 46 diz respeito às “Manufaturas de Espartaria e
18 Cacau e suas preparações; de Cestaria”.
Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, fécu-
19 A Nota 46-1, da Tabela manda considerar como “matérias
las ou leite; produtos de pastelaria;
para entrançar” as palhas, as varas de vime ou de sal-
Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de
20 gueiro, o junco, as canas, as fitas de madeira, as tiras e
outras partes de plantas;
cascas vegetais, as fibras têxteis naturais não fiadas, os
21 Preparações alimentícias diversas; monofilamentos e as tiras ou formas semelhantes de maté-
22 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres. rias plásticas artificiais e as tiras de papel.
Em conseqüência, temos que sempre que os materiais com trializador, ou importador de produtos do exterior (equi-
que as cestas são confeccionadas forem precisamente parado a industrial), há a incidência do IPI nas saídas
aqueles do capítulo 46 e os produtos acondicionados
aqueles classificados nos capítulos 16 a 22 da Tabela, tal dos produtos por ele industrializados ou importados,
operação não é considerada reacondicionamento para os uma vez que a legislação considera como fato gerador
efeitos da legislação do IPI, posto que o art. 9º do Decreto- a saída de produtos desses estabelecimentos.
-lei nº 400/68 determina expressamente essa exclusão; da
mesma forma, as firmas que reacondicionam conjuntos de
frascos de sucos de frutas naturais e de geléias não serão A incidência do IPI, nesse caso, não ocorre em
alcançadas pela tributação, contanto que a embalagem razão do reacondicionamento dos produtos realizado
dos conjuntos se enquadre nas especificações do art. 9º
pelo estabelecimento industrial ou importador, mas
citado, caso contrário, estará plenamente caracterizado
o reacondicionamento a que alude o inciso IV do § 2º do sim pela saída de produto por ele industrializado
art. 1º do Regulamento; aliás, nesse sentido, já se mani- ou importado (parte final do Parecer Normativo CST
festou esta Coordenação, através de vários Pareceres nº 479/1970, transcrita no subitem 4.1).
Normativos.
Se a firma for importadora de mercadoria estrangeira ou filial O mesmo ocorre em relação aos produtos impor-
de importadora operando no atacado, estará equiparada a tados por outro estabelecimento da mesma empresa,
industrial, por força do art. 3º, § 1º, inciso I, competindo-lhe
escriturar os livros 13 ou 13-A, 14 ou 14-A, 17, 30 (se for o exceto nas hipóteses em que o estabelecimento
caso) e 31 e possuir notas fiscais de subsérie especial, nas reacondicionador seja exclusivamente varejista e não
quais será destacado o IPI, devendo ditas notas conter os tenha recebido os produtos diretamente da repartição
dizeres a que se refere o inciso II do art. 89, tratando-se
de comerciante atacadista de produto estrangeiro adqui-
que os liberou.
rido no mercado interno, as prescrições quanto às notas
(RIPI/2010, art. 9º, I, e art. 35, II; Parecer Normativo CST
fiscais são as já citadas, não havendo, porém, destaque
nº 479/1970)
do IPI e a escrituração fiscal cingir-se-á aos livros modelos
18 e 31 do RIPI. Contudo, relativamente aos livros 17 e 18
citados neste parecer, deve-se ter presente que a Portaria 6. Material utilizado na confecção da
no GB-173, de 21.05.1969 dispensa a sua escrituração
nos casos de produtos (exceto relógios) cuja alíquota ad cesta de Natal
valorem da Tarifa Aduaneira seja, por ocasião do respec-
tivo desembaraço, igual ou inferior a 55%.
O art. 5º, X, do RIPI dispõe que a exclusão do
conceito de industrialização se aplica à simples
Tratando-se de produtos tributados em várias posições far- revenda dos produtos de que tratam os Capítulos 16
-se-á a escrituração fiscal por posição, inciso e subinciso,
na conformidade do art. 120.
a 22 da TIPI, quando acondicionados em embalagens
confeccionadas sob a forma de cestas de Natal e
(Parecer Normativo CST nº 479/1970; Parecer Normativo semelhantes.
CST nº 90/1975)
Contudo, o Decreto-lei nº 400/1968, no qual
4.2 Não incidência se fundamenta o art. 5º, X, do RIPI, dispõe que a
Não se considera reacondicionamento, conforme exclusão do conceito de industrialização se aplica à
já mencionado, a simples revenda dos produtos simples revenda de produtos dos Capítulos 16 a 22 da
tributados conforme os Capítulos 16 a 22 da TIPI, TIPI, quando acondicionados em embalagens confec-
adquiridos de terceiros, quando acondicionados em cionadas com os materiais indicados no Capítulo 46.
embalagens confeccionadas sob a forma de cestas
de Natal ou semelhantes. O Capítulo 46, citado no Decreto-lei nº 400/1968,
trata de obras de espartaria ou de cestaria.
Assim, por não ser a operação caracterizada
como industrialização, não há incidência do IPI, tendo Nessa última, enquadram-se as cestas de Natal
em vista que, no caso, não há substituição das emba- (46.02 - Obras de cestaria obtidas diretamente na sua
lagens originais, mas apenas colocação de vários forma a partir de matérias para entrançar ou fabrica-
produtos em uma só. das com artigos da posição 46.01; obras de bucha).
(RIPI/2010, art. 5º, X; TIPI - Decreto nº 8.950/2016)
A nota 1 do mencionado capítulo dispõe que a
expressão “matérias para entrançar” se refere às
5. Hipóteses de incidência matérias em estado ou forma que possam ser entran-
No caso de reacondicionamento em cestas de çadas, entrelaçadas ou submetidas a processos
Natal ou assemelhadas realizado pelo próprio indus- análogos.
Consideram-se matérias para entrelaçar, entre no art. 5º, X, do RIPI, uma vez que esse diploma legal
outras, a palha, as varas de vime ou de salgueiro, atualizou e interpretou a disposição anterior, não
os bambus, os ratãs, os juncos, as canas, as fitas de sendo exigido que as cestas de Natal e semelhantes
madeira, as tiras de outros vegetais (por exemplo: sejam confeccionadas exclusivamente com os pro-
tiras de cascas, folhas estreitas e ráfia ou outras tiras dutos do Capítulo 46 da TIPI, como, por exemplo, as
provenientes de folhas largas), as fibras têxteis natu- confeccionadas em caixas de madeira ou embalagens
rais não fiadas, os monofilamentos e as lâminas ou metálicas.
formas semelhantes, de plástico, e as tiras de papel.
(Decreto-lei nº 400/1968, art. 9º; RIPI/2010, art. 5º, X)
Não obstante a redação do art. 9º do Decreto-lei
nº 400/1968, deve prevalecer, a nosso ver, o disposto N
a Estadual
ICMS de Contribuintes do ICMS dos Estados destinatários
como contribuintes substitutos deverão remeter,
mensalmente, a esses Estados a Guia Nacional
Guia Nacional de Informação e de Informação e Apuração do ICMS - Substituição
Apuração do ICMS - Substituição Tributária (GIA-ST).
Tributária
SUMÁRIO Com a publicação da Emenda Constitucional
1. Quadro sinótico nº 87/2015, que instituiu a incidência do diferencial
2. Contribuintes obrigados à entrega da GIA-ST de alíquotas nas operações interestaduais destinadas
3. Forma de apresentação a consumidor final não contribuinte, a GIA-ST foi
4. Prazo para apresentação
alterada, tendo sido acrescida uma aba específica no
5. Apresentação de outras informações
6. Retificação programa para detalhamento do ICMS devido nessas
7. Programa para geração da GIA-ST operações. Também passa a ser informado na GIA-ST
8. Preenchimento da GIA-ST o adicional de alíquotas previsto no § 1º do art. 82
do ADCT, denominado em Minas Gerais “Fundo de
1. Quadro Sinótico Erradicação da Miséria (FEM)”, incidente sobre o
Os contribuintes do ICMS que realizarem ope- diferencial de alíquota referido anteriormente.
rações interestaduais com mercadorias sujeitas
ao regime da substituição tributária com retenção Com isso, os contribuintes obrigados à entrega da
antecipada do imposto e forem inscritos no Cadastro GIA-ST passam a utilizar a versão 3.1.0 do programa.
PRINCIPAIS REGRAS
Obrigatoriedade Estão obrigados à entrega da GIA-ST os contribuintes inscritos no Cadastro de Contribuinte do ICMS, localiza-
dos em outra Unidade da Federação e que promovam:
a) operações sujeitas à retenção do imposto em favor do Estado de Minas Gerais;
b) operações ou prestações a que se referem os incisos XII e XIII do art. 1º (diferencial de alíquota devido na
operação interestadual que destine mercadoria, bem ou serviço a consumidor final não contribuinte do impos-
to, localizado neste Estado) do RICMS-MG/2002;
c) prestação interestadual de serviço de transporte de pessoas ou valores destinados a Minas Gerais, tomada
por consumidor final não contribuinte do imposto.
Declaração de Substitui- A entrega da DeSTDA dispensa as empresas optantes pelo Simples Nacional da entrega da GIA-ST. Desde a
ção Tributária, Diferencial competência dezembro/2016, os contribuintes obrigados à entrega da DeSTDA devem promover o envio men-
de Alíquotas e Antecipa- salmente até o dia 28 do mês subsequente ao do encerramento da apuração ou até o primeiro dia útil depois,
ção (DeSTDA) quando o término do prazo ocorrer em dia não útil.
Forma de apresentação A GIA-ST é transmitida por meio da Internet, pelo aplicativo TED. Deve ser entregue uma GIA-ST para cada
mês de referência (mês-calendário) e para cada Unidade da Federação em que tenha inscrição de substituto
tributário interestadual. A GIA-ST deve ser entregue mesmo que o contribuinte não tenha realizado operações
ou prestações durante o mês a que ela se refira.
Prazo A GIA-ST deverá ser apresentada à Unidade da Federação favorecida até o dia 10 do mês subsequente ao da
apuração do ICMS, tenha esse sido retido por substituição tributária ou recolhido em virtude do diferencial de
alíquotas instituído pela EC nº 87/2015. Caso não tenham ocorrido operações a serem informadas no período,
ela deverá ser apresentada com a indicação “sem movimento”.
2. Contribuintes obrigados à entrega da a novembro de 2016 pôde ser transmitida até o dia
GIA-ST 28.01.2017; a contar da competência dezembro/2016,
os contribuintes obrigados à entrega da DeSTDA
Estão obrigados à entrega da GIA-ST os con-
deverão promover seu envio mensalmente até o dia
tribuintes inscritos no Cadastro de Contribuinte do
28 do mês subsequente ao do encerramento da
ICMS, localizados em outra Unidade da Federação e
apuração ou até o primeiro dia útil depois, quando o
que promovam:
término do prazo ocorrer em dia não útil.
a) operações sujeitas à retenção do imposto em
favor do Estado de Minas Gerais; Nota
O Supremo Tribunal Federal concedeu medida cautelar ad referendum
b) operações ou prestações a que se referem os do Plenário suspendendo a eficácia da cláusula nona do Convênio ICMS nº
incisos XII e XIII do art. 1º do RICMS-MG/2002; 93/2015, editado pelo Confaz, até o julgamento final de ação direta de in-
constitucionalidade interposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advo-
c) prestação interestadual de serviço de trans- gados do Brasil.
porte de pessoas ou valores destinados a Mi- As empresas optantes pelo Simples Nacional, com isso, não recolherão
nas Gerais, tomada por consumidor final não o diferencial de alíquotas instituído pela Emenda Constitucional nº 87/2015.
Assim, foi republicado o Convênio ICMS nº 93/2015, que passa, em sua cláu-
contribuinte do imposto. sula nona, a fazer menção ao Despacho SE/Confaz nº 35/2016. No tocante à
entrega do DeSTDA, as ME e EPP continuam obrigadas a essa na hipótese
Art. 1º O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de possuir inscrição no Cadastro de Contribuinte na condição de sujeito pas-
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Trans- sivo por substituição.
porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
(ICMS) incide sobre: (RICMS-MG/2002, Anexo V, art. 152, §§ 9º e 10)
[...]
2.2 Prestadores de serviços de transporte
XII - a operação interestadual que destine mercadoria ou
bem a consumidor final não contribuinte do imposto, loca-
Interestaduais de pessoas ou valores
lizado neste Estado, relativamente à parcela do imposto Os prestadores interestaduais de serviço de
correspondente à diferença entre a alíquota interna esta-
belecida para a mercadoria neste Estado e a alíquota transporte de pessoas e valores destinados ao Estado
interestadual; de Minas Gerais e tomado por consumidor final não
contribuinte do imposto deverão se inscrever no
XIII - a prestação interestadual de serviço destinada a este
Estado, tomada por consumidor final não contribuinte do Cadastro de Contribuintes do ICMS, na plataforma de
imposto, relativamente à parcela do imposto correspon- substituto tributário, estando obrigados a transmitir a
dente à diferença entre a alíquota interna estabelecida GIA-ST, se utilizarem o regime normal de apuração
para a prestação do serviço neste Estado e a alíquota do ICMS, para informar os dados relativos ao imposto
interestadual.
correspondente ao diferencial de alíquotas.
(Convênio ICMS nº 142/2018, cláusula vigésima primeira,
I; Ajuste Sinief nº 4/1993, cláusula oitava, parágrafo único, e (RICMS-MG/2002, Anexo V, art. 152, IV; Orientação Tributá-
cláusula décima; RICMS-MG/2002, Anexo V, art. 152, IV e § 3º, ria Dolt/Sutri nº 2/2016)
e anexo XV, art. 36, II, “b” e § 7º)
3. Forma de apresentação
2.1 Empresas enquadradas no Simples Nacional
A GIA-ST é transmitida por meio da Internet, pelo
O Ajuste Sinief nº 12/2015, nos termos do § 2º do aplicativo TED. Deve ser entregue uma GIA-ST para
art. 26 da Lei Complementar nº 123/2006, incluído pela cada mês de referência (mês-calendário) e para cada
Lei Complementar nº 147/2014, instituiu a DeSTDA. Unidade da Federação em que tenha inscrição de
Essa nova obrigação acessória deverá ser apresen- substituto tributário interestadual. A GIA-ST deve ser
tada ao Estado de Minas Gerais pelas microempresas entregue mesmo que o contribuinte não tenha reali-
e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples zado operações ou prestações durante o mês a que a
nacional que estiverem inscritas no Cadastro de mesma se refira.
Contribuintes de ICMS, inclusive o substituto tributário
(Ajuste Sinief nº 4/1993, cláusula décima, § 5º; Programa
estabelecido em outra Unidade da Federação, ou que de Digitação e Transmissão da GIA-ST, versão 3)
estiverem cadastradas no Cadastro Simplificado do
ICMS - Difal.
3.1 Recepção da GIA-ST
A entrega da DeSTDA dispensa as empresas As Secretarias da Fazenda, Finanças ou
optantes pelo Simples Nacional da entrega da GIA-ST. Tributação e a Gerência de Receita dos Estados,
Nos termos do Decreto nº 47.099/2016, a declaração após o processamento das informações recebidas,
referente aos fatos geradores ocorridos de janeiro pela Internet, emitirão o Comunicado de Recebimento
da GIA-ST, que deverá conter a data de entrega, o do estabelecimento remetente, por meio da Guia
número da inscrição estadual do sujeito passivo por Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais
substituição tributária e o mês de referência da GIA-ST, (GNRE), devendo uma via acompanhar o transporte
remetendo-o para o endereço eletrônico (e-mail) do da mercadoria.
contribuinte substituto.
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 43)
Na hipótese de não recebimento do comunicado, o
sujeito passivo por substituição tributária poderá obtê- 5. Apresentação de outras informações
-lo por meio da Internet (quando o Estado favorecido A Unidade da Federação de destino poderá exigir
assim o permitir), acessando a página da Secretaria do contribuinte substituto, responsável pela retenção
da Fazenda, Finanças ou Tributação ou da Gerência do ICMS, a apresentação de outras informações que
de Receita dos Estados. Na hipótese de a Unidade da julgar necessárias.
Federação ter optado pelo recebimento da GIA-ST por
meio magnético (disquete), deverá ser impresso recibo (Convênio ICMS nº 142/2018, cláusula vigésima primeira, § 3º)
para entrega juntamente com o disquete. A forma de
entrega e a obtenção do recibo definitivo deverão obser- 6. Retificação
var as regras estabelecidas pelo Estado favorecido.
Caso a GIA-ST tenha sido apresentada com erros,
O Estado de Minas Gerais não permite a entrega ela poderá ser retificada, devendo, nesse caso, serem
por meio de disquete ou formulário em papel. O observados os procedimentos previstos na legislação
Comunicado de Recebimento da GIA-ST servirá de da Unidade da Federação favorecida.
comprovação de entrega da GIA-ST às Secretarias (Ajuste Sinief nº 4/1993, cláusula décima, § 6º)
da Fazenda, Finanças ou Tributação e à Gerência
de Receita dos Estados, devendo ser arquivado em
7. Programa para geração da GIA-ST
ordem cronológica pelo sujeito passivo por substi-
tuição tributária. O programa para preenchimento da GIA-ST,
versão 3, assim como o programa para a sua trans-
(Programa de Digitação e Transmissão da GIA-ST)
missão pela Internet (para os Estados que utilizarem
a transmissão por esse meio) são fornecidos gratui-
4. Prazo para apresentação tamente pelas Secretarias de Fazenda, Finanças ou
A GIA-ST deverá ser apresentada à Unidade Tributação ou pela Gerência de Receita dos Estados,
da Federação favorecida até o dia 10 do mês sub- estando disponíveis para download nas suas respec-
sequente ao da apuração do ICMS, tenha este sido tivas páginas na Internet.
retido por substituição tributária ou recolhido em
virtude do diferencial de alíquotas instituído pela EC Nota
nº 87/2015. Caso não tenham ocorrido operações a Para a transmissão da GIA-ST pela Internet, o contribuinte substituto
deverá instalar o programa de computador específico, disponível para do-
serem informadas no período, ela deverá ser apresen- wnload no mesmo endereço eletrônico do programa gerador da declaração.
tada com a indicação “sem movimento”.
(Ajuste Sinief nº 4/1993, cláusula décima, § 4º; RICMS-
7.1 Desenvolvimento de programa próprio
-MG/2002, Anexo V, art. 152, IV e § 3º) O contribuinte que desejar desenvolver seu
próprio sistema de preenchimento da GIA-ST pode
4.1 Falta de apresentação fazê-lo, porém a versão 3 da GIA-ST é necessária
A falta de apresentação da GIA-ST pelo con- para validação do arquivo e para a transmissão
tribuinte substituto pelo prazo de 60 dias ou por 2 do arquivo. Para isso, deve ser observado o item
meses alternados poderá acarretar a suspensão ou Importando a GIA-ST e Descrição do Arquivo GIA-ST
o cancelamento da inscrição estadual como contri- versão 3 - Layout para Importação.
buinte substituto no Estado favorecido até a sua regu- (Programa de Digitação e Transmissão da GIA-ST, versão 3)
larização. Durante o período de suspensão ou can-
celamento da inscrição estadual como contribuinte
8. Preenchimento da GIA-ST
substituto, o ICMS retido antecipadamente devido
nas operações destinadas ao Estado favorecido Realizada a instalação do programa GIA-ST, o
deverá ser recolhido antecipadamente, em relação a contribuinte/declarante, quando do início do preen-
cada operação, por ocasião da saída da mercadoria chimento da declaração, encontrará à sua disposição:
O declarante é o indivíduo responsável por prestar as informações, sendo solicitados sua identificação
pessoal e o cargo que ocupa na empresa.
Será informada a inscrição estadual fornecida pelo Estado de destino e que será o favorecido pelo recolhi-
mento do ICMS, no caso em questão, Minas Gerais, lembrando que a GIA-ST será elaborada pelo contribuinte
estabelecido em Estado diverso do destino.
Exemplo:
Nesta aba, o declarante poderá acrescer outras Esta aba apenas passou a integrar a GIA-ST
informações que se fizerem necessárias ou que foram a contar da versão 3.0 e justamente pelo fato de o
exigidas pelo Fisco da Unidade da Federação favore- art. 155 da Constituição Federal passar a exigir o reco-
cida. Será, ainda, informado se o contribuinte exerce lhimento do diferencial de alíquotas nas operações
atividade como distribuidor de combustível ou TRR interestaduais a consumidor final não contribuinte.
e se foi procedida alguma transferência de imposto Também será informado o FCP exigido nos termos da
para a Unidade da Federação de destino. legislação da Unidade da Federação favorecida.
Exemplo de preenchimento:
Para inserir as informações, deve-se acessar o Anexo EC nº 87/15 para que sejam informados os valores e
a data de vencimento:
Caso a validação da GIAST apresente inconsistências, elas serão exibidas nesta tela. Não será possível a
geração do arquivo sem a resolução das incoerências apontadas.
Sanadas as inconsistências, a GIA-ST estará pronta para ser transmitida. Para isto, o declarante fará a
opção “Gerar arquivos para transmissão” na barra do menu.
A GIA-ST, mesmo estando consistida, pode ser h) período de referência posterior à data atual;
recusada. A seguir, elencamos os casos mais comuns i) crédito do período anterior incompatível com
de ocorrências apontados pelo Fisco mineiro: GIA-ST do mês anterior;
a) contador não cadastrado para o contribuinte; j) GIA-ST aceita, porém existe incorreção na da-
b) responsável não cadastrado; ta-limite informada;
c) contribuinte não inscrito no Cadastro de Subs- k) GIA-ST já informada; e
tituto Tributário do Estado de Minas Gerais; l) existe no anexo, contribuinte não cadastrado
d) contribuinte não ativo no período declarado; em Minas Gerais.
e) GIA-ST já informada (se valores diferentes);
As ocorrências vinculadas à falta de cadastro ou
f) período de referência menor que data de início cadastro desatualizado podem ser sanadas por meio
de atividade; do site: http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/
g) GIA-ST aceita, porém existe omissão de perío- sistemas/siare/.
dos anteriores; N
a IOB Setorial
Federal a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ);
Informática - Simples Nacional - ISS b) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
- Tributação da atividade de suporte
c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
técnico em informática (CSLL);
O Simples Nacional, instituído pelo art. 12 da Lei d) Contribuição para o Financiamento da Seguri-
Complementar nº 123/2006, implica o recolhimento dade Social (Cofins);
mensal mediante documento único de arrecadação
dos seguintes impostos e contribuições: e) Contribuição para o PIS-Pasep;
Art. 25 [...] N
a IOB Comenta
Estadual operação será compensado com o montante cobrado
nas operações posteriores. Como regra, somente é
Posicionamento do Fisco mineiro possível o crédito quando houver uma saída tributada.
Apesar da regra de aproveitamento de crédito parecer
referente ao aproveitamento de crédito simples, há momentos em que os contribuintes ficam
para material de embalagem adquirido inseguros, por exemplo, no tocante ao crédito de ICMS
por supermercados na aquisição de embalagem por supermercados.
Atualmente, o contribuinte que desejar restituir, Crédito presumido - Fabricante de aeronaves e suas
ressarcir ou compensar tributos federais administra- partes e peças
dos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)
4) Há previsão, na legislação mineira, de crédito
deverá utilizar a versão PER/DCOMP 6.8, aprovada
presumido para os fabricantes de aeronaves e suas
pelo Ato Declaratório Executivo Corec nº 2/2017.
partes e peças?
Deve-se observar, também, os procedimentos Sim. Ao contribuinte fabricante de aeronaves,
contidos na Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017. suas partes e peças, de materiais de reposição,
manutenção ou reparo de aeronaves ou de equipa-
(Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017; Ato Declaratório
Executivo Corec nº 2/2017) mentos e instrumentos de tecnologia aeroespacial,
signatário de protocolo firmado com o Estado, é
assegurado crédito presumido de modo que a
ICMS/MG carga tributária, nas operações de saída promovidas
pelo estabelecimento, resulte em 1%, observado o
Construção civil - Materiais adquiridos
seguinte:
3) Os materiais adquiridos pela construtora pode-
rão ser entregues diretamente no local da obra para a a) o crédito presumido será autorizado mediante
qual serão utilizados? regime especial concedido pelo diretor da Su-
perintendência de Tributação;
Sim. O material adquirido por empresa de cons-
trução civil poderá ser entregue diretamente no local b) o regime especial será encaminhado à Assem-
da obra desde que, na documentação fiscal emitida, bleia Legislativa para ratificação, aplicando-se
constem o nome, o endereço, o número da inscrição o disposto nos §§ 2º e 4º a 6º do art. 223 da
do estabelecimento adquirente e a indicação do local Parte Geral do RICMS-MG/2002.
onde deverá ser entregue o material. (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XXXVII)