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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 17/2019
Bahia
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// IOB Setorial
Federal
Biocombustível - Tributos federais - Registro especial - Produtores e
importadores de biodiesel - Inscrição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
// IOB Comenta
Estadual
ICMS - Programa de Incentivo ao Patrocínio Cultural do Estado da
Bahia (Fazcultura). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Capa:
Marketing SAGE | IOB
0800-724-7900 SAC
ISBN 978-85-379-3403-6
19-25266 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
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Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a Federal
ITR 11. Pagamento do imposto
12. Infrações e penalidades
Quadro sinótico
Especificação Definição/Procedimento
Contribuinte Proprietário de imóvel rural, titular de seu domínio útil ou o possuidor a qualquer título.
Alíquota A alíquota é estabelecida para cada imóvel rural com base em sua área total e em seu respectivo
grau de utilização (GU), conforme tabela especificada para essa finalidade.
Domicílio tributário Município de localização do imóvel rural.
Pagamento O pagamento é efetuado por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) até o
último dia útil do mês fixado para a entrega da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural (DITR).
Parcelamento: o ITR poderá ser parcelado com vencimento até o último dia útil de cada mês subse-
quente ao da primeira parcela.
(CF/1988, art. 153, VI; Lei nº 9.393/1996; Decreto nº 4.382/2002)
a) a pequena gleba rural, desde que o seu pro- g) assegurar a destinação de seu patrimônio a
prietário a explore só ou com sua família, e não outra instituição que atenda às condições para
possua outro imóvel; a fruição da imunidade, no caso de incorpo-
b) os imóveis rurais da União, dos Estados, do ração, fusão, cisão ou encerramento de suas
Distrito Federal e dos Municípios; atividades, ou a órgão público; e
c) os imóveis rurais de autarquias e das funda- h) cumprir outros requisitos, estabelecidos em
ções instituídas e mantidas pelo Poder Públi- lei específica, relacionados ao funcionamento
co, desde que vinculados às suas finalidades das entidades anteriormente referidas.
essenciais ou aos fins delas decorrentes; e (Decreto nº 4.382/2002, art. 3º)
d) os imóveis rurais de instituições de educação
e de assistência social, sem fins lucrativos, re- 4. Isenção
lacionados às suas finalidades essenciais.
São isentos do imposto:
É considerada pequena gleba rural o imóvel com
área igual ou inferior a: a) o imóvel rural compreendido em programa ofi-
cial de reforma agrária, caracterizado pelas
a) 100 ha, se localizado em município compreen- autoridades competentes como o assenta-
dido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mento, atendidos cumulativamente os seguin-
mato-grossense e sul-mato-grossense; tes requisitos:
b) 50 ha, se localizado em município compreen- a.1) que seja explorado por associação ou
dido no Polígono das Secas ou na Amazônia cooperativa de produção;
Oriental; e
a.2) cuja fração ideal por família assentada
c) 30 ha, se localizado em qualquer outro muni-
não ultrapasse os limites da pequena
cípio.
gleba rural (100 ha, 50 ha e 30 ha - veja
Para a fruição da imunidade, as instituições de item 3);
educação ou de assistência social devem prestar a.3) cujo assentado não possua outro imóvel;
os serviços para os quais tenham sido instituídas e
b) o conjunto de imóveis rurais de um mesmo pro-
os colocar à disposição da população em geral, em
caráter complementar às atividades do Estado, sem prietário, cuja área total em cada região obser-
fins lucrativos, e atender aos seguintes requisitos: ve o respectivo limite da pequena gleba rural,
desde que, cumulativamente, o proprietário:
a) não distribuir qualquer parcela de seu patrimô-
b.1) o explore só ou com sua família, admitida
nio ou de suas rendas, a qualquer título;
ajuda eventual de terceiros; e
b) aplicar integralmente, no País, seus recursos
na manutenção e no desenvolvimento dos b.2) não possua imóvel urbano.
seus objetivos institucionais;
Entende-se por ajuda eventual de terceiros o
c) não remunerar, por qualquer forma, seus diri- trabalho, remunerado ou não, de natureza eventual ou
gentes pelos serviços prestados; temporária, realizado nas épocas de maior volume de
d) manter escrituração completa de suas receitas serviços.
e despesas em livros revestidos das formalida-
des que assegurem a respectiva exatidão; Para efeito de aplicação da regra descrita na
e) conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 letra “b”, deve ser considerada a soma das áreas dos
anos contados da data da emissão, os docu- imóveis rurais por região em que se localizem, a qual
mentos que comprovem a origem de suas re- não poderá suplantar o limite da pequena gleba rural
ceitas e a efetivação de suas despesas, bem da respectiva região.
assim a realização de quaisquer outros atos ou
(Decreto nº 4.382/2002, art. 4º)
operações que venham a modificar sua situa-
ção patrimonial;
5. Contribuintes e responsáveis
f) apresentar, anualmente, declaração de rendi-
mentos, em conformidade com o disposto em Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel
ato da Secretaria da Receita Federal do Brasil rural, o titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a
(RFB); qualquer título.
A lei pode atribuir de modo expresso a respon- Considera-se contínua a área total do prédio rústico,
sabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, mesmo que fisicamente dividida por ruas, estradas,
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, rodovias, ferrovias, ou por canais ou cursos de água.
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atri-
(Decreto nº 4.382/2002, art. 9º)
buindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento
total ou parcial da referida obrigação. 8.1 Área tributável
É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a Área tributável é a área total do imóvel, excluídas as:
qualquer título. a) de preservação permanente;
(Lei nº 5.172/1966, art. 128; Decreto nº 4.382/2002, b) de reserva legal;
arts. 5º e 6º)
c) de reserva particular do patrimônio natural;
d) de servidão florestal;
6. Domicílio tributário
e) de interesse ecológico para a proteção dos
Para efeito da legislação do ITR, domicílio tribu- ecossistemas, assim declaradas mediante ato
tário do contribuinte ou do responsável é o município do órgão competente, federal ou estadual, e
de localização do imóvel rural, vedada a eleição de que ampliem as restrições de uso menciona-
qualquer outro. das nas letras “a” e “b”; e
f) comprovadamente imprestáveis para a ativi-
O imóvel rural cuja área se estenda a mais de dade rural, declaradas de interesse ecológico
um município deve ser enquadrado no município em mediante ato do órgão competente, federal ou
que se localize a sua sede ou, se esta não existir, no estadual.
município onde se encontre a maior parte da área do
imóvel. A área do imóvel rural que se enquadrar, ainda
que parcialmente, em mais de uma das hipóteses
O sujeito passivo pode informar à RFB endereço, mencionadas, deverá ser excluída uma única vez da
localizado ou não em seu domicílio tributário, que área total do imóvel, para fins de apuração da área
constará no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir) e tributável.
valerá, até ulterior alteração, somente para fins de
intimação. A área total do imóvel deve se referir à situação
existente na data da efetiva entrega da DITR.
Nota
A Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014 dispõe sobre o Cafir.
No que se refere às áreas tributáveis, é impor-
tante destacar o esclarecimento trazido pela Solução
(Decreto nº 4.382/2002, art. 7º; Instrução Normativa RFB de Consulta da Coordenadoria-Geral do Sistema
nº 1.467/2014)
de Tributação (Cosit) nº 98/2015, a qual dispõe que
devem ser excluídas das áreas tributáveis pelo ITR
7. Apuração do ITR as áreas cobertas por florestas nativas, primárias ou
A apuração e o pagamento do ITR devem ser secundárias, em estágio médio ou avançado de rege-
efetuados pelo contribuinte ou responsável, indepen- neração, localizadas em qualquer bioma brasileiro e
dentemente de prévio procedimento da administração não somente no Bioma Mata Atlântica.
tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela
Cabe observar que um bioma é formado por
RFB, sujeitando-se a posterior homologação.
todos os seres vivos de uma determinada região, cuja
(Decreto nº 4.382/2002, art. 8º) vegetação tem bastante similaridade e continuidade,
com um clima mais ou menos uniforme, tendo uma
8. Base de cálculo história comum em sua formação.
Para efeito de determinação da base de cálculo O Brasil possui enorme extensão territorial e
do ITR, considera-se imóvel rural a área contínua, for- apresenta climas e solos muito variados. Em função
mada de uma ou mais parcelas de terras, localizada dessas características, há uma evidente diversidade
na zona rural do município, ainda que, em relação a de biomas, definidos, sobretudo, pelo tipo de cober-
alguma parte do imóvel, o sujeito passivo detenha tura vegetal, conforme o quadro a seguir reproduzido
apenas a posse. (fonte: http://www.ibge.com.br/home/presidencia).
Biomas continentais Área aproximada Área total - Brasil ofício, o lançamento da diferença do imposto com os
brasileiros (km²) acréscimos legais cabíveis.
Bioma Amazônia 4.196.943 49,29%
Bioma Cerrado 2.036.448 23,92% (Decreto nº 4.382/2002, art. 10; Instrução Normativa SRF
nº 256/2002, art. 9º, § 3º; Solução de Consulta Cosit nº 98/2015)
Bioma Mata Atlântica 1.110.182 13,04%
Bioma Caatinga 844.453 9,92%
Bioma Pampa 176.496 2,07% 8.2 Valor da Terra Nua
Bioma Pantanal 150.355 1,76% O Valor da Terra Nua (VTN) é o valor de mercado
Área total Brasil 8.514.877 100% do imóvel, excluídos os valores relativos a:
Para fins de exclusão da área tributável, as áreas a) construções, instalações e benfeitorias;
do imóvel rural deverão:
b) culturas permanentes e temporárias;
a) ser informadas em Ato Declaratório Ambiental c) pastagens cultivadas e melhoradas; e
(ADA), protocolado pelo sujeito passivo no Ins- d) florestas plantadas.
tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-
sos Naturais Renováveis (Ibama), nos prazos e O VTN refletirá o preço de mercado de terras,
condições fixados em ato normativo; e apurado em 1º de janeiro do ano de ocorrência do
b) estar enquadradas nas hipóteses citadas nas fato gerador, e será considerado autoavaliação da
letras “a” a “f” anteriores, em 1º de janeiro do terra nua a preço de mercado.
ano de ocorrência do fato gerador do ITR.
Incluem-se no conceito de construções, instala-
Para fins do reconhecimento da exclusão das ções e benfeitorias os prédios, depósitos, galpões,
áreas citadas, da apuração do ITR, o contribuinte casas de trabalhadores, estábulos, currais, manguei-
que lançar no Documento de Informação e Apuração ras, aviários, pocilgas (currais de porcos) e outras
do ITR (Diat) áreas sujeitas ao desconto do imposto instalações para abrigo ou tratamento de animais, os
deverá apresentar, anualmente, ao Ibama o ADA. terreiros e similares para secagem de produtos agrí-
colas, a eletricidade rural, a colocação de água sub-
O ADA deve ser apresentado por meio da Internet, terrânea, o abastecimento ou a distribuição de águas,
com utilização de formulário eletrônico (sistema ADA as barragens, represas, tanques, cercas e, ainda, as
Web), disponível no site do Ibama (www.ibama.gov.br). benfeitorias não relacionadas com a atividade rural.
O Ibama realizará vistoria por amostragem nos O Valor da Terra Nua Tributável (VTNT) é o obtido
imóveis rurais que tenham utilizado o ADA para efei- mediante a multiplicação do VTN pelo quociente entre
tos de exclusão da área tributável a que se refere o a área tributável e a área total do imóvel.
§ 3º do art. 10 do Regulamento do Imposto sobre a (Decreto nº 4.382/2002, arts. 32 e 33)
Propriedade Territorial Rural (RITR).
(Lei nº 9.430/1996, art. 68; Decreto nº 4.382/2002, arts. 55, O requerimento para o pagamento do ITR, me-
56 e 57; Instrução Normativa Conjunta RFB/STN nº 1.506/2014) diante utilização de TDA escritural, deverá ser dirigido
à autoridade fiscal da jurisdição do imóvel.
11.1 Forma e prazo
À opção do contribuinte, o requerimento poderá
O imposto deve ser pago até o último dia útil do ser dirigido à autoridade competente da unidade da
mês fixado para a entrega da DITR. RFB de seu domicílio fiscal.
Os TDA escriturais dados em pagamento do ITR As multas passarão a ser de 112,5% e 225%,
serão recebidos pelo valor nominal acrescido dos respectivamente, nos casos de não atendimento
juros, inclusive o pro rata. pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação
para:
O valor nominal dos TDA é aquele publicado a) prestar esclarecimentos;
mensalmente por Portaria da Secretaria do Tesouro
Nacional (STN) e disponibilizado pela Cetip. b) apresentar os arquivos digitais ou sistemas
de processamento eletrônico de dados uti-
A data da liquidação será aquela em que for pro- lizados para registrar negócios e atividades
tocolizado o requerimento que trata do pagamento do econômicas ou financeiras, escriturar livros
imposto com TDA. ou elaborar documentos de natureza contábil
ou fiscal;
(Instrução Normativa Conjunta RFB/STN nº 1.506/2014)
c) apresentar documentação técnica e atualiza-
da sobre o sistema de processamento de da-
12. Infrações e penalidades
dos, por ele utilizado, suficiente para possibili-
12.1 Atraso na entrega da declaração tar a sua auditoria.
efetuar o pagamento do débito no prazo legal de Havendo impugnação tempestiva, a redução será
impugnação. de 20% se o parcelamento for requerido dentro de 30
dias da ciência da decisão de primeira instância.
Se houver impugnação tempestiva, a redução será
de 30% se o pagamento do débito for efetuado dentro A rescisão do parcelamento, motivada pelo des-
de 30 dias da ciência da decisão de primeira instância. cumprimento das normas que o regulam, implicará
restabelecimento do montante da multa proporcional-
Será concedida redução de 40% da multa de mente ao valor da receita não satisfeito.
lançamento de ofício ao contribuinte que, notificado,
(Decreto nº 4.382/2002, art. 76)
requerer o parcelamento do débito no prazo legal de
impugnação. N
a Estadual
ICMS 1. Quadro sinótico
O drawback é um regime aduaneiro especial de
Drawback incentivo à importação e à exportação, que permite
a concorrência das empresas nacionais no mercado
SUMÁRIO externo, com qualidade e custos menores de fabricação.
1. Quadro sinótico
2. Modalidades O Regulamento Aduaneiro, Decreto nº 6.759/2009,
3. Isenção prevê as modalidades de suspensão, isenção ou res-
4. Inobservância das normas de isenção tituição dos tributos federais (Imposto de Importação
5. CFOP
6. Modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal
e Imposto sobre Produtos Industrializados). Na esfera
Eletrônica (Danfe) - Importação estadual, há apenas o benefício da isenção do ICMS,
7. Modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal sobre o qual discorreremos neste procedimento.
Eletrônica (Danfe) - Exportação
8. Escrituração - Principais reflexos na EFD Apresentamos, a seguir, um quadro com as princi-
9. Consulta tributária pais regras sobre drawback.
PRINCIPAIS REGRAS
Conceito O drawback é um regime aduaneiro especial de incentivo à importação e à exportação, que permite a concorrência das
empresas nacionais no mercado externo, com qualidade e custos menores de fabricação.
Modalidades Há as seguintes modalidades de drawback:
a) suspensão;
b) isenção;
c) restituição.
Suspensão Permite a suspensão do pagamento do Imposto de Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados, da contri-
buição para o Pis/Pasep, da Cofins, da contribuição para o Pis/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, na importa-
ção, de forma combinada ou não com a aquisição, no mercado interno, de mercadoria para emprego ou consumo na
industrialização de produto a ser exportado.
Isenção Permite a isenção do Imposto de Importação e a redução a zero do IPI, da contribuição para o Pis/Pasep, da Cofins, da con-
tribuição para o Pis/Pasep-Importação, e da Cofins-Importação, na importação, de forma combinada ou não com a aquisição
no mercado interno, de mercadoria equivalente à empregada ou consumida na industrialização de produto exportado.
Restituição O estabelecimento pode mandar industrializar mercadorias com fornecimento de insumos adquiridos de outro estabele-
cimento, os quais não transitam pelo estabelecimento adquirente e são entregues pelo fornecedor diretamente ao indus-
trializador.
Emissão de do- Os contribuintes devem emitir nota fiscal em relação às operações realizadas e efetuar a EFD respectiva, obrigatória
cumento fiscal e para os contribuintes do ICMS inscritos no cadastro estadual.
Escrituração Fis-
cal Digital (EFD)
Consulta tributária O contribuinte, a entidade representativa de classe de contribuintes ou os responsáveis têm o direito de efetuar consulta
sobre a interpretação e a aplicação da legislação tributária, em relação a fato determinado e de seu interesse.
3.2 Documentação a ser apresentada ao Fisco importação e nas saídas dos produtos industrializa-
dos, resultando na descaracterização do benefício,
O importador:
devendo o imposto correspondente ser recolhido
a) deverá entregar na repartição fiscal a que esti- com multa e demais acréscimos legais, calculados
ver vinculado, até 30 dias após a liberação da a partir da data da entrada do produto importado no
mercadoria importada pela repartição federal estabelecimento ou de seu recebimento, ou, no caso
competente, cópias da Declaração de Impor- das saídas dos produtos industrializados, a partir do
tação, da correspondente nota fiscal emitida vencimento do prazo em que o imposto deveria ter
na entrada e do ato concessório do regime ou, sido recolhido, caso a operação não fosse realizada
na inexistência deste, de documento equiva- com a isenção.
lente, em qualquer caso com a expressa indi-
(RICMS-BA/2012, art. 265, § 3º, II)
cação do bem a ser exportado;
b) procederá à entrega de cópias dos seguintes
documentos, no prazo de 30 dias, contado da 5. CFOP
respectiva emissão:
Os contribuintes utilizarão os Códigos Fiscais de
b.1) ato concessório aditivo, emitido em de- Operações e Prestações (CFOP), a seguir, nas opera-
corrência da prorrogação do prazo de ções realizadas sob drawback:
validade originalmente estipulado;
b.2) novo ato concessório, resultante da trans- a) 3.127 - Compra para industrialização sob o
ferência dos saldos de insumos importa- regime de drawback: classificam-se neste có-
dos ao abrigo de ato concessório original digo as compras de mercadorias a serem uti-
e ainda não aplicados em mercadorias lizadas em processo de industrialização e pos-
exportadas. terior exportação do produto resultante, cujas
vendas serão classificadas no código “7.127
(RICMS-BA/2012, art. 265, § 2º, III)
- Venda de produção do estabelecimento sob
o regime de drawback”;
3.3 Inaplicabilidade da isenção
b) 3.211 - Devolução de venda de produ-
A isenção não se aplica:
ção do estabelecimento sob o regime de
a) às operações com combustíveis, e energia drawback: classificam-se neste código as
elétrica e térmica; devoluções de vendas de produtos industria-
lizados pelo estabelecimento sob o regime
b) às operações nas quais participem estabele- de drawback;
cimentos localizados em Unidades da Federa-
ção distintas. c) 7.127 - Venda de produção do estabelecimen-
(RICMS-BA/2012, art. 265, V)
to sob o regime de drawback: classificam-se
neste código as vendas de produtos industria-
lizados no estabelecimento sob o regime de
3.4 Informações na nota fiscal
drawback, cujas compras foram classificadas
Nas operações que resultem em saídas, inclusive no código “3.127 - Compra para industrializa-
com a finalidade de exportação, de produtos resultan- ção sob o regime de drawback”;
tes da industrialização de matérias-primas ou insumos
d) 7.211 - Devolução de compras para industria-
importados, tal circunstância deverá ser informada na
respectiva nota fiscal, nela consignando-se, também, lização sob o regime de drawback: classifi-
o número do correspondente ato concessório do cam-se neste código as devoluções de mer-
regime de drawback. cadorias adquiridas para serem utilizadas em
processo de industrialização sob o regime de
(RICMS-BA/2012, art. 265, § 2º, VI) drawback e não utilizadas no referido proces-
so, cujas entradas tenham sido classificadas
4. Inobservância das normas de isenção no código 3.127 - “Compra para industrializa-
ção sob o regime de drawback”.
A inobservância das disposições referentes à
isenção acarretará a exigência do ICMS devido na (Convênio s/nº de 15.12.1970)
MODELO DE DANFE
MODELO DE DANFE
21 VL_BC_ICMS OC
Salientamos que, para a efetiva geração da EFD,
22 VL_ICMS OC
outros registros deverão ser apresentados, devendo
o contribuinte observar as disposições do Ato VL_BC_ICMS_
23 OC
Cotepe/ICMS nº 44/2018, bem como o Guia Prático da ST
Escrituração Fiscal Digital - EFD-ICMS/IPI. 24 VL_ICMS_ST OC
25 VL_IPI OC
8.1 Registro C100
26 VL_PIS OC
Este registro destina-se ao lançamento dos totais 27 VL_COFINS OC
de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e
exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte 28 VL_PIS_ST OC
forma: 29 VL_COFINS_ST OC
4 ALIQ_ICMS OC
|C110|*Código interno declarante|Importação
de matéria-prima para emprego na fabricação 5 VL_OPR 5000,00 O
de mercadoria a ser exportada sob regime de
6 VL_BC_ICMS 0,00 O
drawback. Ato concessório nº 1010, DE
20.02.20XX. Mercadoria liberada no Porto de 7 VL_ICMS 0,00 O
Salvador em 15.03.20XX. Isenção do ICMS, con-
VL_BC_ICMS_
forme art. 265, XCI, do RICMS-BA/2012.| 8
ST
0,00 O
9 VL_ICMS_ST 0,00 O
8.3 Registro C120
10 VL_RED_BC 0,00 O
Este registro tem por objetivo informar detalhes
das operações de importação, que estejam sendo 11 VL_IPI 0,00 O
documentadas pela nota fiscal (CFOP 3.127) escri- *Código interno
turada no Registro C100. Para a NF-e exemplificada, 12 COD_OBS OC
declarante
teríamos o preenchimento da seguinte forma:
A representação deste registro no arquivo TXT da
Registro C120 EFD, considerando as informações deste exemplo,
será:
Nº Campo Valor Obrigatoriedade
|C190|140|3127||5000,00|0,00|0,00|0,00|0,00|0,00|
1 REG C120 O
0,00|*Código interno declarante|
2 COD_DOC_IMP 0 O
A representação deste registro no arquivo TXT da A consulta será formulada em petição escrita, a
EFD, considerando as informações deste exemplo, qual será dirigida ao diretor de tributação da Secretaria
será: da Fazenda.
(RPAF-BA/1999, arts. 55 e 67, I)
|C120|0|*Código interno declarante|0,00|0,00|
*Código interno declarante| N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2019 - Fascículo 17 BA17-13
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a IOB Setorial
Federal Neste texto, focalizaremos os detalhes sobre o
registro especial a que estão obrigados os produtores
Biocombustível - Tributos federais e os importadores de biodiesel, com fundamento na
Instrução Normativa RFB nº 1.053/2010.
- Registro especial - Produtores e
importadores de biodiesel - Inscrição Esses estabelecimentos devem providenciar ins-
crição no registro especial de que trata o art. 1º da Lei
O Programa Nacional de Produção e Uso do
nº 11.116/2005, não podendo exercer suas atividades
Biodiesel - PNPB (http://www.mda.gov.br/sitemda/)
sem prévia satisfação dessa exigência legal.
tem por objetivo divulgar as informações sobre o
programa, promover de forma mais ágil a articulação A concessão do registro especial será efetivada
e a comunicação entre os agentes envolvidos, assim por estabelecimento, de acordo com o tipo de ativi-
como servir de instrumento para o desenvolvimento dade desenvolvida.
das ações a ele relacionadas.
O registro será específico para:
É um programa interministerial do Governo federal
a) produtor de biodiesel; e
que objetiva a implementação de forma sustentável,
tanto técnica, como econômica, da produção e do uso b) importador de biodiesel.
do biodiesel, com enfoque na inclusão social e no desen- O registro especial será concedido pelo delegado
volvimento regional, via geração de emprego e de renda. da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF), da
Delegacia da Receita Federal do Brasil de Fiscalização
As principais diretrizes do programa são:
no Município de São Paulo (Defis/SP) ou da Delegacia
a) implantação de um programa sustentável, pro- Especial de Maiores Contribuintes no Município do
movendo a inclusão social; Rio de Janeiro (Demac/RJ), em cuja jurisdição estiver
b) garantia de preços competitivos, qualidade e localizado o estabelecimento, mediante expedição de
suprimento; ato declaratório executivo (ADE), a requerimento da
pessoa jurídica interessada, que deverá atender aos
c) produção do biodiesel a partir de diferentes fon-
seguintes requisitos:
tes oleaginosas, fortalecendo as potencialidades
regionais para a produção de matéria-prima. a) estar legalmente constituída e previamente au-
torizada pela Agência Nacional do Petróleo,
O PNPB é conduzido por uma Comissão Executiva Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o
Interministerial do Biodiesel (CEIB), que tem como exercício da atividade;
função elaborar, implementar e monitorar o programa,
b) comprovar a regularidade fiscal:
propor os atos normativos que se fizerem necessários
à implantação do programa, assim como analisar, b.1) da pessoa jurídica;
avaliar e propor outras recomendações e ações, dire- b.2) de seus sócios, pessoas físicas ou jurí-
trizes e políticas públicas. dicas;
b.3) dos diretores das pessoas jurídicas refe-
O programa possui também um grupo gestor, ridas nas letras “b.1” e “b.2”;
ao qual compete a execução das ações relativas às
c) possuir capital social integralizado, na data do
gestões operacional e administrativa voltadas para o
pedido:
cumprimento das estratégias e diretrizes estabeleci-
das pela CEIB. c.1) em se tratando de produtor de biodiesel,
não inferior a R$ 500.000,00;
A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do c.2) no caso de importador de biodiesel, não
Desenvolvimento Agrário (SEAD), que faz parte tanto inferior a R$ 100.000,00.
da CEIB quanto do Grupo Gestor do PNPB, tem a res-
ponsabilidade de operacionalizar a estratégia social O ADE será publicado no Diário Oficial da União
do programa, criando formas de promover a inserção (DOU) identificando o número do registro especial,
qualificada de agricultores familiares na cadeia de mediante numeração específica, sendo expedido um
produção do biodiesel. ADE para cada estabelecimento registrado.
Será considerada como previamente autorizada e) prática de conluio ou fraude, como definidos na
pela ANP a comercialização de que trata o inciso III Lei nº 4.502/1964, ou de crime contra a ordem
do art. 5º da Resolução ANP nº 25/2008 (autorização tributária previsto na Lei nº 8.137/1990, ou de
para comercialização). qualquer outra infração cuja tipificação decor-
ra do descumprimento de normas reguladoras
O pedido de registro especial será apresentado da produção, importação e comercialização de
à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil biodiesel, após decisão transitada em julgado.
(RFB), instruído com os seguintes elementos:
Nas hipóteses das letras “a”, “b” e “c”, a pessoa
a) dados de identificação: nome empresarial, nú- jurídica será intimada a regularizar sua situação fiscal
mero de inscrição no Cadastro Nacional da ou a apresentar os esclarecimentos e provas cabíveis,
Pessoa Jurídica (CNPJ) e endereço; no prazo de 10 dias.
b) cópia autenticada do estatuto ou contrato so-
cial, bem como das alterações posteriores, de- O delegado da DRF, da Defis/SP ou da Demac/RJ
vidamente registrados e arquivados no órgão decidirá sobre a procedência dos esclarecimentos e
competente de registro do comércio; das provas apresentadas, expedindo ADE para can-
c) indicação do tipo de atividade a ser desenvol- celar o registro especial, no caso de improcedência
vida; ou falta de regularização da situação fiscal, dando
ciência de sua decisão à pessoa jurídica.
d) autorização para o exercício da atividade, con-
cedida pela ANP; Será igualmente expedido ADE para cancelar o
e) comprovação do capital social integralizado; registro especial se, decorrido o prazo da intimação (10
f) relação dos sócios, pessoas físicas ou jurídicas, dias), não houver manifestação da parte interessada.
com indicação do número de inscrição no Ca-
dastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no CNPJ, Caberá recurso ao Ministro de Estado da Economia
conforme o caso, e dos respectivos endereços; do ato que cancelar o registro especial, conforme
g) relação dos diretores, inclusive em relação aos disposto no § 2º do art. 2º da Lei nº 11.116/2005.
sócios, pessoas jurídicas, com indicação do No caso de provimento ao recurso, o delegado da
número de inscrição no CPF, e dos respectivos DRF, da Defis/SP ou da Demac/RJ deverá, para esse
endereços; e fim, expedir ADE, restabelecendo o registro especial.
h) capacidade instalada para produção de biodie-
sel, não se aplicando essa exigência no caso Após a concessão do registro especial, quaisquer
de pedido de registro especial para importador. alterações deverão ser comunicadas à DRF, à Defis/SP
ou à Demac/RJ, do domicílio fiscal do interessado, no
Quando o capital social for integralizado em bens, prazo de 30 dias contados da data de sua efetivação ou,
a comprovação mencionada na letra “e” será feita quando for o caso, do arquivamento no registro do comér-
mediante laudo de avaliação, elaborado por 3 peritos cio, com juntada de cópia dos documentos de alteração.
ou por pessoa jurídica especializada.
A pessoa jurídica deverá comunicar, ainda, a
O registro especial poderá ser cancelado, a qual- ocorrência dos seguintes fatos:
quer tempo, pelo delegado da DRF, da Defis/SP ou da
Demac/RJ se, posteriormente à concessão, ocorrer a) desativação de unidade industrial; e
qualquer um dos seguintes fatos: b) aquisição ou alienação de máquinas e equipa-
mentos industriais que impliquem na alteração da
a) desatendimento aos requisitos que condicio-
capacidade de produção do estabelecimento.
naram a concessão do registro;
b) não cumprimento de obrigação tributária prin- Cabe destacar, ainda, que os estabelecimentos
cipal ou acessória, relativa a impostos ou con- produtores e os importadores de biodiesel farão
tribuições administrados pela RFB; constar, nos documentos fiscais que emitirem, além
c) utilização indevida do coeficiente de redução dos requisitos normalmente exigidos pela legislação,
diferenciado das alíquotas da contribuição o número de inscrição no registro especial.
para o PIS-Pasep e da Cofins, de que trata o (Lei nº 4.502/1964; Lei nº 8.137/1990; Lei nº 11.116/2005,
§ 1º do art. 5º da Lei nº 11.116/2005; arts. 1º, 2º, § 2º, e 5º, § 1º; Resolução ANP nº 25/2008, art. 5º, III;
Instrução Normativa RFB nº 1.053/2010)
d) cancelamento da concessão ou da autoriza-
ção expedida pela ANP; ou N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2019 - Fascículo 17 BA17-15
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a IOB Comenta
Estadual por resolução da Comissão Gerenciadora, também
responsável pela definição dos critérios específicos
referentes a esta redução.
ICMS - Programa de Incentivo ao
Patrocínio Cultural do Estado da Bahia A expressão “valor do ICMS a recolher” poderá cor-
(Fazcultura) responder, cumulativamente, às seguintes situações:
a) imposto apurado pelo regime normal;
O Estado da Bahia instituiu, por meio da Lei
nº 7.015/1996, o Programa de Incentivo ao Patrocínio b) imposto devido pela importação de merca-
Cultural do Estado da Bahia (Fazcultura), regulamen- dorias ou bens, no desembaraço aduaneiro,
tada ultimamente pelo Decreto nº 12.901/2011. mesmo que este ocorra em portos ou aeropor-
tos situados fora do Estado da Bahia;
O Fazcultura tem por finalidade promover a pes- c) imposto devido por antecipação tributária
quisa, o estudo, a edição de obras e a produção das quando a responsabilidade for do adquirente
atividades artístico-culturais, aquisição, manutenção, da mercadoria.
conservação, restauração, produção e construção de
bens móveis e imóveis de relevante interesse artístico, Em caso de não realização do projeto, o abati-
histórico e cultural, campanhas de conscientização, mento deverá ser cancelado, ficando o patrocinador
difusão, preservação e utilização de bens culturais e sujeito ao pagamento do crédito tributário dispensado,
instituição de prêmios em diversas categorias. acrescido dos encargos legais, apurado por meio da
lavratura de auto de infração.
É concedido abatimento do ICMS à empresa com
estabelecimento situado no Estado da Bahia que Ocorrendo a transferência dos recursos em mais
apoiar, financeiramente, projetos culturais aprovados de uma parcela, o patrocinador somente poderá efe-
pela Secretaria de Cultura. tuar o abatimento na mesma proporção do repasse.
Será concedido ao patrocinador que apoiar O abatimento somente poderá ser utilizado a par-
financeiramente projetos aprovados pela Comissão tir do mês imediatamente subsequente ao que tenha
Gerenciadora abatimento sobre o valor do ICMS a ocorrido a transferência dos recursos ao proponente.
recolher, a cada período ou períodos sucessivos, não
podendo exceder ao limite de 3% do imposto devido Para o exercício financeiro de 2019, foram
em cada período. destinados recursos no valor de R$ 15.000.000,00
a serem aplicados, a título de incentivo fiscal, para
Esse abatimento será limitado a 80% do valor dos esse programa. Atingido tal limite, o projeto cultural
recursos transferidos. aprovado deverá aguardar o exercício fiscal seguinte
para receber o incentivo.
Para fazer jus ao abatimento, o patrocinador
deverá participar com recursos próprios equivalentes Esclareça-se que a soma dos recursos do ICMS
a, no mínimo, 20% do valor dos recursos transferidos. disponibilizados pelo Estado da Bahia para cumprir
o Programa Fazcultura não poderá exceder, rela-
Caso se trate de projeto cultural que tenha o nome tivamente ao montante da receita líquida anual do
do patrocinador, o valor do abatimento concedido à imposto, o percentual de 0,3%.
empresa patrocinadora será correspondente a 40%
do valor dos recursos transferidos, devendo contribuir As inscrições de projetos culturais para o pro-
com recursos próprios, no valor correspondente a 60%. grama estão abertas desde 14.03.2019.
Em se tratando de projeto cultural relativo a (Lei nº 7.015/1996, art. 1º; Decreto nº 12.901/2011, arts. 23,
24 e 25; Decreto nº 18.949/2019; Resolução Fazcultura nº 1/2019)
festejos juninos, carnaval e réveillon, o limite máximo
do percentual de abatimento poderá ser reduzido, N
17-16 BA Manual de Procedimentos - Abril/2019 - Fascículo 17 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
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(Instrução Normativa SRF nº 256/2002, art. 25, caput, II;
Resposta à Pergunta nº 142 - ITR 2018)