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Boletim j

Manual de Procedimentos
Temática Contábil e Balanços
Fascículo No 05/2020

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// Contabilização Veja nos Próximos


Contratos de mútuo (empréstimo de dinheiro) entre pessoas jurídicas Fascículos
ou entre pessoa jurídica e pessoa física . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. . . . . . . . . . . 04

a Contabilização - Depreciação
// Demonstrações Contábeis de bens do Ativo Imobilizado
- O aspecto gerencial e fiscal
Demonstração dos Fluxos de Caixa - Exemplificação do método indi-
reto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 a Contabilização - Baixa de
bens do Ativo Imobilizado
a Demonstrações contábeis -
Demonstração dos Fluxos de
Caixa - Exemplificação do
método
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Capa:
Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão:


Editorial SAGE | IOB

0800-724-7900 SAC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Temática contábil e balanços : contabilização :


contratos de mútuo (empréstimo de dinheiro).... --
16. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2020. --
(Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-3565-1

1. Balanços contábeis 2. Empresas - Contabilidade


I. Série.

19-32250 CDD-658.15
Índices para catálogo sistemático:

1. Administração financeira : Empresas 658.15


2. Análise de balanços : Empresas : Administração
financeira 658.15
3. Balanços : Empresas : Administração financeira
658.15

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
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Manual de Procedimentos
Temática Contábil e Balanços

a Contabilização
Contratos de mútuo (empréstimo de da sociedade, mesmo que essa não seja uma
instituição financeira. Essas operações também são
dinheiro) entre pessoas jurídicas ou muito comuns entre empresas coligadas e entre as
entre pessoa jurídica e pessoa física sociedades controladoras e suas controladas. Neste
texto, discorremos sobre o registro contábil dessas
1. QUADRO SINÓTICO operações.
É prática comum os sócios emprestarem dinheiro
para a sociedade da qual participem, ou o inverso, Sintetizamos, no quadro a seguir, os principais
ou seja, os sócios tomarem dinheiro emprestado aspectos relacionados ao tema:

Contabilização do contrato O contrato de mútuo deve ser contabilizado como um passivo exigível na mutuária e como um ativo reali-
de mútuo zável na mutuante.
Procedimentos na mutuária A entidade que toma o dinheiro emprestado (mutuária) deve creditar, em contrapartida da entrada do nu-
merário em sua conta bancária ou em seu caixa, uma conta específica:
a) do Passivo Circulante, no caso de não haver data prevista para a liquidação do mútuo ou se esta estiver
prevista para antes do término do exercício social seguinte; ou
b) do Passivo Não Circulante, se a data prevista para a liquidação do mútuo recair após o término do exer-
cício social seguinte.
Procedimentos na mutuante A entidade que empresta o dinheiro (mutuante) deve registrar o direito de recebê-lo em conta do Ativo
Realizável a Longo Prazo, independentemente de o contrato especificar data de vencimento anterior ao
término do exercício seguinte.
Encargos financeiros Os encargos financeiros praticados nos contratos de mútuo devem ser reconhecidos, segundo o regime de
competência, como despesa financeira na mutuária e como receita financeira na mutuante.
IRRF - Tratamento contábil O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre rendimentos decorrentes das operações de
na mutuante mútuo é compensável com o imposto devido pela empresa com base no lucro real, presumido ou arbitrado,
e deve ser registrado pela mutante em conta do subgrupo “Impostos a Recuperar”, no Ativo Circulante.
De acordo com o RIR/2018, art. 791, III, os rendimentos decorrentes de operações de mútuo de recursos
financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física são equiparados, para fins de
incidência do Imposto de Renda, a rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa, independentemen-
te de a fonte pagadora ser instituição autorizada a funcionar pelo Bacen.
Desde 1º.01.2005, o Imposto de Renda dessas operações passou a incidir às seguintes alíquotas para
residentes ou domiciliados no Brasil, observado o prazo de contratação da operação (Lei nº 11.033/2004,
art. 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.585/2015, arts. 46 e 47, § 4º):
a) 22,5%, em operações com prazo de até 180 dias ou com prazo indeterminado;
b) 20%, em operações com prazo de 181 dias até 360 dias;
c) 17,5%, em operações com prazo de 361 até 720 dias;
d) 15%, em operações com prazo acima de 720 dias.

2. ENFOQUE DIRECIONADO ÀS OPERAÇÕES NÃO a prática de operações dessa natureza. Quando um


ABRANGIDAS NO OBJETO DA SOCIEDADE banco empresta dinheiro a um de seus sócios, seja
ele pessoa física ou jurídica, o registro desse emprés-
É oportuno alertar que, aqui, trataremos exclusi- timo será efetuado da mesma forma que os demais
vamente das operações de mútuo (empréstimo de empréstimos concedidos a não sócios, observadas as
dinheiro) nas quais as empresas envolvidas, como normas de contabilização estabelecidas pelo Banco
mutuante ou mutuária, não tenham por objeto social Central do Brasil (Bacen). A empresa que tenha um

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 TC05-01


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Temática Contábil e Balanços

banco como sócio e toma dinheiro emprestado desse repasse for feito, sem a cobrança de encargos, ou com
sócio registrará o empréstimo como se o tivesse a cobrança de encargos inferiores aos pagos para a
contratado com instituição financeira que não tenha obtenção dos recursos repassados, o Fisco poderá
participação em seu capital. considerar indedutíveis as despesas financeiras
pagas pela mutuante, na parte que exceder ao valor
3. CONTABILIZAÇÃO DO CONTRATO DE MÚTUO do encargo cobrado das controladas, coligadas ou
interligadas, no repasse dos recursos, por considerá-
O contrato de mútuo deve ser contabilizado como -las não necessárias (RIR/2018, art. 311).
um passivo exigível na mutuária e como um ativo
realizável na mutuante, observados os procedimentos
4.1 IRRF - Tratamento contábil na mutuante
a seguir.
O IRRF incidente sobre rendimentos decorren-
3.1 Procedimentos na mutuária tes das operações de mútuo é compensável com o
imposto devido pela empresa com base no lucro real,
A entidade que toma o dinheiro emprestado presumido ou arbitrado, e deve ser registrado pela
(mutuária) deve creditar, em contrapartida da entrada mutante em conta do subgrupo “Impostos a Recu-
do numerário em sua conta bancária ou em seu caixa, perar”, no Ativo Circulante. De acordo com o RIR/2018,
uma conta específica: art. 791, III, os rendimentos decorrentes de operações
a) do Passivo Circulante, no caso de não haver de mútuo de recursos financeiros entre pessoas
data prevista para a liquidação do mútuo, ou jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física são
se esta estiver prevista para antes do término equiparados, para fins de incidência do Imposto de
do exercício social seguinte; ou Renda, a rendimentos de aplicações financeiras de
renda fixa, independente de a fonte pagadora ser
b) do Passivo Não Circulante, se a data prevista instituição autorizada a funcionar pelo Bacen.
para a liquidação do mútuo recair após o tér-
mino do exercício social seguinte. Desde 1º.01.2005, o Imposto de Renda dessas
(Lei nº 6.404/1976, art. 180) operações passou a incidir às seguintes alíquotas
para residentes ou domiciliados no Brasil, obser-
3.2 Procedimentos na mutuante vado o prazo de contratação da operação (Lei
nº 11.033/2004, art. 1º; Instrução Normativa RFB
A entidade que empresta o dinheiro (mutuante) nº 1.585/2015, arts. 46 e 47, § 4º):
deve registrar o direito de recebê-lo em conta do Ativo
Realizável a Longo Prazo, independentemente de o a) 22,5%, em operações com prazo de até 180
contrato especificar data de vencimento anterior ao dias ou com prazo indeterminado;
término do exercício seguinte. b) 20%, em operações com prazo de 181 dias
até 360 dias;
(Lei nº 6.404/1976, art. 179, II)
c) 17,5%, em operações com prazo de 361 até
720 dias;
4. ENCARGOS FINANCEIROS
d) 15%, em operações com prazo acima de 720
Os encargos financeiros praticados nos contra- dias.
tos de mútuo devem ser reconhecidos, segundo o
regime de competência, como despesa financeira Notas
na mutuária e como receita financeira na mutuante. (1) O IRRF incidente nas operações de mútuo deve ser retido por oca-
sião do pagamento dos rendimentos (Instrução Normativa RFB nº 1.585/2015,
Desde 1º.01.1996, em função da revogação da art. 49, I).
correção monetária das demonstrações financeiras (2) A responsabilidade pela retenção do Imposto de Renda na Fonte é
(Lei nº 9.249/1995, art. 4º), deixou de ser exigido o da pessoa jurídica que efetuar o pagamento dos rendimentos e, no caso de
o mutuário (o que paga os rendimentos) ser pessoa física, a pessoa jurídica
reconhecimento, por parte da mutuante, das receitas mutuante (que recebe os rendimentos) fica responsável pela retenção (Instru-
financeiras decorrentes dos contratos de mútuo entre ção Normativa RFB nº 1.585/2015, art. 49, § 1º).
empresas controladoras e controladas e coligadas ou
interligadas. 4.2 IOF
As alíquotas do IOF nas operações de mútuo são:
Todavia, se a mutuante houver tomado empres-
tado de terceiros os recursos que houver repassado a) quando não ficar definido o valor principal a
a empresas controladas, coligadas ou interligadas e o ser utilizado pelo mutuário:

05-02 TC Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB


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a.1) pessoa física: 0,0082% ao dia; D - Bancos Conta Movimento


a.2) pessoa jurídica: 0,0041% ao dia; (Ativo Circulante) R$ 1.000.000,00
D - IOF s/ Mútuos com Coli-
b) quando ficar definido o valor principal a ser uti- gadas (Conta de Resul-
lizado pelo mutuário: tado) R$ 18.500,00
b.1) pessoa física: 0,0082% ao dia; C - Mútuos com Coligadas
(Passivo Circulante) R$ 1.018.500,00
b.2) pessoa jurídica: 0,0041% ao dia.
Além da aplicação das alíquotas descritas nas letras 2) Pela apropriação dos juros incorridos sobre o
“a” e “b”, há, ainda, a incidência da alíquota adicional de mútuo no mês de julho de 20X1:
0,38%, independentemente do prazo da operação, seja D - Juros sobre Mútuos com Coligadas (Conta
o mutuário pessoa física ou jurídica. Nas operações de de Resultado)
mútuo em que o mutuário seja pessoa jurídica optante C - Mútuos com Coligadas (Passivo Circulante) R$ 10.185,00*
pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de
* R$ 1.018.500,00 x 1%
Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), Nota
e em que o valor do contrato seja igual ou inferior a Nos meses seguintes, até a liquidação do contrato de mútuo, em junho
de 20X2, os lançamentos relativos à apropriação dos juros serão idênticos ao
R$ 30.000,00, a alíquota do IOF será de 0,00137%. nº 2 deste subtópico, observando-se que, mensalmente, os juros deverão ser
recalculados, levando-se em conta a atualização do capital.
Nota
O IOF deve ser recolhido ao Tesouro Nacional até o terceiro dia útil sub- 3) Pela liquidação do contrato de mútuo, em
sequente ao decêndio da cobrança ou do registro contábil do imposto (Lei
nº 11.196/2005, art. 70, inciso II, “b”).
30.06.20X2:

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, I e VI, §§ 14, 15, 16, D - Mútuos com Coligadas
(Passivo Circulante) R$ 1.147.671,26
18 e 19; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 24/2008)
C - Bancos Conta Movimento
(Ativo Circulante) R$ 1.125.066,29
5. EXEMPLO C - IRRF a Recolher (Passivo
Circulante) R$ 22.604,97
5.1 Dados
Admitamos que, em 30.06.20X1, a Empresa 5.3 Contabilização na mutuante
“X” tomasse um empréstimo de R$ 1.000.000,00 da Na mutuante, teríamos os seguintes lançamentos:
Empresa “Y”, sua coligada, a ser pago em 30.06.20X2,
acrescido de juros de 1% ao mês, que, capitalizados 1) Pelo registro da concessão do mútuo, em
no período de vigência do contrato, correspondem a 30.06.20X1:
12,6825%. Consideremos, ainda, que o IOF incidente D-M
 útuos com Coligadas
sobre a operação totalizasse R$ 18.500,00 e tenha (Ativo Realizável a Longo
sido incluído no valor do empréstimo. Prazo) R$ 1.018.500,00
C - IOF s/ Mútuo a Recolher
Nesse caso, no vencimento do mútuo, o cálculo (Passivo Circulante) R$ 18.500,00
do valor a ser pago pela mutuária seria assim deter- C - Bancos Conta Movimento
minado: (Ativo Circulante) R$ 1.000.000,00

Principal R$ 1.000.000,00 2) Pelo registro do pagamento do IOF sobre o


(+) IOF (valor hipotético) R$ 18,500,00 mútuo, em 03.07.20X1*:
Valor do mútuo em 30.06.20X1 R$ 1.018.500,00
D - IOF s/ Mútuos com Coligadas (Passivo Circu-
(+) Juros (R$ 1.018.500,00 x 12,6825%) R$ 129.171,26 lante)
Valor do mútuo em 30.06.20X2 R$ 1.147.671,26 C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 18.500,00
(-) IRRF (R$ 129.171,26 x 17,5%*) R$ 22.604,97 * O IOF deve ser recolhido até o 3º dia útil subsequente ao decêndio de
Líquido a pagar em 30.06.20X2 R$ 1.125.066,29 sua cobrança ou do registro contábil do imposto (Lei nº 11.196/2005, art. 70,
(*) Alíquota aplicável aos contratos com prazo entre 361 e 720 dias inciso II, “b”).
(veja subtópico 4.1).
3) Pela apropriação dos juros incorridos no mês
5.2 Contabilização na mutuária de julho de 20X1:
D - Mútuos com Coligadas (Ativo Realizável a
Na mutuária, a operação de mútuo seria assim Longo Prazo)
contabilizada: C - Juros sobre Mútuos com Coligadas (Conta
1) Pelo registro da contratação do mútuo, em de Resultado) R$ 10.185,00*
30.06.20X1: * R$ 1.018.500,00 x 1%

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Temática Contábil e Balanços

Nota
Imposto sobre a Propriedade de
Nos meses seguintes, até a liquidação do contrato de mútuo, em junho
de 20X2, os lançamentos relativos à apropriação dos juros serão idênticos ao Veículos Automotores
nº 2 deste subtópico, observando-se que, mensalmente, os juros deverão ser
recalculados levando-se em conta a atualização do capital.

4) Pela liquidação do contrato de mútuo, em


1. QUADRO SINÓTICO
30.06.20X2: O Imposto sobre a Propriedade de Veículos
D - Bancos Conta Movimento Automotores (IPVA) é pago por ocasião da compra de
(Ativo Circulante) R$ 1.125.066,29 veículo zero quilômetro, e anualmente, de acordo com
D - IRRF a Compensar (Ativo a legislação de cada Estado.
Circulante) R$ 22.604,97
C-M
 útuos com Coligadas Neste texto, discorreremos sobre a contabilização
(Ativo Realizável a Longo
Prazo) R$ 1.147.671,26 desse imposto, cujos principais aspectos sintetizamos
no quadro a seguir:
N
Fundamentação legal Pronunciamento Técnico CPC 27; NBC TG 27 (R4); Deliberação CVM nº 583/2009; Resolução
CFC nº 1.177/2009.
IPVA - Definição O IPVA é um imposto estadual que deve ser pago por ocasião da compra de veículo zero
quilômetro e também cobrado anualmente dos proprietários do veículo conforme o ano de
aquisição.
O IPVA incorpora ou não o custo de O IPVA não integra o preço de compra do veículo novo, pois, além de não estar incorporado ao
aquisição de veículo zero quilômetro? preço do veículo, não tem qualquer vínculo com a vida útil do bem, sendo necessário incorrer
nesse gasto anualmente, o que lhe imprime a característica de um gasto periódico de manuten-
ção do bem em condições legais de uso.
Classificação como custo ou despesa O IPVA constitui um gasto periódico necessário à manutenção do veículo em condições legais
operacional? de uso e, assim, deve ser registrado:
a) como despesa operacional, no caso de veículos utilizados nas áreas administrativas e de
vendas; ou
b) como custo da produção, no caso de veículos utilizados na produção de bens ou serviços,
como, por exemplo, os veículos que compõem a frota das empresas transportadoras ou loca-
doras de veículos.
Baixa do saldo de IPVA a apropriar por A pessoa jurídica que vender veículo de sua propriedade deve baixar o saldo correspondente
ocasião da venda do veículo ao bem, remanescente na conta “IPVA a Apropriar”, no subgrupo de Despesas Pagas Anteci-
padamente, no Ativo Circulante, contra o resultado do período, como despesa, uma vez que o
imposto pago relativo ao bem vendido não lhe trará benefícios futuros, tendo perdido, portanto,
a condição de ativo.
Aspectos fiscais Importa lembrar, aqui, que qualquer gasto com veículos, inclusive impostos (como é o caso do
IPVA), somente será dedutível para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) caso se referir a veículo intrinsecamente relacionado
com a produção ou comercialização de bens ou serviços (Lei nº 9.249/1995, art. 13, III).
Exemplo de contabilização Veja o subtópico 3.1.

2. IPVA PAGO NA COMPRA DE VEÍCULO ZERO pela Resolução CFC nº 1.177/2009 - NBC TG 27 (R4),
QUILÔMETRO - CUSTO DO IMOBILIZADO OU transcrito a seguir:
DESPESA?
16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:
Por ocasião da contabilização do IPVA pago no
(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de
licenciamento de veículo novo (zero quilômetro), pode importação e impostos não recuperáveis sobre a compra,
ocorrer a seguinte dúvida: esse imposto deve ser depois de deduzidos os descontos comerciais e abati-
registrado como complemento do custo de aquisição mentos;
do veículo ou como despesa operacional?
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar
o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser
Para responder a essa questão, vejamos, primei- capaz de funcionar da forma pretendida pela administra-
ramente, quais itens devem compor o custo de um ção; [...]
bem do Ativo Imobilizado, de acordo com o item 16 do
Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, O IPVA, como seu próprio nome indica, incide
recepcionado pela Deliberação CVM nº 583/2009 e sobre a propriedade, e não sobre a compra. Portanto,

05-04 TC Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB


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não integra o “preço de compra” do bem. Por outro 3.1 Exemplo


lado, se considerarmos que esse imposto deve estar
Admitamos que a “Transportadora Carga Leve
pago para que o veículo seja devidamente registrado
Ltda.” possua uma frota de 10 caminhões utilizados
e licenciado pelo órgão competente, podemos consi-
para a prestação de serviços de transporte de carga.
derá-lo como um gasto necessário para se colocar o
veículo em condições “legais” de uso.
O IPVA de toda a frota, correspondente ao ano de
20X1, é de R$ 30.000,00 e será pago em 3 parcelas
Todavia, existe uma característica do IPVA que,
mensais, de R$ 10.000,00 cada uma, de janeiro a
a nosso ver, dá respaldo técnico à não ativação
março.
desse imposto, que é a periodicidade em que ele é
devido (anualmente). Ou seja, o imposto pago coloca Dessa forma, teremos os seguintes registros
o veículo em condições legais de uso pelo período contábeis:
de, no máximo, 1 ano; o IPVA pago no licenciamento
de veículo novo é calculado proporcionalmente aos 1) Pelo registro do pagamento do IPVA:
meses do ano em curso, desde a data da compra até D - IPVA a Apropriar (Ativo Circu-
31 de dezembro. lante) R$ 30.000,00
C - Bancos Conta Movimento (Ati-
vo Circulante)
Portanto, além de não estar incorporado ao preço
- Janeiro R$ 10.000,00
do veículo, o IPVA não tem qualquer vínculo com a
- Fevereiro R$ 10.000,00
vida útil do bem, sendo necessário incorrer nesse
- Março R$ 10.000,00
gasto anualmente, o que lhe imprime a característica
de um gasto periódico de manutenção do bem em 2) Pela apropriação mensal do IPVA como custo
condições legais de uso. dos serviços prestados (R$ 30.000,00 ÷ 12
meses):
3. APROPRIAÇÃO DO IPVA COMO CUSTO OU
DESPESA OPERACIONAL D - IPVA (Conta de Resultado)
C - IPVA a Apropriar (Ativo Circulante) R$ 2.500,00
Conforme comentado no tópico anterior, o IPVA
pago constitui um gasto periódico necessário à Alternativamente, podemos contabilizar o IPVA de
manutenção do veículo em condições legais de uso forma similar aos prêmios de seguro, por meio dos
e, assim, deve ser registrado: seguintes registros:
a) como despesa operacional, no caso de veí- 1) Pelo reconhecimento do passivo, em janeiro
culos utilizados nas áreas administrativas e de de 20X1:
vendas; ou
D - IPVA a Apropriar (Ativo Circulante)
b) como custo da produção, no caso de veículos C - IPVA a Pagar (Passivo Circulante) R$ 30.000,00
utilizados na produção de bens ou serviços,
como, por exemplo, os veículos que compõem 2) Pelo pagamento das parcelas:
a frota das empresas transportadoras ou loca- D - IPVA a Pagar (Passivo Circu-
doras de veículos. lante) R$ 30.000,00
C - Bancos Conta Movimento (Ativo
O que pode ser arguido, e com boa justificativa Circulante)
técnica, é que o IPVA se caracteriza como uma des- - Janeiro R$ 10.000,00
pesa antecipada, a ser registrada no Ativo Circulante - Fevereiro R$ 10.000,00
para, mensalmente, ser apropriado como despesa - Março R$ 10.000,00
operacional ou como custo de produção, similarmente
A apropriação mensal como custo ou despesa
aos gastos com o seguro dos veículos. Tecnicamente, será feita da forma mostrada no lançamento nº 2 do
esse procedimento é imprescindível nos casos em primeiro exemplo de contabilização.
que o IPVA deva ser imputado aos custos da produ-
ção (como nas empresas prestadoras de serviços
de transportes ou locadoras de veículos) para que o
4. ALIENAÇÃO DE VEÍCULO - BAIXA DO SALDO
DE IPVA A APROPRIAR
dispêndio seja distribuído, uniformemente, durante o
período de competência, de forma que não distorça A pessoa jurídica que vender veículo de sua
os custos. propriedade deve baixar o saldo correspondente ao

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 TC05-05


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Temática Contábil e Balanços

bem, remanescente na conta “IPVA a Apropriar”, no Nesse caso, o lançamento para baixa do saldo
subgrupo de Despesas Pagas Antecipadamente, no remanescente da conta “IPVA” a apropriar seria assim
Ativo Circulante, contra o resultado do período, como efetuado:
despesa, uma vez que o imposto pago relativo ao D - IPVA (Conta de Resultado)
bem vendido não lhe trará benefícios futuros, tendo C - IPVA a Apropriar (Ativo Circulante) R$ 2.500,00
perdido, portanto, a condição de ativo.
5. ASPECTO FISCAL
4.1 Exemplo Importa observar que qualquer gasto com veículos,
inclusive impostos (como é o caso do IPVA), somente
Admita-se que a empresa “A” venda, em será dedutível, para efeito de apuração do lucro real
1º.03.20X1, um veículo de sua propriedade, cujo e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o
IPVA pago em parcela única em janeiro seja de Lucro (CSL), caso se referir a veículo intrinsecamente
R$ 1.200,00 e que tenha saldo remanescente na conta relacionado com a produção ou comercialização de
“IPVA a Apropriar”, no Ativo Circulante, no valor de bens ou serviços (Lei nº 9.249/1995, art. 13, III).
R$ 1.000,00. N

a Demonstrações Contábeis
Demonstração dos Fluxos de Caixa - Como se observa, o ponto de partida e a forma
para sua elaboração por um dos métodos são diferen-
Exemplificação do método indireto tes, porém os resultados apresentados evidenciam a
SUMÁRIO exatidão das avaliações anteriormente feitas dos futuros
1. Introdução fluxos de caixa e a relação entre a lucratividade e o fluxo
2. Regras de elaboração
3. Apresentação de uma Demonstração dos Fluxos de
de caixa líquido e o impacto de variações de preço.
Caixa
4. Balanço patrimonial levantado em 31.12.20X1 Neste texto, apresentamos um exemplo prático de
5. Operações ocorridas em 20X2 elaboração da DFC pelo método indireto.
6. Balanço patrimonial, demonstração do resultado do
exercício e demonstração das mutações do patrimônio 2. REGRAS DE ELABORAÇÃO
líquido em 31.12.20X2
7. DFC - Método indireto Na elaboração da DFC pelo método indireto,
1. INTRODUÇÃO deverão ser seguidos os seguintes passos básicos:

Quando utilizado em conjunto com as demais a) identificar a variação das contas “Caixa” e
demonstrações contábeis, a Demonstração dos “Equivalentes de Caixa” entre 20X1 e 20X2;
Fluxos de Caixa (DFC) proporciona informações que b) transcrever o lucro líquido apurado na DRE;
habilitam os usuários a avaliar as mudanças nos ati- c) adicionar ou subtrair, conforme o caso, os va-
vos líquidos de uma empresa, sua estrutura financeira lores que afetaram o lucro, mas não afetaram o
e sua habilidade para afetar as importâncias e prazos caixa. Exemplo de adição: depreciação (afeta
dos fluxos de caixa a fim de adaptá-los às mudanças o lucro, mas não afeta o caixa). Exemplo de
nas circunstâncias e às oportunidades. subtração: resultado positivo da equivalência
patrimonial (afeta o lucro, mas não o caixa);
São duas as formas de apresentação do fluxo de d) identificar as variações no Ativo Circulante (ex-
caixa: o método direto e o método indireto. O método ceto as contas Caixa e Equivalentes), no Rea-
direto evidencia todos os pagamentos e os recebi- lizável a Longo Prazo (subgrupo do Ativo Não
mentos decorrentes das atividades operacionais da Circulante), no Passivo Circulante e no Passivo
empresa, devendo apresentar os componentes do Não Circulante.
fluxo de caixa por seus valores brutos. Já o método
indireto consiste na demonstração dos recursos pro- As variações referidas na letra “d” serão adiciona-
venientes das atividades operacionais a partir do lucro das ou excluídas na demonstração conforme o caso.
líquido, ajustados pelos itens que afetam o resultado Na DFC pelo método indireto, o aumento do Ativo e a
(tais como depreciação, amortização e exaustão), diminuição do Passivo (Circulante e Não Circulante)
mas que não modificam o caixa da empresa. devem ser excluídos. Já a diminuição do Ativo e o
05-06 TC Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB
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aumento do Passivo (Circulante e Não Circulante) dos por atividades operacionais, de investimento e de
devem ser adicionados. financiamento.

3. APRESENTAÇÃO DE UMA DEMONSTRAÇÃO DOS 4. BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM


FLUXOS DE CAIXA 31.12.20X1
Resumidamente, a DFC (direta e indireta) deve Segue balanço Patrimonial da Cia. ABC levantado
apresentar os fluxos de caixa de período classifica- em 31.12.20X1.

Balanço Patrimonial em 20X1


ATIVO R$ PASSIVO R$
Circulante 1.020.000,00 Circulante 600.000,00
Caixa 150.000,00 Fornecedores 545.000,00
Clientes 670.000,00 Impostos a Pagar 25.000,00
Estoques 200.000,00 Dividendos a Pagar 30.000,00
Não Circulante 670.000,00 Empréstimos (Curto Prazo)
Empréstimos 70.000,00 Obrigações Trabalhistas
Imobilizado (Terrenos) 300.000,00 Não Circulante 170.000,00
Imobilizado (Veículos) 420.000,00 Empréstimos (Longo Prazo) 150.000,00
Depreciação Acumulada (120.000,00) Contas a Pagar 20.000,00
Patrimônio Líquido 920.000,00
Capital 600.000,00
Lucros Acumulados 320.000,00
TOTAL DO ATIVO 1.690.000,00 TOTAL DO PASSIVO 1.690.000,00

5. OPERAÇÕES OCORRIDAS EM 20X2


No desenvolvimento do exemplo, consideremos os seguintes eventos ocorridos no ano de 20X2:
Nº do lançamento Operações
1 Vendas à vista no valor de R$ 600.000,00.
2 Vendas a prazo no valor de R$ 75.000,00 a serem recebidas em 20X3.
3 Custo das mercadorias vendidas em 1 e 2: R$ 190.000,00.
4 Compras de mercadorias à vista: R$ 100.000,00.
5 Compras de mercadorias a serem pagas em 20X3, no valor de R$ 50.000,00.
6 Recebimentos ocorridos em 20X2 relativo a clientes no valor de R$ 700.000,00.
Pagamento de fornecedores e outras obrigações em 20X2, no valor de R$ 620.000,00:
- Fornecedores: R$ 565.000,00
7
- Impostos a pagar: R$ 25.000,00;
- Dividendos a pagar: R$ 30.000,00.
8 Aporte, em dinheiro, efetuado pelos acionistas no valor de R$ 85.000,00.
9 Despesas operacionais incorridas e pagas em 20X2: R$ 120.000,00.
10 Transferência de parte da dívida do Passivo Não Circulante para o Passivo Circulante, no valor de R$ 55.000,00.
11 Obrigações trabalhistas a serem pagas em 20X3: R$ 110.000,00.
12 Recebimento antecipado de parte de empréstimo concedido: R$ 20.000,00.
Reconhecimento de encargos financeiros:
13 - Passivo Não Circulante = R$ 3.000,00;
- Passivo Circulante = R$ 1.000,00.
14 Depreciação do exercício: R$ 115.000,00.
15 Reconhecimento dos encargos financeiros sobre empréstimo registrado no Realizável a Longo Prazo: R$ 300,00.
Venda de um terreno registrado no Ativo Imobilizado recebida à vista:
- Valor da venda R$ 460.000,00;
16
- Valor contábil do bem R$ 300.000,00;
- Lucro obtido R$ 160.000,00.
17 Obrigações fiscais a serem pagas em 20X3: R$ 60.000,00 (IRPJ/CSL).
18 Parcela do lucro de 20X2 destinada ao pagamento de acionistas = R$ 65.000,00.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 TC05-07


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5.1 Contabilização (Razonetes)


Apresentamos os lançamentos contábeis, propriamente ditos, por meio dos razonetes e que facilitarão a
compreensão da elaboração da DFC.

05-08 TC Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB


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Ao encerrarmos o resultado do exercício (RE), 6. BALANÇO PATRIMONIAL, DEMONSTRAÇÃO DO


teremos a seguinte situação na conta de apuração do RESULTADO DO EXERCÍCIO E DEMONSTRAÇÃO
resultado (ARE): DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM
31.12.20X2
Em 31.12.20X2, após o registro contábil dos
eventos referidos em 5.1, teremos as demonstrações
contábeis que se seguem:

6.1 Balanço Patrimonial


O Balanço Patrimonial da Cia. ABC estaria repre-
sentado conforme ilustrado a seguir. No exemplo,
estamos considerando também o ano de 20X1 e colu-
nas que recepcionam a variação entre um ano e outro.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 TC05-09


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Balanço Patrimonial - Em R$
Ativo 20X1 20X2 Variação Passivo 20X1 20X2 Variação
Circulante 1.020.000,00 1.380.000,00 360.000,00 Circulante 600.000,00 321.000,00 (279.000,00)
Caixa 150.000,00 1.175.000,00 1.025.000,00 Fornecedores 545.000,00 30.000,00 (515.000,00)
Clientes 670.000,00 45.000,00 (625.000,00) Impostos a Pagar 25.000,00 60.000,00 35.000,00
Estoques 200.000,00 160.000,00 (40.000,00) Dividendos a Pagar 30.000,00 65.000,00 35.000,00
Não Circulante 670.000,00 235.300,00 (434.700,00) Empréstimos (Curto Prazo) 56.000,00 56.000,00
Empréstimos 70.000,00 50.300,00 (19.700,00) Obrigações Trabalhistas 110.000,00 110.000,00
Imobilizado (Terrenos) 300.000,00 0,00 (300.000,00) Não Circulante 170.000,00 118.000,00 (52.000,00)
Imobilizado (Veículos) 420.000,00 420.000,00 0,00 Empréstimos (Longo Prazo) 150.000,00 98.000,00 (52.000,00)
Depreciação Acumulada (120.000,00) (235.000,00) (115.000,00) Contas a Pagar 20.000,00 20.000,00 0,00
Patrimônio Líquido 920.000,00 1.176.300,00 256.300,00
Capital 600.000,00 685.000,00 85.000,00
Lucros Acumulados 320.000,00 491.300,00 171.300,00
TOTAL DO ATIVO 1.690.000,00 1.615.300,00 (74.700,00) TOTAL DO PASSIVO 1.690.000,00 1.615.300,00 (74.700,00)

6.2 Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração do Fluxo de Caixa - Ano de 20X2


A DRE será a seguinte: ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido R$ 236.300,00
DRE
Vendas R$ 675.000,00 Despesas que não afetam o caixa
CMV (R$ 190.000,00) Despesas de depreciação R$ 115.000,00
Lucro Bruto R$ 485.000,00 Receitas que não afetam o caixa
Despesas Operacionais (R$ 230.000,00) Ganho de capital na venda do imobilizado (R$ 160.000,00)
Despesas de Depreciação (R$ 115.000,00)
Subtotal R$ 191.300,00
Receitas Financeiras R$ 300,00
Diminuição de duplicatas a receber R$ 625.000,00
Despesas Financeiras (R$ 4.000,00)
Diminuição em estoques R$ 40.000,00
Lucro Operacional R$ 136.300,00
Ganho de Capital R$ 160.000,00 Diminuição de fornecedores (R$ 515.000,00)

Lucro antes do IRPJ/CSL R$ 296.300,00 Aumento de impostos a pagar R$ 35.000,00


IRPJ/CSLL (R$ 60.000,00) Aumento de obrigações trabalhistas R$ 110.000,00
Lucro Líquido do Exercício R$ 236.300,00 1. Caixa líquido nas atividades operacionais R$ 486.300,00
ATIVIDADE DE INVESTIMENTO
6.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido Recebimento pela venda do imobilizado R$ 460.000,00
2. Caixa líquido nas atividades de inves-
A DMPL será a seguinte: timento R$ 460.000,00

Capital Lucros ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO


Total
Realizado acumulados Aumento de capital R$ 85.000,00
Saldo em Diminuição de empréstimos concedidos R$ 19.700,00
R$ 600.000,00 R$ 320.000,00 R$ 920.000,00
31.12.20X1
Diminuição de Empréstimos a longo prazo (R$ 52.000,00)
Aumento de capital R$ 85.000,00 - R$ 85.000,00
Lucro líquido do Aumento de empréstimos a curto prazo R$ 56.000,00
- R$ 236.300,00 R$ 236.300,00
exercício Distribuição de dividendos (R$ 65.000,00)
Lucros a distribuir - (R$ 65.000,00) (R$ 65.000,00) Aumento de dividendos a pagar R$ 35.000,00
Saldo em 3. Caixa líquido nas atividades de finan-
R$ 685.000,00 R$ 491.300,00 R$ 1.176.300,00
31.12.20X2 ciamento R$ 78.700,00
4. Aumento líquido nas disponibilidades
7. DFC - MÉTODO INDIRETO (1 + 2 + 3) R$ 1.025.000,00
Como vimos anteriormente, a DFC pelo método 5. Saldo de caixa + equivalente de caixa
indireto evidencia a ligação entre o lucro líquido do em 20X1 R$ 150.000,00
exercício e o caixa gerado pelas operações da com- 6. Saldo de caixa + equivalente de caixa
em 20X2 (4 + 5) R$ 1.175.000,00
panhia. Portanto, diante das informações anteriores,
a DFC pelo método indireto do ano de 20X2 da Cia.
ABC seria assim apresentada: ◙
05-10 TC Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB

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