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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 43/2019
Minas Gerais
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// IOB Setorial
Federal
Turismo - Fiscalização - Declaração eletrônica de bens de viajante. . 18
// IOB Comenta
Estadual
Exceções aplicadas ao princípio da irretroatividade da legislação . . . 19
Capa:
Marketing SAGE | IOB
0800-724-7900 SAC
ISBN 978-85-379-3511-8
19-30525 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
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meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a Federal
IPI 9.
10.
Aplicação
Devolução e transferência
11. Destruição
Bebidas - Selo de controle 12. Apreensão e perícia
13. Diferenças no estoque
SUMÁRIO 14. Quebra no estoque
1. Quadro sinótico 15. Importação com selagem no exterior
2. Considerações iniciais 16. Taxa
3. Obrigatoriedade 17. Penalidades
4. Produtos sujeitos ao selo de controle
5. Dispensa de selagem 1. Quadro sinótico
6. Previsão de consumo
7. Fornecimento Veja, a seguir, quadro sinótico com os principais
8. Marcação e escrituração tópicos deste texto:
Quadro sinótico
Tópicos Descrição
Obrigatoriedade Estão sujeitas ao selo de controle as bebidas de fabricação nacional:
a) destinadas ao mercado interno;
b) saídas do estabelecimento industrial ou a ele equiparado, em exportação ou em operação equiparada à
exportação, para os países limítrofes com o Brasil; ou
c) de procedência estrangeira entradas no País.
As bebidas não poderão sair do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, ser vendidas ou ex-
postas à venda, mantidas em depósito fora dos referidos estabelecimentos, ainda que em armazéns-gerais,
ou liberadas pelas repartições fiscais sem que, antes, sejam seladas.
O Ato Declaratório Executivo Cofis nº 102/2013 dispõe sobre os procedimentos relacionados a previsão,
fornecimento, devolução e transferência de selos de controle.
Sistema de Controle de Pro- O selo de controle não será aplicado, além de outras hipóteses, nas bebidas controladas pelo Sicobe, em
dução de Bebidas (Sicobe) operação normal de funcionamento.
O selo de controle não será aplicado, também, nas bebidas relacionadas no Anexo I da Instrução Normativa
RFB nº 1.432/2013, que deixarem de ser controladas pelo Sicobe, desde que o estabelecimento industrial
faça opção definitiva por prestar as informações diárias de sua produção à Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil (RFB) e a pessoa jurídica à qual o estabelecimento estiver vinculado cumpra os requisitos
exigidos para tal finalidade.
As informações diárias da produção deverão ser apresentadas em planilha, conforme modelo constante
do Anexo V dessa Instrução Normativa, contendo a indicação individualizada da quantidade unitária pro-
duzida por tipo e marca de produto, tipo e volume de embalagem e estoque inicial e final de cada produto
individualizado.
Requerimento O importador deverá requerer à Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF), à Delegacia da Receita Fede-
ral de Fiscalização no Município de São Paulo (Defis/SP) ou à Delegacia Especial de Maiores Contribuintes
no Município do Rio de Janeiro (Demac/RJ), de seu domicílio fiscal, o fornecimento dos selos de controle,
devendo no requerimento prestar as informações exigidas.
Previsão de consumo Os estabelecimentos sujeitos ao selo de controle deverão apresentar até 30 de junho de cada ano a previsão
de consumo de selos de controle à unidade da RFB, de sua jurisdição, por meio do formulário Previsão de
Consumo Anual do Selo de Controle - Modelo Cofis - Secon nº 1, constante no Anexo I do Ato Declaratório
Executivo Cofis nº 102/2013, com as quantidades de selos necessárias ao consumo no ano subsequente.
No caso de início de atividade, ou de início de fabricação de novo produto, o estabelecimento deverá apre-
sentar a previsão de consumo do ano em curso com antecedência mínima de 30 dias.
A retificação da previsão poderá ser efetuada com antecedência mínima de 60 dias.
A requisição de selos de controle feita em desacordo com a previsão de consumo que implique providências
por parte da unidade da RFB para suprimento extra sujeitará o estabelecimento ao ressarcimento das des-
pesas com o transporte dos selos, devendo ser apresentado o respectivo Documento de Arrecadação de
Receitas Federais (Darf) quitado juntamente com os documentos que instruírem a requisição.
Tópicos Descrição
Quebra no estoque Poderá ser admitida quebra no estoque de selos de controle quando decorrente de perda verificada em pro-
cesso mecânico de selagem, independentemente de apresentação dos espécimes inutilizados, atendidos
os limites e condições estabelecidos.
O limite máximo de quebra admissível é de 0,5%, calculado sobre a quantidade de selos aplicados nas
unidades produzidas no período considerado pela fiscalização, atendidas as peculiaridades de cada caso.
Para efeito de baixa no estoque de selos no livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4,
o estabelecimento deverá, até o último dia útil do mês seguinte ao da ocorrência da quebra, comunicar o fato
à unidade da RFB a que estiver jurisdicionado.
A quebra informada, ainda que dentro do limite previsto, poderá ser impugnada pela fiscalização, se consi-
derada excessiva.
Apreensão e perícia A fiscalização apreenderá, mediante termo, os selos de controle:
a) de legitimidade duvidosa, estendendo-se a apreensão aos produtos em que os selos estiverem aplicados;
b) imprestáveis para uso ou aplicados em produtos impróprios para consumo, cujo usuário não observar o
disposto no § 1º do art. 40 da Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013;
c) sujeitos a devolução, quando o usuário não tenha adotado as providências para esse fim no prazo de 30
dias contados da ocorrência do fato; e
d) encontrados em poder de pessoa diversa daquela a quem tenham sido fornecidos.
Nas hipóteses das letras “a” e “d”, o possuidor não poderá ser constituído depositário dos selos e dos pro-
dutos selados objeto da apreensão.
Os selos de legitimidade duvidosa que forem objeto de devolução ou apreensão serão submetidos a exame
pericial pela RFB, observado o disposto no art. 319 do RIPI.
Os legítimos, quando tornados imprestáveis em razão do exame pericial, serão considerados devolvidos pelo
estabelecimento.
Fornecimento O fornecimento de selo de controle está condicionado à concessão de registro especial, nos termos da Instrução
Normativa RFB nº 1.432/2013, que deverá ser requerido em dossiê digital de atendimento, na forma do art. 9º da
Instrução Normativa RFB nº 1.782/2018, e apresentado em qualquer unidade de atendimento da RFB.
Aplicação O selo de controle será aplicado:
a) pelo estabelecimento industrial, antes da saída dos produtos;
b) pelo importador ou adquirente em licitação, antes da saída dos produtos da zona primária da jurisdição da
unidade da RFB que os desembaraçar ou alienar; ou
c) pelo fabricante de bebidas no exterior, na hipótese prevista nos arts. 49 a 55 da Instrução Normativa RFB
nº 1.432/2013 (importação com selagem no exterior).
No caso de produtos de fabricação nacional, é vedada a selagem em estabelecimento diverso daquele em
que foram industrializados, ainda que da mesma empresa.
A aplicação do selo de controle nas bebidas importadas ou adquiridas em licitação poderá ser feita no esta-
belecimento do importador ou licitante ou, ainda, em local por eles indicado.
Destinação A unidade da RFB que receber os selos devolvidos deverá:
a) reincorporá-los ao seu estoque, nas hipóteses de que tratam os incisos I e VI do caput do art. 33 da Ins-
trução Normativa RFB nº 1.432/2013;
b) encaminhá-los à Casa da Moeda do Brasil (CMB), para novo suprimento nas quantidades correspondentes;
c) destruí-los, nos casos em que os selos tenham sido declarados fora de uso pela RFB.
Marcação e escrituração É proibida qualquer espécie de marcação nos selos de controle, e os estabelecimentos devem registrar as
movimentações de entradas e saídas, inclusive das quantidades inutilizadas ou devolvidas, no livro Registro
de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4.
Taxa A taxa pela utilização do selo de controle e dos equipamentos contadores de produção de bebidas foi insti-
tuída pelo art. 13 da Lei nº 12.995/2014.
A taxa será devida pela utilização:
a) do selo de controle de que trata o art. 46 da Lei nº 4.502/1964; e
b) dos equipamentos contadores de produção de que tratam os arts. 27 a 30 da Lei nº 11.488/2007 e o art. 35
da Lei nº 13.097/2015.
c.9) arrematadas por pessoas físicas em lei- previsão de consumo de selos de controle à unidade
lão promovido pela RFB; da RFB de sua jurisdição, por meio do formulário
c.10) retiradas para análise pelos órgãos com- Previsão de Consumo Anual do Selo de Controle -
petentes; Modelo Cofis - Secon nº 1, constante no Anexo I do
Ato Declaratório Executivo Cofis nº 102/2013, com as
d) acondicionadas em recipientes de capacida-
quantidades de selos necessárias ao consumo no ano
de até 180 ml;
subsequente.
e) controladas pelo Sicobe, operando em normal
funcionamento; No caso de início de atividade ou de início de
f) que deixarem de ser controladas pelo Sicobe, fabricação de novo produto, o estabelecimento
desde que: deverá apresentar a previsão de consumo do ano em
f.1) o estabelecimento industrial faça opção curso com antecedência mínima de 30 dias.
definitiva por prestar as informações diá-
rias de sua produção à RFB; e A retificação da previsão poderá ser efetuada
f.2) a pessoa jurídica, à qual o estabeleci- com antecedência mínima de 60 dias.
mento estiver vinculado, cumpra os re- (Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 19; Ato Decla-
quisitos exigidos para tal finalidade. ratório Executivo Cofis nº 102/2013, art. 2º, Anexo I)
Caso não exista depósito de selos na unidade trar as movimentações de entradas e saídas, inclusive
da jurisdição do estabelecimento, a requisição será das quantidades inutilizadas ou devolvidas, no livro
dirigida à unidade depositária mais próxima. modelo 4.
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 20 e 21; Ins- (RIPI/2010, arts. 467 e 468; Instrução Normativa RFB
trução Normativa RFB nº 1.782/2018, art. 9º; Ato Declaratório nº 1.432/2013, arts. 28 e 29)
Executivo Cofis nº 102/2013, art. 3º, Anexo II)
9. Aplicação
7.1 Limites quantitativos
O selo de controle será aplicado:
Na requisição de selos, o estabelecimento deverá
atender aos seguintes limites quantitativos: a) pelo estabelecimento industrial, antes da saída
dos produtos;
a) para produto nacional - quantidade não supe-
rior às necessidades de consumo de um mês b) pelo importador ou adquirente em licitação,
nem inferior às de uma quinzena, observado o antes da saída dos produtos da zona primária
não fracionamento de folha de selos; da jurisdição da unidade da RFB que os de-
sembaraçar ou alienar; ou
b) em se tratando de produtos estrangeiros:
b.1) cuja selagem seja efetuada na unidade c) pelo fabricante de bebidas no exterior, na hi-
da RFB responsável pelo desembaraço pótese prevista nos arts. 49 a 55 da Instrução
aduaneiro ou adquiridos em licitação - Normativa RFB nº 1.432/2013 (importação
quantidade correspondente ao número com selagem no exterior).
de unidades consignadas na Declaração
No caso de produtos de fabricação nacional,
de Importação (DI) ou no Documento de
é vedada a selagem em estabelecimento diverso
Arrematação, conforme o caso; ou
daquele em que foram industrializados, ainda que da
b.2) cuja selagem seja efetuada no exterior - mesma empresa.
quantidade correspondente ao número
de unidades a importar, autorizadas pela A aplicação do selo de controle nas bebidas
RFB. importadas ou adquiridas em licitação poderá ser
O fornecimento de quantidade superior à mencio- feita no estabelecimento do importador ou licitante,
nada na letra “a” fica condicionado à comprovação de ou, ainda, em local por eles indicado.
insuficiência de estoque, mediante apresentação do
livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, Por ocasião da requisição dos selos de controle,
modelo 4, de que tratam os arts. 467 e 468 do RIPI. o importador ou licitante deverá informar à unidade da
RFB responsável pelo despacho o local em que será
(RIPI/2010, arts. 467 e 468; Instrução Normativa RFB feita a selagem dos produtos, bem como fará prova
nº 1.432/2013, art. 23)
de que comunicou o fato ao titular da unidade da RFB
que jurisdiciona o local indicado para a selagem dos
7.2 Requisição em desacordo com a previsão de produtos.
consumo
A requisição de selos de controle feita em desa- O titular da unidade da RFB onde ocorrer o
cordo com a previsão de consumo que implique desembaraço dos produtos, sem aposição dos selos,
providências por parte da unidade da RFB, para encaminhará os documentos referidos no parágrafo
suprimento extra, sujeitará o estabelecimento ao res- anterior à unidade da RFB que jurisdiciona o local
sarcimento das despesas com o transporte dos selos, indicado para a selagem dos produtos.
devendo ser apresentado o respectivo Darf quitado,
juntamente com os documentos que instruírem a O prazo para a selagem será de 15 dias, conta-
requisição. dos da saída dos produtos da unidade da RFB que os
desembaraçou.
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 24)
O selo de controle será aplicado no fecho de cada procedência da alegação e verificar, por tipo e cor, a
unidade, de modo a que se rompa ao ser aberto o quantidade dos selos que serão devolvidos, ou, se for
recipiente, devendo ser empregada na selagem cola o caso, transferidos.
que impossibilite a retirada do selo inteiro.
No caso de furto ou roubo de produtos importa-
Qualquer que seja o tipo de fechamento do reci- dos, será exigida do usuário a apresentação de cópia
piente, o selo não poderá ficar oculto, no todo ou em do relatório dos autos do inquérito policial.
parte.
A devolução ou a transferência dos selos,
Quando numerado, o selo será aplicado obede- que serão formalizadas por meio dos formulários
cendo-se à ordem crescente de série e numeração. Requisição de Devolução do Selo de Controle - Modelo
Cofis - Secon nº 3 ou Requisição de Transferência do
O emprego do selo não dispensa a rotulagem ou Selo de Controle - Modelo Cofis - Secon nº 4, cons-
marcação dos produtos, na forma prevista na legisla- tantes nos Anexos III e IV, respectivamente, do Ato
ção própria. Declaratório Executivo Cofis nº 102/2013, somente
serão admitidas se eles se encontrarem no mesmo
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 30 a 32)
estado em que foram fornecidos e ensejarão a baixa
das quantidades devolvidas ou transferidas no livro
10. Devolução e transferência modelo 4, do remetente, e a escrituração de sua
O estabelecimento deverá devolver os selos de entrada no estabelecimento recebedor.
controle à unidade da RFB fornecedora quando: (Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 33 a 35; Ato
Declaratório Executivo Cofis nº 102/2013, art. 4º, Anexos III e IV)
a) deixar de fabricar o produto sujeito ao selo;
b) houver defeitos de origem nas folhas dos
10.1 Destinação
selos;
c) ocorrer quebra, avaria, furto ou roubo de pro- A unidade da RFB que receber os selos devolvi-
dutos importados, quando tenha sido autoriza- dos deverá:
da a aplicação dos selos no estabelecimento a) reincorporá-los ao seu estoque, nas hipóte-
do contribuinte; ses de que tratam os incisos I e VI do caput
d) deixar de realizar a importação, quando tenha do art. 33 da Instrução Normativa RFB
sido autorizada a selagem no exterior; nº 1.432/2013 (veja letras “a” e “f” do item 10);
e) possuir selo, cujo modelo for declarado fora de b) encaminhá-los à CMB, para novo suprimento
uso pela RFB; ou nas quantidades correspondentes, na hipóte-
f) estar obrigado pela RFB à utilização do Sicobe. se da letra “b” do item 10; ou
c) destruí-los, nos casos em que os selos tenham
Os selos de controle, ainda que perfeitos, se sido declarados fora de uso pela RFB.
integrarem folha com defeito de origem, não poderão
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 33, caput, I
ser utilizados nem destacados da folha, que deverá e VI, e 36)
ser devolvida inteira à unidade da RFB fornecedora.
soa diversa daquela a que tenham sido forne- d) encontrados em poder de pessoa diversa da-
cidos); quela a quem tenham sido fornecidos.
d) devolvidos, na hipótese prevista no inciso V do
Nas hipóteses das letras “a” e “d”, o possuidor
caput do art. 33 (selo declarado fora de uso);
ou não poderá ser constituído depositário dos selos e
dos produtos selados objeto da apreensão.
e) cujo laudo pericial concluir pela sua ilegitimi-
dade, observado o disposto no art. 39 da re-
Os selos de legitimidade duvidosa que forem
ferida Instrução Normativa (condição para for-
objeto de devolução ou apreensão serão submetidos
malização do processo de representação fis-
a exame pericial pela RFB, observado o disposto no
cal de prévia anuência pelo Ministério Público
art. 319 do RIPI.
Federal - veja final do item 12).
Para esse fim, o estabelecimento deverá comu- Os legítimos, quando tornados imprestáveis em
nicar à unidade da RFB de sua jurisdição, até o mês razão do exame pericial, serão considerados devolvi-
seguinte ao da verificação do fato, a existência de dos pelo estabelecimento.
selos nas condições citadas nas letras “a” e “b”.
Formalizado pela autoridade fiscal o processo de
O titular da unidade da RFB determinará a rea- representação fiscal para fins penais, em decorrên-
lização de diligência fiscal no estabelecimento do cia da utilização de selos falsos atestada depois do
usuário, com vistas à verificação da procedência do exame pericial, a destruição dos selos, bem como dos
fato comunicado e à incineração dos selos. produtos objeto de imposição da pena de perdimento,
fica condicionada à prévia anuência do Ministério
A autoridade fiscal registrará o fato em termo Público Federal.
próprio, indicando quantidade, tipo e cor dos selos
incinerados. Os selos ilegítimos poderão ser cedidos pela RFB
à CMB, mediante termo próprio, para serem utilizados
O estabelecimento procederá à baixa nos regis- como material didático em treinamento ministrado a
tros de estoque de selos, correspondente ao montante seus servidores.
de selos incinerados.
(RIPI/2010, art. 319; Instrução Normativa RFB
Os selos apreendidos na situação de que trata o nº 1.432/2013, arts. 37 a 39)
inciso III do caput do art. 37 da Instrução Normativa
RFB nº 1.432/2013 (selos sujeitos à devolução) 13. Diferenças no estoque
poderão ser destruídos no estabelecimento em que
As diferenças no estoque de selos apuradas em
ocorreu a apreensão.
procedimento de fiscalização caracterizam-se, nas
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 33, caput, V, quantidades correspondentes, como:
37, caput, III e IV, 39 e 40)
a) saída de produtos selados sem emissão de
nota fiscal, quando indicar insuficiência no es-
12. Apreensão e perícia
toque; e
A fiscalização apreenderá, mediante termo, os b) saída de produtos sem aplicação do selo,
selos de controle: quando indicar excesso no estoque.
a) de legitimidade duvidosa, estendendo-se a
apreensão aos produtos em que os selos esti- Nessas hipóteses será cobrado o imposto sobre
verem aplicados; as diferenças apuradas, sem prejuízo de sanções e
outros encargos exigíveis.
b) imprestáveis para uso ou aplicados em produ-
tos impróprios para consumo, cujo usuário não
As diferenças apuradas pelo usuário no estoque
observar o disposto no § 1º do art. 40 da Instru-
dos selos de controle poderão ser regularizadas me-
ção Normativa RFB nº 1.432/2013 (veja item 11);
diante o lançamento em nota fiscal, do imposto cor-
c) sujeitos a devolução, quando o usuário não te- respondente, desde que efetuado antes de iniciado
nha adotado as providências para esse fim no
qualquer procedimento fiscal.
prazo de 30 dias contados da ocorrência do
fato; e (Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 41 a 43)
15. Importação com selagem no exterior O importador terá o prazo de 180 dias, contados
A importação dos produtos classificados no da data de fornecimento do selo de controle, para
código 2208.30 da TIPI (uísques) deverá observar o efetuar o registro da Declaração de Importação (DI).
procedimento referido nos subitens seguintes, sem (Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 50 e 51)
prejuízo de outras exigências previstas em legislação
específica, o qual poderá também ser aplicado às
15.2 Vedação
demais bebidas alcoólicas relacionadas no Anexo I
da Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, acondicio- É vedada a importação de bebidas de marca que
nadas em recipiente de capacidade superior a 180 não seja comercializada no país de origem.
ml, no interesse do estabelecimento importador.
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 55)
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 49)
15.3 Verificação física
15.1 Requerimento
A unidade da RFB em que se processar o
O importador deverá requerer à DRF, à Defis/SP desembaraço aduaneiro de bebidas importadas, cuja
ou à Demac/RJ, de seu domicílio fiscal, o fornecimento selagem tenha sido efetuada no exterior e que sejam
objeto de DI selecionada para verificação física, A taxa deverá ser recolhida mensalmente pelos
deverá observar: contribuintes a ela obrigados, mediante Darf, em
estabelecimento bancário integrante da rede arreca-
a) se as bebidas importadas correspondem à dadora de receitas federais:
marca comercial divulgada e se estão devida-
mente seladas; a) previamente ao recebimento dos selos de con-
trole pela pessoa jurídica obrigada à sua utili-
b) se a quantidade de bebidas importadas cor- zação; ou
responde à quantidade autorizada; e
b) mensalmente, até o 25º dia do mês subse-
c) se na embalagem dos produtos constam, em quente, em relação aos produtos controlados
língua portuguesa, todas as informações exigi- pelos equipamentos contadores de produção
das para os produtos de fabricação nacional. no mês anterior.
A inobservância de qualquer das condições a O não recolhimento da taxa por 3 meses ou mais,
que se refere a letra “a” sujeitará o infrator à pena de consecutivos ou alternados, no período de 12 meses,
perdimento dos produtos em situação irregular. implica a interrupção pela CMB da manutenção pre-
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 52) ventiva e corretiva dos equipamentos contadores de
produção, caracterizando prática prejudicial ao seu
normal funcionamento, sem prejuízo da aplicação da
16. Taxa
penalidade de que trata o art. 30 da Lei nº 11.488/2007.
A taxa pela utilização do selo de controle e dos
equipamentos contadores de produção de bebidas Se o dia do recolhimento não for dia útil, consi-
foi instituída pelo art. 13 da Lei nº 12.995/2014. derar-se-á antecipado o prazo para o 1º dia útil que o
anteceder.
A taxa será devida pela utilização:
O Ato Declaratório Executivo Codac nº 28/2014
a) do selo de controle, de que trata o art. 46 da
instituiu os códigos de receita a seguir descritos:
Lei nº 4.502/1964;
a) 4805, para recolhimento da Taxa pela Utiliza-
b) dos equipamentos contadores de produ-
ção do Selo de Controle - Lei nº 12.995/2014,
ção, de que tratam os arts. 27 a 30 da Lei
art. 13, I; e
nº 11.488/2007 e o art. 35 da Lei nº 13.097/2015.
b) 4811, para recolhimento da Taxa pela Utiliza-
São contribuintes da taxa as pessoas jurídicas ção dos Equipamentos Contadores de Produ-
obrigadas pela RFB à utilização dos instrumentos de ção - Lei nº 12.995/2014, art. 13, II.
controle fiscal mencionados nas letras “a” e “b”, nos
termos da legislação vigente. O produto da arrecadação da taxa será destinado
à CMB, considerando a competência atribuída pelo
Os valores devidos pela cobrança da taxa, relati- art. 2º da Lei nº 5.895/1973 e pelo § 2º do art. 28 da
vamente a bebidas, são estabelecidos em: Lei nº 11.488/2007.
a) R$ 0,03, por selo de controle fornecido para Cumpre observar que o recolhimento da taxa está
utilização nas embalagens de bebidas e de- disciplinado pelo art. 25 da Instrução Normativa RFB
mais produtos; nº 1.432/2013.
b) R$ 0,03, por unidade de embalagem de bebi-
das controladas pelos equipamentos contado- O estabelecimento que houver efetuado recolhi-
res de produção, de que trata o art. 35 da Lei mento indevido ou a maior poderá compensar o saldo
nº 13.097/2015. credor no próximo recolhimento da taxa que efetuar,
salvo na hipótese de já ter efetuado a dedução da
As pessoas jurídicas mencionadas poderão contribuição para o PIS-Pasep ou da Cofins.
deduzir da contribuição para o PIS-Pasep ou da
(Lei nº 5.895/1973, art. 2º; Lei nº 11.488/2007, arts. 27 a
Cofins, devidas em cada período de apuração, crédito 30; Lei nº 12.995/2014, art. 13; Lei nº 13.097/2015, arts. 35 e
presumido correspondente à taxa efetivamente paga 169, III, “b”; Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 25; Ato
no mesmo período. Declaratório Executivo Codac nº 28/2014)
a Estadual
ICMS 1. Quadro sinótico
As empresas, de modo geral, costumam promo-
Aquisição e distribuição de brindes ver seus nomes, produtos e marcas, mediante a distri-
buição gratuita de brindes aos clientes, fornecedores
SUMÁRIO e funcionários, principalmente com a proximidade das
1. Quadro sinótico festas de final de ano.
2. Conceito
3. Aquisição A legislação tributária prevê procedimentos fiscais
4. Distribuição específicos em relação a essas operações, conforme
5. Penalidades abordaremos neste texto.
PRINCIPAIS REGRAS
Conceito Considera-se brinde, para efeitos fiscais, a mercadoria que não consti-
tua objeto da atividade normal do contribuinte e que tenha sido adqui-
rida para distribuição gratuita a consumidor ou a usuário final.
Crédito de ICMS pelo adquirente do brinde Em face do princípio da não cumulatividade e considerando-se o fato
de que as operações de distribuição de brindes são tributadas pelo
ICMS, o estabelecimento que as efetuar poderá apropriar-se do crédito
fiscal do imposto destacado na nota fiscal relativa às aquisições das
mercadorias a serem distribuídas.
Distribuição A distribuição de brindes poderá ser realizada:
a) pelo próprio adquirente;
b) simultaneamente por intermédio de outro estabelecimento do mes-
mo contribuinte; ou
c) por conta e ordem de terceiros.
Hipótese de distribuição direta pelo adquirente Na hipótese de distribuição direta dos brindes pelo próprio adquirente,
deverá ser emitida, no ato da entrada da mercadoria em seu estabe-
lecimento, nota fiscal de saída, pelo valor total das mercadorias, na
qual devem constar, além dos requisitos exigidos, os seguintes dados:
a) como natureza da operação, a expressão “Distribuição de brindes”;
b) o CFOP 5.949;
c) o destaque do ICMS, se devido;
d) no campo destinado à indicação do destinatário, o próprio emitente;
e) no corpo, a expressão “Emitida nos termos do art. 190 da Parte 1 do
Anexo IX do RICMS”;
f) o registro da nota fiscal de saída no livro Registro de Saídas, na EFD
(ICMS/IPI) corresponde ao Registro C100 (Saídas) e respectivos regis-
tros filhos, debitando-se o ICMS nela destacado.
2. Conceito 3. Aquisição
Considera-se brinde, para efeitos fiscais, a 3.1 Direito ao crédito fiscal por ocasião das
mercadoria que não constitua objeto da atividade aquisições
normal do contribuinte e que tenha sido adquirida
para distribuição gratuita a consumidor ou a usuário A legislação do ICMS dispõe que o imposto é
final. não cumulativo, compensando-se o valor devido em
cada operação relativa à circulação de mercadorias
Assim, por exemplo, uma fábrica de canetas ou prestação de serviços de transporte, interestadual
não poderá ofertar canetas esferográficas de sua ou intermunicipal, e de comunicação com o montante
fabricação ou adquiridas de terceiros a título de cobrado nas operações anteriores por este ou por
brinde. outro Estado.
Em outro exemplo, uma empresa varejista ou Assim, considerando-se o fato de que as opera-
atacadista de vestuário (camisas, camisetas, calças, ções de distribuição de brindes são tributadas pelo
acessórios, etc.) não poderá ofertar camisetas ou ICMS, o estabelecimento que as efetuar poderá
bonés como brindes, tendo em vista que eles se apropriar-se do crédito fiscal do imposto destacado
confundem com os produtos normalmente por ela na nota fiscal relativa às aquisições das mercadorias
comercializados. a serem distribuídas.
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 190, § 1º) (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 62)
3.3 Principais reflexos na Escrituração Fiscal b) lançando, a título de crédito, o valor do ICMS
Digital (ICMS/IPI) da empresa adquirente destacado no documento fiscal; e
O contribuinte que adquirir brinde para distri- c) na coluna “Observações”, anotando a
buição direta a consumidor ou a usuário final deverá seguinte observação: “Mercadoria adquiri-
registrar a nota fiscal emitida pelo fornecedor no da para distribuição como brinde”. Na EFD
Registro de Entradas, que na EFD (ICMS/IPI) corres- (ICMS/IPI), a coluna “Observações” dos
ponde ao Registro Pai (principal) C100 (Entradas) e a livros fiscais tradicionais é representada pelo
seus respectivos registros filhos: preenchimento do Registro C195, que exigirá
a) utilizando o Código Fiscal de Operações e prévia criação de código no Registro 0460 do
Prestações (CFOP) 1.949 ou 2.949, conforme Bloco 0.
a origem da mercadoria, interna ou interesta- (RICMS-MG/2002, Anexo V, Parte 2, e Anexo IX, Parte 1,
dual, respectivamente; art. 190, I)
3.3.1 Visualizando o Registro C195
4.1.1 Modelos
4.1.1.1 Nota fiscal de saída simbólica
Registro C190
4.2 Simultaneamente por intermédio de outro Nesse caso, para efetuar a remessa dos 200 reló-
estabelecimento do mesmo contribuinte gios à sua filial, o contribuinte utilizará o procedimento
descrito na letra “b” do subitem 4.2.1.
Quando o contribuinte adquirir brindes para
distribuição por meio de outro estabelecimento, inde-
Na entrega dos 150 relógios de paredes direta-
pendentemente de este ser filial, sucursal, agência,
mente a seus clientes consumidores finais, o adqui-
concessionário ou qualquer outro, cumulativamente
rente utilizará o procedimento descrito na letra “c” do
ou não com a distribuição direta a consumidor ou a
subitem 4.2.1.
usuário final, deverá observar os procedimentos cons-
tantes nos subitens a seguir. Assim, fica claro que, na hipótese em questão,
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 192) serão emitidas, no mínimo, 2 notas fiscais: uma com
CFOP 5.910, com débito do imposto, para remessa
4.2.1 Estabelecimento adquirente dos 200 relógios de parede à filial, e outra, ou várias
(conforme o número de dias necessários para a
O estabelecimento adquirente deverá: distribuição total das mercadorias), com CFOP 5.949,
também com débito do imposto, correspondendo às
a) escriturar o documento fiscal de aquisição no 150 unidades entregues diretamente pelo estabeleci-
livro Registro de Entradas, na EFD (ICMS/IPI), mento adquirente.
Registro Pai C100 (Entradas) e seus respecti-
vos registros filhos, com direito ao aproveita- No final, os referidos documentos fiscais com-
mento do crédito do ICMS (veja subitem 3.3.1); pletarão o total das 350 unidades, e todos deverão
b) emitir nota fiscal relativa à saída das mercado- ser lançados na EFD (ICMS/IPI) com os respectivos
rias em remessa ao estabelecimento que fará débitos de imposto.
a distribuição dos brindes, com destaque do
ICMS e incluindo em sua base de cálculo a 4.2.2 Estabelecimento destinatário (filial, sucursal,
parcela do IPI eventualmente destacado pelo agência, concessionário ou qualquer outro)
fornecedor, utilizando o CFOP 5.910;
O estabelecimento destinatário que receber os
c) quanto às mercadorias objeto de entrega di- brindes apenas para distribuição direta a consumido-
retamente a consumidor ou usuário final pelo res finais deverá proceder conforme o exposto no sub-
próprio estabelecimento adquirente, emitir, ao tópico 4.1. Se, entretanto, também os remeter a outro
final de cada dia, nota fiscal com destaque estabelecimento para distribuição, deverá observar os
do ICMS, incluindo em sua base de cálculo procedimentos descritos no subtópico 4.2.
a parcela do IPI eventualmente destacado
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 192, caput, II)
pelo fornecedor, utilizando o CFOP 5.949 e,
no local reservado ao destinatário, a expres-
são “Emitida nos termos da alínea “c” do inci- 4.3 Distribuição por conta e ordem de terceiros
so I do artigo 192 da Parte 1 do Anexo IX do O estabelecimento fornecedor poderá proceder à
RICMS”; entrega de brinde ou presente em endereço de pes-
d) escriturar as notas fiscais referidas, nas letras soa diversa daquela do adquirente, sem consignar o
“b” e “c”, no livro Registro de Saídas, ou seja, valor da operação no respectivo documento fiscal de
no Registro Pai C100 (Saídas), e seus respec- entrega, desde que:
tivos registros filhos na EFD (ICMS/IPI). a) no ato da venda, emita nota fiscal em nome do
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 192, caput, I) comprador, contendo, além dos demais requi-
sitos exigidos, a seguinte observação: “Merca-
4.2.1.1 Exemplo doria a ser entregue a ...., na rua ...., nº .... pela
nota fiscal nº ...., desta data”;
Uma empresa adquire 350 relógios de paredes
personalizados, dos quais 150 serão destinados à b) emita nota fiscal para entrega da mercadoria à
distribuição em seu próprio estabelecimento, e 200, pessoa indicada pelo comprador, a qual deve-
encaminhados a uma de suas filiais para que esta rá conter, além dos demais requisitos exigidos:
faça a entrega direta a seus clientes consumidores b.1) o número e a data da nota fiscal referida
finais. na letra “a”;
b.2) como natureza da operação, a expres- fiscal referida na letra “b” anterior, acompanha-
são: “Simples Remessa”; rão a mercadoria em seu transporte, devendo
b.3) o nome e o endereço da pessoa a quem essas últimas ser entregues ao destinatário, e
vai ser entregue a mercadoria; a 1ª, após a entrega, ser arquivada pelo esta-
belecimento vendedor; e
b.4) como data da emissão, a mesma da nota
fiscal referida na letra “a”; e c) as demais vias terão a destinação comum
b.5) a observação “O valor da mercadoria para os documentos fiscais, prevista no
consta na nota fiscal nº ...., série ...., de RICMS-MG/2002.
..../..../...., pela qual foi debitado o ICMS”.
Na hipótese de utilização de NF-e, o contribuinte
Essa nota fiscal não será escriturada no livro utilizará cópias do Documento Auxiliar da Nota Fiscal
Registro de Saídas. Eletrônica (Danfe) para atender à destinação das
vias.
As vias das notas fiscais anteriormente referidas
terão a seguinte destinação: Na NF-e, temos ainda o campo intitulado “Notas
e Conhecimentos Fiscais Referenciados”, que deverá
a) a 1ª via da nota fiscal referida na letra “a” ante- ser preenchido justamente para vincular o documento
rior será entregue ao comprador; fiscal de Simples Remessa emitido pelo contribuinte
b) a 3ª via da nota fiscal referida na letra “a” an- com a NF-e originalmente emitida com destaque de
terior, juntamente com as 1ª e 3ª vias da nota imposto.
a IOB Setorial
Federal A e-DBV estará disponível nos idiomas portu-
guês, espanhol, inglês e francês no site mencio-
nado, que poderá ser acessado pelo viajante em
Turismo - Fiscalização - Declaração
qualquer momento ou no terminal de autoatendi-
eletrônica de bens de viajante mento disponibilizado pela unidade da RFB que
jurisdiciona o local de ingresso no País ou de saída
A declaração de bens de viajante em deslo- dele.
camento internacional e o despacho aduaneiro de
bagagem acompanhada, realizados com base na A e-DBV somente produzirá efeitos tributários a
Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV) ou partir do seu registro pela fiscalização aduaneira, que
na Declaração de Bens de Viajante (DBV-formulário), deverá ser solicitado pelo viajante na data e no local
observarão as disposições da Instrução Normativa de sua chegada no País.
RFB nº 1.059/2010, e, em especial, da Instrução
Normativa RFB nº 1.385/2013. A fiscalização aduaneira somente poderá registrar
a e-DBV após a confirmação de identidade do viajante
O viajante que ingressar no território brasileiro por meio de documento oficial de identidade.
e estiver obrigado a dirigir-se ao canal “Bens a
Declarar”, nos termos do disposto no art. 6º da A e-DBV transmitida e não registrada pela fis-
Instrução Normativa nº 1.059/2010, deverá declarar calização será excluída do sistema após a data de
o conteúdo de sua bagagem mediante o programa chegada informada pelo viajante.
Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV) A e-DBV de menor de 16 anos poderá ser transmi-
disponibilizado no site da Secretaria Especial da tida e apresentada para registro em seu nome por um
Receita Federal do Brasil (RFB), www.receita.fazenda. dos pais ou responsável.
gov.br, e apresentar sua e-DBV para registro e sub-
missão a procedimentos de despacho aduaneiro no Na hipótese de viajante residente no País que tiver
local alfandegado de entrada no País, como condição falecido no exterior, a e-DBV deverá ser apresentada
para a liberação dos bens nela declarados. para registro pelo herdeiro ou legatário, pelo adminis-
trador provisório ou inventariante do espólio, ou por Cabe ainda observar que, verificadas as con-
seus representantes. dições de regularidade quanto ao pagamento do
imposto devido e quanto à anuência dos órgãos de
A RFB disponibilizará consulta da situação fiscal controle administrativo, quando for o caso, os bens
dos bens constantes da e-DBV registrada por meio do deverão ser liberados pela fiscalização, mediante
seu site na Internet. entrega antecipada, ou desembaraçados.
Caso seja solicitado pelo viajante, a fiscalização (Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010; Instrução Norma-
tiva RFB nº 1.385/2013, arts. 1º, 2º e 5º)
aduaneira providenciará comprovante impresso da
e-DBV registrada. N
a IOB Comenta
Estadual eventos passados. Contudo há duas exceções a
serem consideradas.
Exceções aplicadas ao princípio da A primeira delas refere-se ao fato de que a lei
irretroatividade da legislação tributária retroagirá quando for interpretativa. Lei tribu-
tária interpretativa é aquela promulgada para explicar
Princípios são regras basilares que norteiam a uma lei anterior. A lei deve ser, portanto, materialmente
aplicação das normas incluídas as de cunho tributário. interpretativa.
Constitui limites no poder de tributar e são ferramen-
tas eficazes na manutenção da justiça e na equidade A segunda hipótese está vinculada ao intuito de
entre os contribuintes. favorecer o contribuinte, de forma que os efeitos da
norma poderão retroagir quando for mais benéfica
Como exemplo, e em face de sua importância, para o contribuinte em matéria de infração, desde que
vamos discorrer sobre o princípio da irretroatividade, o ato não tenha sido definitivamente julgado.
com foco no direito tributário.
Vejamos as disposições do art. 106 do CTN:
O princípio da irretroatividade tributária está des-
“Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
crito no art. 150, III, “a” da nossa Carta Magna, e veda
a cobrança de tributos “em relação a fatos geradores I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpre-
ocorridos antes do início da vigência da lei que os tativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos
dispositivos interpretados;
houver instituído ou aumentado”.
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
O Código Tributário Nacional, no mesmo sentido,
consignou este princípio ao dispor em seu art. 105 a) quando deixe de defini-lo como infração;
que “a legislação tributária se aplica aos fatos gera- b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer
dores futuros e aos pendentes”, implicitamente exclui exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
da aplicação os fatos geradores passados. fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento
de tributo;
Em outras palavras este princípio representa a c) quando lhe comine penalidade menos severa que a
impossibilidade de o legislador cobrar tributos sobre prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.”
Para ilustrar a utilização deste princípio nos Ocorre que o STJ decidiu pela inaplicabilidade do
tribunais vamos trazer o exemplo da Lei art. 106, ou seja, das exceções ao princípio da irre-
Complementar nº 118/2005, esta norma alterou a troatividade, quando justamente foi requerida por um
redação do art. 133 do CTN. contribuinte a aplicação dos efeitos das alterações
promovidas pela Lei Complementar nº 118/2005.
De acordo com o caput do art. 133, havendo
sucessão, caracterizada pela compra do fundo de Para o Tribunal “tratando-se de preceito normativo
comércio, o sucessor deverá responder pelos débitos modificativo, e não simplesmente interpretativo, o
tributários do sucedido. art. 3º da LC nº 118/2005 só pode ter eficácia prospec-
tiva, incidindo apenas sobre situações que venham
Com a alteração foi acrescido dentre outros o § 1º ocorrer a partir de sua vigência”...ou seja, contrariando
ao referido artigo para determinar: a intenção do autor.
“§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na Diante de todo exposto, resta claro que o conhe-
hipótese de alienação judicial:
cimento dos princípios tributários constituem em
I – em processo de falência; importante recurso no dia a dia das empresas bem
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de
como para a aplicação das normas pelo sujeito ativo
recuperação judicial.” (aquele competente para exigência do tributo).
(CF/88, art. 150, III, “a”; CTN, arts. 105 a 106 e 133)
Criou-se uma restrição à cominação de respon-
sabilidade. N