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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 04/2015
Minas Gerais
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// IOB Setorial
Estadual
Farmacêutico - Concessão de isenção do ICMS nas operações com
produtos farmacêuticos entre entes públicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
// IOB Comenta
Federal
IPI - Sucessão - Transferência de incentivos ou benefícios fiscais -
Possibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Capa:
Marketing IOB | SAGE
ISBN 978-85-379-2339-9
14-13413 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito
tributário 34:336.223(81)
2. Brasil : Imposto sobre Produtos
Industrializados : IPI : Direito tributário
34:336.223(81)
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a Federal
IPI da a exportação, para os países limítrofes com o
Brasil; ou
c) de procedência estrangeira entradas no País.
Bebidas - Selo de controle Essas bebidas não poderão sair do estabelecimento in-
SUMÁRIO dustrial ou equiparado a industrial, ser vendidas ou expostas
1. Introdução à venda, mantidas em depósito fora dos referidos estabe-
2. Obrigatoriedade lecimentos, ainda que em armazéns-gerais, ou liberadas
3. Produtos sujeitos ao selo de controle pelas repartições fiscais sem que, antes, sejam seladas.
4. Dispensa de selagem
5. Previsão de consumo O Ato Declaratório Executivo Cofis nº 102/2013 dispõe
6. Fornecimento sobre os procedimentos relacionados a previsão, forneci-
7. Marcação e escrituração mento, devolução e transferência de selos de controle.
8. Aplicação (Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 14 e 15; Ato De-
9. Devolução e transferência claratório Executivo Cofis nº 102/2013)
10. Destruição
11. Apreensão e perícia 2.1 Sicobe
12. Diferenças no estoque
O selo de controle não será aplicado, além de
13. Quebra no estoque
14. Importação com selagem no exterior outras hipóteses (veja item 4), nas bebidas
15. Taxa O Ato controladas pelo Sistema de Controle
16. Penalidades Declaratório de Produção de Bebidas (Sicobe), em
Executivo Cofis nº 102/2013 operação normal de funcionamento.
1. Introdução dispõe sobre os procedimentos
(Instrução Normativa RFB nº
As normas relacionadas ao uso relacionados a previsão, 1.432/2013, art. 16, V, Anexo I)
de selo de controle estão previstas fornecimento, devolução e
nos arts. 284 a 322 do Regulamento do transferência de selos de 3. Produtos sujeitos ao selo de
Imposto sobre Produtos Industrializados controle controle
(RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. Estão sujeitas ao selo de controle as
Estão sujeitos a essa obrigatoriedade, nos termos do seguintes bebidas, de acordo com a sua classificação na
RIPI e dos atos complementares, os produtos relacionados Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), prevista na
em ato do Secretário da Receita Federal do Brasil (RFB). Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto
nº 7.660/2011:
Nesse sentido, a Instrução Normativa RFB nº
1.432/2013 dispõe sobre o registro especial a que estão Código
Produto
NCM
sujeitos os produtores, os engarrafadores, as cooperativas 2204 Vinhos de uvas frescas, incluídos os vinhos enriquecidos com
de produtores, os estabelecimentos comerciais atacadistas álcool; mostos de uvas, excluídos os da posição 20.09
e os importadores de bebidas alcoólicas, bem como sobre 2205 Vermutes e outros vinhos de uvas frescas aromatizados por
o selo de controle a que estão sujeitos esses produtos. plantas ou substâncias aromatizadas
2206.00 Outras bebidas fermentadas (sidra, perada, hidromel, por
(RIPI/2010, arts. 284 a 322; Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013) exemplo); misturas de bebidas fermentadas e misturas de
bebidas fermentadas com bebidas não alcoólicas, não espe-
2. Obrigatoriedade cificadas nem compreendidas em outras posições
2208.20.00 Conhaque, bagaceira ou graspa e outras aguardentes de vi-
Estão sujeitas ao selo de controle as bebidas de fabri- nho ou de bagaço de uvas
cação nacional (veja item 3): 2208.30 Uísques
2208.40.00 Cachaça e caninha (rum e tafiá)
a) destinadas ao mercado interno; 2208.50.00 Gim e genebra
b) saídas do estabelecimento industrial ou a ele equi- 2208.60.00 Vodca
parado, em exportação ou em operação equipara- 2208.70.00 Licores
a) para produto nacional, quantidade não superior às Quando da requisição dos selos de controle, o impor-
necessidades de consumo de um mês nem inferior tador ou licitante deverá informar à unidade da RFB respon-
às de uma quinzena, observado o não fracionamen- sável pelo despacho o local onde será feita a selagem dos
to de folha de selos; produtos, bem como fará prova de que comunicou o fato ao
b) para produtos estrangeiros: titular da unidade da RFB que jurisdiciona o local indicado
b.1) cuja selagem seja efetuada na unidade da RFB para selagem dos produtos.
responsável pelo desembaraço aduaneiro ou O titular da unidade da RFB onde ocorrer o desemba-
adquiridos em licitação, quantidade corres- raço dos produtos sem aposição dos selos encaminhará à
pondente ao número de unidades consignadas unidade da RFB, que jurisdiciona o local indicado para a
na Declaração de Importação (DI) ou no Do- selagem dos produtos, os documentos referidos no pará-
cumento de Arrematação, conforme o caso; ou grafo anterior.
b.2) cuja selagem seja efetuada no exterior, quanti- O prazo para a selagem será de 15 dias contados da
dade correspondente ao número de unidades a saída dos produtos da unidade da RFB que os desembaraçou.
importar, autorizadas pela RFB. O titular da unidade da RFB responsável pelo despacho
O fornecimento de quantidade superior à mencionada na poderá determinar, excepcionalmente, que a selagem dos
letra “a” fica condicionado à comprovação de insuficiência produtos ocorra obrigatoriamente na unidade responsável
de estoque, mediante a apresentação do livro Registro de pelo desembaraço.
Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4, de que tratam O selo de controle será aplicado no fecho de cada uni-
os arts. 467 e 468 do RIPI/2010. dade, de modo a que se rompa ao ser aberto o recipiente,
(RIPI/2010, arts. 467 e 468; Instrução Normativa RFB nº devendo ser empregada na selagem cola que impossibilite
1.432/2013, art. 23) a retirada do selo inteiro.
Qualquer que seja o tipo de fechamento do recipiente,
6.2 Requisição em desacordo com a previsão de consumo o selo não poderá ficar oculto, no todo ou em parte.
A requisição de selos de controle feita em desacordo Quando numerado, o selo será aplicado obedecendo-
com a previsão de consumo que implique providências da -se à ordem crescente de série e numeração.
RFB para o suprimento extra sujeitará o estabelecimento ao O emprego do selo não dispensa a rotulagem ou mar-
ressarcimento das despesas com o transporte dos selos, cação dos produtos, na forma prevista na legislação própria.
devendo ser apresentado o respectivo Darf quitado junta-
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 30 a 32)
mente com os documentos que instruírem a requisição.
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 24) 9. Devolução e transferência
O estabelecimento deverá devolver os selos de controle
7. Marcação e escrituração à unidade da RFB fornecedora quando:
É proibida qualquer espécie de marcação nos selos de a) deixar de fabricar o produto sujeito ao selo;
controle, e os estabelecimentos devem registrar as movi- b) houver defeitos de origem nas folhas dos selos;
mentações de entradas e saídas, inclusive das quantidades c) ocorrer quebra, avaria, furto ou roubo de produtos
inutilizadas ou devolvidas, no livro Registro de Entrada e importados, quando tenha sido autorizada a aplica-
Saída do Selo de Controle, modelo 4. ção dos selos no estabelecimento do contribuinte;
(RIPI/2010, arts. 467 e 468; Instrução Normativa RFB nº d) deixar de realizar a importação, quando tenha sido
1.432/2013, arts. 28 e 29) autorizada a selagem no exterior;
8. Aplicação e) possuir selo cujo modelo for declarado fora de uso
pela RFB; ou
O selo de controle será aplicado:
f) estiver obrigado pela RFB à utilização do Sicobe.
a) pelo estabelecimento industrial, antes da saída dos
produtos; Os selos de controle, ainda que perfeitos, se integrarem
b) pelo importador ou adquirente em licitação, antes da folha com defeito de origem, não poderão ser utilizados
saída dos produtos da zona primária da jurisdição da nem destacados da folha, que deverá ser devolvida inteira
unidade da RFB que os desembaraçar ou alienar; ou à unidade da RFB fornecedora.
c) pelo fabricante de bebidas no exterior, na hipótese Na hipótese descrita na letra “a”, o estabelecimento
prevista nos arts. 49 a 55 da Instrução Normativa RFB poderá, mediante prévia autorização da unidade da RFB
nº 1.432/2013 (importação com selagem no exterior). fornecedora, transferir os selos que possuir em estoque
para outro estabelecimento da mesma pessoa jurídica.
No caso de produtos de fabricação nacional, é vedada
a selagem em estabelecimento diverso daquele em que Na ocorrência das hipóteses mencionadas nas letras
foram industrializados, ainda que da mesma empresa. “a” e “c”, o estabelecimento comunicará o fato, no prazo de
A aplicação do selo de controle nas bebidas importa- 15 dias, à unidade da RFB fornecedora.
das ou adquiridas em licitação poderá ser feita no estabe- O titular da unidade da RFB determinará a realização de
lecimento do importador ou licitante ou, ainda, em local por diligência fiscal no estabelecimento industrial ou importador,
eles indicado. conforme o caso, para apurar a procedência da alegação
e verificar, por tipo e cor, a quantidade dos selos que serão vistas à verificação da procedência do fato comunicado e à
devolvidos ou, se for o caso, transferidos. incineração dos selos.
No caso de furto ou roubo de produtos importados, será A autoridade fiscal registrará o fato em termo próprio,
exigida do usuário a apresentação de cópia do relatório dos indicando quantidade, tipo e cor dos selos incinerados.
autos do inquérito policial. O estabelecimento procederá à baixa nos registros de
A devolução ou a transferência dos selos, que serão for- estoque de selos, correspondente ao montante de selos
malizadas por meio dos formulários Requisição de Devolução incinerados.
do Selo de Controle - Modelo Cofis - Secon nº 3 ou Requisição Os selos apreendidos na situação de que trata o
de Transferência do Selo de Controle - Modelo Cofis - Secon inciso III do caput do art. 37 da Instrução Normativa RFB nº
nº 4, constantes nos Anexos III e IV, respectivamente, do Ato 1.432/2013 (selos sujeitos à devolução) poderão ser destru-
Declaratório Executivo Cofis nº 102/2013, somente serão ídos no estabelecimento em que ocorreu a apreensão.
admitidas se eles se encontrarem no mesmo estado em que (Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 33, caput, V, 37,
foram fornecidos e ensejarão a baixa das quantidades devol- caput, III e IV, 39 e 40)
vidas ou transferidas no livro Registro de Entrada e Saída do
Selo de Controle, modelo 4, do remetente, e a escrituração de 11. Apreensão e perícia
sua entrada no estabelecimento recebedor. A fiscalização apreenderá, mediante termo, os selos de
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 33 a 35; Ato De- controle:
claratório Executivo Cofis nº 102/2013, art. 4º, Anexos III e IV)
a) de legitimidade duvidosa, estendendo-se a apreensão
aos produtos em que os selos estiverem aplicados;
9.1 Destinação
b) imprestáveis para o uso ou aplicados em produtos
A unidade da RFB que receber os selos devolvidos
impróprios para o consumo cujo usuário não obser-
deverá:
var o disposto no § 1º do art. 40 da Instrução Nor-
a) reincorporá-los ao seu estoque, nas hipóteses de mativa RFB nº 1.432/2013 (veja item 10);
que tratam os incisos I e VI do caput do art. 33 da
c) sujeitos a devolução (veja item 9), quando o usuário
Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013 (veja letras
não tenha adotado as providências para esse fim no
“a” e “f” do item 9);
prazo de 30 dias contados da ocorrência do fato; e
b) encaminhá-los à Casa da Moeda do Brasil (CMB),
d) encontrados em poder de pessoa diversa daquela
para novo suprimento nas quantidades correspon-
a quem tenham sido fornecidos.
dentes, na hipótese da letra “b” do item 9; ou
c) destruí-los, nos casos em que os selos tenham sido Nas hipóteses das letras “a” e “d”, o possuidor não
declarados fora de uso pela RFB. poderá ser constituído depositário dos selos e dos produtos
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 36)
selados objeto da apreensão.
Os selos de legitimidade duvidosa que forem objeto de
10. Destruição devolução ou apreensão serão submetidos a exame pericial
Serão incinerados, ou destruídos por outro processo, pela RFB, observado o disposto no art. 319 do RIPI. Os legíti-
na presença da autoridade fiscal, os selos de controle: mos, quando tornados imprestáveis em razão do exame peri-
a) imprestáveis para o uso; cial, serão considerados devolvidos pelo estabelecimento.
b) aplicados em produtos impróprios para o consumo; Formalizado pela autoridade fiscal o processo de
c) apreendidos nas situações de que tratam os incisos representação fiscal para fins penais, em decorrência da
III e IV do caput do art. 37 da Instrução Normati- utilização de selos falsos atestada depois do exame peri-
va RFB nº 1.432/2013 (apreensão pela fiscalização, cial, a destruição dos selos, bem como dos produtos objeto
mediante termo, de selos sujeitos a devolução ou de imposição da pena de perdimento, fica condicionada à
encontrados em poder de pessoa diversa daquela prévia anuência do Ministério Público Federal.
a que tenham sido fornecidos); Os selos ilegítimos poderão ser cedidos pela RFB à CMB,
d) devolvidos, na hipótese prevista no inciso V do ca- mediante termo próprio, para serem utilizados como material
put do art. 33 (selo declarado fora de uso); ou didático em treinamento ministrado a seus servidores.
e) cujo laudo pericial concluir pela sua ilegitimidade, (RIPI/2010, art. 319; Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013,
observado o disposto no art. 39 da referida Instrução arts. 37 a 39)
Normativa (condição para formalização do processo
de representação fiscal de prévia anuência pelo Mi- 12. Diferenças no estoque
nistério Público Federal - veja final do item 11) . As diferenças no estoque de selos, apuradas em proce-
Para esse fim, o estabelecimento deverá comunicar à dimento de fiscalização, caracterizam-se, nas quantidades
unidade da RFB de sua jurisdição, até o mês seguinte ao correspondentes, como:
da verificação do fato, a existência de selos nas condições a) saída de produtos selados sem emissão de nota fis-
citadas nas letras “a” e “b”. cal, quando indicar insuficiência no estoque; e
O titular da unidade da RFB determinará a realização b) saída de produtos sem aplicação do selo, quando
de diligência fiscal no estabelecimento do usuário com indicar excesso no estoque.
Nessas hipóteses, será cobrado o imposto sobre as a) nome e endereço do fabricante no exterior;
diferenças apuradas, sem prejuízo de sanções e outros b) quantidade de unidades, marca comercial, tipo e
encargos exigíveis. volume da embalagem e características físicas do
As diferenças apuradas pelo usuário no estoque dos produto a ser importado; e
selos de controle poderão ser regularizadas mediante o lan- c) preço de venda pelo qual será feita a comercializa-
çamento, em nota fiscal, do imposto correspondente, desde ção do produto pelo importador no Brasil.
que efetuado antes de se iniciar qualquer procedimento fiscal. Com base nas informações prestadas pelo importador,
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 41 a 43) a autoridade fazendária deverá:
a) se aceito o requerimento, aprovar o fornecimento
13. Quebra no estoque
mediante expedição de ato declaratório executivo
Poderá ser admitida quebra no estoque de selos (ADE), publicado no DOU e no site da RFB (www.re-
de controle quando decorrente de perda verificada em ceita.fazenda.gov.br), contendo a identificação do
processo mecânico de selagem, independentemente de importador, a marca comercial e as características
apresentação dos espécimes inutilizados, atendidos os do produto, a quantidade autorizada, o tipo e a cor
limites e condições estabelecidos. dos respectivos selos de controle; e
O limite máximo de quebra admissível é de 0,5%, cal- b) se não aceito o requerimento, comunicar o fato ao
culado sobre a quantidade de selos aplicados nas unidades requerente, fundamentando as razões da não acei-
produzidas no período considerado pela fiscalização, aten- tação.
didas as peculiaridades de cada caso. Depois da publicação do ADE, o importador terá o prazo
Para efeito de baixa no estoque de selos no livro Registro de 15 dias para efetuar o pagamento dos selos e retirá-los
de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4, o estabe- na unidade da RFB de seu domicílio fiscal. Descumprido
lecimento deverá, até o último dia útil do mês seguinte ao da esse prazo, fica sem efeito a autorização para a importação.
ocorrência da quebra, comunicar o fato à unidade da RFB a Os selos de controle serão enviados pelo importador
que estiver jurisdicionado. ao fabricante no exterior, devendo ser aplicados em cada
A quebra informada, ainda que dentro do limite previsto, unidade do produto, na mesma forma estabelecida pela RFB
poderá ser impugnada pela fiscalização, se considerada para os produtos de fabricação nacional.
excessiva. O importador terá o prazo de 180 dias, contados da
Nessa hipótese, o Delegado da Delegacia da Receita data de fornecimento do selo de controle, para efetuar o
Federal do Brasil (DRF), da Delegacia da Receita Federal registro da Declaração de Importação (DI).
de Fiscalização no Município de São Paulo (Defis/SP) ou da (Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 50 e 51)
Delegacia Especial de Maiores Contribuintes no Município
do Rio de Janeiro (Demac/RJ), de jurisdição do estabele- 14.2 Vedação
cimento, determinará a realização de procedimento de dili- É vedada a importação de bebidas de marca que não
gência para avaliação da procedência da quebra, mediante seja comercializada no país de origem.
exame do processo de aplicação do selo. (Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 55)
Constatada diferença entre a quebra informada e a que
for apurada em procedimento de diligência, será aplicado 14.3 Verificação física
ao caso o disposto nos arts. 41 e 42 da Instrução Normativa A unidade da RFB onde se processar o desembaraço
RFB nº 1.432/2013 (veja item 12). aduaneiro de bebidas importadas, cuja selagem tenha sido
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, arts. 41, 42 e 44 a 46) efetuada no exterior e que sejam objeto de DI selecionada
para verificação física, deverá observar:
14. Importação com selagem no exterior a) se as bebidas importadas correspondem à marca co-
A importação dos produtos classificados no código mercial divulgada e se estão devidamente seladas;
2208.30 da TIPI (uísques) deverá observar o procedimento b) se a quantidade de bebidas importadas correspon-
referido nos subitens seguintes, sem prejuízo de outras exi- de à quantidade autorizada; e
gências previstas em legislação específica, o qual poderá c) se na embalagem dos produtos constam, em língua
também ser aplicado às demais bebidas alcoólicas relacio- portuguesa, todas as informações exigidas para os
nadas no Anexo I à Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, produtos de fabricação nacional.
acondicionadas em recipiente de capacidade superior a A inobservância de qualquer das condições a que se
180 ml, no interesse do estabelecimento importador. refere a letra “a” sujeitará o infrator à pena de perdimento
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 49) dos produtos em situação irregular.
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 52)
14.1 Requerimento
O importador deverá requerer à DRF ou à Defis/SP ou à 15. Taxa
Demac/RJ de seu domicílio fiscal o fornecimento dos selos A taxa pela utilização do selo de controle e dos equipa-
de controle, devendo no requerimento prestar as seguintes mentos contadores de produção de bebidas e cigarros foi
informações: instituída pelo art. 13 da Lei nº 12.995/2014.
Tal taxa será devida pela utilização: ção da penalidade de que trata o art. 30 da Lei nº
a) do selo de controle de que trata o art. 46 da Lei nº 11.488/2007.
4.502/1964; Cumpre observar que o recolhimento da taxa está
b) dos equipamentos contadores de produção de que disciplinado pelo art. 25 da Instrução Normativa RFB nº
tratam os arts. 27 a 30 da Lei nº 11.488/2007 e o art. 1.432/2013.
58-T da Lei nº 10.833/2003 (cigarros e bebidas).
O estabelecimento que houver efetuado recolhimento
São contribuintes da taxa as pessoas jurídicas obriga- indevido ou a maior poderá compensar o saldo credor no
das pela RFB à utilização dos instrumentos de controle fiscal próximo recolhimento da taxa que efetuar, salvo na hipótese
mencionados nas letras “a” e “b” anteriores, nos termos da de já ter efetuado a dedução da contribuição para o PIS/
legislação vigente. Pasep ou da Cofins.
Os valores devidos pela cobrança da taxa são estabe- (Lei nº 5.895/1973, art. 2º; Lei nº 10.833/2003, art. 58-T; Lei nº
lecidos em: 11.488/2007, arts. 27 a 30; Lei nº 12.995/2014, art. 13; Instrução
a) R$ 0,01, por selo de controle fornecido para utiliza- Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 25; Ato Declaratório Executivo
ção nas carteiras de cigarros; Codac nº 28/2014)
b) R$ 0,03, por selo de controle fornecido para utiliza-
ção nas embalagens de bebidas e demais produ- 16. Penalidades
tos; São previstas as seguintes penalidades, em relação ao
c) R$ 0,05, por carteira de cigarros controlada pelos selo de controle de bebidas, na ocorrência das seguintes
equipamentos contadores de produção de que tra- infrações:
tam os arts. 27 a 30 da Lei nº 11.488/2007; e a) venda ou exposição à venda de produto sem o selo
d) R$ 0,03, por unidade de embalagem de bebi- ou com emprego de selo já utilizado: multa igual
das controladas pelos equipamentos contado- ao valor comercial do produto, não inferior a R$
res de produção de que trata o art. 58-T da Lei nº 1.000,00;
10.833/2003. b) emprego ou posse de selo legítimo não adquirido
As pessoas jurídicas anteriormente referidas poderão pelo próprio estabelecimento diretamente da repar-
deduzir da contribuição para o PIS/Pasep ou da Cofins, tição fornecedora: multa de R$ 1,00 por unidade,
devidas em cada período de apuração, crédito presumido não inferior a R$ 1.000,00;
correspondente à taxa efetivamente paga no mesmo pe- Nota
ríodo. A penalidade descrita na letra “b” será igualmente aplicada àqueles que for-
necerem a outro estabelecimento, da mesma pessoa jurídica ou de terceiros, selos
A taxa deverá ser recolhida mensalmente pelos contri- de controle legítimos adquiridos diretamente da repartição fornecedora (Instrução
buintes a ela obrigados, mediante Darf, em estabelecimento Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 56, § 1º).
bancário integrante da rede arrecadadora de receitas fede- c) emprego de selo destinado a produto nacional,
rais, até o 25º dia do mês subsequente em relação aos selos quando se tratar de produto estrangeiro, e vice-ver-
de controle fornecidos ou aos produtos controlados pelos sa; emprego de selo destinado a produto diverso;
equipamentos contadores de produção no mês anterior. emprego de selo não utilizado ou marcado como
previsto na legislação; emprego de selo que não
Se o dia do recolhimento não for dia útil, considerar-
estiver em circulação: consideram-se os produtos
-se-á antecipado o prazo para o 1º dia útil que o anteceder.
como não selados, equiparando-se a infração à fal-
O Ato Declaratório Executivo Codac nº 28/2014 instituiu ta de pagamento do IPI, que será exigível, além da
os códigos de receita a seguir descritos: multa igual a 75% do valor do imposto exigido;
a) 4805, para recolhimento da Taxa pela Utilização do d) fabricação, venda, compra, cessão, utilização ou
Selo de Controle - Lei nº 12.995/2014, art. 13, I ; e posse, soltos ou aplicados, de selos de controle
b) 4811, para recolhimento da Taxa pela Utilização falsos: independentemente de sanção penal cabí-
dos Equipamentos Contadores de Produção - Lei nº vel, multa de R$ 5,00 por unidade, não inferior a
12.995/2014 - art. 13, II. R$ 5.000,00, além da apreensão dos selos não uti-
O produto da arrecadação da taxa será destinado à lizados e da aplicação da pena de perdimento dos
CMB, considerando a competência atribuída pelo art. 2º da produtos em que tenham sido utilizados os selos; e
Lei nº 5.895/1973 e pelo § 2º do art. 28 da Lei nº 11.488/2007. e) transporte de produto sem o selo ou com emprego
de selo já utilizado: multa igual a 50% do valor co-
O não recolhimento dos valores devidos da taxa por 3 mercial do produto, não inferior a R$ 1.000,00.
meses ou mais, consecutivos ou alternados, no período de
12 meses, implica: Para fins de aplicação das penalidades descritas
neste item, havendo a constatação de produtos com selos
a) suspensão do fornecimento dos selos de controle
de controle em desacordo com o disposto na legislação,
ao contribuinte devedor;
considerar-se-á irregular a totalidade do lote identificado em
b) interrupção pela CMB da manutenção preventiva que foram encontrados.
e corretiva dos equipamentos contadores de pro-
(Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, art. 56)
dução, caracterizando prática prejudicial ao seu
normal funcionamento, sem prejuízo da aplica- N
04-06 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 04 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a Estadual
ICMS destinatário, do produto e outros, destacamos o Código
Fiscal de Operações e Prestações (CFOP). Esse código
é estabelecido pelo art. 5º e Anexo do Convênio Sinief s/
Utilização de CFOP nas operações sob o nº de 15.12.1970, portanto, uniforme em todo o território
regime de substituição tributária nacional.
SUMÁRIO Os CFOP, que até 31.12.2002 eram compostos de 3
1. Introdução dígitos, passaram, desde 1º.01.2003, a ser formados por 4
2. CFOP - Quadro sinótico
dígitos. Essas alterações foram promovidas com a edição
1. Introdução dos Ajustes Sinief nºs 7/2001 e 5/2002, que alteraram o art.
5º e o Anexo do Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970.
Todas as operações e prestações de serviços realizadas
por contribuintes do ICMS e do IPI são objeto de emissão
A finalidade do CFOP é aglutinar em grupos homogê-
de documento fiscal, segundo a forma e os modelos pre-
neos as operações ou prestações realizadas pelos contri-
vistos em legislação, a qual fornece todas as indicações
buintes, visando facilitar a identificação da operação, bem
que possibilitam ao remetente, ao destinatário e ao Fisco
como os benefícios fiscais. Assim, as operações realizadas
conhecerem o que de fato foi ou está sendo realizado.
com substituição tributária possuem um grupo de CFOP
Dentre as informações obrigatórias constantes nos específico a ser utilizado nos documentos fiscais, os quais
documentos fiscais, tais como os dados do remetente, do relacionamos a seguir.
a IOB Setorial
Estadual RICMS-MG/2002, concedem isenção às operações com
produtos farmacêuticos, realizadas entre órgãos ou entida-
des, inclusive fundações da administração pública federal,
Farmacêutico - Concessão de isenção estadual ou municipal, direta ou indireta, estendendo-se
do ICMS nas operações com produtos também às saídas realizadas pelos referidos órgãos ou enti-
dades para os consumidores finais, desde que efetuadas
farmacêuticos entre entes públicos por preço não superior ao de custo.
O Brasil é o 9º maior mercado de fármacos e medica- Para fins de aplicação deste benefício, considera-se:
mentos do mundo e conta com importantes indústrias do a) custo do produto - o valor de aquisição acrescido
setor em seu território. A indústria nacional lidera as vendas das despesas necessárias ao funcionamento da uni-
no mercado interno e reforça os investimentos em pesquisa, dade diretamente responsável pelo fornecimento;
respaldada pela força dos genéricos.
b) unidade responsável pelo fornecimento - a reparti-
Nota
Genérico é o remédio cuja patente expirou e, por isso, pode ser comerciali-
ção ou o departamento integrante da estrutura da
zado sem a marca de grife, em um preço mais barato. administração pública que diretamente detenha a
Entre as 6 maiores empresas farmacêuticas do incumbência de fornecer o produto farmacêutico ao
mundo, 4 são brasileiras e apresentam crescimento acele- consumidor final;
rado na produção de genéricos. Atualmente, existem cerca de c) despesas necessárias ao funcionamento da uni-
540 indústrias farmacêuticas cadastradas no Brasil, sendo 90 dade - as incorridas para garantir a autossuficiên-
produtoras do medicamento similar. cia financeira da unidade, englobando, inclusive,
Como resultados da política de incentivo ao medica- os custos e as despesas inerentes aos medicamen-
mento genérico estão o aumento das vendas e o cresci- tos doados.
mento de registros de novos produtos. (RICMS-MG/2002, Anexo I, Parte 1, item 36; http://www.brasil.
gov.br/ciencia-e-tecnologia/2010/12/industria-farmaceutica)
O Convênio ICM nº 40/1975 e prorrogações poste-
riores, celebrados entre os Estados e incorporados ao N
a IOB Comenta
Federal A transferência dos incentivos ou benefícios poderá ser
concedida após o prazo original para habilitação, desde
que dentro do período fixado para a sua fruição.
IPI - Sucessão - Transferência de Na hipótese de alteração posterior dos limites e condições
incentivos ou benefícios fiscais - fixados na legislação que institui o incentivo ou o benefício,
prevalecerão aqueles vigentes à época da incorporação.
Possibilidade
A pessoa jurídica incorporadora fica obrigada, ainda, a
Os incentivos e benefícios fiscais concedidos por prazo manter, no mínimo, os estabelecimentos da empresa incorpo-
certo e em função de determinadas condições à pessoa rada nas mesmas Unidades da Federação, previstas nos atos
jurídica que vier a ser incorporada poderão ser transferidos, de concessão dos referidos incentivos ou benefícios, e os níveis
por sucessão, à pessoa jurídica incorporadora, mediante de produção e emprego existentes no ano imediatamente
requerimento desta, desde que observados os limites e as anterior ao da incorporação ou na data desta, o que for maior.
condições fixados na legislação que institui o incentivo ou
o benefício, em especial quanto aos aspectos vinculados: Na hipótese do crédito presumido do IPI, de que trata o
art. 135 do RIPI/2010, é vedada a alteração do benefício inicial-
a) ao tipo de atividade e de produto; mente concedido a empresas montadoras e fabricantes, para
b) à localização geográfica do empreendimento; a produção de veículos automotores terrestres de passageiros
c) ao período de fruição; e e de uso misto de duas rodas ou mais e jipes, bem como de
d) às condições de concessão ou habilitação. tratores, máquinas rodoviárias e de escavação e empilhadeiras
É importante destacar que, nos termos do art. 1.116 do e para os produtos relacionados nos incisos VI a VIII do § 1º do
Código Civil (Lei nº 10.406/2002), na incorporação uma ou citado dispositivo (e vice-versa), a seguir enumerados:
várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede a) carroçarias para veículos automotores em geral;
em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, b) reboques e semirreboques utilizados para o trans-
na forma estabelecida para os respectivos tipos societários. porte de mercadorias; e