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Boletim j

Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 02/2015

Minas Gerais
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Aviso Importante
Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e
Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Janeiro/2015.
Veja nos Próximos
Fascículos
// Federal
IPI a IPI - Venda ambulante
Lojas francas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
a ICMS - Substituição tributária

// Estadual nas operações com açúcar


a ICMS - Utilização de CFOP
ICMS nas operações sob o regime de
Venda para entrega futura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 substituição tributária

// IOB Setorial
Estadual
Transporte aéreo - Redução da base de cálculo do ICMS incidente na
importação destinada ao setor aéreo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

// IOB Comenta
Federal
Simples Nacional - Parcelamento de débitos - Procedimento. . . . . . 12

// IOB Perguntas e Respostas


IPI
Incentivos fiscais - Padis - Projetos - Aprovação. . . . . . . . . . . . . . . . 14
Substituição tributária - Regime especial - Concessão . . . . . . . . . . . 14
ICMS/MG
Apreensão de mercadorias e documentos fiscais - Abandono. . . . . . 14
Base de cálculo reduzida - Mercadorias usadas - Conceito. . . . . . . . 15
© 2015 by IOB | SAGE

Capa:
Marketing IOB | SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão:


Editorial IOB | SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)


0800-724-7900 (Outras Localidades)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : lojas francas. --


11. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE,
2015. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2331-3

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias -


Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados -
Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-13054 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito
tributário 34:336.223(81)
2. Brasil : Imposto sobre Produtos
Industrializados : IPI : Direito tributário
34:336.223(81)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA
MINAS GERAIS
Mantenha esta folha encartada no
Calendário Tributário Estadual para Janeiro/2015

CALENDÁRIO MENSAL DE OBRIGAÇÕES E TABELAS PRÁTICAS PARA


JANEIRO/2015 - ALTERAÇÃO
Tendo em vista a publicação do Decreto nº 46.677/2014 - DOE MG de 19.12.2014, que divulgou a
alteração da vigência de algumas alíquotas do ICMS, solicitamos aos Srs. Clientes que considerem, no
quadro constante nas págs. 8 a 10 do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas Tributário
Estadual de Minas Gerais para o mês de janeiro/2015, o seguinte:

1. OPERAÇÕES/PRESTAÇÕES INTERNAS
Alíquotas Operações/Prestações Fund. Legal
12% 15 - Absorvente higiênico feminino, papel higiênico folha simples, creme dental e escova RICMS-MG/2002,
dental, exceto elétrica, a bateria, a pilha ou similar. Parte Geral, art. 42,
I, “b”
16 - Água sanitária, sabão em barra de até 500 g (quinhentos gramas), desinfetante e álcool
em gel.
17 - Caderno escolar, lápis escolar, borracha escolar, régua escolar.
18 - Uniforme escolar ou uniforme profissional, assim entendidos as peças de vestuário que
contenham externamente a identificação da respectiva instituição de ensino ou empresa.
19 - Papel cortado tipos A4, ofício I e II e carta.
20 - Porta de aglomerado ou medium density fiberboard - MDF com até 70 cm de largura,
ripas e caibros.
21 - Laje pré-fabricada, forma-lajes metálicas, pontes metálicas, elementos de pontes metáli-
cas e torres de transmissão metálicas.
22 - Elevadores.
23 - Vasos sanitários e pias, inclusive bacia convencional, bacia com caixa de descarga aco-
plada, sanitário, caixa para acoplar, lavatório, coluna, lavatório e sua respectiva coluna, cuba,
inclusive a de sobrepor.
25 - Frutas frescas não alcançadas pela isenção do ICMS.
26 - Fios têxteis, linhas para costurar e subprodutos da fiação, nas operações destinadas a
contribuinte do ICMS.

28 - Produtos semimanufaturados de ferro ou aços não ligados, de seção transversal retan-


gular, classificado na posição 7207.12.00 da NBM (com o sistema de classificação adotado
a partir de 1º.01.1997).
40 - Telhas, exceto as cerâmicas.
58 - Kit para gás natural veicular (GNV).
7% 1 - Blocos pré-fabricados, ardósia, granito, mármore, quartzito e outras pedras ornamentais. RICMS-MG/2002,
Parte Geral, art. 42,
3 - Mel, própolis, geleia real, cera de abelha e demais produtos da apicultura. I, “d”

Anexo à Edição nº 02/2015 MG  I


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ICMS - IPI e Outros

a Federal
IPI 2. Aquisição de mercadoria em lojas
francas
Lojas francas Somente poderão adquirir mercadoria em loja
SUMÁRIO
franca:
1. Introdução a) o tripulante de aeronave ou de embarcação
2. Aquisição de mercadoria em lojas francas em viagem internacional de partida;
3. Tratamento fiscal do IPI
4. Nota fiscal b) o passageiro saindo do País, portador de car-
5. Fornecimento a empresas de navegação aérea ou tão de embarque ou de trânsito internacional;
marítima c) o passageiro vindo do exterior e identificado
6. Missões diplomáticas, repartições consulares e outras
representações ou pessoas por documentação hábil, no primeiro aero-
7. Loja franca em fronteira terrestre - Regime aduaneiro porto de desembarque no País;
especial d) o passageiro a bordo de aeronave ou embar-
8. Considerações sobre o ICMS
cação em viagem internacional;
1. Introdução e) a missão diplomática, a repartição consular e
a representação de organismo internacional
As normas relacionadas à instalação de caráter permanente e seus integran-
e ao funcionamento de lojas francas (ou Os produtos
tes ou assemelhados, conforme pre-
free shops), no País, foram discipli- adquiridos em loja
visto no art. 15, IV, do Decreto-lei nº
nadas pela Portaria MF nº 112/2008 franca são isentos do IPI
37/1966; e
e complementadas pela Instrução e do Imposto de Importação
Normativa RFB nº 863/2008. (II) até o valor equivalente f) a empresa de navegação aérea
a US$ 500.00 ou o ou marítima para consumo a bor-
As lojas francas são estabeleci- equivalente em outra do ou venda a passageiros, isen-
mentos instalados em zona primária moeda tas de tributos, quando em águas
de porto ou aeroporto alfandegado des- ou espaço aéreo internacional.
tinadas à venda de mercadorias nacionais ou (Decreto-lei nº 37/1966, art. 15, IV; Portaria MF nº
112/2008, art. 10, caput; Instrução Normativa RFB nº 863/2008,
estrangeiras a passageiro em viagem internacional, art. 15, caput, III)
contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira.
2.1 Passageiros - Limites de quantidade e de valor
A beneficiária do regime de loja franca poderá
No caso de passageiro vindo do exterior (letra “c”
receber e expor, usar e distribuir, amostras, brindes
do item 2), a aquisição de mercadoria fica sujeita aos
e provadores, desde que cedidos gratuitamente
seguintes limites:
pelos fabricantes e acondicionados em embalagens
apropriadas. a) 24 unidades de bebidas alcoólicas, observa-
do o quantitativo máximo de 12 unidades por
Neste texto, examinaremos as operações rea- tipo de bebida;
lizadas pelas lojas francas e os benefícios fiscais a b) 20 maços de cigarros;
elas aplicáveis perante a legislação do IPI. c) 25 unidades de charutos ou cigarrilhas;
(Portaria MF nº 112/2008, arts. 1º, caput, e 17; Instrução d) 250 gramas de fumo preparado para ca-
Normativa RFB nº 863/2008, art. 11) chimbo;

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ICMS - IPI e Outros

e) 10 unidades de artigos de toucador; e 3.2 Aquisição interna


f) 3 unidades de relógios, máquinas, aparelhos, São isentas do IPI as saídas de produtos nacio-
equipamentos, brinquedos, jogos ou instru- nais do estabelecimento industrial, ou equiparado a
mentos elétricos ou eletrônicos. industrial, diretamente destinados às lojas francas.
Nota (RIPI/2010, art. 54, caput, XIV)
Os menores de 18 anos, mesmo que acompanhados, não poderão ad-
quirir bebidas alcoólicas nem artigos de tabacaria (Portaria MF nº 112/2008,
art. 10, § 1º).
3.2.1 Manutenção do crédito
São asseguradas a manutenção e a utilização
(Portaria MF nº 112/2008, art. 10, §§ 1º e 2º; Instrução Nor-
mativa RFB nº 863/2008, art. 18) dos créditos relativos aos insumos (matérias-primas,
produtos intermediários e material de embalagem) efe-
tivamente empregados na industrialização de produtos
2.1.1 Isenção do IPI e do Imposto de Importação saídos com a isenção do IPI destinados às lojas francas.
Os produtos adquiridos em loja franca são isentos (Lei nº 9.779/1999, art. 11)
do IPI e do Imposto de Importação (II) até o valor equi-
valente a US$ 500.00 ou o equivalente em outra moeda. 4. Nota fiscal
O valor que ultrapassar esse limite será tributado A nota fiscal que acompanhar o transporte de
pelo regime de tributação especial, com a exigência produtos com destino às lojas francas deverá conter,
somente do II, pela aplicação da alíquota de 50% além das indicações regulamentares normalmente
sobre o valor excedente. exigidas, uma das seguintes expressões:
a) no caso do subitem 3.1: “Suspensão do IPI -
(Regulamento Aduaneiro - Decreto nº 6.759/2009, art. 136, ca-
put, II, “e”; Portaria MF nº 112/2008, art. 11; Portaria MF nº 440/2010, art. 48, I, do RIPI/2010”; e
art. 6º, § 2º; Instrução Normativa RFB nº 863/2008, art. 21) b) no caso do subitem 3.2: “Isento do IPI - art. 54,
XIV, do RIPI/2010”.
2.2 Forma de pagamento (RIPI/2010, arts. 48, I, 54, caput, XIV, e 415, I e III)
O pagamento de compras realizadas em loja
franca será efetuado por meio de moeda nacional ou 4.1 Via suplementar - Remessa ao produtor-vendedor
estrangeira, em espécie, cheque de viagem ou cartão No caso de aquisição interna de produtos com a
de crédito. isenção do IPI de que trata a letra “b” do item 4, uma
via suplementar da nota fiscal visada pela fiscalização
Tratando-se de aquisição por empresa de nave- aduaneira, no momento da entrada da mercadoria em
gação aérea ou marítima (referida na letra “d” do item loja franca, deverá ser enviada pela operadora da loja
2), o pagamento da mercadoria poderá ser efetuado franca ao estabelecimento produtor-vendedor, que a
por outras formas admitidas pelo Banco Central do manterá à disposição do Fisco.
Brasil (Bacen), além das descritas neste subitem.
(Instrução Normativa RFB nº 863/2008, art. 10, § 1º)
(Portaria MF nº 112/2008, art. 12)
5. Fornecimento a empresas de navegação
3. Tratamento fiscal do IPI aérea ou marítima
3.1 Importação A loja franca poderá fornecer mercadoria com
isenção de impostos a empresas de navegação
Observadas as condições previstas no Decreto-
aérea ou marítima, destinadas a consumo de bordo
-lei nº 1.455/1976 e em demais atos expedidos pela
ou a venda a passageiros, em viagem internacional,
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), em
atendidos os termos e as condições estabelecidos
especial na Instrução Normativa RFB nº 863/2008,
pela Instrução Normativa RFB nº 863/2008.
os produtos de procedência estrangeira importados
(Instrução Normativa RFB nº 863/2008, arts. 24 a 30)
diretamente pelos concessionários de lojas francas
serão desembaraçados com a suspensão do IPI.
6. Missões diplomáticas, repartições
Nota consulares e outras representações ou
A venda de mercadoria por loja franca converterá automaticamente a pessoas
suspensão do IPI em isenção, exceto quanto ao valor excedente ao limite de
US$ 500.00, sujeito ao regime de tributação especial mencionado no subitem Observadas as normas baixadas pela Instrução
2.1.1 (Portaria MF nº 112/2008, arts. 8º e 9º). Normativa RFB nº 863/2008, as empresas detentoras
(RIPI/2010, art. 48, I; Decreto-lei nº 1.455/1976; Instrução de autorização para operar loja franca poderão esta-
Normativa RFB nº 863/2008; Portaria MF nº 112/2008, arts. 8º e 9º) belecer Depósito de Loja Franca (Delof) para venda a:

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a) missões diplomáticas e repartições consula- A mercadoria nacional adquirida ao amparo do


res de caráter permanente; regime sairá do estabelecimento industrial ou equipa-
b) representações de organismos internacionais rado com isenção de tributos federais.
de caráter permanente de que o Brasil seja Somente poderá adquirir mercadoria de loja
membro; franca de fronteira terrestre o viajante que ingressar
c) integrantes de missões diplomáticas e de re- no País e for identificado por documentação hábil.
presentações consulares de caráter perma-
nente; e Nessa hipótese, o pagamento será efetuado por
meio de moeda nacional ou estrangeira, em espécie,
d) funcionários, peritos, técnicos e consultores,
cheque de viagem, cartão de débito ou cartão de crédito.
estrangeiros, de representações permanentes
de organismos internacionais de que o Brasil Os menores de 18 anos de idade, mesmo acom-
seja membro, os quais, enquanto no exercício panhados, não poderão adquirir bebidas alcoólicas e
de suas funções, gozam do tratamento adua- artigos de tabacaria.
neiro outorgado ao corpo diplomático. O limite de valor global de isenção, para a venda
(Instrução Normativa RFB nº 863/2008, art. 31) de mercadoria importada em loja franca de fronteira
terrestre ao viajante que ingressar no País, será de
7. Loja franca em fronteira terrestre -
US$ 300,00 (trezentos dólares dos Estados Unidos
Regime aduaneiro especial
da América) ou o equivalente em outra moeda, por
A Portaria MF nº 307/2014 dispõe sobre a apli- pessoa, a cada intervalo de 1 mês.
cação do regime aduaneiro especial de loja franca em
fronteira terrestre. O limite, ora mencionado, mesmo na hipótese de
aquisição de mercadoria em mais de uma loja franca
O regime aduaneiro especial de loja franca, quando de fronteira terrestre, aplica-se para o total das com-
aplicado em fronteira terrestre, permite, a estabelecimento pras realizadas pelo viajante em todas as lojas.
instalado em cidade gêmea de cidade estrangeira na
linha de fronteira do Brasil, vender mercadoria nacional ou Observados os requisitos de controle e os
estrangeira a pessoa em viagem terrestre internacional, procedimentos estabelecidos pela RFB, aplica-se o
contra pagamento em moeda nacional ou estrangeira. regime de tributação especial de que tratam os arts.
101 e 102 do Decreto nº 6.759/2009 (Regulamento
Consideram-se cidades gêmeas os municípios Aduaneiro) às mercadorias importadas adquiridas
cortados pela linha de fronteira, seja esta seca ou em loja franca de fronteira terrestre, no montante que
fluvial e articulada ou não por obra de infraestrutura, exceder o referido limite.
que apresentem grande potencial de integração eco-
As mercadorias admitidas no regime devem ter,
nômica e cultural, podendo ou não apresentar uma
para efeito de extinção da aplicação desse regime,
conurbação ou semiconurbação com uma localidade
uma das seguintes destinações:
do país vizinho, assim como manifestações “conden-
sadas” dos problemas característicos da fronteira, a) exportação ou reexportação para qualquer
que nesse espaço adquirem maior densidade, com país de destino;
efeitos diretos sobre o desenvolvimento regional e b) venda para viajante que for identificado por
a cidadania, conforme disposto na Portaria MI nº documentação hábil;
125/2014, do Ministério da Integração Nacional. c) destruição sob controle aduaneiro, às expen-
O prazo de permanência da mercadoria, nacional sas da beneficiária;
ou importada, no regime, será de até 1 ano, contado d) entrega à Fazenda Nacional, livres de quais-
do desembaraço aduaneiro, prorrogável, uma única quer despesas, desde que a autoridade adua-
vez, por igual período. neira concorde em recebê-las;
A mercadoria importada ao amparo do regime e) transferência para outro regime aduaneiro es-
será desembaraçada com suspensão do pagamento pecial ou aplicado em área especial, no caso
de tributos federais, inclusive no caso de mercadoria de mercadoria importada; e
exportada sem saída do território nacional, cuja f) despacho para consumo, mediante o cumpri-
entrega se dê a pessoa jurídica beneficiária do regime. mento das exigências legais e administrativas
pertinentes, no caso de mercadoria importada.
A venda de mercadoria importada converterá
automaticamente a suspensão, ora referida, em isen- A concessão do regime de que trata esta Portaria
ção de tributos federais. poderá ser cancelada:

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a) a pedido da beneficiária; ou a) saídas promovidas por lojas francas instala-


b) de ofício, nos casos previstos no art. 76 da Lei das nas zonas primárias dos aeroportos de
nº 10.833/2003. categoria internacional e autorizadas pelo Go-
verno federal;
Na hipótese da letra “a”, anterior, a beneficiária b) saídas, com destino às lojas francas, de pro-
deverá, no prazo de 30 dias da ciência do deferimento dutos para comercialização, dispensado o es-
do pedido, adotar, com relação às mercadorias, uma torno dos créditos relativos a matérias-primas,
das providências indicadas nas letras “a”, “c”, “d”, “e” produtos intermediários e material de emba-
e “f” (do parágrafo anterior), para extinguir a aplicação lagem empregados na industrialização dos
do regime. produtos beneficiados pela isenção quando a
O cancelamento de ofício implica exigência dos operação for efetuada pelo próprio fabricante;
tributos federais suspensos relativos às mercadorias c) entrada ou recebimento de mercadoria desti-
para as quais o regime ainda não foi extinto, acres- nada à comercialização, importada do exterior
cidos de multa de ofício, sem prejuízo das demais pelas lojas francas.
penalidades aplicáveis.
Destaque-se, entretanto, que, por se tratar de
(Lei nº 10.833/2003, art. 76; Decreto nº 6.759/2009, arts. convênio autorizativo, cabe ao contribuinte verificar
101 e 102; Portaria MF nº 307/2014)
na legislação local (baixada pela respectiva Unidade
da Federação) se os benefícios de que trata o men-
8. Considerações sobre o ICMS cionado Convênio ICMS nº 91/1991 foram implemen-
O Convênio ICMS nº 91/1991 autorizou os Esta- tados pelo Estado de sua localização.
dos e o Distrito Federal a concederem o benefício da
(Convênio ICMS nº 91/1991)
isenção do imposto nas seguintes operações com
produtos industrializados: N
a Estadual
ICMS 2. SIMPLES FATURAMENTO
Nas operações de venda para entrega futura, é
Venda para entrega futura facultada a emissão de nota fiscal de simples fatura-
SUMÁRIO mento. Caso o contribuinte opte por emiti-la, deverá
1. Introdução fazê-lo sem destaque do ICMS, informando na nota
2. Simples faturamento fiscal que se trata de nota para simples faturamento,
3. Entrega efetiva da mercadoria
4. Escrituração fiscal cujo ICMS incidente na operação será devido no
5. Cancelamento da operação momento da efetiva saída da mercadoria.
6. Estabelecimento showroom
7. Exemplos A nota fiscal de simples faturamento, utilizada para
8. Escrituração - Principais reflexos na EFD fins comerciais, deverá ser emitida sem o ICMS inci-
9. Representação da operação dente na operação, pois este será devido por ocasião
1. INTRODUÇÃO da efetiva saída da mercadoria do seu estabelecimento,
que é o momento em que ocorre o fato gerador do
A venda para entrega futura é uma operação com ICMS. Portanto, o ICMS deverá ser destacado na nota
característica própria que evidencia uma situação de fiscal de venda, independentemente de o contribuinte
fato e de direito, ou seja, a entrega em momento pos- optar ou não pela nota fiscal de simples faturamento.
terior ao fechamento do negócio. A forma de contrato
geralmente visa a atender a interesses recíprocos Assim, na nota fiscal de simples faturamento, nas
entre vendedor e comprador, como, por exemplo, a situações em que for emitida, será utilizado o CFOP
garantia da cotação do preço ou de que os produtos 5.922 ou 6.922, tratando-se de operação interna ou
estão em fase de fabricação. interestadual, respectivamente.

Assim, focalizaremos as atribuições fiscais relati- Ressalte-se que, ao optar pela emissão desta nota
vas ao ICMS, aplicáveis às operações de venda para fiscal de simples faturamento, a 1ª e 3ª vias ou cópia
entrega futura. do respectivo Danfe serão entregues ao comprador.
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, arts. 305 a 307) (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 305, § 1º)

02-04 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

3. ENTREGA EFETIVA DA MERCADORIA vendo ser indicada nesta coluna a expressão


“Simples Faturamento”;
No momento da efetiva saída da mercadoria, seja
global ou parcial, o vendedor emitirá nota fiscal em b) a nota fiscal emitida para entrega da mercado-
nome do adquirente, com destaque do ICMS, quando ria será lançada nas colunas próprias, inclusi-
devido, observando os seguintes requisitos: ve naquela sob o título “ICMS - Valores fiscais
- Operações com débito do imposto”, indican-
a) a natureza da operação: “Remessa - Entrega do-se na coluna “Observações” os dados da
futura”; nota fiscal emitida para efeito de simples fatu-
b) no quadro “Informações Complementares”, o ramento.
número, a série, a data e o valor da nota fiscal
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 306, § 2º)
emitida para simples faturamento;
c) o CFOP:
4.2 Procedimentos do comprador
c.1) 5.116/5.117, nas operações internas,
realizadas por estabelecimento industrial O estabelecimento comprador deverá observar
e comercial, respectivamente; os seguintes critérios para a escrituração no livro
c.2) 6.116/6.117, nas operações interesta- Registro de Entradas de Mercadorias (modelo 1 ou
duais, realizadas por estabelecimento in- 1-A):
dustrial e comercial, respectivamente;
a) a nota fiscal de que trata a letra “a” do item
d) o valor da operação: o mesmo valor constante anterior será lançada nas colunas relativas a
na nota fiscal emitida para efeito de simples “Documento fiscal” e “Observações”, indican-
faturamento. do-se nesta coluna a expressão “Simples Fa-
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 306, e Anexo V, turamento”;
Parte 2)
b) a nota fiscal de entrega emitida pelo vendedor
(veja letra “b” do item anterior) será lançada
3.1 Base de cálculo nas colunas próprias, inclusive naquela sob o
título “ICMS - Valores fiscais - Operações com
A base de cálculo da operação é o valor da mer-
crédito do imposto”, quando for o caso, indi-
cadoria vendida. Entretanto, se no momento da saída
cando-se na coluna “Observações” os dados
da mercadoria houver alteração do valor da operação
da nota fiscal emitida para efeito de simples
em decorrência da modificação no preço contratado,
faturamento.
a nota fiscal de venda (5.116/6.116 ou 5.117/6.117)
será emitida com base no novo valor, devendo esta (RICMS-MG/2002, Anexo V, Parte 1, arts. 172 a 175)
circunstância ser consignada no documento fiscal.
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 306, § 1º) 5. CANCELAMENTO DA OPERAÇÃO
Nas situações em que ocorra o cancelamento
4. ESCRITURAÇÃO FISCAL da operação antes da efetiva saída da mercadoria, o
Neste item, abordaremos a escrituração fiscal fato deverá ser comunicado formalmente à repartição
dos documentos emitidos por ocasião da venda para fazendária do domicílio fiscal do contribuinte.
entrega futura, tanto pelo vendedor como pelo com-
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 307)
prador das mercadorias.

4.1 Procedimentos do vendedor 6. ESTABELECIMENTO SHOWROOM

O estabelecimento vendedor (remetente das mer- O estabelecimento showroom, aquele que exibe
cadorias) deverá observar os seguintes critérios no mercadorias e realiza operações de venda em virtude
momento da escrituração do livro Registro de Saídas da exibição, emitirá a nota fiscal destinada a simples
de Mercadorias, modelo 2 ou 2-A: faturamento para todas as operações de venda para
entrega futura, não se aplicando a faculdade de sua
a) a nota fiscal emitida para efeito de simples fa- emissão, conforme disposto no item 2 desta matéria.
turamento será lançada nas colunas relativas
a “Documento fiscal” e “Observações”, de- (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 305, § 2º)

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7. EXEMPLOS Exemplificamos, a seguir, a visualização do Danfe.


Para visualizarmos a operação de venda para
Nota
entrega futura, elaboramos exemplo prático de preen-
chimento do Danfe relativamente às notas fiscais de O exemplo de Danfe a seguir foi feito com a utilização de dados hipo-
téticos e com base na legislação tributária vigente na data de sua emissão.
simples faturamento e de remessa em uma operação Em vista disso, o contribuinte deverá, sempre, observar a classificação fiscal
interna. aplicável à mercadoria no momento de ocorrência do fato gerador.

7.1 Nota fiscal de simples faturamento


NOTA FISCAL DE SIMPLES FATURAMENTO

02-06 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 - Boletim IOB


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7.2 Nota fiscal na efetiva saída da mercadoria


NOTA FISCAL DE SAÍDA DA MERCADORIA

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8. Escrituração - Principais reflexos na Registro C100


EFD Nº Campo Valor Obrigatoriedade
19 VL_SEG OC
Ao contribuinte que estiver obrigado à apresen-
tação da EFD, para o lançamento fiscal das NF-es 20 VL_OUT_DA OC
apresentadas no tópico 7, a título exemplificativo, 21 VL_BC_ICMS OC
apresentamos, a seguir, o preenchimento dos princi- 22 VL_ICMS OC
pais registros/campos. 23 VL_BC_ICMS_ST OC
24 VL_ICMS_ST OC
Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, 25 VL_IPI OC
outros registros deverão ser apresentados, devendo o 26 VL_PIS OC
contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ 27 VL_COFINS OC
ICMS nº 09/2008 e posteriores alterações, bem como 28 VL_PIS_ST OC
o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - EFD-
29 VL_COFINS_ST OC
-ICMS/IPI.

A representação deste registro no arquivo txt da


8.1 Registro C100 Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-
ções deste exemplo, será:
Este registro destina-se ao lançamento dos totais
de valores apresentados na nota fiscal. Para as NF-e
exemplificadas nos subtópicos 7.1 e 7.2, teríamos o |C100|1|0|999|55|08|1|15|31141200351450000129
preenchimento da seguinte forma: 550010000000151000061005|08122014|0812201
4|3600,00|2|||3600,00|9|||||||||||||

8.1.1 Nota fiscal de simples faturamento


8.1.2 Nota fiscal de remessa
REGISTRO C100 - NOTA FISCAL DE SIMPLES
FATURAMENTO REGISTRO C100 - NF DE REMESSA

Registro C100 Registro C100


Nº Campo Valor Obrigatoriedade Nº Campo Valor Obrigatoriedade
1 REG C100 O 1 REG C100 O
2 IND_OPER 1 O 2 IND_OPER 1 O
3 IND_EMIT 0 O 3 IND_EMIT 0 O
4 COD_PART 999 O 4 COD_PART 998 O
5 COD_MOD 55 O 5 COD_MOD 55 O
6 COD_SIT 08 O 6 COD_SIT 08 O
7 SER 1 OC 7 SER 1 OC
8 NUM_DOC 15 O 8 NUM_DOC 16 O
3114120035145000012 3114120035145000012
9550010000000151000 9550010000000161680
9 CHV_NFE 061005 O 9 CHV_NFE 211090 O
10 DT_DOC 08122014 O 10 DT_DOC 08122014 O
11 DT_E_S 08122014 OC 11 DT_E_S 14122014 OC
12 VL_DOC 3.600,00 O 12 VL_DOC 3.600,00 O
13 IND_PGTO 2 O 13 IND_PGTO 2 O
14 VL_DESC OC 14 VL_DESC OC
15 VL_ABAT_NT OC 15 VL_ABAT_NT OC
16 VL_MERC 3.600,00 OC 16 VL_MERC 3.600,00 OC
17 IND_FRT 9 O 17 IND_FRT 9 O
18 VL_FRT OC 18 VL_FRT OC

02-08 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 - Boletim IOB


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Registro C100 |C110|999|Nota Fiscal de Simples Faturamento.


Nº Campo Valor Obrigatoriedade Vedado o destaque do ICMS conforme art. 305
da Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG - Decreto
19 VL_SEG OC
nº 43.080/2002.|
20 VL_OUT_DA OC
21 VL_BC_ICMS 3.600,00 OC
8.2.2 Nota fiscal de remessa da mercadoria
22 VL_ICMS 432,00 OC
23 VL_BC_ICMS_ST OC A representação deste registro no arquivo txt da
Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-
24 VL_ICMS_ST OC
ções deste exemplo, será:
25 VL_IPI OC
26 VL_PIS OC
REGISTRO C110 - NF DE REMESSA
27 VL_COFINS OC
28 VL_PIS_ST OC Registro C110
29 VL_COFINS_ST OC Nº Campo Valor Obrigatoriedade
1 REG C110 O
A representação deste registro no arquivo txt da 2 COD_INF 998 O
Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-
NF-e nº 15, série 1,
ções deste exemplo, será: de 08.12.2014, chave
de acesso 3114 1200
3514 5000 0129 5500
|C100|1|0|998|55|08|1|16|31141200351450000129 1000 0000 1510 0006
550010000000161680211090|08122014|1412201 1005, no valor de R$
4|3.600,00|2|||3600,00|9||||3.600,00|432,00|||||||| 3.600,00, emitida para
3 TXT_COMPL simples faturamento. OC

Nota
A representação deste registro no arquivo txt da
Considerando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-
do tipo de apuração adotado pelo contribuinte, optamos, preventivamente,
por não apresentá-los nesta matéria. ções deste exemplo, será:

|C110|998|NF-e nº 15, série 1, de 08.12.2014,


8.2 Registro C110
chave de acesso 3114 1200 3514 5000 0129
Este registro destina-se ao lançamento da infor- 5500 1000 0000 1510 0006 1005, no valor de R$
mação apresentada no campo “Informações Comple- 3.600,00, emitida para simples faturamento.|
mentares” na nota fiscal. Para as NF-e exemplificadas,
teríamos o preenchimento da seguinte forma: 8.3 Registro C190
O registro analítico de documento fiscal tem por
8.2.1 Nota fiscal de simples faturamento objetivo representar a escrituração dos documentos
fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS.
REGISTRO C110 - NF DE FATURAMENTO Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte
preenchimento:
Registro C110
Nº Campo Valor Obrigatoriedade 8.3.1 Nota fiscal de simples faturamento
1 REG C110 O
2 COD_INF 999 O REGISTRO C190 - NF DE FATURAMENTO
Nota Fiscal de Simples Fatu-
ramento. Vedado o destaque Registro C190
do ICMS conforme art. 305 Nº Campo Valor Obrigatoriedade
da Parte 1 do Anexo IX do
RICMS-MG - Decreto nº 1 REG C190 O
3 TXT_COMPL 43.080/2002. OC 2 CST_ICMS 08 O
3 CFOP 5922 O
A representação deste registro no arquivo txt da
4 ALIQ_ICMS OC
Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-
5 VL_OPR 0,00 O
ções deste exemplo, será:

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 MG02-09


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Registro C190 previstos no Convênio SN/70 - Sinief, art. 63, I a IV.


Nº Campo Valor Obrigatoriedade
Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento
da seguinte forma:
6 VL_BC_ICMS 0,00 O
7 VL_ICMS 0,00 O
8 VL_BC_ICMS_ST 0,00 O 8.4.1 Nota fiscal de simples faturamento
9 VL_ICMS_ST 0,00 O
10 VL_RED_BC 0,00 O REGISTRO C195 - NF DE FATURAMENTO
11 VL_IPI 0,00 O
Registro C195
12 COD_OBS 999 OC
Nº Campo Valor Obrigatoriedade
A representação deste registro no arquivo txt da 1 REG C195 O
Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa- 2 COD_OBS 999 O
ções deste exemplo, será:
Simples faturamento
- Venda para entrega
|C190|08|5922|||||||||999| 3 TXT_COMPL futura OC

A representação deste registro no arquivo txt da


8.3.2 Nota fiscal de remessa da mercadoria
Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-
ções deste exemplo, será:
REGISTRO C190 - NF-E DE REMESSA

Registro C190 |
C195|999|Simples faturamento - Venda para
Nº Campo Valor Obrigatoriedade entrega futura|
1 REG C190 O
2 CST_ICMS 08 O
8.4.2 Nota fiscal de remessa da mercadoria
3 CFOP 5117 O
4 ALIQ_ICMS 12 OC
Registro C195 - NF remessa
5 VL_OPR 3.600,00 O
6 VL_BC_ICMS 3.600,00 O Registro C195
7 VL_ICMS 432,00 O Nº Campo Valor Obrigatoriedade
8 VL_BC_ICMS_ST 0,00 O 1 REG C195 O
9 VL_ICMS_ST 0,00 O 2 COD_OBS 998 O
10 VL_RED_BC 0,00 O Venda para entrega
11 VL_IPI 0,00 O futura - Remessa da
3 TXT_COMPL mercadoria OC
12 COD_OBS 998 OC

A representação deste registro no arquivo txt da A representação deste registro no arquivo txt da
Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa- Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-
ções deste exemplo, será: ções deste exemplo, será:

|C190|08|5117|12|3.600,00|3.600,00|432,00|||||998| |C195|998| Venda para entrega futura - remessa


da mercadoria|

8.4 Registro C195


Este registro deve ser informado quando, em 9. Representação da operação
decorrência da legislação estadual, houver ajustes nos
documentos fiscais, informações sobre diferencial de Por fim, podemos ilustrar, através de fluxograma,
alíquota, antecipação de imposto e outras situações. a emissão das notas fiscais e respectivos CFOP na
Estas informações equivalem às observações que são operação de venda para entrega futura, da seguinte
lançadas na coluna “Observações” dos Livros Fiscais forma:

02-10 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 - Boletim IOB


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a IOB Setorial
Estadual Governador Valadares e Diamantina têm aeroportos e
linhas regulares de transporte aéreo.

Transporte aéreo - Redução da base Segundo dados divulgados pela Empresa


de cálculo do ICMS incidente na Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o
importação destinada ao setor aéreo aeroporto de Confins tem registrado um movimento
muito grande de voos, tornando-se o 5º maior do País
em importância dentro da malha aérea nacional e
A infraestrutura aeroportuária do Estado de Minas
continua com planos para expansão até 2020.
Gerais é formada por 92 aeroportos em operação,
sendo o mais importante o Aeroporto Internacional
O Governo do Estado de Minas Gerais, buscando
Tancredo Neves, localizado no Município de Confins,
incentivar as empresas prestadoras de transporte
a 30 quilômetros de Belo Horizonte.
aéreo, concede benefício fiscal de redução da base
de cálculo do ICMS em 100% por tempo indetermi-
A capital mineira ainda possui outros 2 aeroportos: nado. Este benefício aplica-se ao imposto decorrente
o Pampulha, destinado à aviação regional, e o Carlos da entrada de importação do exterior, de máquinas
Prates, que é especialmente dedicado à formação e equipamentos sem similar nacional no País, para
de pilotos, aviação desportiva, instrução, construção integrar no seu Ativo Permanente, desde que essas
de aeronaves, aviação geral de pequeno porte, além empresas sejam signatárias de protocolo de intenções
de sede de diversas empresas de manutenção de com o Estado. Aplica-se também a referida redução
aeronaves. para as aquisições em operações internas.

No interior mineiro, Cidades como Montes Claros, Outro benefício concedido para as prestadoras de
Uberlândia, Uberaba, Araxá, Patos de Minas, Poços serviço de transporte aéreo foi a redução da base de
de Caldas, Varginha, Alfenas, Juiz de Fora, Ipatinga, cálculo do ICMS para a importação de partes, peças,

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 MG02-11


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ICMS - IPI e Outros

outros matérias de reposição, para manutenção, Ressalta-se, por fim, que há a possibilidade de esta
reparo, configuração de aeronaves, equipamentos e redução, aplicável aos equipamentos e instrumentos
instrumentos de uso aeronáuticos sem similar no País. importados sem similar nacional não destinados ao
Neste caso, a redução da base de cálculo, concedida ativo do estabelecimento, chegar a 100% por meio de
por tempo indeterminado, será de: regime especial concedido pelo Superintendente de
Tributação.
a) 94,95%, quando tributada à alíquota de 18%;
b) 91,67%, quando tributada à alíquota de 12%; (http://www.infraero.gov.br/index.php/aeroportos/minas-
c) 85,72%, quando tributada à alíquota de 7%; e -gerais/aeroporto-carlos-prates.html; http://mg.gov.br/go-
vernomg/portal/m/governomg/invista-em-minas/invista-em-
d) 75%, quando tributada à alíquota de 4%. -minas/11993-infraestrutura/11972/5042; RICMS-MG/2002,
Anexo IV, Parte 1, itens 72 e 73)
Assim, há a necessidade de a empresa ser signa-
tária de protocolo de intenções com o Estado. N

a IOB Comenta
Federal (Simples Nacional) no âmbito da Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB).
Simples Nacional - Parcelamento de
O parcelamento de que trata a norma em refe-
débitos - Procedimento rência não se aplica:
A Instrução Normativa RFB nº 1.508/2014 discipli- a) aos débitos inscritos em Dívida Ativa da União
nou o parcelamento, em até 60 prestações mensais, (DAU);
de débitos apurados no Regime Especial Unificado
de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos b) aos débitos do Imposto sobre Operações Re-
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte lativas à Circulação de Mercadorias e sobre

02-12 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

Prestações de Serviços de Transporte Inte- Os pedidos de parcelamento serão consolidados:


restadual e Intermunicipal e de Comunicação
(ICMS) e do Imposto Sobre Serviços de Qual- a) nos meses de outubro e de novembro de 2014,
quer Natureza (ISS), inscritos em dívida ativa, se já solicitados até 31.10.2014, observando-
do respectivo ente; -se que, neste caso:
c) às multas por descumprimento de obrigação
a.1) serão considerados parcelados todos os
acessória;
débitos devedores existentes na data da
d) à Contribuição Patronal Previdenciária para a consolidação;
Seguridade Social, no caso de empresa optan-
te pelo Simples Nacional, tributada com base: a.2) previamente à consolidação, os paga-
mentos efetuados a título de prestação
d.1) nos Anexos IV e V da Lei Complementar até a data da consolidação serão apro-
nº 123/2006, até 31.12.2008; priados aos débitos, por ordem crescen-
te de vencimento;
d.2) no Anexo IV da Lei Complementar nº
123/2006, a contar de 1º.01.2009; a.3) o saldo da dívida será dividido em até 60
prestações, observado o valor mínimo da
e) aos demais tributos ou fatos geradores não prestação de R$ 300,00; e
abrangidos pelo Simples Nacional, previs-
tos no § 1º do art. 13 da Lei Complementar a.4) a 1ª prestação vencerá no último dia útil
nº 123/2006, inclusive aqueles passíveis de re- do mês subsequente ao da consolida-
tenção na fonte, de desconto de terceiros ou ção;
de sub-rogação; e
b) na data do pedido, se solicitados a contar de
f) aos débitos lançados de ofício pela RFB ante-
03.11.2014.
riormente à disponibilização do Sistema Único
de Fiscalização, Lançamento e Contencioso
A consolidação dos débitos objeto do pedido
(Sefisc), de que trata o art. 78 da Resolução
de parcelamento resultará da soma do principal,
CGSN nº 94/2011, os quais podem ser parce-
da multa de mora, da multa de ofício e dos juros de
lados segundo as regras previstas na Portaria
mora, sendo aplicadas na consolidação as reduções
Conjunta PGFN/RFB nº 15/2009.
das multas de lançamento de ofício nos seguintes
percentuais:
Observe-se, ainda, que é vedado o parcelamento:

a) para os sujeitos passivos com falência decre- a) 40%, se o sujeito passivo requerer o parcela-
tada; e mento no prazo de 30 dias, contado da data
em que foi notificado do lançamento; ou
b) enquanto não integralmente pago ou rescindi-
do o parcelamento anterior, sendo, entretanto, b) 20%, se o sujeito passivo requerer o parcela-
permitidos até 2 pedidos de parcelamento por mento no prazo de 30 dias, contado da data
ano-calendário. em que foi notificado da decisão administrati-
va de 1ª instância.
Os pedidos de parcelamento devem ser apre-
sentados exclusivamente por meio do site da RFB, O valor das parcelas será obtido mediante divisão
www.receita.fazenda.gov.br, nos Portais do e-CAC ou da dívida consolidada pelo número de prestações do
do Simples Nacional, em nome do estabelecimento parcelamento concedido, observando-se que:
matriz, pelo responsável perante o Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica (CNPJ). a) o valor mínimo da parcela é de R$ 300,00;

Serão considerados automaticamente deferidos b) o valor de cada prestação, inclusive da parce-


os pedidos de parcelamento depois de decorridos 90 la mínima, será acrescido de juros equivalen-
dias da data de seu protocolo sem manifestação da tes à Taxa Referencial do Sistema Especial de
autoridade concedente. Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 MG02-13


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

federais, acumulada mensalmente, calculados d) o pagamento das prestações deverá ser efe-
a partir do mês subsequente ao da consolida- tuado mediante Documento de Arrecadação
ção até o mês anterior ao do pagamento, e de do Simples Nacional (DAS).
1% relativamente ao mês em que o pagamen- (Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 1º, Anexos IV
to estiver sendo efetuado; e V; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 78; Instrução Normativa
RFB nº 1.508/2014; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 15/2009)
c) a partir da 2ª parcela, as prestações vencerão
no último dia útil de cada mês; N

a IOB Perguntas e Respostas


IPI O requerimento para a obtenção de regime es-
pecial concernente à substituição tributária deverá
Incentivos fiscais - Padis - Projetos - Aprovação conter:

1) Os projetos, aos quais as pessoas jurídicas benefi- a) a descrição das operações envolvendo os
ciadas pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tec- contribuintes substituto e substituído, com a
nológico da Indústria de Semicondutores (Padis) estão su- discriminação dos produtos e as respectivas
jeitas, precisam de aprovação do Ministério da Fazenda? alíquotas do IPI, e das operações contempla-
das com benefícios fiscais e regimes aduanei-
Sim. Os projetos a que as pessoas jurídicas ros especiais;
beneficiadas pelo Padis estão sujeitas deverão ser
aprovados pelo Ministério da Fazenda em ato conjunto b) os modelos do documentário fiscal a ser utili-
com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e zado nas operações, se diverso do previsto na
o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio legislação; e
Exterior, nos termos e condições estabelecidos pelo c) o termo de compromisso de substituição tribu-
Poder Executivo, estando, ainda, sujeitos à comprovação tária, firmado entre os contribuintes substituto
de regularidade fiscal da pessoa jurídica interessada, e substituído.
em relação aos impostos e às contribuições administra-
dos pela Secretária da Receita Federal do Brasil. (Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 4º, caput)

Segundo o § 2º do art. 7º do Decreto nº 6.233/2007,


os projetos poderão ser apresentados até 22.01.2015. ICMS/MG
Este Decreto estabelece critérios para efeito de habi-
litação ao Padis, que concede isenção do Imposto Apreensão de mercadorias e documentos fiscais -
de Renda e reduz a zero as alíquotas da contribuição Abandono
para o PIS/Pasep, da Cofins e do IPI.
3) Qual é o tratamento aplicável à mercadoria
(RIPI/2010, art. 153; Decreto nº 6.233/2007, art. 7º, § 2º)
apreendida e de fácil deterioração?

Substituição tributária - Regime especial - Será considerada abandonada a mercadoria de


Concessão fácil deterioração cuja liberação não tenha sido provi-
denciada no prazo fixado pela fiscalização, a vista de
2) Como deve ser apresentado o requerimento sua natureza, estado e sua validade para consumo.
pelo contribuinte substituto para a concessão de regi-
me especial concernente à substituição tributária? (RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 207, § 3º)

02-14 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 - Boletim IOB


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Base de cálculo reduzida - Mercadorias usadas - Conceito


4) Qual é o conceito de mercadorias usadas, para fins de aplicação da redução da base de cálculo do ICMS?
São consideradas como mercadorias usadas, para fins de aplicação da redução da base de cálculo do
ICMS, aquelas que guardem as características e finalidades para as quais foram produzidas e já tenham, em
qualquer época, pertencido a consumidor final.
(RICMS-MG/2002, Anexo IV, Parte 1, item 10)

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 02 MG02-15

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