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Gestão

Financeira
Curso Superior de Tecnologia em
Gestão Desportiva e de Lazer

Prof. Dr. Sady Darcy da Silva Junior

Gestão Financeira Prof. Sady


Conteúdo Programático ...
Porque se abre uma empresa?

Administração Financeira

Contabilidade Gerencial

Fluxo de Caixa

Capital de Giro

Lucro Operacional

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O que é ser
empresário?

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Porquê se abre
uma empresa?

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Porquê se abre
uma Empresa?

Relação Risco x Retorno


Custo de Oportunidade
Taxa de Atratividade

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Sempre de olho...

...na carga tributária (não quer ajudar não


ajuda, mas não precisava atrapalhar)...

...na China, crises globais e afins (a tal


globalização existe)...

...no hostil ambiente de negócios do Brasil


(abertura, fechamento,...)

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Certo ou errado?

Custo
+ Lucro
= Preço
Isso é verdade? História recente...

Isso valia antigamente...

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Certo ou errado?

Preço
- Custo
= Lucro
Essa é a nova realidade?
Ou nos adaptamos, ou...
Mas é só isso???

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Bate-Bola
Ativos Intangíveis, Capital Intelectual... Verdades ou
modinhas?

É possível entender uma empresa e projetar seu


futuro a partir de uma análise bidimensional
(receitas e despesas, créditos e débitos...)?

O que é Caixa 2 e qual a sua relação com a carga


tributária?

Até quando se pode confiar nos balanços de uma


empresa?
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Administração
Financeira

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Administração Financeira
• Gerenciamento de recursos para manutenção da
saúde financeira e econômica da empresa,
alcançando as metas estabelecidas;
• Tem que lidar com:
– escassez de capital;
– encarecimento das taxas de juros aumentando o custo dos
passivos;
• Demanda maior especialização da área;
• Deve incorporar a estratégia da empresa e ter uma
visão mais crítica e global do negócio.

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Administração Financeira
• A administração financeira relaciona-se estreitamente com
Economia e Contabilidade, mas difere bastante destas
áreas;
• Lida com as obrigações do administrador financeiro na
empresa;
• Os administradores financeiros trabalham em tarefas
financeiras variadas:
• Planejamento;
• Concessão de crédito para clientes;
• Avaliação de investimento;
• Meios para obter recursos para financiar as operações da
empresa.

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Objetivos da
Administração Financeira
• Qual deveria ser a meta de uma empresa?
– Maximizar o lucro?
– Minimizar os custos?
– Maximizar a participação no mercado?
– Maximizar o valor atual das suas ações?
• Isto significa que deveríamos fazer qualquer
coisa e de tudo para MAXIMIZAR A RIQUEZA do
proprietário?

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Objetivos da
Administração Financeira
A meta da administração financeira num negócio com
fins lucrativos é tomar decisões que aumentem o valor
das ações, ou, mais genericamente, aumente o valor
de mercado do patrimônio líquido;

Porém, existe a possibilidade de conflitos entre


acionistas e administradores numa grande corporação.
Chamamos estes conflitos de problemas de agência e
discutimos como eles poderiam ser controlados e
reduzidos – Teoria da Agência.

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Dinâmica das Decisões Financeiras
• Planejamento financeiro: antecipa o efeito das
decisões financeiras sobre o fluxo de caixa, os
resultados e a estrutura da empresa
• Análise Financeira: verifica os efeitos das decisões
financeiras sobre o fluxo de caixa, os resultados e a
estrutura de empresa
• Controle financeiro: promove o acompanhamento e a
avaliação do desempenho financeiro da empresa
• Administração de ativos: controle sobre as entradas e
saídas de recursos do caixa e sobre o risco e retorno
dos investimentos
• Administração de passivos: voltada para a aquisição de
fundos e sua composição
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Decisões Financeiras
em Ambiente de Inflação
• Provoca resultados distorcidos que prejudicam as
decisões financeiras.
• A correção monetária de balanço foi extinta no Brasil
em 1995.
• Isso é bom por um lado (“fim” da inflação?), porém
prejudica a qualidade das informações obtidas nos
demonstrativos financeiros.

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Decisões Financeiras
de Curto Prazo
Como gerir fluxos de caixa de curto prazo (capital de
giro)?
• Contas a receber
• Estoques
• Contas a pagar
• Despesas Operacionais
• Aplicar recursos temporariamente em excesso
• Obter recursos temporariamente em falta

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Decisões Financeiras
de Longo Prazo
Que Investimentos de longo prazo devem ser realizados?
• Qual o impacto do ramo de atividade? Devo mudar de ramo?
• Que instalações, máquinas e equipamentos são necessários?
• Quando devem ser substituídas máquinas obsoletas?

Onde obter financiamento de longo prazo para custear os


investimentos ?
• Dinheiro com outros sócios (Ações, Integralizações)?
• Dinheiro emprestado (Bancos, Fornecedores)?
• De que maneira adquirir esses recursos (Mercado de
Capitais)?
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Dinâmica das
Decisões Financeiras no Brasil
• Deve considerar os desequilíbrios estruturais
de mercado:
– taxas de juros abusivas;
– juros de curto prazo mais elevados do que os de
longo prazo;
– carência de recursos de longo prazo para
investimentos;
– concentração de endividamento de curto prazo;
– Inflação (caso seja representativa).

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Contabilidade
Gerencial

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Balanço
Patrimonial

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Balanço
Patrimonial
É um demonstrativo estático padronizado, que discrimina de
forma sintética e ordenada os saldos de todos os valores
integrantes do patrimônio de uma empresa em determinada
data.

De um lado, são relacionadas as contas que refletem a


APLICAÇÃO de recursos – os bens e direitos da empresa
(ATIVO).

De outro lado, são relacionadas as contas que representam as


FONTES de recursos (PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO).

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Balanço
Patrimonial

Estrutura do Balanço Patrimonial

PASSIVO
Fontes de Recursos
(Terceiros)
ATIVO
Aplicação de Recursos PATRIMÔNIO
Bens e Direitos
Investimentos LÍQUIDO
Fontes de Recursos
(Capital Próprio)

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Balanço
Patrimonial
Na estruturação do balanço patrimonial, as contas são
classificadas por grupos, de acordo com sua natureza.

Estes grupos, por sua vez, são escalonados em ordem


decrescente de liquidez, no ATIVO, e de exigibilidade, no
PASSIVO.

Por exemplo, os bens e direitos de curto prazo são


representados pelo “Ativo Circulante”, enquanto as máquinas,
móveis e imóveis são agrupados no “Ativo Permanente –
Imobilizado”.

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Balanço
Patrimonial
Desta forma, o ATIVO apresenta a seguinte sequencia de grupos
de contas (em ordem decrescente de liquidez):
• Direitos de curto prazo (caixa, aplicações, clientes,
duplicatas a receber...)
• Estoques e outros valores de curto prazo a receber
• Direitos realizáveis a longo prazo
• Bens permanentes
Resumindo, os bens que são mais líquidos (passíveis de se
transformarem em dinheiro mais rapidamente) aparecem em
primeiro lugar.
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Balanço
Patrimonial
O PASSIVO, por sua vez, apresenta a seguinte sequencia de
grupos de contas (em ordem decrescente de exigibilidade):
• Fornecedores, folha de pagamento e empréstimos
bancários
• Outras obrigações de curto prazo
• Obrigações de longo prazo
• Patrimônio Líquido
Assim, as obrigações com vencimentos mais próximos da data
do balanço aparecem em primeiro lugar. Os recursos dos sócios
(PL), por não serem exigíveis, aparecem ao final do PASSIVO.

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Balanço
Patrimonial
Estrutura do Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
● Circulante – disponibilidades, bens e ● Circulante – dívidas vencíveis até 360
direitos realizáveis até 360 dias da data dias. Ex: Fornecedores, salários/
do balanço (exercício seguinte). Ex: encargos, impostos, empréstimos…
disponibilidades, duplicatas a receber, ● Exigível a longo prazo – Vencíveis em
estoques… + de 360 dias. Ex: Financiamentos…
● Resultados de exercícios futuros –
● Realizável a longo prazo – bens e despesas de exercícios futuros
direitos realizáveis após o encerramento
do exercício seguinte (mais de 360 dias). PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ex: duplicatas a receber, empréstimos a Recursos pertencentes aos proprietários -
diretores, empréstimos a interligadas… capital próprio da empresa, não exigível
● Permanente – Investimentos (ações, ● Capital social (subscrito/a
aluguéis…), Imobilizado (imóveis, integralizar)
veículos, máquinas e equipamentos…) e ● Reservas de capital (resultado de
Diferido (gastos para vários exercícios correção monetária/doações recebidas)
futuros - despesas com reorganização…) ● Reavaliação de imobilizados
● Lucros/Prejuízos acumulados
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Balanço
Patrimonial
Situação 01 Situação 02 Situação 03
ATIVO
PASSIVO
ATIVO ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
LÍQUIDO NEGATIVO

ATIVO > PASSIVO ATIVO = PASSIVO ATIVO < PASSIVO


PL Positivo PL Nulo Passivo a descoberto

Situação 01:
Bens e direitos > Obrigações com terceiros = PL positivo (Lucro)
Situação 02:
Bens e direitos = Obrigações com terceiros = PL nulo (zero)
Situação 03:
Bens e direitos < Obrigações com terceiros = PL negativo (prejuízo)

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Demonstrativo
do Resultado
do Exercício (DRE)

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DRE

É a apresentação, de forma resumida, das operações realizadas


pela empresa durante o exercício social, demonstradas de
forma a destacar o resultado líquido do período.

O artigo 187 da Lei das S.A. estabelece a ordem de


apresentação das receitas, despesas e custos, nessa
demonstração, para fins de publicação.

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RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.000.000,00
Vendas de mercadorias 700.000,00
DRE Prestação de serviços
(-) DEDUÇÕES
300.000,00
(200.000,00)
Devoluções (20.000,00)
Abatimentos (30.000,00)
Impostos (150.000,00)
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 800.000,00
(-) Custo dos produtos vendidos (400.000,00)
(-) Custo dos serviços prestados (100.000,00)
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO 300.000,00
(+/-) RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS (248.500,00)
(-) Despesas Administrativas (150.000,00)
(-) Despesas com Vendas (75.000,00)
(-) Despesas Gerais (20.000,00)
(-) Depreciação acumulada (5.000,00)
(-) Despesas Financeiras (1.500,00)
(+) Receitas Financeiras 3.000,00
(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 51.500,00
(+) Receitas não operacionais 10.000,00
(-) Despesas não operacionais (20.000,00)
(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ E CSLL 41.500,00
(-) Imposto de renda (3.456,95)
(-) Contribuição Social (7.615,25)
(=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 30.427,80

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DRE

EXEMPLO DE DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS


DE VENDAS ADMINISTRATIVAS
Despesas com o pessoal Despesas com o pessoal

Comissões de vendas Honorários

Propaganda e publicidade Despesas Gerais

Despesas gerais Impostos e taxas

Impostos e taxas

Provisão - devedores duvidosos

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Análise Vertical

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Análise
Vertical

Trata-se de metodologia de análise que mostra a participação


percentual de cada um dos itens das demonstrações financeiras
em relação ao somatório de seu grupo.

Com esse instrumento, podemos visualizar, de modo objetivo e


direto, a representatividade de cada componente das
demonstrações, identificando aqueles que mais contribuem
para a formação do conjunto objeto da análise.

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Análise RECEITAOPERACIONALBRUTA 1.000.000,00 100,00%

Vertical Vendas de mercadorias


Prestação de serviços
700.000,00 70,00%
300.000,00 30,00%
(-) DEDUÇÕES (200.000,00) -20,00%
Devoluções (20.000,00) -2,00%
Abatimentos (30.000,00) -3,00%
Impostos (150.000,00) -15,00%
(=) RECEITAOPERACIONALLÍQUIDA 800.000,00 80,00%
(-) Custo dos produtos vendidos (400.000,00) -40,00%
(-) Custo dos serviços prestados (100.000,00) -10,00%
(=) LUCROOPERACIONALBRUTO 300.000,00 30,00%
(+/-) RECEITAS/DESPESASOPERACIONAIS (248.500,00) -24,85%
(-) Despesas Administrativas (150.000,00) -15,00%
(-) Despesas comVendas (75.000,00) -7,50%
(-) Despesas Gerais (20.000,00) -2,00%
(-) Depreciação acumulada (5.000,00) -0,50%
(-) Despesas Financeiras (1.500,00) -0,15%
(+) Receitas Financeiras 3.000,00 0,30%
(=) RESULTADOOPERACIONALLÍQUIDO 51.500,00 5,15%
(+) Receitas não operacionais 10.000,00 1,00%
(-) Despesas não operacionais (20.000,00) -2,00%
(=) RESULTADOANTESDOIRPJ ECSLL 41.500,00 4,15%
(-) Imposto de renda (3.456,95) -0,35%
(-) Contribuição Social (7.615,25) -0,76%
(=) LUCRO/PREJUÍZOLÍQUIDODOEXERCÍCIO 30.427,80 3,04%

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Análise Horizontal

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Análise
Horizontal

A análise horizontal é efetuada tomando-se por base dois ou


mais exercícios financeiros - preferencialmente todos expressos
em moeda constante e em valores monetários da mesma data –
com a finalidade de observar a evolução ou involução dos seus
componentes.

Vale ressaltar que é na análise horizontal que podemos observar


o comportamento dos diversos itens do patrimônio e,
principalmente, dos índices, permitindo a análise de tendências.

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Análise
Horizontal 2004 2005
R EC EITAO PER AC ION A LB R U TA 1.000.000,00 100,00%1.100.000,00 110,00%
Vendasdem ercadorias 700.000,00 100,00% 780.000,00 111,43%
Prestaçãodeserviços 300.000,00 100,00% 320.000,00 106,67%
(-) D ED U Ç Õ ES (200.000,00) 100,00% (228.000,00) 114,00%
D evoluções (20.000,00) 100,00% (20.000,00) 100,00%
Abatim entos (30.000,00) 100,00% (30.000,00) 100,00%
Im postos (150.000,00) 100,00% (178.000,00) 118,67%
(=) REC EITAO PER AC IO N A LLÍQ UIDA 800.000,00 100,00% 872.000,00 109,00%
(-) C ustodosprodutosvendidos (400.000,00) 100,00% (450.000,00) 112,50%
(-) C ustodosserviçosprestados (100.000,00) 100,00% (126.000,00) 126,00%
(=) LU CR OO PER A CIO N A LB R UTO 300.000,00 100,00% 296.000,00 98,67%
(+/-) R EC EITAS/D ESPESA SO PERACIONAIS (248.500,00) 100,00% (270.500,00) 108,85%
(-) DespesasAdm inistrativas (150.000,00) 100,00% (160.000,00) 106,67%
(-) DespesascomVendas (75.000,00) 100,00% (85.000,00) 113,33%
(-) DespesasG erais (20.000,00) 100,00% (21.000,00) 105,00%
(-) Depreciaçãoacum ulada (5.000,00) 100,00% (5.000,00) 100,00%
(-) DespesasFinanceiras (1.500,00) 100,00% (2.500,00) 166,67%
(+) R eceitasFinanceiras 3.000,00 100,00% 3.000,00 100,00%
(=) RESU LTA D OO PER A C IO N A LLÍQUIDO 51.500,00 100,00% 25.500,00 49,51%
(+) R eceitasnãooperacionais 10.000,00 100,00% 12.000,00 120,00%
(-) D espesasnãooperacionais (20.000,00) 100,00% (23.670,00) 118,35%
(=) RESU LTA D OA N TESD OIR PJEC SLL 41.500,00 100,00% 13.830,00 33,33%
(-) Im postoderenda (3.456,95) 100,00% (1.152,04) 33,33%
(-) C ontribuiçãoSocial (7.615,25) 100,00% (2.537,81) 33,33%
(=) LU CR O /PR EJU ÍZOLÍQ U ID OD OEXERCÍCIO 30.427,80 100,00% 10.140,16 33,33%
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Tipos de Indicadores
Econômico-financeiros

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Indicadores
Econômico-financeiros

Para o exame da situação econômico-financeira de uma


empresa, com vista à avaliação da sua capacidade, o analista
deve valer-se de demonstrativos financeiros de pelo menos três
exercícios sucessivos, e deles extrair os diversos indicadores que
lhe forneçam as informações desejadas.

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Indicadores
Econômico-financeiros

Estes indicadores, conforme a natureza da informação que


disponibilizam, são organizados em grupos, conforme segue:

• Indicadores de Liquidez
• Indicadores de Endividamento
• Indicadores de Rentabilidade
• Indicadores de Atividade

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Indicadores
Econômico-financeiros
Indicadores de LIQUIDEZ
São medidas de avaliação da capacidade financeira da empresa
em satisfazer os compromissos com terceiros. Medem a posição
financeira da empresa, em termos de capacidade de
pagamento.

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Indicadores
Econômico-financeiros
Indicadores de LIQUIDEZ

Exemplo:
Liquidez Corrente
ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE
Interpretação: Indica a capacidade de pagar o passivo circulante
com o ativo circulante (em unidades monetárias) – quanto MAIOR
melhor.

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Indicadores
Econômico-financeiros
Indicadores de ENDIVIDAMENTO
Também conhecidos como indicadores de estrutura, avaliam a
segurança que a empresa oferece aos capitais alheios e revelam
sua política de obtenção de recursos, bem como sua alocação
nos diversos itens do ativo.

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Indicadores
Econômico-financeiros
Indicadores de ENDIVIDAMENTO

Exemplo:
Endividamento Total
(PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO EXIGÍVEL LP) / ATIVO x 100
Interpretação: Expressa a proporção de recursos de terceiros
financiando o ativo e, complementarmente, a fração do ativo que
está sendo financiada pelos recursos próprios (ambos
percentualmente) – quanto MENOR melhor.

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Indicadores
Econômico-financeiros
Indicadores de RENTABILIDADE

Tem por objetivo avaliarem o desempenho final da empresa.

A rentabilidade é o reflexo das políticas e das decisões adotadas


pelos seus administradores, expressando objetivamente o nível
de eficiência e o grau do êxito econômico-financeiro atingido.

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Indicadores
Econômico-financeiros
Indicadores de RENTABILIDADE

Exemplo:
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
LUCRO LÍQUIDO / PATRIMÔNIO LÍQUIDO x 100
Interpretação: Mede a remuneração dos capitais próprios
investidos na empresa, ou seja, quanto foi acrescentado em
determinado período ao patrimônio dos sócios (percentualmente)
– quanto MAIOR melhor.

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Indicadores
Econômico-financeiros
Indicadores de ATIVIDADE
Também conhecidos como indicadores de prazos médios,
indicam a dinâmica de algumas verbas do patrimônio, isto é,
quantos dias elas levam para “girar” durante o determinado
período (rotação).

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Indicadores
Econômico-financeiros
Indicadores de ATIVIDADE

Exemplo:
Prazo Médio de Renovação de Estoques
ESTOQUES / CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS x 360
Interpretação: Indica o número de dias, em média, em que os
estoques são renovados, o que também representa o número de
dias que decorre, em média, entre a compra e a venda, bem como
o número de dias, em média, em que os estoques ficam parados
na empresa – quanto MENOR melhor.

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Fluxo de Caixa

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Fluxo de Caixa
• Fluxo de caixa é um instrumento de gestão financeira, que projeta
para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos
financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o
período projetado;

• Normalmente o período de projeção do fluxo de caixa das pequenas


empresas é medido em poucos meses;

• Mais fácil para as empresas que têm os controles financeiros bem


organizados (porém, não esquecer que trata-se de uma projeção...);

• É importante a empresa ter seus controles financeiros bem


organizados. Caso contrário, é bastante provável que nos primeiros
meses o fluxo de caixa ainda não seja confiável, porque algumas
projeções ficarão super ou subestimadas, e provavelmente alguns
custos ou despesas poderão não ser previstos.
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Fluxo de Caixa
Previsão de vendas e respectivos prazos de recebimentos
• Considerar valores a serem recebidos nos próximos meses;
• Considerar concessões de prazo para clientes (prazos, %...)
Previsão de compras e respectivos prazos de pagamentos aos fornecedores
• Considerar valores a serem pagos nos próximos meses;
• Considerar concessões de prazo fornecedores (prazos, %...)

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Fluxo de Caixa
Entradas de Caixa Saídas de Caixa
Rebtos. de Vendas Pgtos. de Compras
de Prod./ Serviços e demais gastos
Operações com as operações
Doações

Venda de Aquisição de Ativo


Ativo Permanente CAIXA
Investimentos Permanente
Resgate de Aplicações Aplicações Financeiras
Financeiras

Empréstimos Liquidação de
Financiamentos Dívidas

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Regimes de Apuração do Resultado:
Regime de Caixa (Financeiro) X Competência (Contábil)

Regime: refere-se ao momento de reconhecimento


(apuração) de receitas e despesas

REGIME DE CAIXA REGIME DE COMPETÊNCIA


(FINANCEIRO) → Fluxo de (Transações Realizadas) → DRE
Caixa
• A Receita é gerada no momento
• Interessa o efetivamente em que é ganha (fato gerador),
recebido (entrada de dinheiro = não importando se foi recebida
encaixe) ou não
• A Despesa é reconhecida no
• Interessa o efetivamente pago momento em que é consumida
dentro do exercício (saída de (incorrida), independentemente
dinheiro = desembolso) do seu pagamento

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DRE x Fluxo de Caixa
 Uma organização tem uma receita de $ 10 mi no período (sendo
que 40% ainda não foram recebidos) e incorre em despesas no
valor de $ 8 mi (dos quais $ 6 mi já foram pagos).
 Qual foi seu resultado? Quanto gerou de dinheiro (caixa) no
período?

DRE FLUXO DE CAIXA

Receita 10 mi Entrada de dinheiro 6 mi


(-) Despesa (8) mi (-) Saída de dinheiro (6) mi
= Superávit 2 mi = Caixa Gerado 0
 OBS 1:
 Na DRE: Superávit = Receitas – despesas (recebidas ou não, pagas ou não)
 No Fluxo de Caixa: Variação no Caixa = recebimentos e pagamentos

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Capital de Giro

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A Natureza das
Decisões Financeiras

Decisões operacionais
ou de Capital de Giro
Ativo Circulante Passivo Circulante

Captação de recursos
Aplicação de recursos Estrutura de Capital

Orçamento de Capital
Decisões de
dividendos

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A Natureza das
Decisões Financeiras

1) Capital de giro: ativos e passivos de curto prazo da


empresa (Circulantes)
2) Orçamento de capital: processo de planejar e gerir
investimentos a longo prazo da empresa
3) Estrutura de capital: combinação entre capital de
terceiros e capital próprio que a empresa possui

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Ciclo de Caixa
e Ciclo Operacional

Compra da MP Venda do
Produto

Período de estoque
Período de contas a receber

Período de Ciclo de Caixa


contas a pagar
Pagto da MP Recebimento das vendas

CICLO OPERACIONAL

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Administração
do Capital de Giro
Refere-se à administração dos ativos de curto-prazo da empresa,
tais como estoques, e aos passivos de curto-prazo, tais como
pagamentos devidos a fornecedores. É uma atividade cotidiana que
assegura que os recursos sejam suficientes para continuar a
operação.

Na administração do capital de giro, algumas questões devem ser


respondidas:

1. Quais devem ser os volumes disponíveis de caixa e estoque?


2. Devemos vender a crédito para os nossos clientes?
3. Como obteremos os recursos financeiros a curto-prazo que
venham ser necessários?

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Lucro
Operacional

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Conceitos de
Lucro Operacional

Uma empresa adquire uma mercadoria por R$ 1.000,00 e


vende por R$ 1.500,00. Qual é o lucro nesta operação, um ano
após ter sido realizada?
Existe apenas um resultado?
A resposta pode parecer óbvia, mas preste atenção nas
próximas informações...

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Conceitos de
Lucro Operacional

Custo corrigido da mercadoria após 1 ano (inflação de 10%):


R$ 1.100,00
Custo corrente da mercadoria após 1 ano (tabela do
fornecedor):
R$ 1.200,00
Qual o lucro certo da operação após 1 ano,
considerando as informações acima?

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Conceitos de
Lucro Operacional

Metodologia do Custo Histórico: o lucro certo é de R$500, ou seja,


uma receita de R$1.500 menos um custo de R$1.000.
Metodologia do Custo Histórico Corrigido: o lucro certo é de R$400,
ou seja, uma receita de R$1.500 menos um custo de R$1.100,
devidamente atualizada por uma inflação no período de 10%.
Metodologia do Custo Corrente: o lucro certo seria de R$300. Ou
seja, uma receita de R$1.500 menos um custo de R$1.200 (preço de
tabela do fornecedor).

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Conceitos de
Lucro Operacional

Como se pode ver, no caso de aquisição de uma empresa por


parte do investidor, somente para citar um exemplo, a análise
de resultados de negócio pode apresentar-se de forma
subjetiva.

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Conceitos de
Lucro Operacional

Dessa forma, a tradicional contabilidade financeira, por vezes


chamada de contabilidade fiscal, tenta resistir ao tempo e às
críticas. Ela procura evoluir, porém não consegue acompanhar a
mesma velocidade de outros sistemas gerenciais específicos.
É assim com a realidade contábil brasileira, igualmente a de
outros países que, em sua grande maioria, segue o modelo
contábil norte americano.

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Conceitos de
Lucro Operacional

Numa visão mais objetiva e atual, a estratégia financeira


consiste basicamente no aumento do valor econômico com a
escolha de investimentos com taxas de retorno superiores ao
custo dos respectivos financiamentos (Alavancagem
Financeira).

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Conceitos de
Lucro Operacional

Em outras palavras, o valor de uma empresa depende


diretamente do custo de seu financiamento e este pode ser
feito por meio de capitais próprios ou de capitais de terceiros.
Cabe, portanto, aos gestores tomar decisões que envolvem
estratégia financeira, reduzindo ao máximo o custo de capital.

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Conceitos de
Lucro Operacional

O objetivo seria identificar a capacidade original da empresa


em gerar resultados, independentemente da estratégia de
financiamento utilizada. Este é o parâmetro básico para as
atuais análises de financiamento de capitais.

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Conceitos de
Lucro Operacional

É nesse sentido que a figura do Lucro Operacional deve


representar o genuíno lucro oriundo da atividade operacional,
antes da remuneração de seus financiadores, próprios ou de
terceiros.

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Muito Obrigado
pela Atenção!!!

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