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TAQUARITUBA / SP

2019

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

2. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA PROPRIEDADE


2.1. Objetivo do Diagnóstico
2.2. Levantamento dos Dados Técnicos e Financeiros da Propriedade
2.3. Descrição de Acesso ao Imóvel Rural e Croqui
2.4. Descrição dos Estoques de Capitais
2.4.1. Estoque de capital natural
2.4.2. Estoque de Capital Físico
2.4.3. Estoque de Capital Humano
2.5. Descrição do Processo Produtivo
2.6. Controle e Gestão financeira
2.7. Comercialização da Produção
2.8. Sugestões Iniciais de Melhorias
2.9. Possibilidades de Exploração Econômica das Propriedades
2.10. Previsão de Investimentos

3. GERENCIAMENTO TÉCNICO DA PECUÁRIA DE CORTE


3.1. Controles
3.1.1. Pesagem
3.1.2. Controle de chuva e temperatura
3.1.3. Suplementação
3.1.4. Ocupação
3.1.5. Sanitário
3.1.6. Reprodutivo
3.1.7. Compras de animais para reprodução e recria/engorda
3.1.8. Vendas
3.1.9. Desmama
3.2. Indicadores Zootécnicos
3.2.1. Indicadores da Cria
3.2.1.1. Taxa de prenhez global
3.2.1.2. Taxa de natalidade
3.2.1.3. Taxa de desmama
3.2.1.4. Peso a desmama
3.2.1.5. Relação de desmama
3.2.1.6. Taxa de mortalidade de bezerros
3.2.1.7. Ganho de peso do nascimento à desmama (GND)
3.2.2. Indicadores da Recria/Engorda
3.2.2.1. Taxa de lotação média na recria/engorda
3.2.2.2. Taxa de desfrute
3.2.2.3. Ganho médio diário (GMD)
3.2.2.4. Ganho de carcaça por hectare
3.2.2.5. Produção de arroba por hectare

4. GERENCIAMENTO FINANCEIRO DE PECUÁRIA DE CORTE


4.1. Custo de Produção
4.1.1. Custos fixos
4.1.2. Custos variáveis
4.2. Plano de Contas
4.3. Orçamento
4.4. Fluxo de Caixa Previsto X Fluxo de Caixa Realizado
4.5. Análise Financeira
4.6. Indicadores Bioeconômicos
4.6.1. Desembolso por animal
4.6.2. Custo médio por animal
4.6.2.1. Custo variável por animal x Custo fixo por animal
4.6.3. Ponto de equilíbrio em animal
4.6.4. Custo da arroba produzida
4.6.5. Custo do bezerro desmamado

5. PLANILHA DE GERENCIAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO


1. INTRODUÇÃO
No cenário atual da agropecuária brasileira, os produtores
rurais têm visto sua margem sobre a venda diminuir, uma vez que
os custos de produção têm aumentado e o preço pago no produto
diminuído (ARAÚJO, 2007). Segundo Nogueira (2004) o produtor
rural deve adotar todas as estratégias de gestão que lhe permitem
produzir com eficiência, com escala e com menores custos de
produção. Assim, analisar economicamente a agropecuária, nos
permite uma utilização eficiente dos fatores de produção, apontando
os pontos críticos do processo produtivo e auxiliando na tomada de
decisão que permitam maximização do lucros e minimização dos
custos (LOPES et al., 2007).
O planejamento das atividades dentro da propriedade tem
como finalidade a otimização dos coeficientes técnicos. Com isso é
possível auferir a máxima capacidade de suporte da fazenda,
necessidade de aplicação dos fatores de produção, escala de abate,
idade ao abate, previsão dos custos de produção e previsão de
receitas. Os coeficientes técnicos expressam a eficiência do
processo produtivo, contudo, devem ser analisados em conjunto
com indicadores econômico-financeiros. Como toda atividade
econômica, a agropecuária deve ter como objetivo maximizar os
lucros, minimizar os custos e manter-se no mercado (ARAÚJO,
2007).
O correto gerenciamento dos custos de produção é essencial
para determinação real do lucro da atividade, assim se faz
necessário dividir os desembolsos em investimentos e o custeio.
Investimentos são construções civis (casa, barracões, etc.), reforma
de pastagem, infraestruturas novas, aquisição de
máquinas/implementos, animais reprodutores e outros. Custeio são
gastos necessários para que ocorra produção durante um ciclo
pecuário (ARAÚJO, 2007), sendo divididos em fixos e variáveis.
Diante disso, este curso tem por objetivo capacitar
estudantes, profissionais e gestores de propriedades rurais e auxiliar
no gerenciamento da atividade agropecuária gerando informações
para tomada de decisão visando máximo lucro.
2. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA PROPRIEDADE

No diagnóstico serão descritas as condições atuais em que


se encontra a empresa rural. Inicialmente, deve-se avaliar a
quantidade e a qualidade dos recursos disponíveis na propriedade,
descrevendo e analisando seus estoques de capitais (natural, físico,
humano e financeiro), processo produtivo e formas de
comercialização.
Por fim, propõe-se dois ou mais cenários para a exploração
econômica da propriedade, visando uma melhor utilização dos
recursos e o incremento na produção e na produtividade, sempre
procurando ter uma visão sistêmica do negócio, englobando o
contexto geral da atividade rural.
O Diagnóstico deve conter:
a) Levantamento dos dados técnicos e financeiros da
realidade atual da propriedade;
b) Localização geográfica da fazenda;
c) Descrição de acesso ao imóvel;
d)Descrição dos estoques de capitais natural, físico e
humano;
e) Descrição do processo produtivo das atividades
agropecuárias;
f) Comercialização da produção;
g) Sugestões iniciais de melhorias;
h) Previsão de investimentos;
i) Possibilidade de exploração econômica da propriedade.
2.1. Objetivo do Diagnóstico

O diagnóstico da propriedade deve apresentar uma análise


detalhada das características técnicas e produtivas do imóvel
rural.
A partir do levantamento de informações e dados é possível
elaborar um estudo da situação recente do negócio rural,
buscando apresentar alternativas gerenciais, técnicas e
econômico-financeiras para a otimização de uso da
propriedade.
2.2. Levantamento dos Dados Técnicos e Financeiros da
Propriedade

Essa primeira etapa é extremamente importante, pois é a


partir dessa base de dados que trará as informações que serão as
premissas do planejamento estratégico e orçamentário da
propriedade. Esse levantamento é feito a partir do histórico de
documentos e informações físicas e eletrônicas da propriedade.
Nessa etapa deverão ser coletados dados referentes:
a) Financeiro
a. Investimentos e custos das últimas safras e/ou ano
fiscal por centro de custo (RH, Pecuária,
Agricultura, Despesas Operacionais, Despesas
Administrativas, Investimentos, etc.)
b. Receitas agropecuárias e financeiras das últimas
safras e/ou ano fiscal
b) Técnicos
a. Rebanho inicial e final no ano safra e/ou ano fiscal
da propriedade separado por categorias;
b. Peso médio inicial de final das categorias por ano
safra e/ou ano fiscal;
c. Compras, vendas, nascimentos, mortes,
transferências de entrada e saída;
d. Manejo nutricional, sanitário, reprodutivo, de
pastagem;
e. Controle de movimentação de lotes e chuvas e
temperaturas.
2.3. Descrição de Acesso ao Imóvel Rural e Croqui

Partindo de um referencial conhecido, como a área urbana do


município, por exemplo, descreva o caminho a ser percorrido
até a propriedade, buscando acrescentar detalhes que
possibilitem uma adequada e eficiente orientação a alguém
que realizará o trajeto pela primeira vez.
Se possível, apresente a rota a ser percorrida em um mapa,
para facilitar a visualização e o entendimento.
A localização da propriedade nos permite conhecer o
microclima da região dando base para o planejamento
forrageiro e entender as características comerciais de onde a
fazenda está inserida (canais de compra e venda).
A delimitação das áreas limítrofes (croqui) facilita a ter uma

visão sistêmica da propriedade e localização de pontos

estratégicos como curral, rios, lagoas, áreas declivosas, etc.


2.4. Descrição dos Estoques de Capitais
2.4.1. Estoque de capital natural

Descreva com detalhes toda a propriedade rural, com


tamanhos e localização da área total, área útil, APPs (Áreas de
Preservação Permanente) e RLs (Áreas de Reserva Legal).
Se possível, inclua o Cadastro Ambiental Rural (CAR) da
propriedade.
Descreva a composição de uso das áreas úteis da propriedade
(agricultura, pecuária, ILP (integração lavoura-pecuária), ILPF
(integração lavoura-pecuária-floresta), incluindo os tamanhos
de cada uma.
Descreva cada módulo (rotacional) que compõe a área de
pasto da propriedade, identificando número de áreas
(piquetes) presentes, espécie(s) forrageira(s), acesso à água
por parte dos animais, qualidade e oferta de pasto, estado do
solo (presença de erosão, etc.), condições da infraestrutura
presente, como cochos, cercas e praças de alimentação, entre
outras informações que julgar importantes ao planejamento da
atividade.

Exemplo de tabela com descrição do capital natural


Nome Reserva
Gleba Agricultura Pastagens Total
Imóvel Legal*
Gleba 07 -
Fazenda III 15,76 1,10 80,12 96,98
BA
Gleba 05 -
Fazenda I 15,69 9,63 119,78 145,10
BA
Fazenda Gleba 07 -
19,36 9,47 181,9 210,73
Sede BA
Gleba 05 -
Fazenda II 44,36 13,98 163,47 221,81
BA
Fazenda IV Gleba 05 - 11,94 3,61 44,15 59,70
BA
Total Geral 107,11 37,80 589,41 734,32

Exemplo de tabela com descrição do capital natural


Espécie Nº de Área
Módulo Observações
forrageira divisões (ha)
Brachiaria Alto grau de mistura
CP1 3 129,06
humidicula de forragem
Brachiaria
CP2 2 58,13 -
humidicula
Brachiaria Baixa oferta de
CP3 3 66,00
brizantha forragem
Brachiaria Alto grau de mistura
CP4 2 62,92
brizantha de forragem
Brachiaria
CP5 5 91,10 -
brizantha
Brachiaria
Gradeado
CP6 brizantha cv. MG- 4 69,10
recentemente
4
2.4.2. Estoque de Capital Físico

Descreva toda a infraestrutura presente na propriedade,


sobretudo os bens utilizados direta ou indiretamente no
processo produtivo. O estoque de capital físico é composto
pela infraestrutura de produção, pelos veículos e maquinário
da fazenda, além do estoque de animais de produção e de
trabalho.
Infraestrutura de produção: corresponde às construções e
benfeitorias existentes nos imóveis rurais, necessárias ao
processo produtivo, de forma direta ou indireta.
Veículos, máquinas, equipamentos e implementos: maquinário
presente na propriedade e necessários ao processo produtivo,
de forma direta ou indireta.
Estoque de animais de produção: apropriação monetária, a
preços de mercado, do estoque de animais da propriedade.
Para a infraestrutura de produção, descreva o tipo de
instalação (barracão, casa, mangueira, etc.), a localização da
instalação dentro da propriedade e o estado de conservação.
Para o maquinário, descreva o tipo, marca, modelo, ano e
estado de conservação.
Para o estoque de animais, descreva a categoria, a quantidade
e o valor atual de mercado do rebanho.
A apresentação do capital físico pode ser feita de maneira
descritiva ou resumidas em quadros ou tabelas.

Exemplo de tabela com descrição da infraestrutura de produção


Estado de
Tipo de Instalação Valor estimado
Conservação
1 Barracão (40mx25m) R$ 180.000,00 Ótimo
2 Casa funcionário (1) R$ 100.000,00 Ótimo
3 Casa sede R$ 400.000,00 Ótimo
4 Confinamento R$ 280.000,00 Bom
5 Curral de manejo (1) R$ 60.000,00 Bom
6 Depósito de sal R$ 20.000,00 Bom

Exemplo de tabela com descrição da veículos, máquinas, equipamentos,


implementos
Estado de
Tipo Marca Modelo
Conservação
1 Camionete Toyota Hilux 12/13 Bom
2 Carreta 1 - - Não observado
Concha
3 Concha - Não observado
MF290
Distribuidor
4 JAN JAN 1300 Bom
de adubo
Premium
5 Ensiladeira Menta Não observado
Doblo
6 Motocicleta Kenton 200cc Não observado
7 Trator Massey Fergusson 65x Bom
8 Trator Massey Fergusson 290 Bom
Vagão
9 Casale Feeder SC45 Não observado
forrageiro

Exemplo de tabela com descrição do estoque pecuário


Peso
Nº Nº Valor
Categoria Médio Total
Cabeças Arrobas Arroba*
(kg)
Bezerros 0- R$
130 110 477 R$ 68.613,59
12m 143,84
Bezerras 0- R$
195 100 650 R$ 85.371,00
12m 131,34
Fêmeas 13- R$
69 270 575 R$ 72.373,81
24m 125,87
R$
Fêmeas + 36m 574 450 8610 R$ 942.364,50
109,45
Touros 37 550 678 R$ R$ 74.207,10
109,45
Total 1005 10990 R$ 1.242.930,00
*Valores calculados com base nos preços divulgados pelo LAPBOV/UFPR dos
negócios à vista realizados no estado do Paraná no ano de 2018, descontado o
prazo de pagamento pela taxa CDI/CETIP, e deflacionados pelo IGP-DI/FGV de
setembro 2018.
2.4.3. Estoque de Capital Humano

Descreva a quantidade de colaboradores presentes na


propriedade, separando-os em mão de obra permanente, mão
de obra temporária.
Informe o setor e o cargo de cada colaborador.
Apresente o salário atual recebido por cada colaborador e os
valores retirados pelo proprietário na forma de pró-labore, se
houver.
Apresente os encargos trabalhistas recolhidos pelo proprietário
Exponha um organograma hierárquico da empresa rural,
apresentando a posição de cada colaborador dentro da matriz
produtiva da propriedade.
Descreva a percepção da alta direção do empreendimento
para a gestão com base em indicadores de desempenho
(financeiros, econômicos, zootécnicos).

Exemplo de tabela com descrição do capital humano



Cargo / Função Setor Salário
Funcionários
Responsável Faz. II Faz. II 1 R$ 2.600,00
Responsável Confinamento Faz.
1 R$ 2.500,00
Confinamento I
Responsável
Pecuária Faz. I 1 R$ 2.400,00
Pecuária
Confinamento Faz.
Confinamento 1 R$ 2.000,00
I
Campeiro Faz. I 3 R$ 2.000,00
Administrativo Faz.
Auxiliar de Escritório 1 R$ 1.300,00
I
2.5. Descrição do Processo Produtivo

Exponha nesta etapa as informações acerca dos processos


empregados na produção agropecuária da propriedade,
detalhando informações como tipo de produção e de manejo
adotados em cada uma das etapas do processo produtivo, e
relatando os pontos fortes e fracos de cada manejo adotado.
Descreva a frequência de coleta dos dados e a forma como
são realizadas as anotações, digitações e tratamentos das
informações.
Determine os indicadores zootécnicos que retratem a
produtividade da pecuária e estabeleça sua relação com a
lucratividade do empreendimento.
Descreva as fórmulas dos indicadores zootécnicos e informe
se os cálculos são realizados em caderno de campo, planilha,
aplicativo e/ou software de controle.
Manejo produtivo: descreva os aspectos gerais do manejo
produtivo adotado na propriedade. Apresente o sistema de
produção adotado, categorias de animais presentes, formas de
identificação (brincos, marcas, dispositivos eletrônicos),
periodicidade de pesagem dos animais.
Manejo reprodutivo: nos casos em que a propriedade trabalhe
com reprodução, vendendo bezerros e/ou genética, descreva o
manejo reprodutivo adotado. Exponha informações a respeito
dos lotes de matrizes e de touros, estação de monta, tipo de
reprodução (monta natural, IA, IATF, etc.), manejo de bezerros
neonatos, entre outras.
Manejo sanitário: elabore uma tabela contendo o calendário de
vacinação na forma como é feito na propriedade. Informe os
medicamentos utilizados e as enfermidades consideradas no
manejo.
Manejo alimentar e nutricional: destaque se há separação dos
animais em lotes por peso e idade, os tipos de alimentos
fornecidos a cada categoria e em cada época do ano, a forma
como cada alimento é fornecido (fracionado, à vontade),
profissional responsável pela elaboração da dieta, se a
propriedade utiliza estratégias de confinamento,
suplementação por períodos, etc.
Manejo de pastagens: relate a técnica utilizada na identificação
da altura do pasto (visual, régua, medidor eletrônico, etc.) e
indique o tipo de pastejo adotado (contínuo, rotacionado, etc.).
Procure traçar uma relação entre o manejo de pastagem
realizado e a espécie forrageira presente, verificando se a
forma com que é realizado o manejo dos lotes entre áreas está
de acordo com o preconizado, visando a perpetuação da
qualidade e da quantidade de forragem disponível.
Compra de insumos: informe como é feita a compra de
insumos (alimentos, medicamentos, etc.). Se a fazenda
trabalha com recria e engorda, por exemplo, uma possibilidade
é considerar o bezerro a ser adquirido como um insumo dentro
do processo produtivo.
Agricultura e floresta: se a propriedade também desenvolve a
produção agrícola e/ou florestal, descreva o processo de
produção, desde a aquisição de insumos, culturas utilizadas,
se a produção é para a geração de receita com agricultura,
como estratégia de reforma de pastagens ou destinada à
produção de alimento para o gado, etc. Procure expor
indicadores de produção e produtividade.

Exemplo de tabela com descrição do manejo produtivo

Exemplo de tabela com descrição do manejo nutricional


Exemplo de tabela com descrição do manejo sanitário
2.6. Controle e Gestão financeira

Relate como é feito o controle financeiro da empresa rural.


Descreva se a propriedade utiliza um escritório de
contabilidade terceiro ou se a contabilidade da empresa é feita
por profissional(is) da própria empresa rural.
Informe o nível de detalhamento e de confiabilidade das
informações financeiras da propriedade.
Descreva como é feito controle de contas a pagar e a receber.
Descreva como é realizado o fluxo de caixa da atividade.
2.7. Comercialização da Produção

Descreva como é feita a comercialização dos produtos da


atividade agropecuária.
Informe quais os destinatários (frigoríficos, outras
propriedades, cooperativas, etc.) dos produtos.
Relate os acordos, contratos de comercialização e se o
proprietário trabalha com bolsas de mercado futuro.
Informe se a venda é feita sazonalmente ou durante todo o
ano.
Informe as médias de valores negociados.
Relate se a propriedade tem capacidade de armazenamento e
estocagem de produtos agrícolas.
Relate se a produção agrícola é toda destinada à venda ou se
parte é utilizada dentro da propriedade.
Descreva outras particularidades a respeito da
comercialização da produção na propriedade, quanto à
agregação de valor por programas de qualidade e/ou
certificação, por exemplo.
2.8. Sugestões Iniciais de Melhorias

Nesse item é aonde iniciam-se os processos de melhoria na


fazenda. São apresentadas sugestões técnicas e financeiras a
partir das informações levantadas no diagnóstico. Essas
sugestões podem ser divididas nos seguintes tópicos:
a) Sugestões gerais;
b) Orçamento anual;
c) Comercialização de animais e produtos;
d) Controle técnico e financeiro;
e) Produção de forragens conservadas;
f) Melhoria no manejo de pastagens;
g) Estratégias gerais de suplementação;
h) Recursos humanos.

Com base no que foi relatado anteriormente a respeito da


situação atual da propriedade, aponte sugestões que
apresentem um enfoque prático, rentável e eficiente dos
pontos em que foram considerados os maiores gargalos da
propriedade.
Podem ser feitas sugestões sobre controle financeiro, gestão
de pessoas, processo de compra de insumos, formas
alternativas de comercialização da produção, melhorias no
processo produtivo como um todo, adequação de algum
manejo específico, elaboração de calendário sanitário,
planejamento forrageiro, entre outros pontos.
Faça a sugestão de cronograma de realização das ações
propostas, com base na priorização técnica da proposta de
melhoria.
2.9. Possibilidades de Exploração Econômica das Propriedades

Apresente pelo menos dois cenários. O primeiro deve se referir


à continuidade do atual modelo de produção, enquanto no
segundo expõe-se uma alternativa mais rentável ao modelo
atualmente adotado, que se acredita ser exequível de
implantação, com vistas à geração de retorno e caixa para o
negócio.
Determine o horizonte de projeção dos cenários, para 5 ou 10
anos.
Elabore a evolução de rebanho durante o período escolhido
para a projeção.
Apresente os indicadores utilizados para estimativas de custos
e receitas e os indicadores zootécnicos considerados para a
elaboração dos cenários.
Faça uma estimativa de resultados anuais para o período
projetado.
Faça a análise do fluxo de caixa projetado.
Determine os indicadores econômicos e financeiros (receita,
lucro, rentabilidade, lucratividade, margem de contribuição,
etc.) considerados para a análise dos cenários.
Deve-se focar a projeção dos cenários na melhoria do sistema
produtivo agrícola e pecuário, aperfeiçoando os índices e a
produtividade das atividades.
Demonstre uma relação viável entre aumento da produção e o
retorno do investimento na proposta.
Após a realização das análises dos resultados, indique o
melhor cenário obtido, que é o que deverá ser sugerido ao
proprietário.
Apresente as ações que devem ser tomadas para se alcançar
os resultados propostos, descrevendo as recomendações em
etapas, de maneira a facilitar a execução pelo proprietário.
Estabeleça indicadores de acompanhamento e os respectivos
responsáveis pela execução das atividades.

Exemplo de tabela com índices utilizados para estimativa


de custos e receitas da fase recria

Primeiramente deve-se elaborar o cenário atual da


propriedade como indicadores zootécnicos, desembolsos e receitas
atuais. A partir dessa constatação pode-se elaborar cenários de
melhorias nos indicadores, redução de custos, aumento de receitas,
aumento de lotação, aumento no número de matrizes, etc. Para
correta elaboração dos cenários deve-se fazer evolução do rebanho
e estimativas de resultados com fluxo de caixa com planejamento de
3, 5 e 10 anos.
Depois da elaboração dos cenários pode-se comparar
através de indicadores financeiros-econômicos qual é o mais viável
e apresenta maior retorno.
A comparação entre cenários deve levar em conta, não
somente o resultado financeiro, mas também a capacidade
operacional da alternativa escolhida, ponderando a necessidade
técnica do cenário escolhido.
2.10. Previsão de Investimentos

Relate a necessidade de investimentos em máquinas,


implementos, equipamentos, benfeitorias e reformas a serem
realizadas.
Ateste se esses investimentos visam a redução de custos,
otimização da logística e recursos no manejo do gado no
médio e longo prazos.
Além de investimentos para aquisição de bens, faça também
uma provisão de dispêndios com reformas, manutenções e
adequações de instalações.
Realize uma previsão para investimentos em implantação,
reforma e manutenção de pastagens e correção de solo.
A previsão de investimentos pode ser feita de maneira
descritiva ou com o uso de tabelas e quadros contendo a
descrição do item, valor unitário e valor total do investimento e
cronograma.
3. GERENCIAMENTO TÉCNICO DA PECUÁRIA DE CORTE

Um bom gerenciamento se inicia com a definição de


controles de eventos ocorridos na propriedade como: pesagens,
chuvas, suplementação, movimentação de lotes, etc., pois é
somente dessa maneira que é possível extrair dos dados coletados
informações confiáveis que auxiliem na tomada de decisão e assim
definir metas e objetivos no curto e longo prazo para aplicação dos
recursos.
Todos os controles a serem anotados devem ter um porque,
como e quando, pois, se o responsável pelas anotações in loco não
saber a função e importância daquilo que está sendo anotado,
aquilo se tornara somente uma “pilha de papel” e não irá gerar
informações uteis, além de desmotivar o colaborador.
A forma de registro no campo (cadernetas ou planilhas
impressas) deve ser definida entre o gestor (responsável técnico) e
o colaborador, para que assim não haja complexidade, dificuldade
ou falta de dados necessários na forma de anotação
3.1. CONTROLES
3.1.1. Pesagem

A definição de um manejo de pesagem dos animais é


primordial para ter conhecimento real do ganho de peso, sem esse
controle periódico os resultados técnicos se tornam apenas
estimativas distorcendo resultados da propriedade.
3.1.2. Controle de chuva e temperatura

A importância da anotação de chuvas e temperatura na


propriedade se faz necessário no sentido de um histórico quer
permite a tomada de decisões no planejamento forrageiro, além de
permitir entender variações no desempenho dos animais em
confinamento através do conforto térmico.
3.1.3. Suplementação

O controle de suplementação permite conhecer o real


fornecimento e consumo de suplemento, além disso auxilia em um
controle eficiente de estoque dos insumos.
3.1.4. Ocupação

O registro de movimentação de animais/lotes entre piquetes/


áreas é o que demonstra se o manejo de pastagem estabelecido na
propriedade está correto a espécie forrageira implantada e se as
estratégias de adubação deram o resultado esperado. Além disso, é
necessário determinar as datas de início e termino das áreas em
que é possível realizar integração lavoura-pecuária para
planejamento forrageiro, compra de animais, etc.
3.1.5. Sanitário

O controle do manejo sanitário visa garantir a qualidade e a


saúde do rebanho auxiliando a monitorar a necessidade de
medicações/vacinações no rebanho, criando assim um calendário
anual de controle sanitário.
3.1.6. Reprodutivo

O controle reprodutivo permite avaliar a aplicação de técnicas


e procedimentos, que direta e indiretamente, afetam a eficiência
reprodutiva do rebanho. Os registros devem ser simples e objetivos
para que gerem informações (indicadores zootécnicos) que
permitam avaliar e definir ações no manejo reprodutivo da
propriedade.
3.1.7. Compras de animais para reprodução e recria/engorda

O controle de compras de animais deve ter a diferenciação


entre animais para reprodução que são classificados como
investimento e animais para recria e engorda considerados estoque
para venda. Esse controle visa identificar indicadores técnico
financeiros, como reais por arroba, reais por kg, reais por cabeças,
etc., para auxiliar na tomada de decisão de compras de animais e
valores a serem negociados.
3.1.8. Vendas

O controle de vendas de animais também deve diferenciar


animais de estoque e animais descarte, para que depois possa ser
feita uma avaliação das receitas operacionais da propriedade.
3.1.9. Desmama

O controle dos animais desmamados na propriedade tem


como função, além de conhecer o peso e idade de desmama reais,
avaliar as matrizes e touros (ou sêmen) que geraram filhos com
melhor desempenho zootécnico.
3.2. INDICADORES ZOOTÉCNICOS

Depois de definida a forma de controle e quais dados são


necessários registrar a campo para gerar informações sobre o
desempenho da propriedade e do rebanho, que chamamos de
indicadores zootécnicos, que são divididos entre a fase de cria,
recria/engorda e gerais.
3.2.1. Indicadores da Cria

Os indicadores zootécnicos da fase de cria buscam trazer


informações referentes a eficiência reprodutiva do rebanho.
3.2.1.1. Taxa de prenhez global

A taxa de prenhez, expressa em porcentagem, demonstra a


quantidade de vacas que ficaram prenhas em relação a quantidade
de vacas expostas a monta natural ou inseminação artificial.
Número de vacas prenhas x 100
Número de vacas na estação de monta
3.2.1.2. Taxa de natalidade

A taxa de natalidade, expressa em porcentagem, demonstra


a quantidade de bezerros nascidos em relação ao número de vacas
prenhas.
Número de bezerros nascidos x 100
Número de vacas na prenhas
3.2.1.3. Taxa de desmama

A taxa de desmama, expressa em porcentagem, demonstra a


quantidade de bezerros desmamados em relação ao número de
bezerros nascidos.

Número de bezerros desmamados x 100


Número de bezerros nascidos
3.2.1.4. Peso a desmama

O peso a desmama é um importante indicador para a fase de


cria, pois possibilita observar as matrizes que desmamam bezerros
mais pesados e que se tornam mais eficientes, contudo é importante
realizar a correção em função do peso ao nascimento e da idade
ajustada para 210 dias, para assim ter uma base de comparação
justa entre todos animais.
O cálculo da correção é o seguinte:

(Peso a desmama - Peso ao Nascer) * 210 + Peso ao Nascer


Idade real a desmama
3.2.1.5. Relação de desmama

A relação de desmama, peso médio dos bezerros em relação


ao peso médio das vacas, demonstra em números, a eficiência
materna das matrizes do rebanho.
Peso médio de desmama de bezerros
Peso médio das matrizes
3.2.1.6. Taxa de mortalidade de bezerros

A taxa de mortalidade de bezerros, expressa em


porcentagem, é um importante indicador referente a dessa categoria
desde o manejo após nascimento até a desmama.
Número de bezerros desmamados – bezerros nascidos
x 100
Número de bezerros desmamados
3.2.1.7. Ganho de peso do nascimento à desmama (GND)

O GND é a diferença entre o peso de desmama e peso do


nascimento dos bezerros. Esse indicador se faz importante uma vez
que com ele é possível avaliar se praticas nutricional como o creep
feeding estão retornando resultado esperado, e também avaliação
dos progenitores desses animais, contudo é essencial que se faça
pesagem ao nascimento sendo com balança, fita, etc.
Peso a desmama – peso ao nascimento
Idade a desmama
3.2.2. Indicadores da Recria/Engorda
3.2.2.1. Taxa de lotação média na recria/engorda

A lotação médio global da propriedade é um indicador que


nos permite identificar se as pastagens estão em sub ou
superlotação e assim planejar manejos na propriedade que
permitam sanar possíveis problemas e aumentar a produção de
carne por hectare. A lotação média é expressa em Unidade Animal
(equivalente a 450 kg de peso vivo) por hectare. A lotação ela pode
ser calculada referente a área específica (piquete), rotacional,
módulos e na propriedade como um todo.
Além disso, é importante fazer a diferenciação entre a taxa de
lotação no período de verão e de inverno, principalmente nas áreas
em que é realizada a integração lavoura pecuária.
(Peso total na área / 450)
Extensão da área avaliada
3.2.2.2. Taxa de desfrute

A taxa de desfrute, expressa em porcentagem, demonstra o


número de animais vendidos (para abate e/ou venda) na fazenda
em relação ao número médio de animais existente no rebanho, no
período.
Nº animais abatidos + Venda animais vivos x 100
Rebanho Médio
3.2.2.3. Ganho médio diário (GMD)

O GMD é o indicador direcionador nas fases de


recria/engorda, pois permite identificar a eficiência do manejo
nutricional, além do que permite avaliar qualidade genética dos
animais.
(Peso final do animal– Peso inicial do animal)
Data da pesagem final – Data da pesagem inicial
3.2.2.4. Ganho de carcaça por hectare

O indicador de ganho de carcaça demonstra quanto foi a


produção liquida de carne por hectare, em um determinado período,
sendo de extrema importância para identificar as áreas mais
eficientes da propriedade.
((GMD * Número de animais) * Rendimento médio de carcaça%))
Área (ha)
3.2.2.5. Produção de arroba por hectare

O indicador produção por arroba por hectare também é base


de comparação da produtividade da propriedade, pois consegue
expressar a eficiência do processo na produção de carne.
(((GMD * Número de animais) * Rendimento médio de carcaça
%))/15)
Área (ha)
4. GERENCIAMENTO FINANCEIRO DE PECUÁRIA DE CORTE
4.1. CUSTO DE PRODUÇÃO

Um correto gerenciamento financeiro, análise do lucro e


rentabilidade da propriedade, inicia-se com a definição dos custos
relacionados a atividade agropecuária e sua correta alocação. A
separação dos custos de produção pode ser feita de acordo com
sua utilização no sistema produtivo, caso em que são classificados
como custos fixos e variáveis. Para composição correta dos custos
é preciso dividir os investimentos e o custeio, para compor os custos
fixos e variáveis.
Investimentos são construções civis (casa, barracões, etc.),
reforma de pastagem, infraestruturas novas, aquisição de
máquinas/implementos, animais para reprodução e outros. Custeio
são os desembolsos, diretos ou indiretos, para a produção durante
um ciclo pecuário.
4.1.1. Custos fixos

Os custos fixos são aqueles que existem, independentemente


no nível de produção, ou seja, não variam com a quantidade
produzida. Geralmente os componentes do custo fixo total dentro de
um limite de produção, podem diminuir proporcionalmente na
medida que a escala de produção aumenta, diluindo os
componentes, entre eles estão:

a) Depreciação;
b) Conservação e Manutenção;
c) Custo de oportunidade do capital;
d) Mão-de-obra fixa;
e) Despesas ligadas a administração;
f) Arrendamento;
g) Taxas e impostos não incidentes sobre a venda;
h) Outros desembolsos.

Dentre esses custos damos uma maior atenção aqueles que


não representam saída real de dinheiro do caixa que são eles:
depreciação e custo de oportunidade do capital.
A depreciação é um valor contábil correspondente ao
encargo periódico que os bens sofrem por uso, obsolescência ou
desgaste natural. A taxa de depreciação de um bem é fixada em
função do prazo em que ele gera benefícios econômicos a
propriedade. Os bens que são depreciáveis são construções ligadas
direta ou indiretamente ao processo produtivo, veículos, máquinas,
equipamentos, implementos, cada um com uma taxa de
depreciação gerencial definida pelo gestor.
O cálculo da depreciação linear é o seguinte:

Valor Inicial (ou Aquisição) – Valor Residual (Final ou valor sucata)


Vida útil (total ou restante em anos ou horas)

O custo de oportunidade também pode ser denominado de


juros sobre o capital próprio é uma taxa definida pelo proprietário em
ocasião de que se o dinheiro aplicado no patrimônio da propriedade
estivesse em outro negócio, seja empresa e/ou aplicação financeira,
o quando renderia ao mesmo, ou mesmo uma taxa de comparação
com outros indicadores financeiros. O cálculo desse valor pode ser
feito com a partir da valorização do patrimônio da fazenda
multiplicado por uma taxa mensal ou anual de juros.
4.1.2. Custos variáveis

Os custos variáveis são aqueles que existem durante um


ciclo de produção e sua principal característica, é que varia
proporcionalmente ao volume de produção, porém permanecendo
constantes, do ponto de vista unitário, ainda que se altere o volume
produzido podendo ser mensurados diretamente no custo do animal
e/ou arroba produzida. Podemos citar de custos variáveis:

a) Aquisição de animais para recria e engorda*;


b) Insumos para alimentação;
c) Insumos para sanidade;
d) Insumos para reprodução;
e) Combustíveis;
f) Aluguel de máquinas;
g) Mão-de-obra temporária;
h) Fertilizantes para manutenção de pastagem;
i) Taxas e impostos variáveis.

*A compra de animais deve ser separada entre animais para


reprodução e animais para recria e engorda. No primeiro caso os
animais devem ser classificados como investimento e quando
adquiridos para abate são considerados como estoque da
propriedade e assim devem ser apropriados no custo de produção
da propriedade.
4.2. Plano de Contas

Depois da correta definição dos custos de produção o


próximo passo é a correta alocação em seus respectivos centros de
custos que chamamos de plano de contas da propriedade. Esse
deve conter os centros e sub centros de custos conforme exemplo
abaixo:
4.3. ORÇAMENTO

Depois de determinado o plano de contas da propriedade o


próximo passo é a elaboração do orçamento anual/safra. O
orçamento deve ser estruturado com os mesmos centros de custos.
Também é importante possuir no orçamento o estoque de rebanho,
pois a variação em cabeças representa um ganho na propriedade.
Além disso todo orçamento deve conter o fluxo de caixa
previsto da propriedade, pois é importante para direcionar despesas
e investimentos ao longo do período. Porém, um fluxo de caixa
positivo pode não significar que a propriedade está obtendo lucro,
por isso é interessante diferenciar os conceitos de lucratividade e
rentabilidade.
4.4. FLUXO DE CAIXA PREVISTO X FLUXO DE CAIXA
REALIZADO

Depois de elaborado o orçamento parte-se para o


acompanhamento mensal do que está sendo realizado na
propriedade, visto que é o orçamento que irá guiar as atividades dos
colaboradores, assim o seu acompanhamento de previsto x
realizado é que irá dizer se a fazenda está no caminho
planejamento.
A análise do previsto x realizado deve ser feita
criteriosamente dentro do plano de contas da fazenda, pois pode
haver meses em que determinada atividade foi antecipada ou
adiada e por isso podem ocorrer grandes variações entre o orçado e
planejado.
Com os valores do realizado no orçamento pode-se fazer
análises de indicadores financeiros mensais, trimestrais, semestrais
e anuais da atividade.
4.5. ANÁLISE FINANCEIRA

A lucratividade indica o ganho obtido sobre as vendas


realizadas, em porcentagem, mostrando se as vendas são
suficientes para pagar os custos e despesas e gerar resultado
positivo. O cálculo é feito da seguinte maneira:

LUCRATIVIDADE = (LUCRO LÍQUIDO / RECEITA BRUTA) x 100

Já a rentabilidade indica o percentual de retorno sobre o


investimento realizado na fazenda. O cálculo é feito da seguinte
maneira:

RENTABILIDADE = (LUCRO LÍQUIDO / INVESTIMENTO TOTAL) x


100

Outro indicador econômico importante é a margem de


contribuição que é a quantia que sobra da receita obtida através da
venda de um produto, após retirar o valor dos gastos variáveis. Este
valor será utilizado para cobrir o custo fixo e o lucro, após a
empresa ter atingido o ponto de equilíbrio.
O cálculo da margem de contribuição é feito da seguinte
maneira:

MC = PV – CV
MC= Margem de contribuição
PV= Preço de venda (Receita Liquida)
CV= Custos variáveis
Para ser se obter o Resultado da atividade, fazemos o
seguinte cálculo:

R = MC – (CF – DF– DV)


R= Resultado
MC= Margem de contribuição
CF= Custos fixos
DF= Despesas fixa
DV= Despesas variáveis

Exemplo cálculo do resultado da atividade


Demonstração do resultado R$
Receita de vendas R$ 1.000.000,00
Custos variáveis R$ 595.000,00
Margem Bruta R$ 405.000,00
Custos fixos R$ 200.000,00
Despesas fixas R$ 40.000,00
Despesas variáveis R$ 15.000,00
Resultado R$ 150.000,00
Outros fatores de extrema importância na análise do
orçamento e fluxo de caixa das atividades são o período de análise
e rateio de gastos quando a propriedade atua com mais de um ramo
de atividade agropecuária. O período de análise pode ser o ano
fiscal, como também o ano safra da pecuária ou agricultura. Essa
definição é importante porque interfere diretamente no resulto do
fluxo de caixa, pois cada atividade possui uma época de
concentração de recebimento de vendas. Além, disso é necessário
que se separe o caixa pessoal do caixa da fazenda, para que não
haja contaminação das despesas pessoais ou não ligadas a
fazenda. O pró-labore deve ser definido e, se necessário rateado
entre as atividades, de acordo com o nível de atuação do
proprietário.
É no orçamento que traçamos o planejamento estratégico da
fazenda, e esse deve por revisões e acompanhamento periódicos
para saber a propriedade está no caminho certo. O levantamento
dos pontos forte e fracos da fazenda e do sistema de produção,
devem ser levados em conta na definição de metas técnicas e
financeiras para o período analisado.
4.6. INDICADORES BIOECONÔMICOS

Os indicadores bioeconômicos buscam expressar o


desempenho zootécnico da propriedade junto com resultados
financeiros, pois é a melhor forma de demonstrar a eficiência da
fazenda.
4.6.1. Desembolso por animal

O desembolso representa tudo o que foi gasto na


propriedade no período, ano safra ou ano fiscal, independente da
alocação dessas despesas (custos e investimentos) no processo.
Desembolso total
Número médio de animais na propriedade
4.6.2. Custo médio por animal

O custo médio por animal é representado pela soma pelos


custos fixo e variável, subtraindo os investimentos, alocados no
processo produtivo, em relação ao número médio de animais no
período.
(Custos fixos + Custos variáveis) - Investimentos
Número médio de animais na propriedade no período
4.6.2.1. Custo variável por animal x Custo fixo por animal

O custo variável por animal é o balizador dos gastos alocados


diretamente no processo produtivo. Já o custo fixo por animal nos
demonstra os gastos indiretos na produção, referindo-se sobre
capacidade instalada da propriedade.
A comparação entre esses dois indicadores é extremamente
importante, pois se o custo fixo for maior que o custo variável, é um
apontador que a propriedade está operando abaixo do ideal.
4.6.3. Ponto de equilíbrio em animal

O ponto de equilíbrio nos demonstra quantos animais (ou


arrobas) são necessários(as) para se cobrir todos os custos
variáveis e fixos em relação ao valor médio de venda dos animais
ou arrobas.
Custos fixos + Custos variáveis
Preço médio de venda*
*Preço médio de venda de animais ou arrobas, para se calcular, ponto de
equilíbrio em animais ou arrobas, respectivamente.
4.6.4. Custo da arroba produzida

O indicador de custo da arroba produzida é um importante


indicador para se comparar com os valores de mercado na venda.
Esse indicador contempla todos os custos diretos e indiretos
alocados no sistema de produção.

Custeio da pecuária de corte*


Nº de arrobas produzidas

obas produzidas= ((Nº arrobas no início do período – final do período)


+ Vendas e abates + Transf. Saída – Compras –
Transf. Saída)

* custeio da pecuária de corte refere-se a todos custos variáveis e fixos alocados


no sistema de produção no período.O
4.6.5. Custo do bezerro desmamado

O custo do bezerro desmamado demonstra os gastos diretos


e indiretos alocados para a produção de um bezerro desmamado,
isso representa todos os custos desde a inseminação/monta natural,
com confirmação positiva da prenhez, até o desmame dos animais,
ou seja, tudo que foi necessário para produção de um bezerro
desmamado, contemplando gastos com reprodução, sanidade,
alimentação, pessoal, etc.

Gastos com Alimentação + Sanidade + Reprodução + Pessoal*


Nº de bezerros desmamados
*Os gastos devem ser referentes a fase de cria.
5. PLANILHA DE GERENCIAMENTO E CONTROLE
FINANCEIRO

Para a elaboração do orçamento, siga as instruções a seguir.

MENU INICIAL

1. Preencha, no espaço indicado do campo “Imóvel Rural” e


“Proprietário(a)”, o nome da propriedade atendida e nome do
proprietário.
LANÇAMENTO DAS DESPESAS

1. Esse campo diz respeito ao campo realizado na planilha,


esses lançamentos são feitos após o fechamento dos previstos
da fazenda.
2. No campo código digite o código da despesa cadastrada no
plano de contas da empresa.
3. No custo digite se é fixo ou variável conforme alocação do
custo.
4. No centro de Centro de Custo digitar ou colar nome do centro
de custo e no sub-grupo se no centro de custo existe mais de
um sub-grupo e conta.
PESSOAL

1. Na planilha “Pessoal”, preencha as colunas “Previsto” para todos


os meses do ano, conforme previsão de gastos com salários de
colaboradores fixos (permanentes), horas extras, encargos
trabalhistas, seguro de vida, admissões, férias, 13º salário,
demissões e comissão de funcionários. Complete também com a
previsão anual de valores de pró-labore do proprietário, de modo
a facilitar a separação de contas da empresa rural com as contas
pessoais do proprietário.

2. Os itens “Outros – Pessoal” podem ser editados com nomes de


outras contas não contempladas na planilha, referentes a gastos
e desembolsos com pessoal, exceto serviços de terceiros e mão
de obra terceirizada, de contrato temporário.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a realização das
despesas.
4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
DESPESA OPERACIONAL

1. Na planilha “Despesa Operacional”, preencha as colunas


“Previsto”, de janeiro a dezembro, com a provisão de
desembolsos relacionados à execução das atividades da
propriedade.

2. Na coluna “Item”, os campos “Outros – Despesa Operacional”


podem ser editados com nomes de outras contas não
contempladas na planilha. Exemplo: separar a conta
“Combustível” em contas mais detalhadas, como gasolina, etanol,
diesel, etc.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a realização das
despesas.
4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
DESPESA ADMINISTRATIVA

1. Na planilha “Despesa Administrativa”, preencha as colunas


“Previsto”, de janeiro a dezembro, com a provisão de
desembolsos relacionados à parte administrativa da propriedade,
tais como água, energia elétrica, telefone, internet, materiais de
escritório, contabilidade, etc.

2. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a realização das
despesas.
3. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”

IMPOSTOS E ENCARGOS
1. Na planilha “Impostos e Encargos”, preencha as colunas
“Previsto”, de janeiro a dezembro, com a provisão de
desembolsos relacionados a tributos e encargos financeiros, tais
como despesas bancárias, ITR (Imposto Territorial Rural), IPVA,
licenciamento e seguro veicular, GTA (Guia de Transporte
Animal), entre outros.

2. Na coluna “Item”, os campos “Outros Impostos / Encargos”


podem ser editados com nomes de outras contas não
contempladas na planilha, como ICMS, por exemplo.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a realização das
despesas.

4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três


primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
PECUÁRIA

1. Na planilha “Pecuária”, preencha as colunas “Previsto”, de janeiro


a dezembro, com a provisão de desembolsos relacionados de
maneira direta à bovinocultura de corte, tais como alimentação,
sanidade, materiais e acessórios.

2. Na coluna “Item”, os campos “Outros - Pecuária” podem ser


editados com nomes de outras contas não contempladas na
planilha.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a efetivação das
despesas.
4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
PASTAGEM

1. Na planilha “Pastagem”, preencha as colunas “Previsto”, de


janeiro a dezembro, com a provisão de desembolsos
relacionados manutenção, reforma ou implantação de pastagens.

2. Na coluna “Item”, os campos “Outros - Pastagem” podem ser


editados com nomes de outras contas não contempladas na
planilha. Exemplo: separar a conta “Produto Químico” em contas
mais detalhadas, como defensivo, fertilizante, etc.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a consumação das
despesas.
4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
AGRICULTURA

1. Na planilha “Agricultura”, preencha as colunas “Previsto”, de


janeiro a dezembro, com a provisão de desembolsos
relacionados produção agrícola na propriedade, se houver.

2. Na coluna “Item”, os campos “Outros - Agricultura” podem ser


editados com nomes de outras contas não contempladas na
planilha, adequando-a conforme a necessidade. Exemplo:
separar a conta “Implantação de Agricultura” em contas mais
detalhadas, como abertura de novas áreas, limpeza de áreas,
preparo de solo, etc.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a concretização das
despesas.
4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
OUTROS SERVIÇOS

1. Na planilha “Outros Serviços”, preencha as colunas “Previsto”, de


janeiro a dezembro, com a provisão de desembolsos
relacionados aos serviços indiretos relacionados à atividade,
como serviços de terceiros e serviços jurídicos.

2. Na coluna “Item”, os campos “Outros Serviços” podem ser


editados com nomes de outras contas não contempladas na
planilha, adequando-a conforme a necessidade. Exemplo:
separar a conta “Serviços de Terceiros” em contas como
limpezas, roçadas, etc.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a realização das
despesas.
4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”

INVESTIMENTOS

1. Na planilha “Investimentos”, preencha as colunas “Previsto”, de


janeiro a dezembro, com a provisão de investimentos em
rebanho, animais de trabalho, infraestrutura, máquinas,
equipamentos e implementos, necessários ao desenvolvimento
da atividade.
2. Na coluna “Item”, os campos “Outros Investimentos” podem ser
editados com nomes de outras contas não contempladas na
planilha, adequando-a conforme a necessidade.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a efetivação das
despesas.

4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três


primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
REFORMAS DE INSTALAÇÕES

1. Na planilha “Reforma de Instalações”, preencha as colunas


“Previsto”, de janeiro a dezembro, apropriando valores conforme
a necessidade de reforma nas instalações da propriedade, tanto
no que se refere a instalações ligadas diretamente à produção
quanto instalações não produtivas, como casa sede, casa de
funcionários, etc.

2. Na coluna “Item”, os campos “Outros - Reforma de Instalações”


podem ser editados com nomes de outras contas não
contempladas na planilha, adequando-a conforme a necessidade.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a realização das
despesas.

4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três


primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
DESPESAS GERAIS

1. Na planilha “Despesas Gerais”, preencha as colunas “Previsto”,


de janeiro a dezembro, com a provisão de despesas necessárias
à atividade, como alimentação e supermercado, por exemplo.

2. Na coluna “Item”, os campos “Outras Despesas Gerais” podem


ser editadas com nomes de outras contas não contempladas na
planilha, adequando-a conforme a necessidade.

3. As colunas “Realizado” deverão ser preenchidas, mês a mês,


com os valores reais gastos, conforme a realização das
despesas.

5. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três


primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
ORÇAMENTO GERAL

1. A planilha de Orçamento Geral não é editável. Ela é uma planilha


de consulta e análise dos investimentos, custos, despesas e
desembolsos realizados na atividade durante o período.

2. Os dados podem ser visualizados levando em conta o orçamento


previsto, traçado pelo técnico e/ou o proprietário rural, e o
orçamento realizado. Isto possibilitará o acompanhamento
mensal do negócio, servindo como um balizador na tomada de
decisão e na realização de ajustes durante o período.

3. A coluna “Período”, previsto e realizado, corresponde à soma dos


valores de todos os meses. Ela permite acompanhar os gastos
acumulados durante o ano, em relação à previsão feita no início
do ano.
4. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”
FLUXO DE CAIXA

1. A planilha de fluxo de caixa contém duas tabelas. A primeira faz


uma relação mais detalhada entre as receitas e os gastos,
enquanto a segunda refere-se ao fluxo de caixa da propriedade,
propriamente dito.

2. Todas as linhas do fluxo de caixa já vêm automaticamente


preenchidas conforme os registros nas abas de despesa e
receitas, tanto do previsto quanto do realizado.

3. A linha “Saldo” apresenta a diferença entre o total de entradas e o


total de saídas previstas e realizadas, para cada mês e para todo
o ano (período). Esta linha não deve ser alterada, pois contém
fórmulas.
4. A coluna “Período” apresenta a soma das entradas e saídas
registradas em cada uma das contas das planilhas, com valores
previstos e realizados no ano.

5. A última linha da coluna “Período” mostra o saldo da diferença


entre o total de entradas e o total de saídas previstas e realizadas
no ano.

6. Nessa planilha também é onde fazemos a previsão de receitas


para o propriedade, nos campos agricultura e comercialização de
animais.

7. Na agricultura (outras receitas) digitamos a área de


comercialização, produção prevista por hectare (em saca) e valor
prevista da saca para o período da venda, assim que a venda é
concluída (realizado) lançamentos os valores na coluna do lado
que representa o realizado.

8. No comercialização de animais digitamos o número de animais a


serem vendidos no período, arroba por animal e valor previsto da
arroba para aquele período, no mesmo modo da agricultura
assim que a venda é realizada devemos fazer o lançamento no
coluna do lado que representa o realizado.
9. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três
primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”

10. Na tabela “Fluxo de Caixa”, insira o valor do saldo inicial da


empresa no primeiro mês do período de análise. O mesmo valor
deve ser alocado como saldo inicial tanto previsto quanto
realizado.
11. A linha “Saldo Final” da tabela “Fluxo de Caixa” apresenta a
quantia em caixa do negócio rural ao término de cada mês.

12. A quantia do saldo inicial de um mês deve ser a mesma do


saldo final do mês imediatamente anterior.

ESTOQUE DE ANIMAIS

1. Esta planilha exibe a evolução do estoque geral de animais da


propriedade durante o ano.

2. Na linha “Estoque Inicial”, insira o número total de animais


presente na fazenda na célula imediatamente abaixo do primeiro
mês da série (janeiro/21 no exemplo a seguir). Por exemplo: se o
primeiro mês da série é janeiro, digite o número de animais
presentes na fazenda em dezembro.

3. A cada mês, insira o número de animais entrantes na


propriedade, conforme a ocorrência. Por exemplo: em janeiro de
2021, coloque o número de animais nascidos na fazenda,
comprados ou que chegaram por outros motivos, como
empréstimo, transferência, etc.
4. Para os itens que não tiverem ocorrência no mês, mantenha a
célula sem preenchimento.

5. Realize o mesmo procedimento para as saídas de animais. Mensalmente,


insira o número de animais que saíram da propriedade, conforme a ocorrência.
Por exemplo: em janeiro de 2018, coloque o número de animais vendidos
(machos e fêmeas), o número de baixas por morte ou de animais transferidos.

6. Da mesma forma que nas entradas de animais, as células dos itens que não
tiverem ocorrência no mês devem ser mantidas sem preenchimento.

7. A quantidade de animais presentes no saldo inicial de um mês deve ser a


mesma do saldo final do mês imediatamente anterior.

8. Na planilha estão visíveis as colunas “Realizado” dos três


primeiros meses de orçamento, é possível tornar visível as outras
colunas de realizado conforme os meses forem passando, da
seguinte forma, selecione as células do mês e do próximo mês
que deseja tornar visível, clique com o botão direito, e clique na
opção “Re-exibir”. Da mesma forma se desejar ocultar, alguma
coluna, selecione a coluna que deseja, clique com o botão direito
e selecione a opção, “Ocultar”

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