Boletim j

Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 01/2015

Minas Gerais
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// Federal Veja nos Próximos

IPI Fascículos
Prazos de recolhimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

// Estadual a IPI - Lojas francas

ICMS a ICMS - Substituição tributária
Substituição tributária nas operações com cigarros e outros deriva-
dos do fumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 nas operações com açúcar de
cana

// IOB Setorial a ICMS - Venda para entrega

futura
Federal
Bebidas - IPI - Solicitação de Enquadramento de Bebidas
(IPI-Enquad). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

// IOB Comenta
Estadual
Manual de orientação para o cumprimento das obrigações acessó-
rias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

// IOB Perguntas e Respostas

IPI
Papel imune - Registro especial - Cancelamento . . . . . . . . . . . . . . . 16
Responsabilidade solidária - Definição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
ICMS
Sped - EFD - Devolução - Crédito fiscal - Procedimento . . . . . . . . . 17
ICMS/MG
Apreensão de mercadorias - Fácil deterioração - Conceito. . . . . . . . 17
Denúncia espontânea - Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Obra de arte - Isenção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
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(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : prazos de

recolhimento.... -- 11. ed. -- São Paulo : IOB
Folhamatic EBS - SAGE, 2015. -- (Coleção manual
de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2327-6

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias -

Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados -
Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-13241 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito
tributário 34:336.223(81)
2. Brasil : Imposto sobre Produtos
Industrializados : IPI : Direito tributário
34:336.223(81)

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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a Federal
IPI Neste texto, examinaremos as datas de venci-
mento para pagamento do tributo, em relação aos
fatos geradores do exercício de 2015, inclusive aos
Prazos de recolhimento tributos incluídos na sistemática do Regime Especial
SUMÁRIO Unificado de Arrecadação de Tributos e
1. Introdução Contribuições Devidos pelas Micro-
2. Prazos para recolhimento e códigos empresas e Empresas de Pequeno
No caso de o dia
de receita do Darf Porte (Simples Nacional).
3. Quadro prático do vencimento não ser
4. Preenchimento do Darf considerado útil, o prazo será (RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art.
5. Calamidade pública antecipado para o primeiro 259; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38)
dia útil que o anteceder
2. Prazos para recolhimento e
1. Introdução códigos de receita do Darf
O período de apuração do IPI incidente O IPI deverá ser recolhido de acordo
nas saídas de produtos do estabelecimento industrial com o respectivo código de receita a ser inserido no
ou a ele equiparado é mensal, exceto quanto ao Documento de Arrecadação de Receitas Federais
imposto devido no desembaraço aduaneiro de pro- (Darf), observadas as instruções contidas no seguinte
dutos importados. quadro:

Prazos
Produto Código de receita Período de apuração Prazo para pagamento
Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI Até o 10º dia do mês subsequente ao
1020 Mensal
de ocorrência dos fatos geradores.
Bebidas do Capítulo 22 da TIPI 0668 Até o 25º dia do mês subsequente ao
de ocorrência dos fatos geradores.
Cigarros do código 2402.90.00 da TIPI 5110
Veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI 0676
Produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02,
1097
87.04, 87.05 e 87.11 da TIPI
Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo Mensal
22), de cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e
5123
dos produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a
87.06 e 87.11 da TIPI
Regime especial de tributação - Cervejas (veja nota 2) 0821
Regime especial de tributação - Demais bebidas (veja
0838
nota 2)

Notas
(1) No caso de o dia do vencimento não ser considerado útil, o prazo será antecipado para o primeiro dia útil que o anteceder (Lei nº 8.383/1991, art. 52,
§ 4º; Lei nº 11.933/2009, art. 4º).
(2) O regime especial de tributação, opcional, instituído pelo art. 58-J da Lei nº 10.833/2003, aplica-se às bebidas classificadas nos códigos 2106.90.10
Ex 02, 22.01, 22.02 (exceto os Ex 01 e 02 do código 2202.90.00) e 22.03 da TIPI. Em relação às posições 22.01 e 22.02, esse sistema de tributação alcança,
exclusivamente, água e refrigerantes, refrescos, cerveja sem álcool, repositores hidroeletrolíticos e compostos líquidos prontos para o consumo que contenham
como ingrediente principal inositol, glucoronolactona, taurina ou cafeína.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-01

 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

O imposto será recolhido, ainda, no ato do pedido
de autorização da venda de produtos trazidos do
exterior a título de bagagem, despachados com isen-
ção do imposto ou com pagamento de tributos nas
condições previstas na legislação aduaneira.
(Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, “a” e “c”, § 4º; Lei nº
8.850/1994, art. 1º; Lei nº 10.833/2003, art. 58-J; RIPI/2010,
art. 262, caput, II, III e IV, parágrafo único; TIPI - Decreto nº
7.660/2011; Decreto nº 6.707/2008, arts. 1º e 22 a 26; Ato De-
claratório Executivo Codac nº 70/2008)
2.1 Importação
Em relação aos fatos geradores vinculados ao
desembaraço aduaneiro de produto de procedência
estrangeira (importação), o IPI será recolhido antes
da saída do produto da repartição que processar o
despacho.
(Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, § 3º; Lei nº 8.850/1994,
art. 1º, § 2º; RIPI/2010, art. 262, caput, I)
2.2 Optantes pelo Simples Nacional
As pessoas jurídicas optantes pelo Simples
Nacional devem recolher o IPI juntamente com os
demais tributos incluídos na sistemática de arreca-
dação instituída pela Lei Complementar nº 123/2006,
por meio do Documento de Arrecadação do Simples
Nacional (DAS), até o dia 20 do mês subsequente
àquele em que houver sido auferida a receita bruta.
Não havendo expediente bancário na data do
vencimento, o pagamento deverá ser efetuado até o
dia útil imediatamente posterior.
Nota
Na hipótese de a microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte
(EPP) possuir filiais, o recolhimento dos tributos do Simples Nacional será
feito por intermédio da matriz (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38, § 1º).
(Lei Complementar nº 123/2006, art. 21, caput, III; Resolu-
ção CGSN nº 94/2011, art. 38)

3. Quadro prático
Prazos
Produto/código de receita Período de apuração Prazos para recolhimento
Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI - código de arrecadação 1020. janeiro 10.02.2015
Vencimento: até o 10º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores. fevereiro 10.03.2015
março 10.04.2015
abril 08.05.2015
maio 10.06.2015
junho 10.07.2015
julho 10.08.2015
agosto 10.09.2015
setembro 09.10.2015
outubro 10.11.2015
novembro 10.12.2015
dezembro 08.01.2016
a) bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres - Capítulo 22 da TIPI - código de arrecadação
janeiro 25.02.2015
0668;
fevereiro 25.03.2015
b) cigarros do código 2402.90.00 da TIPI - código de arrecadação 5110;
março 24.04.2015
c) veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI - código de arrecadação 0676;
abril 25.05.2015
d) produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 da TIPI
maio 25.06.2015
- código de arrecadação 1097;
junho 24.07.2015
e) todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), de cigarros (códigos
julho 25.08.2015
2402.20.00 e 2402.90.00) e dos produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a
agosto 25.09.2015
87.06 e 87.11 da TIPI - código de arrecadação 5123;
setembro 23.10.2015
f) cervejas sujeitas a regime especial de tributação - código de arrecadação 0821; e
outubro 25.11.2015
g) demais bebidas sujeitas a regime especial de tributação - código de arrecadação
novembro 24.12.2015
0838.
dezembro 25.01.2016
Vencimento: até o 25º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores.
ME e EPP optantes pelo Simples Nacional - DAS gerado pelo aplicativo de cálculo dis- janeiro 20.02.2015
ponível na Internet. fevereiro 20.03.2015
Prazo para recolhimento: até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido março 20.04.2015
auferida a receita bruta. abril 20.05.2015
maio 22.06.2015
junho 20.07.2015
julho 20.08.2015
agosto 21.09.2015
setembro 20.10.2015
outubro 20.11.2015
novembro 21.12.2015
dezembro 20.01.2016
(Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, “a” e “c”; Lei nº 10.833/2003, art. 58-J; Lei nº 8.850/1994, art. 1º; Lei Complementar
nº 123/2006, art. 21, caput, III; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38)

01-02 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

4. Preenchimento do Darf
Admitindo-se que determinado contribuinte, não optante pelo Simples Nacional, tenha apurado no mês
de janeiro/2015 débito do IPI no valor de R$ 150.000,00, com prazo para recolhimento até 25.02.2015, e
que o produto por ele fabricado esteja classificado em “Demais produtos - código Darf 5123”, o pagamento
deverá ser efetuado por meio do Darf, em 2 vias, cujo preenchimento ilustramos a seguir:

DARF
Coloque o nome e o telefone Preencha com o número
do contribuinte completo do CNPJ

MINISTÉRIO DA FAZENDA 02 PERÍODO DE APURAÇÃO

D 31.01.2015
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL 03 NÚMERO DO CPF OU CNPJ
D
Documento de Arrecadação de Receitas Federais
04 CÓDIGO DA RECEITA
D 5123
DARF
05 NÚMERO DE REFERÊNCIA
D
01
NOME/TELEFONE

06 DATA DE VENCIMENTO
D 25.02.2015

Veja no verso
07 VALOR DO PRINCIPAL
D 100.000,00
instruções para preenchimento
08 VALOR DA MULTA
D
Aprovado pela IN/SRF nº 81/96

ATENÇÃO 09 VALOR DOS JUROS E/OU

ENCARGOS DL - 1.025/69 D
É vedado o recebimento de tributos e contribuições administrados pela
Secretaria da Receita Federal, cujo valor total seja inferior a R$ 10,00. 10 VALOR TOTAL
D 100.000,00
Ocorrendo tal situação, adicione esse valor ao tributo/contribuição de
mesmo código de períodos subseqüentes, até que o tal seja igual ou
superior a R$ 10,00.
11 AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA (Somente nas 1ª e 2ª vias)

Deixar em branco

5. Calamidade pública 5.1 Simples Nacional

As datas de vencimento de tributos federais admi- As datas de vencimento de tributos apurados no
nistrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
Simples Nacional, devidos pelos sujeitos passivos
(RFB), devidos pelos sujeitos passivos domiciliados
com sede nos municípios abrangidos por decreto
nos municípios abrangidos por decreto estadual que
tenha reconhecido estado de calamidade pública, estadual que tenha reconhecido estado de cala-
ficam prorrogadas para o último dia útil do 3º mês midade pública, ficam prorrogadas para o último
subsequente, abrangendo o mês da ocorrência do dia útil do 6º mês subsequente ao do vencimento
evento que ensejou a decretação do estado de cala- original.
midade pública e o mês subsequente.
A prorrogação aplica-se ao mês da ocorrência
A prorrogação do prazo aplica-se também às datas
de vencimento das parcelas de débitos objeto de parce- do evento que ensejou a decretação do estado de
lamento concedido pela Procuradoria-Geral da Fazenda calamidade pública e aos 2 meses subsequentes.
Nacional (PGFN) e pela RFB e não implica direito à
restituição de quantias eventualmente já recolhidas. (Resolução CGSN nº 97/2012, art. 1º, caput, § 1º)

(Portaria MF nº 12/2012, art. 1º, caput, § 1º) N

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-03

a Estadual
ICMS
Substituição tributária nas operações
com cigarros e outros derivados do
fumo
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Responsável pela retenção
3. Base de cálculo do ICMS retido
4. Alíquota do ICMS
5. Cálculo do ICMS retido
6. Aplicação do regime da substituição tributária
7. Não aplicação da substituição tributária
8. Mercadoria recebida sem retenção - Procedimentos
9. Prazo de recolhimento
10. Emissão do documento fiscal e respectiva
escrituração
11. Penalidades
1. Introdução
Nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, arts.
5º e 6º, o Estado, para consecução de seus fins, pode
atribuir, de modo expresso, a terceiros, vinculados e
com interesse no fato gerador do imposto a respon-
sabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária.
Esse mecanismo constitui-se na figura da substituição
tributária, excluindo a responsabilidade do contri-
buinte ou atribuindo a esse um caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Por imposição legal, a substituição tributária
consiste em atribuir a determinado contribuinte do
ICMS, qualificado como contribuinte substituto, a res-
ponsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do
imposto devido por outros contribuintes, nomeados
contribuintes substituídos.
No Estado de Minas Gerais, as regras gerais da subs-
tituição tributária estão previstas no RICMS-MG/2002,
Anexo XV, Parte 1, arts. 1º a 46 (Decreto nº 43.080/2002),
e, especificamente às operações com cigarros e outros
produtos derivados do fumo, no RICMS-MG/2002,
Anexo XV, Parte 1, arts. 48 e 49, e na Parte 2, item 2.
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, arts. 1º a 46, e Parte
2, item 2)
2. Responsável pela retenção
Denomina-se contribuinte substituto aquele que
assume por determinação legal a responsabilidade
pelo pagamento do imposto.
01-04 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Ocorre a substituição tributária do ICMS, segundo
as regras gerais do imposto, quando o recolhimento
do ICMS devido por:
a) alienante ou remetente da mercadoria, ou
prestador de serviço de transporte ou de co-
municação ficar sob a responsabilidade do
adquirente ou do destinatário da mercadoria,
ou do destinatário ou do usuário do serviço;
b) adquirente ou destinatário da mercadoria, pe-
las operações subsequentes, ficar sob a res-
ponsabilidade do alienante ou do remetente
da mercadoria;
c) adquirente ou destinatário da mercadoria fi-
car sob a responsabilidade do alienante ou
do remetente da mercadoria nas hipóteses
de entrada ou recebimento em operação in-
terestadual de mercadorias para uso, consu-
mo, Ativo Permanente ou ainda de entrada de
petróleo, lubrificante e combustível líquido ou
gasoso dele derivados ou de energia elétrica,
quando não destinados à comercialização ou
industrialização do próprio produto, ainda que
o adquirente ou destinatário não seja inscrito
como contribuinte do ICMS;
d) prestador do serviço de transporte ficar sob a
responsabilidade do alienante ou do remetente
da mercadoria ou de outro prestador de serviço;
e) depositante da mercadoria, em operações an-
teriores ou subsequentes, ficar sob a respon-
sabilidade do depositário.
Especificamente às saídas de cigarro e outros
produtos derivados do fumo, a responsabilidade pelo
pagamento do imposto incidente nas operações subse-
quentes, inclusive na entrada para uso ou consumo do
destinatário, fica atribuída aos seguintes contribuintes:
a) estabelecimento do fabricante ou do importa-
dor ou do arrematante de mercadoria impor-
tada do exterior e apreendida, localizado no
Estado de Minas Gerais;
b) estabelecimento localizado em outro Esta-
do, que também seja signatário do Convênio
ICMS nº 37/1994 (AM, ES, SP, PR, RJ, BA, MS,
RS, PB, RO, SE, AL, CE, AC, PA, AP, SC, MA,
MT, PE, PI, RN, RR, TO, DF e GO):
b.1) fabricante, importador ou arrematante
de mercadoria importada do exterior e
apreendida;
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
b.2) distribuidor, depósito, atacadista ou vare-
jista, ainda que tenha recebido o produto
com a retenção antecipada do ICMS;
c) qualquer estabelecimento mineiro que receba
o produto de outro Estado, nas hipóteses não
abrangidas na letra “b”. Ressalte-se que, nesse
caso, o recolhimento antecipado do ICMS será
feito na forma prevista no art. 14 da Parte 1 do
Anexo XV do RICMS/MG, ou seja, no momento
da entrada da mercadoria no território mineiro.
A responsabilidade pela retenção do ICMS-ST
(imposto devido a título de substituição tributária)
aplica-se também ao imposto devido na entrada,
em operação interestadual iniciada em Unidade da
Federação com a qual Minas Gerais tenha celebrado
protocolo ou convênio para a instituição da substi-
tuição tributária, das mercadorias relacionadas ou
convênio para a instituição da substituição tributária,
das mercadorias relacionadas nos itens 3 a 24, 26, 29
a 32, 39, 43 a 48 da Parte 2 do Anexo XV do RICMS-
-MG/2002 e destinadas a uso, consumo ou Ativo
Permanente do destinatário.
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, arts. 1º e 12 a 17)
2.1 Sujeito passivo contribuinte do Simples Nacional
O Comunicado Sutri nº 1/2009 apresenta os
procedimentos fiscais a serem adotados pelos con-
tribuintes mineiros optantes pelo Simples Nacional
que realizem operações e prestações sujeitas à subs-
tituição tributária do ICMS. Dessa forma, estabelece
que prevalecem as regras específicas do regime da
substituição tributária, previstos no RICMS-MG/2002,
Anexo XV, tais como: responsabilidade, base de cál-
culo, prazo para pagamento e critérios de restituição.
Tendo em vista que essas operações não se
enquadram naquelas abrangidas pelo Simples Na-
cional (a substituição tributária está fora das operações
cujo imposto devido será recolhido de forma única no
Simples Nacional), estabelece que o valor do ICMS pró-
prio da operação deve ser incluído nas demais receitas
segregadas previstas na Resolução CGSN nº 94/2011
e, se for o caso, somadas às decorrentes de vendas de
mercadorias não sujeitas à substituição tributária, para
que sejam tributadas pelo Simples Nacional.
Assim, para fins de cálculo do imposto devido por
substituição tributária, na hipótese em que o remetente
for microempresa ou empresa de pequeno porte,
deverá ser deduzido, a título de ICMS da operação
própria, o resultado da aplicação da alíquota interna
ou interestadual sobre o valor da respectiva operação.
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-05
Nota
O Decreto nº 45.688/2011 alterou as disposições contidas no RICMS-
-MG/2002 relativas à substituição tributária. Dentre essas alterações, esta-
beleceu que não se aplica o cálculo da MVA ajustada nas operações inte-
restaduais quando a alíquota interestadual for inferior à alíquota interna do
produto, nas situações em que o remetente for microempresa ou empresa de
pequeno porte (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 19, § 6º).
Quanto ao crédito do imposto, há permissão para
que os contribuintes que estejam no regime normal de
apuração, possam efetuá-lo nas aquisições de contri-
buinte do Simples Nacional e desde que a destinação
seja comercial ou utilizada em processo industrial,
observados os seguintes critérios:
a) a ME ou EPP que gere direito a crédito deve-
rá conter a seguinte expressão no documento
fiscal, seja em seu corpo ou em “Informações
Complementares”: “Permite o aproveitamento
do crédito de ICMS no valor de R$... corres-
pondente à alíquota de ....%, nos termos do
art. 23 da LC 123/2006”;
b) o crédito está limitado ao ICMS devido pela
ME ou EPP por ocasião da remessa e será cal-
culado pela aplicação da alíquota correspon-
dente ao percentual previsto nos Anexos I ou II
da LC 123/2006, estabelecido para a faixa de
receita bruta a que ela estiver sujeita no mês
anterior ao da operação.
(Comunicado Sutri nº 1/2009; Resolução CGSN nº 94/2011;
RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 42, § 26, art. 68-A, art. 70, XV
e Anexo XV, Parte 1, art. 20, § 1º)
2.2 Restituição do imposto
Nas situações de restituição do valor do imposto
pago a título de substituição tributária correspondente
a fato gerador presumido que não se realizou, tra-
tando-se de mercadoria adquirida de microempresa
e empresa de pequeno porte, na condição de subs-
tituto tributário, o creditamento do imposto relativo à
operação própria do remetente está limitado ao valor
informado no documento fiscal.
Assim, todas as operações realizadas pelas
microempresas e empresas de pequeno porte, cuja
mercadoria tenha posterior saída (industrialização
ou comercialização), para fins de crédito do ICMS, a
alíquota aplicável será o percentual do ICMS previsto
na Lei Complementar federal nº 123/2006, Anexos I
ou II, para a faixa da receita bruta a que o remetente
estiver sujeito no mês anterior ao da operação. Neste
caso, deverá:
a) nos casos em que a operação ocorrer no mês
de início de atividade do contribuinte enqua-
drado como microempresa e empresa de pe-
queno porte, a alíquota corresponderá ao me-

nor percentual de ICMS previsto nos referidos
anexos;
b) o documento fiscal que acobertar a operação
deverá conter no campo destinado às informa-
ções complementares ou, na sua falta, no cor-
po do documento, por qualquer meio gráfico
indelével, a expressão: “Permitido o aprovei-
tamento do crédito de ICMS no valor de R$...;
correspondente à alíquota de ...%, nos termos
do art. 23 da Lei Complementar federal nº 123,
de 2006”.
Dessa forma, o valor corretamente informado
no documento fiscal emitido pela microempresa e
empresa de pequeno porte poderá ser apropriado
pelo destinatário, sob forma de crédito nas situações
em que a legislação vigente permitir.
(RICMS-MG/2002, Parte Geral, arts. 42, § 26, 66, § 11,
68-A e Anexo XV, Parte 1, art. 20, § 1º)
3. Base de cálculo do ICMS retido
Nota
O Decreto nº 46.643/2014 divulgou a inclusão dos §§ 11 e 12 ao art.
19 da Parte 1 do Anexo XV do RICMS-MG/2002, que estabelece de regra
específica para composição da base de cálculo do ICMS em operação inte-
restadual de transferência nas situações em que a base de cálculo não seja
calculada com base em preço médio ponderado a consumidor final ou preço
sugerido por órgão competente ou entidade de classe com vigência a partir
de 1º.12.2014.
Nas operações sujeitas à substituição tributária,
as regras gerais deste regime determinam que a base
de cálculo do imposto é:
a) em relação às operações subsequentes:
a.1) tratando-se de mercadoria que tenha seu
preço final a consumidor, único ou máxi-
mo, fixado por órgão público competen-
te, o preço estabelecido;
a.2) tratando-se de mercadoria que não te-
nha seu preço fixado por órgão público
competente, observada a ordem:
a.2.1) o preço médio ponderado a con-
sumidor final (PMPF) divulgado
em portaria da Superintendência
de Tributação;
a.2.2) o preço final a consumidor suge-
rido ou divulgado por industrial,
importador ou entidade represen-
tativa dos respectivos segmentos
econômicos, aprovado em porta-
ria da Superintendência de Tribu-
tação; ou
01-06 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Nota
Cabe destacar que, em relação às operações com cigarros e outros
derivados de fumo, o preço sugerido pelo fabricante não está sujeito à apro-
vação mencionada neste subitem.
a.2.3) o preço praticado pelo remeten-
te, acrescido dos valores cor-
respondentes aos descontos
concedidos, inclusive, o incon-
dicional, frete, seguro, impostos,
contribuições, royalties relativos
a franquias e outros encargos
transferíveis ou cobrados do des-
tinatário, ainda que por terceiros,
adicionado da parcela resultan-
te da aplicação sobre o referido
montante do percentual de mar-
gem de valor agregado (MVA)
estabelecido para a mercadoria
no RICMS-MG/2002, Anexo XV,
Parte 2;
b) na entrada, em operação interestadual, de
mercadorias destinadas a uso, consumo ou
Ativo Permanente do adquirente, a mesma es-
tabelecida para a operação praticada pelo re-
metente.
Assim, a legislação determina que, para as ope-
rações com cigarros e outros produtos derivados do
fumo, a base de cálculo do ICMS retido será o preço
máximo ou único de venda a ser praticado pelo contri-
buinte substituído, fixado por autoridade competente,
ou o preço final a consumidor sugerido por fabricante
ou importador, ou, ainda, o preço médio ponderado a
consumidor final (PMPF), sem necessidade de divul-
gação ou aprovação em portaria da Superintendência
de Tributação (Sutri).
Caso não existam os referidos valores, a base
de cálculo do ICMS retido será composta pelo valor
da operação praticada pelo contribuinte substituto,
somados os valores correspondentes a frete, carreto,
seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao
varejista. A esse total será acrescido o percentual de
margem de valor agregado de 50%.
Notas
(1) Enfatizamos que, no caso de operações interestaduais com as mer-
cadorias relacionadas na Parte 2 do Anexo XV do RICMS-MG/2002, para fins
de apuração da base de cálculo, será utilizada a MVA ajustada à alíquota
interestadual aplicada. Neste caso, temos a seguinte fórmula para cálculo
do ajuste:
“MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ inter)/(1 - ALQ intra)]
- 1} x 100”, em que:
a) MVA ajustada é o percentual, com 2 casas decimais, corresponden-
te à margem de valor agregado a ser utilizada para apuração da
base de cálculo relativa à substituição tributária na operação inte-
restadual;
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
b) MVA-ST original é o coeficiente, com 4 casas decimais, correspon-
dente à margem de valor agregado prevista na Parte 2 do Anexo XV
do RICMS-MG/2002;
c) ALQ inter é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual
aplicável à operação;
d) ALQ intra é:
d.1) o coeficiente correspondente à alíquota interna estabelecida
para a operação própria de contribuinte industrial ou importa-
dor substituto tributário relativamente ao ICMS devido nas ope-
rações subsequentes com a mercadoria; ou
d.2) caso a operação própria do contribuinte industrial descrito na
letra “d.1” esteja sujeita à redução de base de cálculo, o valor
do multiplicador previsto no RICMS-MG/2002, Anexo IV, Parte
1 (RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 19, § 5º; Decreto nº
46.114/2012).
(2) Nas operações internas com mercadorias relacionadas no RICMS-
-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, caso a alíquota efetiva da operação própria do
contribuinte seja reduzida em virtude de regime especial de caráter indivi-
dual, para efeitos de apuração da base de cálculo com utilização de mar-
gem de valor agregado (MVA), esta será ajustada à alíquota geral, obser-
vada a fórmula “MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ indiv)/
(1 - ALQ geral)] - 1} x 100”, em que:
a) MVA ajustada é o percentual, com 2 casas decimais, corresponden-
te à margem de valor agregado a ser utilizada para apuração da
base de cálculo relativa à substituição tributária;
b) MVA-ST original é o coeficiente, com 4 casas decimais, correspon-
dente à margem de valor agregado prevista na Parte 2 do RICMS-
-MG/2002;
c) ALQ indiv é o coeficiente correspondente à alíquota efetiva aplicável
à operação;
d) a ALQ geral será o coeficiente correspondente à alíquota estabe-
lecida para a operação própria de contribuintes industrial substi-
tuto com a mercadoria em operação interna prevista neste Estado
para as operações subsequentes alcançadas pela substituição
tributária.
Neste caso, considera-se alíquota efetiva o resultado da equação:
“ICMS destacado/ base de cálculo original (sem redução) X 100” (RICMS-
-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 19, §§ 8º e 7º).
(3) Também estarão sujeitas ao cálculo da MVA ajustada as operações
em que houver previsão de ajuste da MVA para contribuinte substituto si-
tuado em Minas Gerais em operação interna com a mercadoria.
(4) O cálculo de MVA ajustada aplicável nas aquisições interestaduais
não se aplica às operações em que o remetente seja microempresa ou em-
presa de pequeno porte (Decreto nº 45.688/2011).
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 19 e art. 48, e
Parte 2, item 2)
3.1 Operação interestadual destinada a uso/
consumo ou Ativo Imobilizado de contribuinte
do ICMS
Nas operações interestaduais em que o cigarro e
outros produtos derivados do fumo sejam destinados
a uso e consumo ou Ativo Imobilizado de estabeleci-
mentos contribuintes do ICMS, o valor a ser recolhido,
a título de ICMS retido, corresponderá ao diferencial
de alíquotas, uma vez que o percentual de valor agre-
gado (margem de lucro) não deverá ser incorporado
na base de cálculo do ICMS retido.
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 20, II)
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-07
4. Alíquota do ICMS
A alíquota do ICMS para as operações internas
no Estado de Minas Gerais com cigarros e outros
produtos de tabacaria é de 25%.
No cálculo do ICMS retido nas operações interes-
taduais, deverá ser observada a alíquota interna da
mercadoria no Estado destinatário.
Nota
O Decreto nº 45.934/2012 regulamenta o adicional de 2% na alíquota
do ICMS incidente nas operações internas sobre armas, cerveja sem álcool
e bebidas alcoólicas, exceto aguardente de cana ou de melaço, cigarros,
exceto os embalados em maço e o produto de tabacaria. Este adicional tam-
bém incidirá sobre o cálculo da substituição tributária.
Entretanto, há permissão, na legislação estadual,
para que o Estado reduza a alíquota do imposto
para até 12%, nas operações internas realizadas por
estabelecimento industrial, mediante regime especial
a ser concedido pela Superintendência de Tributação
(Sutri).
(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 42, I, “a.1” e § 13)
4.1 Adicional de alíquota - Fundo de Erradicação
da Miséria
O Governo do Estado de Minas Gerais regula-
mentou a Lei nº 19.978/2011, que dispunha, dentre
outros temas, sobre o adicional de 2% na alíquota do
ICMS incidente nas operações internas sobre cerveja
sem álcool e bebidas alcoólicas, exceto aguardente
de cana ou de melaço, cigarros, exceto os embalados
em maço e o produto de tabacaria, armas. A vigência
iniciou-se em 28.03.2012.
O adicional incidirá nas operações internas reali-
zadas até 31.12.2015.
Embora a apuração do adicional tenha ficado sob
a responsabilidade de resolução do Fisco, algumas
diretrizes já foram divulgadas. Dentre as definições
apresentadas, estão:
a) o adicional incide inclusive para fins de cál-
culo e retenção do imposto devido por subs-
tituição tributária, ainda que o responsável tri-
butário esteja sediado em outra Unidade da
Federação;
b) o valor do adicional não poderá ser compen-
sado com quaisquer outros créditos;
c) o recolhimento será em Documento de Arre-
cadação Estadual (DAE) distinto, tanto para o
ICMS próprio como pelo devido por substitui-
ção tributária, no prazo normal da atividade do
contribuinte ou da substituição tributária;

d) o adicional será informado ao Fisco;
d.1) na Declaração de Apuração e Informa-
ção do ICMS (Dapi 1), nos campos pró-
prios, pelo contribuinte mineiro;
d.2) na Guia Nacional de Informação e Apu-
ração do ICMS - Substituição Tributária
(GIA-ST) pelos contribuintes responsá-
veis pelo recolhimento do imposto devi-
do por substituição tributária sediado em
outra Unidade da Federação;
e) o valor devido pelo adicional será informado
no campo “Informações Complementares” da
Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou na Nota Fis-
cal Eletrônica, com a expressão “Adicional de
alíquota - Fundo de Erradicação da Miséria”
acompanhada do respectivo valor;
f) o valor do adicional será considerado no des-
taque do ICMS realizado no campo próprio do
documento fiscal.
Ressalta-se que o valor do adicional não será
considerado para fins de cálculo de quaisquer bene-
fícios ou incentivos, fiscais ou financeiro-fiscais.
(Lei nº 19.978/2011; Decreto nº 45.934/2012)
5. Cálculo do ICMS retido
Para o cálculo do ICMS retido, o contribuinte subs-
tituto deverá aplicar a alíquota do ICMS sobre o valor
da base de cálculo do ICMS retido e subtrair desse
valor o ICMS devido sobre a sua própria operação.
Dessa forma, o valor do ICMS retido corresponderá
à diferença entre o imposto calculado conforme o
item 3 (ICMS-ST) e o devido pela própria operação do
contribuinte substituto.
Exemplificando o cálculo, temos:
EXEMPLO DO CÁLCULO
Descrição Cálculo
produto R$ 1.000,00
Alíquota interna: 25%
operação interna: MVA 50%
Cálculo do ICMS próprio
BC-ICMS próprio R$ 1.000,00
ICMS próprio (R$ 1.000,00 x 25%) R$
Cálculo do ICMS-ST
BC-ICMS substituição tributária 1.000,00 + 50% R$ 1.500,00
ICMS-ST (R$ 1.500,00 x 25%) R$
ICMS-ST (R$ 375,00 - ICMS próprio R$ 250,00) R$
Assim, neste exemplo, o contribuinte recolherá
ao Fisco o valor de R$ 375,00, porém, R$ 125,00 a
01-08 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
título de substituição tributária e R$ 250,00 a título de
imposto próprio.
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 20, I)
6. Aplicação do regime da substituição
tributária
A aplicação da substituição tributária do ICMS nas
operações internas pode ser instituída por lei estadual. Já
para a aplicação da substituição tributária em operações
interestaduais, é necessária a celebração de acordo
específico entre os Estados envolvidos (denominados
convênios ou protocolos, conforme se refiram a todos
os Estados ou somente a alguns, respectivamente).
O Estado de Minas Gerais, entre outros, é sig-
natário do Convênio ICMS nº 37/1994, que dispõe
sobre a substituição tributária do ICMS nas operações
com cigarro e outros produtos derivados do fumo. A
legislação deste Estado incorporou essas regras no
RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, arts. 48 e 49, e
Parte 2, item 2, a qual determina a aplicação da subs-
tituição tributária em relação às operações internas e
interestaduais com algumas Unidades da Federação
(relacionadas no item 2) com MVA de 50% nas opera-
ções com os seguintes produtos:
a) charutos, cigarrilhas e cigarros, de fumo (ta-
baco) ou dos seus sucedâneos, classificados
no código 2402 da Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH);
b) fumo (tabaco) para fumar, mesmo contendo
sucedâneos de fumo (tabaco em qualquer pro-
porção) classificados no código 2403.10.00
da NBM/SH.
(Lei Complementar nº 8 7/1996, arts. 6º e 9º; Convênio
ICMS nº 37/1994; RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, item 2)
7. Não aplicação da substituição tributária
Nota
O Decreto nº 45.531/2011 estabelece a exigência, a partir de
1º.03.2011, de ser informado na nota fiscal o dispositivo legal que fundamen-
ta a inaplicabilidade da substituição tributária.
Considerando que a substituição tributária em
relação às operações subsequentes pressupõe a
realização de operações sujeitas ao ICMS nas etapas
250,00
seguintes de circulação da mercadoria, deve-se
seguir as normas comuns da legislação, ou seja, não
se aplica a retenção antecipada do imposto nas ope-
375,00
rações realizadas por estabelecimento responsável
125,00
pela retenção e destinadas:
a) às operações, inclusive de importação e de
aquisição em licitação promovida pelo poder
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
público, que destinem mercadoria a estabele-
cimento industrial fabricante da mesma mer-
cadoria, assim entendida a classificada no
mesmo subitem 12 da Parte 2 do Anexo XV,
hipótese em que a retenção do imposto devi-
do por substituição tributária será realizada no
momento da saída da mercadoria;
b) às operações promovidas por estabelecimen-
to industrial em retorno ao estabelecimento en-
comendante da industrialização, hipótese em
que a este é atribuída a responsabilidade pelo
recolhimento do imposto a título de substitui-
ção tributária;
Nota
O Decreto nº 46.137/2013 divulgou que retorno ao estabelecimento
encomendante compreende as remessas das seguintes mercadorias ao en-
comendante:
a) mercadoria produzida pelo industrial com emprego de produto rece-
bido do encomendante;
b) mercadoria produzida pelo industrial, com a marca comercial de
propriedade de outra pessoa ou do encomendante, ainda que o in-
dustrial não tenha recebido produto do encomendante.
Este dispositivo (RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 18, § 5º) pro-
duz efeitos desde 1º.02.2013.
c) às transferências promovidas entre estabeleci-
mentos do industrial fabricante, exceto varejis-
ta, hipótese em que a responsabilidade pela re-
tenção e pelo recolhimento do imposto recairá
sobre o estabelecimento que promover a saída
da mercadoria com destino a outro contribuinte;
Nota
Nos casos em que a transferência realizada destinar-se a estabeleci-
mento distribuidor, atacadista, depósito ou centro de distribuição, estes de-
verão operar exclusivamente com produtos fabricados por estabelecimento
industrial de mesma titularidade.
d) às operações que destinem mercadorias a esta-
belecimento industrial para emprego em proces-
so de industrialização como matéria-prima, pro-
duto intermediário ou material de embalagem;
e) às operações interestaduais que desti-
nem mercadorias relacionadas no RICMS-
-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, itens 18, 19, 20 a
24, 29 a 32, 39, 43 a 48, a contribuinte detentor
de regime especial de tributação de atribuição
de responsabilidade pela retenção e pelo re-
colhimento do imposto devido por substituição
tributária, concedido pelo Diretor da Superin-
tendência de Tributação (Sutri).
Na situação descrita na letra “b”, caso o estabeleci-
mento encomendante seja não industrial, a apuração do
ICMS devido por substituição tributária será realizada
no momento da entrada da mercadoria no estabeleci-
mento encomendante. Neste caso, a base de cálculo
será o custo da mercadoria, assim considerados todos
os valores incorridos, tais como os relativos à industria-
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-09
lização, aquisição de matéria-prima, embalagem, frete,
seguro e tributos, adicionado da parcela resultante da
aplicação sobre o referido montante do percentual de
margem de valor agregado (MVA) estabelecido para
a mercadoria previsto no RICMS-MG/2002, Anexo XV,
Parte 2, observando-se as demais regras constantes
no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1.
(Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula quinta; RICMS-MG/2002,
Anexo XV, Parte 1, art. 18, § 3º, art. 19, § 9º, art. 46, XIII)
8. Mercadoria recebida sem retenção -
Procedimentos
O estabelecimento destinatário de mercadoria
relacionada no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte
2, inclusive o varejista, é responsável pelo imposto
devido a este Estado a título de substituição tributária,
quando o alienante ou o remetente, sujeito passivo
por substituição, não efetuar a retenção ou efetuar
retenção a menor do imposto.
A responsabilidade acima se aplica, também,
ao destinatário de mercadoria desacompanhada do
comprovante de recolhimento, na hipótese em que
o imposto deveria ter sido recolhido por ocasião da
saída da mercadoria, por meio de Guia Nacional de
Recolhimento de Tributos Estaduais.
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 15, parágrafo
único)
9. PRAZO DE RECOLHIMENTO
O imposto devido por substituição tributária
deverá ser recolhido até o dia 9 do mês subsequente:
a) ao da saída da mercadoria, quando a respon-
sabilidade pelo recolhimento do imposto for
atribuída ao alienante ou remetente da merca-
doria, ainda que o responsável esteja situado
em outra Unidade da Federação;
b) ao da entrada da mercadoria no estabeleci-
mento destinatário, no caso de seu recebi-
mento sem a retenção do imposto, quando
esta responsabilidade for atribuída ao reme-
tente ou alienante;
c) ao da entrada da mercadoria no estabeleci-
mento de atacadista, distribuidor, depósito ou
varejista, na condição de substituto tributário.
Serão recolhidos no mesmo prazo das operações
ou prestações próprias:
a) o imposto devido pelo alienante ou remetente
da mercadoria e relativo à prestação de servi-
ço de transporte;
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

b) o imposto devido a título de substituição tribu-
tária, quando a responsabilidade pelo recolhi-
mento for atribuída ao destinatário da merca-
doria.
O recolhimento do imposto poderá ser efetuado
em prazo distinto do previsto no RICMS-MG/2002,
Anexo XV, art. 46, desde que autorizado em regime
especial concedido pelo titular da Diretoria de Gestão
de Projetos da Superintendência de Fiscalização, na
hipótese da alínea “b” do inciso I do art. 46 e pelo
diretor da Superintendência de Tributação, nos de-
mais casos.
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 46, § 2º)
10. E
 missão do documento fiscal e
respectiva escrituração
A seguir, apresentamos o modelo do Danfe com
base no exemplo do subtópico 4.1.
Nota
Para fins didáticos, não consideramos o FECP no exemplo deste tópico.

Danfe

01-10 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB

 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
10.1 Escrituração
Especificamente quanto à escrituração fiscal, o
contribuinte mineiro que tenha recebido mercadorias
sujeitas à substituição tributária interna, responsável
pela apuração ou pelo recolhimento do imposto no
momento da entrada da mercadoria no território
mineiro ou em seu estabelecimento, deverá:
a) escriturar a nota fiscal de aquisição nos regis-
tros de entrada, em “Outras”, de “Operações
sem Crédito do Imposto” e na coluna “Obser-
vações conforme o caso;
Nota
Para os contribuintes usuários de Processamento Eletrônico de Dados
(PED), as informações constantes neste item devem ser apostas na linha
abaixo à do lançamento do documento fiscal.
a.1) os valores do imposto recolhido e da res-
pectiva base de cálculo, utilizando colu-
nas distintas para tais indicações, sob o
título comum “ICMS-ST Recolhido no Mo-
mento da Entrada no Estado”;
a.2) os valores do imposto apurado e da res-
pectiva base de cálculo, utilizando colu-
nas distintas para tais indicações, sob o
título comum “ICMS-ST Apurado no Mo-
mento da Entrada no Estabelecimento”;
b) no último dia do período de apuração (mês),
os valores constantes das colunas relativas ao
imposto e à base de cálculo serão totalizados
para lançamento nos registros de apuração do
ICMS (RAICMS):
b.1) na hipótese do item “a.1”, no campo “Ob-
servações”, a expressão “ICMS-ST Reco-
lhido no Momento da Entrada no Estado”,
seguida dos valores do imposto recolhi-
do e da respectiva base de cálculo;
b.2) na hipótese do item “a.2”, em folha subse-
quente à destinada à apuração relaciona-
da com as suas operações próprias, com
a indicação da expressão “Substituição
Tributária”, utilizando os quadros “Débito
do Imposto” e “Apuração dos Saldos”.
Em relação à nota fiscal que acobertar a saída
da mercadoria, esta será emitida e escriturada da
seguinte forma:
a) emitida sem destaque do imposto, contendo,
além das demais indicações, no campo “Infor-
mações Complementares”, o seguinte:
a.1) a declaração: “Imposto recolhido por ST
nos termos do (indicar o dispositivo) do
RICMS”;
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-11
a.2) tratando-se de operação entre contri-
buintes:
a.2.1) a título de informação ao destina-
tário:
a.2.1.1) a
 importância sobre a qual inci-
diu o imposto, que corresponde-
rá ao valor que serviu de base
para cálculo do ICMS devido a
título de substituição tributária; e
a.2.1.2) o
 valor do imposto que incidiu
nas operações com a mercado-
ria, que corresponderá à soma do
valor do imposto devido a título
de substituição tributária e do im-
posto devido pela operação pró-
pria do sujeito passivo por subs-
tituição ou do remetente quando
a responsabilidade for atribuída
ao destinatário da mercadoria;
a.2.2) o valor do reembolso de substitui-
ção tributária, se for o caso;
b) escriturada nos registros de saídas, utilizando
a coluna “Outras”, de “Operações sem Débito
do Imposto”, e a coluna “Observações” para
indicar a expressão “ICMS Retido por ST”.
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, arts. 37, II, e 38)
10.2 Escrituração da substituição tributária
aplicável em operações interestaduais
Neste item, abordaremos a escrituração fiscal
pelos contribuintes substituto e substituído, segundo
as regras gerais da substituição tributária.
10.2.1 Pelo contribuinte substituto
Abordamos a escrituração fiscal realizada pelo
contribuinte substituto relativo ao ICMS.
Em relação aos registros de saídas, o contribuinte
substituto, ao realizar operação com mercadorias
sujeitas ao regime da substituição tributária do ICMS,
deverá escriturar a nota fiscal por ele emitida, utili-
zando os CFOP específicos, da seguinte forma:
a) os dados relativos a sua operação, base de
cálculo e ICMS débito próprio, utilizando as
colunas próprias;
b) o valor do ICMS retido e o da sua base de cál-
culo serão lançados na coluna “Observações”,
na mesma linha do lançamento previsto na le-
tra “a” anterior, utilizando as colunas distintas
para essas indicações, sob o título “Substitui-
ção Tributária”;
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

c) caso o substituto tributário utilize sistema de 10.2.3 Principais reflexos na EFD

processamento de dados, os valores relativos
ao ICMS retido e a respectiva base de cálculo Ao contribuinte que estiver obrigado à apre-
serão registrados na linha abaixo do lançamen- sentação da Escrituração Fiscal Digital (EFD), para
to da operação própria, sob o título comum lançamento fiscal da NF-e apresentada no tópico
“Substituição Tributária” ou o código “ST”. 5.2, a título exemplificativo, apresentamos, a seguir, o
preenchimento dos principais registros/campos.
Os valores constantes na coluna relativa ao ICMS
retido serão totalizados no último dia do período de Salientamos que, para a efetiva geração da
apuração, para lançamento relativa à apuração do EFD, os outros registros deverão ser apresentados,
ICMS, separadamente dos correspondentes às ope- devendo o contribuinte observar as disposições do
rações internas e interestaduais. Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações,
bem como o Guia Prático da EFD - EFD-ICMS/IPI.
A escrituração da apuração do ICMS pelo con-
tribuinte substituto será segregada em operações 10.2.3.1 Registro C100
internas e interestaduais. Em relação às operações
Este registro destina-se ao lançamento dos totais
interestaduais, os valores do ICMS retido deverão ser
de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e
escriturados em folha subsequente à das operações
exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte
internas, detalhando-se os valores relativos a cada
forma:
Unidade da Federação nos quadros “Entradas” e
“Saídas”, nas colunas “Valores Contábeis” (para
identificação da Unidade da Federação de destino), REGISTRO C100
“Base de Cálculo” (para a base de cálculo do ICMS
Registro C100
retido), “Imposto Creditado” e “Imposto Debitado”
Nº Campo Valor Obrigatoriedade
(para o imposto retido).
1 REG C100 O
(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 33 e art. 35, pa- 2 IND_OPER 1 O
rágrafo único) 3 IND_EMIT 0 O
4 COD_PART 999 O
10.2.2 Pelo contribuinte substituído 5 COD_MOD 55 O
6 COD_SIT 00 O
O contribuinte substituído, ao escriturar as notas
7 SER 1 OC
fiscais nos respectivos livros fiscais, deverá adotar os
8 NUM_DOC 14 O
seguintes procedimentos:
3114090035145000012955
a) em relação ao aos registros de entrada: 9 CHV_NFE 0010000000141830072080 O
10 DT_DOC 15.09.2014 O
a.1) a nota fiscal recebida do fornecedor 11 DT_E_S OC
será escriturada, sem direito a crédito do 12 VL_DOC 1.125,00 O
ICMS, com utilização das colunas “Valor
13 IND_PGTO 2 O
Contábil”, “Outras” de “Operações sem
14 VL_DESC OC
Crédito do Imposto” e “Observações”;
15 VL_ABAT_NT OC
a.2) em “Valor Contábil”, será escriturado o 16 VL_MERC 1.000,00 OC
valor total constante no documento fiscal, 17 IND_FRT 9 O
na coluna “Outras”, o valor da operação,
18 VL_FRT OC
e, em “Observações”, o valor do imposto
19 VL_SEG OC
retido;
20 VL_OUT_DA OC
b) nos registros de saída, o documento fiscal 21 VL_BC_ICMS 1.000,00 OC
emitido pelo contribuinte substituído será es- 22 VL_ICMS 250,00 OC
criturado, sem débito do ICMS, com utilização VL_BC_ICMS_
dos campos “Outras”, de “Operações sem Dé- 23 ST 1.500,00 OC
bito do Imposto”. 24 VL_ICMS_ST 125,00 OC

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 37, I e II, “b”) 25 VL_IPI OC

01-12 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB

 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Registro C100 11. Penalidades

Nº Campo Valor Obrigatoriedade
As penalidades aplicáveis às operações sujeitas
26 VL_PIS OC ao ICMS encontram-se relacionadas no RICMS-
27 VL_COFINS OC -MG/2002, Parte Geral, arts. 209 a 221. Embora não
28 VL_PIS_ST OC haja penalidade específica para as operações de
29 VL_COFINS_ST OC substituição tributária, elas recaem na regra geral,
como:
A representação deste registro no arquivo TXT da
Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa- a) emitir documento fiscal com falta de requisito
ções deste exemplo, será: ou indicação prevista na legislação ou emitir
com indicação insuficiente ou incorreta:
TXT a.1) nome, endereço, inscrição estadual ou
inscrição no CNPJ do estabelecimento
|C100|1|0|999|55|00|1|14|31140900351450000129
destinatário em notas fiscais, inclusive
550010000000141830072080|15/09/2014||1.125,
na Nota Fiscal de Produtor, e em Conhe-
00|2|||1.000,00|9|||250,00|1.500,00|125,00|1.125,0
cimento de Transporte: 100 UFEMG;
0||||||
a.2) nome, endereço, inscrição estadual ou
inscrição no CNPJ, se for o caso, do re-
10.2.3.2 Registro C190 metente, em nota fiscal, na entrada de
mercadorias: 100 Ufemg;
O registro analítico de documento fiscal tem por
objetivo representar a escrituração dos documentos a.3) nome, endereço, inscrição estadual ou
fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. inscrição no CNPJ, se for o caso, do
Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte remetente da mercadoria ou do bem
preenchimento: em Conhecimento de Transporte: 100
UFEMG;
Registro C190 a.4) discriminação da mercadoria (quantida-
de, marca, tipo, modelo, espécie, quali-
Registro C190
dade e demais elementos que permitam
Nº Campo Valor Obrigatoriedade sua perfeita identificação), valor unitário
1 REG C190 O da mercadoria, valor total da mercadoria,
2 CST_ICMS 10 O valor total da operação ou data de emis-
3 CFOP 5401 O são em notas fiscais, inclusive em Nota
4 ALIQ_ICMS 25 OC Fiscal de Produtor, ressalvado o dispos-
5 VL_OPR 1.125,00 O to no RICMS-MG/2002, Anexo V, Parte 1,
art. 35: 70 UFEMG;
6 VL_BC_ICMS 1.000,00 O
7 VL_ICMS 250,00 O a.5) número da nota fiscal respectiva, valor
8 VL_BC_ICMS_ST 1.500,00 O
da mercadoria, natureza da carga, es-
pecificação da quantidade em Conheci-
9 VL_ICMS_ST 125,00 O
mento de Transporte: 70 UFEMG;
10 VL_RED_BC 0,00 O
a.6) natureza da operação ou da prestação
11 VL_IPI O
e condições do pagamento, alíquota
12 COD_OBS OC
do ICMS e destaque do imposto devi-
do, nome da empresa de transporte e
A representação deste registro no arquivo txt da seu endereço, ou o número da placa do
Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa- veículo, Município e Estado de emplaca-
ções deste exemplo, será: mento, quando se tratar de transportador
autônomo: 42 UFEMG;
TXT
a.7) demais indicações não especificadas
|C190|10|5401|25|1.125,00|1.000,00|250,00|1.500, nas alíneas anteriores: 42 UFEMG.
00|125,00|0,00|0|| (RICMS-MG/2002, Parte Geral, arts. 209 e seguintes)

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 37, II, “b”) N

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-13

a IOB Setorial
Federal
Bebidas - IPI - Solicitação de
Enquadramento de Bebidas
(IPI-Enquad)
A Instrução Normativa RFB nº 866/2008 aprovou
o Sistema IPI - Solicitação de Enquadramento de
Bebidas (IPI-Enquad), as instruções de preenchi-
mento, bem como a análise das solicitações de
enquadramento e reenquadramento efetuadas por
intermédio desse sistema, relativamente às bebidas
classificadas nas posições da Nomenclatura Comum
do Mercosul (NCM), a seguir especificadas:
NCM Descrição
Vinhos de uvas frescas, incluídos os vinhos enriquecidos
22.04 com álcool; mostos de uvas, excluídos os da posição
20.09.
Vermutes e outros vinhos de uvas frescas aromatizados
22.05
por plantas ou substâncias aromáticas.
Outras bebidas fermentadas (por exemplo, sidra, perada,
hidromel), misturas de bebidas fermentadas e misturas de
22.06
bebidas fermentadas com bebidas não alcoólicas, não es-
pecificadas nem compreendidas em outras posições.
Álcool etílico não desnaturado, com um teor alcoólico em
volume inferior a 80% vol.; aguardentes, licores e outras
bebidas espirituosas (alcoólicas).
22.08 Nota
Quanto às bebidas classificadas no código 2208.30 (uís-
ques), o IPI-Enquad aplica-se também às originárias de
países do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Os formulários de solicitação de enquadramento
e de reenquadramento de bebidas e as instruções
para o preenchimento estão disponíveis no site da
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), www.
receita.fazenda.gov.br, no link “Outros Serviços”,
devendo ser enviados exclusivamente pela Internet.
Os produtos a serem lançados no mercado
poderão ser comercializados a partir da data do envio
da solicitação de enquadramento, desde que haja
cumprimento das normas relativas à comercialização
e à fiscalização deles, especialmente quanto ao:
a) registro especial e ao selo de controle, previs-
tos na Instrução Normativa SRF nº 504/2005,
se for o caso. Note-se que essa Instrução Nor-
mativa foi revogada pela Instrução Normativa
RFB nº 1.432/2013, que dispõe sobre o regis-
tro especial a que estão sujeitos os produto-
res, engarrafadores, cooperativas de produto-
01-14 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
res, estabelecimentos comerciais atacadistas
e importadores de bebidas alcoólicas, e sobre
o selo de controle a que estão sujeitos esses
produtos;
b) enquadramento provisório de que trata o § 6º
do art. 150 do RIPI/2002 (atual RIPI/2010, art.
210, § 8º);
c) registro do produto no Ministério da Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O § 8º do art. 210 do RIPI/2010 dispõe que após a
formulação do pedido de enquadramento de bebidas
sujeitas ao sistema IPI-Enquad, enquanto não editado
ato pelo Ministro de Estado da Fazenda, o contribuinte
deverá enquadrar o produto na tabela constante no
art. 209 do RIPI, na maior classe de valores, observa-
das as classes por capacidade do recipiente.
Quando diversos estabelecimentos industriais da
mesma pessoa jurídica fabricarem produtos seme-
lhantes, deverá ser informado, em cada uma das soli-
citações para o enquadramento ou reenquadramento
desse produto, o preço médio ponderado praticado
por esses estabelecimentos, considerado no con-
junto, para efeito de preenchimento dos formulários
de enquadramento ou reenquadramento.
Consideram-se produtos semelhantes aqueles
que apresentarem, cumulativamente, as seguintes
características:
a) mesma marca comercial;
b) mesma classificação fiscal na TIPI;
c) mesmo tipo de recipiente; e
d) mesma classe por capacidade do recipiente,
de acordo com o art. 149 do RIPI/2002 (atual
RIPI/2010, art. 209).
Na hipótese em que o estabelecimento iniciar a
fabricação de produto semelhante a outro, para o qual
já tenha sido deferido enquadramento solicitado por
estabelecimento distinto da mesma pessoa jurídica:
a) o estabelecimento que iniciar a fabricação de-
verá solicitar o enquadramento na forma pre-
vista no caput do art. 6º da Instrução Normati-
va RFB nº 866/2008; e
b) o estabelecimento que já tiver produto seme-
lhante enquadrado deverá solicitar seu reen-
quadramento.
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Deverá ser solicitado durante o mês de junho de
cada ano o reenquadramento dos produtos já comer-
cializados que tenham seus preços alterados, desde
que esta alteração resulte em modificação na classe
de valor do IPI em que se enquadra o produto.
Para fins de reenquadramento, será utilizada a
média ponderada dos preços apurada nos 12 meses
anteriores ao pedido, ou, para produtos cujo início da
comercialização deu-se ao longo deste período, dos
meses em que tenha havido comercialização.
a IOB Comenta
Estadual
Manual de orientação para o
cumprimento das obrigações acessórias
O tratamento tributário diferenciado é a aplicação
do princípio da igualdade, que deve ser equivalente
ao princípio da capacidade contributiva, de modo que
seja atribuído a cada sujeito passivo tratamento ade-
quado à sua condição, para minimizar desigualdades,
e, assim, incentivar pequenos e grandes empreende-
dores impulsionando o setor econômico do País.
Normalmente, o tratamento tributário diferenciado
é operacionalizado pela concessão de benefícios fis-
cais, tais como: o crédito presumido para abatimento
no imposto debitado, a redução da base de cálculo
do imposto ou diferimento total ou parcial do paga-
mento do imposto.
O crédito presumido é concedido pela legislação
a determinados contribuintes, em face das peculiari-
dades de suas atividades, mediante celebração de
convênios entre as Unidades da Federação no âmbito
do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
O benefício consiste em estabelecer regras diferentes
para uso, gozo, enquadramento, podendo ser conce-
dido por prazo determinado ou indeterminado.
Cabe observar que os contribuintes mineiros,
exceto os optantes pelo Simples Nacional, estão obri-
gados desde janeiro de 2014 à Escrituração Fiscal
Digital (EFD), além das demais obrigações acessórias
estaduais.
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-15
O contribuinte que não efetuar a solicitação de
enquadramento e reenquadramento, ou que, tendo
solicitado, prestar as informações de forma incompleta
ou com incorreções, terá o seu produto enquadrado
ou reenquadrado de ofício, sendo devida eventual
diferença de imposto, acrescida dos encargos legais.
(Lei nº 7.798/1989; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; RIPI/2010,
arts. 209 e 210, § 8º; Instrução Normativa RFB nº 866/2008; Ins-
trução Normativa RFB nº 1.432/2013)
N
Os contribuintes mineiros que possuem algum tipo
de benefício fiscal têm dificuldade no preenchimento
das obrigações acessórias, pois cada benefício pos-
sui uma particularidade. Por esse motivo, o Estado
de Minas Gerais, visando à necessidade de orientar
estes contribuintes quanto à correta informação a ser
prestada sobre as obrigações acessórias, aprovou
um Manual de Orientações sobre o cumprimento das
obrigações acessórias, que tem por objetivo instruir
os contribuintes detentores de regime especial sobre
os procedimentos a serem observados, visando ao
correto cumprimento das obrigações acessórias
relacionadas às operações beneficiadas com o trata-
mento tributário diferenciado concedido.
Assim, dentre as diversas disposições constantes
nos Anexos da Portaria Conjunta Sutri/Sufis/Saif nº
1/2014, foi divulgado o correto procedimento para
fins de preenchimento das operações com crédito
presumido do ICMS nas obrigações acessórias:
Escrituração Fiscal Digital (EFD) e Declaração de
Apuração e Informação do ICMS - Dapi 1.
Segundo o Fisco mineiro, a padronização dos
registros fiscais na EFD e Dapi permitirá a extração
de informações econômicas e fiscais e o acompa-
nhamento mais adequado dos efeitos do tratamento
tributário diferenciado concedido ao contribuinte,
visando à manutenção ou não do benefício ou à sua
reavaliação.
(Portaria Conjunta Sutri/Sufis/Saif nº 1/2014)
N

a IOB Perguntas e Respostas
IPI
Papel imune - Registro especial - Cancelamento
1) Em quais hipóteses pode ser cancelado o regis-
tro especial/papel imune?
O registro especial poderá ser cancelado, a qual-
quer tempo, pelo Delegado da Delegacia da Receita
Federal (DRF) ou da Declaração de Informações
Socioeconômicas e Fiscais de São Paulo (Defis/SP)
ou da Delegacia Especial de Maiores Contribuintes do
Rio de Janeiro (Demac/RJ) se, após a sua concessão,
ocorrer uma das seguintes hipóteses:
a) desatendimento dos requisitos que condicio-
naram a sua concessão;
b) situação irregular da pessoa jurídica perante o
CNPJ;
c) atividade econômica declarada para efeito da
concessão do registro especial divergente da
informada perante o CNPJ ou daquela regular-
mente exercida pela pessoa jurídica;
d) omissão na entrega da Declaração Especial
de Informações Relativas ao Controle de Pa-
pel Imune (DIF-Papel Imune); ou
e) decisão final proferida na esfera administrati-
va sobre a exigência fiscal de crédito tributá-
rio decorrente do consumo ou da utilização do
papel destinado à impressão de livros, jornais
e periódicos em finalidade diversa da prevista
no art. 1º da Lei nº 11.945/2009 e no Decreto
nº 6.842/2009.
Do ato que cancelar o registro especial caberá
recurso ao Superintendente da Receita Federal do
Brasil da jurisdição do estabelecimento, sem efeito
suspensivo, no prazo de 30 dias, contados da data de
sua publicação, sendo definitiva a decisão na esfera
administrativa.
(Lei nº 11.945/2009, art. 1º; Decreto nº 6.842/2009; Instru-
ção Normativa RFB nº 976/2009, arts. 7º e 8º)
Responsabilidade solidária - Definição
2) Quais contribuintes poderão ser considerados
responsáveis solidários perante a legislação do IPI?  encomenda, pelo imposto devido nas formas
Poderão ser responsáveis solidários perante a
legislação do IPI:
01-16 MG Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a) o contribuinte substituído, pelo pagamento
do imposto em relação ao qual estiver sendo
substituído, no caso de inadimplência do con-
tribuinte substituto;
b) o adquirente ou cessionário de mercadoria
importada beneficiada com isenção ou redu-
ção do imposto pelo seu pagamento e acrés-
cimos legais;
c) o adquirente de mercadoria de procedência
estrangeira, no caso de importação realizada
por sua conta e ordem, por intermédio de pes-
soa jurídica importadora, pelo pagamento do
imposto e acréscimo legais;
d) o encomendante predeterminado que adqui-
re mercadoria de procedência estrangeira de
pessoa jurídica importadora, na operação a
que se refere o § 3º do art. 9º do RIPI/2010,
pelo pagamento do imposto e acréscimos le-
gais;
e) o estabelecimento industrial de produtos
classificados no código 2402.20.00 da TIPI,
com a empresa comercial exportadora, na hi-
pótese de operação de venda com o fim es-
pecífico de exportação, pelo pagamento do
imposto e dos respectivos acréscimos legais,
devidos em decorrência de não efetivação da
exportação;
f) o encomendante de produtos sujeitos ao re-
gime de que trata a Lei nº 7.798/1989, com o
estabelecimento industrial executor da enco-
menda, pelo cumprimento da obrigação prin-
cipal e acréscimos legais;
g) o beneficiário de regime aduaneiro suspen-
sivo do imposto, destinado à industrialização
para exportação, pelas obrigações tributá-
rias decorrentes da admissão de mercadoria
no regime por outro beneficiário, mediante
sua anuência, com vistas na execução de
etapa da cadeia industrial do produto a ser
exportado; e
h) o encomendante dos produtos sujeitos ao im-
posto conforme os regimes de tributação de
que tratam os arts. 222 e 223, do RIPI/2010,
com o estabelecimento industrial executor da
estabelecidas nos mesmos artigos.
(Lei nº 7.798/1989; RIPI/2010, arts. 27, 222 e 223)
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
ICMS
Sped - EFD - Devolução - Crédito fiscal -
Procedimento
3) O sujeito passivo por substituição tributária não
inscrito no cadastro de contribuintes como substituto
tributário no Estado de destino, que recebe mercadoria
em devolução, poderá lançar o imposto retido como
crédito no registro C100?
Uma vez que o contribuinte não possui inscrição
como substituto tributário no Estado destinatário, ins-
crição esta que facilita o processo de abatimento em
próximos recolhimentos, o ressarcimento geralmente
é feito por processo administrativo diretamente com a
Secretaria da Fazenda daquele Estado.
Sendo assim, não concedida ou não providen-
ciada a inscrição estadual, a cada remessa de merca-
doria deverá ser feito o recolhimento do ICMS retido,
destacado em documento fiscal, e uma cópia da guia
de recolhimento deverá acompanhar o transporte da
mercadoria, conforme preceitua a cláusula sétima, §§
2º e 3º, do Convênio ICMS nº 81/1993.
A nota fiscal de devolução deverá ser lançada
no registro C100, porém, uma vez que o crédito do
imposto retido não é diretamente apropriado por
esse lançamento, dependendo exclusivamente de
processo administrativo junto à Secretaria da Fazenda
do Estado a favor do qual foi efetuado o recolhimento,
os campos 23 e 24, “Valor da Base de Cálculo do
ICMS da Substituição Tributária” e o “Valor do ICMS
Substituição Tributária”, respectivamente, não deve-
rão ser preenchidos, pois não geraram créditos para
o estabelecimento.
Dessa forma, esses valores (supostos créditos)
não aparecerão nos campos 08 e 09 do registro C190,
referentes à Base de Cálculo Substituição Tributária
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 MG01-17
e Crédito de ICMS Substituição Tributária, respectiva-
mente.
(Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula sétima, §§ 2º e 3º;
Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)
ICMS/MG
Apreensão de mercadorias - Fácil deterioração -
Conceito
4) Qual é o tratamento aplicável à mercadoria
apreendida e de fácil deterioração?
Será considerada abandonada a mercadoria de
fácil deterioração cuja liberação não tenha sido provi-
denciada no prazo fixado pela fiscalização, a vista de
sua natureza, estado e sua validade para consumo.
(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 207, § 3º)
Denúncia espontânea - Conceito
5) Qual o conceito de denúncia espontânea?
Denúncia espontânea é o ato pelo qual o contri-
buinte comunica ao Fisco a ocorrência de irregulari-
dade relacionada com obrigação acessória.
(RPTA-MG/2008, art. 207)
Obra de arte - Isenção
6) O que é considerado como obra de arte para
fins de aplicação da isenção do ICMS?
Considera-se obra de arte, para fins de aplicação
da isenção do ICMS, a obra executada em caráter
autônomo e pessoal, como atividade típica do autor,
sem utilização de trabalho assalariado.
(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 6º e Anexo I, item 40,
“a”)
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