Você está na página 1de 39

TOYOTISMO E OS GRUPOS

ENRIQUECIDOS
Autonomia dada aos grupos suficientemente para fazer o JIT “rodar”;
......autonomia em escopo e em profundidade.
Surgimento da Produção Enxuta
Sistema Toyota de Produção

Taiichi Ohno
Dailan, 1912 – Toyota City,
1990
Sistema Toyota de Produção

Princípios da Escola Clássica

Princípios de GSA

Cultura japonesa
Melhor uso de recursos
Sistema Toyota de Produção
• Divisão e Padronização do trabalho
• Participação e poder de decisão dos trabalhadores
• Respeito a hierarquia
• Coletivo antes do individual
• Dedicação
• Eliminação de desperdícios
Definição
“A produção enxuta é um conjunto integrado de atividades
desenvolvidas para alcançar uma produção utilizando estoques mínimos
de matérias-primas, materiais em processo e de produtos acabados”
(JACOBS; CHASE, 2012, p. 395).
Introdução

• Início no Começo da década de 50


• Fim da década de 60 e começo de 70 acontecem grandes mudanças
no capitalismo:
• Restrição da produção em larga escala
• Crise do Petróleo Novas condições
• Alta Inflação
concorrenciais

Torna-se necessária a utilização de novos meios


de racionalização produtiva e organizacional
Contexto Histórico
• O Japão após Segunda Guerra
• Condições geográficas
• Mercado consumidor menor que outras potencias ocidentais
• Não adequação com o modelo fordista de produção em massa
Criadores

• Eiji Toyoda, da família proprietária da Toyota


• Taiichi Ohno, chefe de engenharia da empresa
• Foi criada como uma versão sintetizada e melhorada das ideias de todos os
pioneiros da administração
Surgimento de ideias

• Visita de Eiji Toyoda as fábricas americanas


• Comparação entre fábricas americanas x japonesas

Surgimento dos modelos de flexibilização


da produção e flexibilização do trabalho
Flexibilização da produção
• Fordismo - Máxima acumulação de estoques
• Toyotismo – Adequação de estocagem conforme a demanda
• Quando a procura é grande, a produção aumenta
• Quando a procura é menor, produção diminui proporcionalmente

Consequências : Maior uso de


mão de obra terceirizada
Flexibilização do trabalho

 Fordismo – Trabalho mecânico e repetitivo


 Toyotismo – Diminuição da oferta de empregos
 O mesmo trabalhador realiza diversas funções ao longo do processo produtivo

Consequências : Transferência
da mão de obra do setor
secundário (industrial), para o
terciário (serviços)
Conceitos

• Trabalhadores com autonomia para parar o processo de produção caso fosse


detectado uma anomalia (Evitando defeitos e Refugo)
• Produção flexível que sofria ajustes frequentes de acordo com a quantidade
necessária
• Treinamentos, com funcionários aptos a executar alterações de produção (Evita
retrabalho e desperdícios)
Just in time
• Atua na combinação dos sistemas de fornecimento de matéria prima,
produção e vendas
• Apenas uma quantidade necessária de matéria prima predeterminada de
mercadorias é utilizada, que deve ser realizado em um prazo estabelecido
Consequências JIT
• Fábricas passaram a economizar dinheiro
• Espaço de estocagem de matéria prima
• Agilidade na produção e circulação
Filosofia
• Desperdício é igual perda de esforço, de materiais e de tempo
• Tudo que gerar custo e não agregar valor deve ser eliminado
• Por esse motivo também é conhecido por Lean production
Sete Desperdícios

• Superprodução
• Tempo disponível (espera)
• Transporte
• Processamento
• Estoque disponível
• Movimento
• Fabricação de produtos defeituosos
Superprodução

• Produzir além do volume programado ou requerido


• Antes do momento necessário

Sobra de Peças ou
produtos no
estoque
aguardando uso
Tempo disponível (espera)

• Momento do aguardo do término de uma operação já iniciada, até que a


máquina, dispositivos e/ou operador estejam disponíveis para o reinício da
operação
• Durante a espera do lote até que todas as peças tenham sido processadas
• Na espera do operador junto à máquina acompanhando ou monitorando o
processamento do início ao fim ou devido ao desbalanceamento de
operações
Transporte

• Não agrega qualquer valor a produção, o ideal seria sua “completa


eliminação”
• Utilização de dispositivos que otimizem o transporte (esteiras rolantes,
braços mecânicos, talhas)

Desperdício que
consome maior
tempo de
fabricação
(45%)
Processamento

• Ocorrem por falhas no projeto original


• Podem ser eliminadas sem afetar características do produto/serviço

Ex: o número de figuras


estampadas em uma chapa
metálica menor do que o
máximo possível
Estoque disponível

• Redução gradativa dos estoques intermediários


• Ao mesmo tempo, identificação de problemas “escondidos” por trás do
estoque

Enquanto no ocidente este


seria um “mal necessário”,
no STP este pode esconder
ineficiências.
Movimento

• Transportar sem sentido, trocar de mãos por exemplo, são movimentos


desnecessários que nada agregam
• O STP sugere melhorias na movimentação do operário, mudança nas rotinas
das operações e ainda mecanização de operações

“Independente do quanto os operários se


movimentam, não significa que o trabalho tenha sido
realizado. Trabalho significa que foram feitos
progressos” - Ohno
Fabricação de produtos defeituosos

• Produtos que se apresentem características de qualidade fora de


especificações ou padrão estabelecido

O STP recomenda
controle de
qualidade durante
todo o processo
Técnicas Disseminadas
• Kaizen
• Just in time
• Círculo de Controle da Qualidade (CCQ)
• Kanban
• Programa 5S
Resultados

• Empresas ao redor do mundo começam a implementar as técnicas


• Redução de 50% do trabalho direto e 67% dos defeitos
• Redução de estoque e espaços na fábrica
Os Pilares da Produção Enxuta

https://www.youtube.com/watch?v=zUYiWjdw9oo
Engenharia de Produção

Sistema Puxado versus Empurrado

JIT e a
Utilização da
Capacidade

https://www.youtube.com/watch?v=PbmotQJNr5E

Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI) “Padre Sabóia de Medeiros”


Programação Nivelada (Heijunka)
Ferramentas para Eliminação de Desperdícios

Mapeamento do fluxo de valor


Ferramentas e Técnicas JIT
Sistema de Controle da Produção
Kanban
Kanban de
movimentação ou
transporte

Kanban de produção

Kanban do fornecedor

https://www.youtube.com/watch?v=cfLjtiFbia4
Eliminação de Desperdícios

O coração da filosofia JIT:


X
Referências

DAFT, R. L. Organizações: teoria e projetos. Cengage Learning, São


Paulo, 2010.

GALBRAITH, J. DOWNEY, D. KATES, A. Projeto de Organizações


Dinâmicas. Porto Alegre, Bookman, 2011.

MINTZBERG, H. Criando Organizações Eficazes. São Paulo, Atlas, 2017.

MAXIMIANO, A.C.A. Teoria Geral da Administração. São Paulo, Atlas,


2012.

WOMACK, J.P.; JONES, D.T.; ROSS, D. A máquina que mudou o mundo.


São Paulo, Campus, 1992.
Referências

• <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/toyotismo.htm>.
Acesso em: 29 de março de 2017.

• <http://www.infoescola.com/administracao_/toyotismo>. Acesso em: 29


de março de 2017.

• <https://seminario2016.ccsa.ufrn.br/assets/upload/papers/dd79c576aa
c405736ad9f6a075402779.pdf>. Acesso em: 29 de março de 2017.
Referências

MARX, R. Trabalho em Grupos e Autonomia como Instrumentos de Competição. São Paulo, Editora Atlas, 2ª edição
(2010).
- TAYLOR, F.W. Princípios de administração científica. São Paulo, Editora Atlas, 1998.
- OHNO, T. O sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre, Editora Bookman, 1997
(reimpressão 2004).
- WOMACK et al. A máquina que mudou o mundo. São Paulo, Editora, 1992.
- FLEURY, A.C.; VARGAS, N. (orgs.) Organização do trabalho. São Paulo, Editora Atlas, 1987.
- MARX, R. Trabalho em grupos e autonomia como instrumentos de competição: Experiência internacional, casos
brasileiros, metodologia de implantação. São Paulo, Editora Atlas, 1997.

Você também pode gostar