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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADE

CURSO:
Contabilidade e Finanças

CADEIRA:
Noções de Comércio

TEMA:
Introdução a Noção de Comércio

Discentes:
Ângelo Petula
Clerica Lucas Sainda
Delicia Jorge Muna
Sacelina Cunhane
João Romão

Docente:
Dr . Custodia Lourenço
a

Beira, Agosto,2022

1.0. INTRODUÇÃO A NOÇÕES DO COMERCIO


A partir do momento em que a população europeia cresceu demais para se restringir aos
feudos, a Idade Média foi abalada. Afinal, a falta de espaço nas vilas interioranas
resultou em um êxodo rural. Dessa forma, as pessoas migraram em massa para as
cidades, que eram chamadas de burgos.

Ali haviam pequenos mercados, onde comerciantes expunham e trocavam produtos.


Com o passar do tempo, esses barganhadores prosperaram, enriqueceram, surgindo aí a
burguesia e avançando rumo à Idade Moderna. Curiosamente, de forma paralela
ao renascimento cultural, houve o renascimento comercial.

Essa mesma burguesia financiou não só a expansão comercial marítima, como também
a Revolução Industrial inglesa. Sendo assim, no século XVIII, o mercado se abriu para
novos produtores e consumidores, pois nasceu a indústria. Isso significa que a
manufatura deu lugar à produção em larga escala.

Em suma, precisou-se vender as mercadorias produzidas em série e, para isso, criaram


um novo sistema de comercialização. Aliás, essa fome inglesa por mais consumidores
mudou a história, visto que incentivou até mesmo a abolição da escravatura para
aumentar o público consumidor

1.1. Surgimento do comércio

Historicamente, fala-se que o comércio surgiu a partir dos processos de trocas na


antiguidade, quando determinados grupos trocavam suas produções por outros objetos
de interesse. E a ideologia do comércio é justamente esta, trocar uma coisa por outra.
Atualmente, trocamos produtos e serviços por dinheiro.

1.2. Conceito comercio

A palavra comércio deriva do latim "commercium" que é um composto de cum (com) e


de mercis (mercadorias) e que significa troca de mercadorias.

Comércio Grossista – É quando o grossista contacta directamente com o produtor e


reúne, por vezes produções que se encontram dispersas.
Ex: Batata, que se encontra dispersa por vários produtores, cabendo ao grossista reunir
todas as produções. -> Makro
Comércio retalhista – quando o retalhista adquire os produtos junto do grossista,
oferecendo-o aos consumidores nos locais e nas quantidades que eles necessitam. O
retalhista contacta com o consumidor final.Ex: Frescos ->

Comércio retalhista.
Circuitos de distribuição: São as etapas percorridas pelos bens ou serviços, através de
diversos agentes económicos com diferentes funções, desde o seu lugar de produção até
serem colocados á disposição do consumidor.

Estes são caracterizados pela sua extensão.


Circuito ultra curto, quando o produtor oferece directamente os seus produtos aos
consumidores. É o caso da venda á porta da fábrica, podendo o consumidor final
comprar os produtos directamente ao produtor. Ex: Vendas ao domicílio, vendas por
correspondência, avon, círculo de leitores, tupperware, entre outras.

Circuito curto, quando o numero de intermediários entre o produtor e o consumidor se


reduz apenas ao retalhista, assumindo neste caso o produtor em função de grossista.
No circuito longo, quando intervêm dois ou mais intermediários desempenhando
diferentes funções que estabeleçam ligações entre o produtor e o consumidor.

1.3. Classificação do comércio

Consiste na atividade de compra e venda de mercadorias praticada entre países. ... As


mercadorias são vendidas em grandes quantidades, em geral para os comerciantes que a
revendem aos consumidores finais. O comércio é essencialmente troca, troca
econômica, compra e venda de bens, serviços e/ou valores por outros bens, serviços
e/ou valores, intermediada hoje em dia, em sua quase totalidade, pela moeda ou
documento que a represente. trata-se de atividades relacionadas a economia formal, o
que significa dizer que são aquelas atividades econômicas que foram registradas de
acordo com a lei, são regulares e cumprem as obrigações fiscais.
1.4. Função do comércio

O comércio  tem como a funcao de movimentar diferentes produtos, com uma


finalidade lucrativa, através da troca, da venda ou da compra de mercadorias

1.5. Importância do comércio

Tipo de cA grande importância do comércio reside na troca de bens e serviços entre


pessoas, empresas, regiões e até paises, e não apenas permite comprar e vender produtos
ou serviços que não são produzidos localmente, mas também é a atividade econômica
que permite ao ser humano entrar em contato com outras sociedades.

Importância do comércio

O comércio é uma atividade que os seres humanos realizam desde muito cedo, desde
que entenderam que nem tudo o que uma comunidade precisa pode ser produzido
localmente e que, então, é necessário trocar seus próprios produtos por aqueles de
interesse.

A importância do comércio para o ser humano é muito profunda, pois não tem nada a
ver com o econômico, mas também com o social e cultural.

É do comércio que uma sociedade pode entrar em contato com outra, no momento em
que é reconhecida como não auto-suficiente e começa a procurar espaços ou
comunidades que possam fornecer o que falta; independentemente do tipo de governo,
religião, cultura ou modo de vida que eles levam.

O comercio também é extremamente importante em termos de políticas econômicas


pelo Estado, para evitar crises, situações de emergência etc.

A transferência de conhecimento é outro aspecto importante do comércio. Inclui não


apenas a transferência de tecnologia de ponta para fabricação e processamento, mas
também a transferência de conhecimento técnico e comercial.
Assim podemos concluir qual é a grande importância do comércio, que não somente se
trata de uma troca de bens e serviços, também incluí uma troca de conhecimentos, social
e culturalomércio

1.6. Tipos de comércio

Os principais tipos de comércio são o varejista e o atacadista, que vendem


respectivamente para o consumidor final e para revendedores.

O comércio retalhista, de forma a obter melhores resultados, organiza-se de várias


formas:
 Comércio independente
 Comércio integrado
 Comércio associado

Comércio independente: Constituído na maioria na grande maioria das vezes por


empresas familiares, de dimensões relativamente pequenas, onde empregam um
reduzido numero de trabalhadores, ou até mesmo nenhum, pois encontram-se a cargo do
próprio proprietário e operam normalmente num único ponto de venda.
Este comércio encontra-se espalhado por centros habitacionais, junto dos consumidores
ou em pequenos centros urbanos.
Encontramos vários exemplos desta forma de comércio nos centros habitacionais, junto
dos consumidores, apresentando algum grau de especialização.
O ponto de venda dedica-se, em geral á comercialização de um tipo de produto.
Ex: Lojas de ferramentas, minimercados, lojas de roupa ou até o caso do comércio
ambulante ou itinerante.

Comércio associado: O comércio associado compreende empresas que mantêm a sua


independência jurídica, associando uma ou mais actividades, de modo a obter
vantagens, e a competir com o comércio integrado.

Estas associações de comerciantes, têm como objectivo efectuar compras em conjunto e


obter preços mais baixos, devido ao grande volume de compras, que nunca
conseguiriam assegurar isoladamente.
Desta forma, podem desenvolver operações promocionais de maior escala, conhecer
melhores mercados e gerir mais racionalmente os stocks, o que também isoladamente se
tornaria mais difícil.
Comércio integrado ( ou organizado): Este tipo de comércio, devido á sua grande
dimensão, reúne as funções grossista e retalhista, explorando cadeias em pontos de
vendas identificados pela mesma insígnia, e, aplicando politicas comuns de gestão.
Como os supermercados Pingo Doce A.C. Santos, ou do Orfeu, da vobis, da worten,
entre outros.

Dentro do comércio integrado temos:


Os grandes armazéns: Oferecem no mesmo local diversas categorias de produtos
arrumados em secções, funcionando cada secção quase como uma loja especializada.
-Neste tipo de comércio, o consumidor encontra uma grande variedade de produtos no
mesmo sitio, como no caso do “el corte inglês”, “printtemps” ou “harrods”.

Os armazéns populares: constituem uma versão menos sofisticada dos grandes


armazéns, já que se dirigem a clientes com menor poder de compra ou que pretendem
gastar menos.
Apresentam uma variedade reduzida, vendendo em geral em livre serviço para reduzir
custos e oferecer preços mais baixos.
Ex: paga pouco, dia, minipreço.

As grandes superfícies generalistas: Lojas de grande dimensão, oferecendo uma


grande variedade e diversidade de bens, sobretudo alimentares e de higiene.
(São consideradas grandes superfícies quando a sua área é igual ou superior a 2000 m2.)
Ex: Continente, Jumbo, Carrefour.

As grandes superfícies especializadas: São lojas de grande dimensão, dirigidas para


uma mesma gama de produtos, bastante especializada. Ex: “ Toys ‘R’ Us” brinquedos,
Ikea na decoração, Aki de bricolage, entre outros.

Franchising

Onde empresas que, apesar de serem jurídica e independentes umas das outras , estão
ligadas por contrato á empresa mãe – O franqueador – aplicando politicas de gestão
comuns.
1.7. Comercio internacionais vantagens e desvantagens

Comércio Internacional

De uma forma resumida o comércio internacional é o conjunto de operações


comercializadas e realizadas entre países que são regidos por normas estabelecidas em
acordos internacionais. O conceito pode-se referir tanto à circulação de bens e de
serviços como o movimento de capitais. 

importância do comércio internacional

A importância do comércio internacional para a economia de um país deve-se a diversos


fatores. Entre eles estáo a garantia da venda do excedente de produção de um
determindado país, ao mesmo tempo em que permite que o mercado consumidor tenha
acesso a mercadorias não disponíveis localmente.

Diferença entre comércio exterior e comércio internacional

Embora semelhante, o conceito de comércio internacional não deve ser confundido com
o comércio exterior. A diferença entre os dois estão nas normas que os regem.

Vantagens do comercio internacional

Uma oportunidade de comércio internacional pode ser um momento especial de


estímulo e expansão para sua empresa. Vamos ver o seu lado positivo.

novos investidores

O primeiro resultado positivo que pode ser considerado ao se iniciar no comércio


internacional é a atração de investidores em nível global. Dar-se a conhecer no
estrangeiro coloca necessariamente o seu produto numa grande montra de dimensões até
agora inexploradas. Eles estarão interessados em seu empreendimento e alianças podem
até ser forjadas de país para país. Crescimento da marca, mercado e competitividade.
Competitividade

Falando em competitividade, essa é outra das consequências desejáveis do comércio


exterior. Talvez em seu próprio país você tenha se acostumado a agir dentro dos limites
de determinados preços estabelecidos pelo fornecedor nacional. Mas no exterior pode
haver outros fornecedores que ofereçam matéria-prima a um custo mais acessível.

Isso aumenta decisivamente a competitividade do seu produto no mercado, juntamente


com o prestígio de ser consumido em diferentes latitudes. Ambas as coisas garantem a
sua marca nos palcos nacional e internacional.

Alto número de novos empregos

Uma consequência direta da internacionalização de uma empresa é a necessidade de


abranger um número considerável de empregos devido ao aumento do volume de
produção e logística. Esse processo também ocorre, é claro, em empresas aliadas do país
em que você está se abrindo para o mercado. Um ganha-ganha para ambas as
organizações e até mesmo para ambos os países.

Benefícios

Uma abertura do mercado internacional bem gerida garantirá, sem dúvida, benefícios
na receita final. Novos investidores, grande número de empregos, concorrência
impulsionada por custos mais baixos e ganho de prestígio como uma startup global,
estabelecerão seu produto como nunca antes.

Desvantagens do comercio internacinal

Mas nem tudo é rosa. No mundo do comércio internacional pode haver obstáculos e
incertezas que precisam ser levados em consideração antes de considerar o processo.

Língua

Esta seção pode parecer óbvia, mas em muitas ocasiões é negligenciada dentro do
entusiasmo impulsivo do empreendedorismo. Não ser capaz de comunicar os requisitos
ou não ser capaz de ouvir as preocupações por não saber como superar a barreira do
idioma pode ser catastrófico. Certifique-se de ter habilidades básicas no idioma ou
encontre profissionais para apoiar seus esforços.

Regulamentos

Diferentes países podem ter custos mais atrativos em diferentes instâncias, mas também
regulamentações legais específicas de seu território que podem dificultar ou mesmo
inviabilizar uma operação comercial. Informe-se sobre a legislação local antes de
apostar tudo no exterior.

Lentidão

Nada é de curto prazo na adaptação ao comércio internacional. A nível logístico, é


impossível esperar lucros da noite para o dia, tendo que estabelecer alianças necessárias,
fornecimentos e um grande número de colaboradores. Se você busca
crescimento instante, a adaptação ao comércio internacional não é o caminho.

1.8. Comercio electrónico ( E-commerce) com principio de Adam Smith Suas


teorias.

E-commerce

O comércio eletrônico é uma variante do comércio no qual os produtos são vendidos


pela internet. Nesse sentido, podemos descrevê-lo como qualquer negócio ou transação
comercial que inclua a transferência de informações financeiras de modo online. Ao
contrário do comércio tradicional entre dois lados, ele permite que consumidores
individuais troquem valor por bens e serviços com poucas ou nenhuma barreira.
O comércio eletrônico também mudou a forma como as economias conduzem o
comércio. No passado, as vendas entre regiões diferentes representavam muitos
obstáculos logísticos, tanto por parte do comprador quanto do vendedor. No entanto,
essa barreira ficou no passado com o surgimento de diversas empresas que facilitam
essalogística.
Isso criou um ambiente onde qualquer empresa pode se beneficiar com o comércio
eletrônico. Ou seja, mesmo os proprietários de pequenos comércios têm a chance de
comercializar para clientes de qualquer lugar e atender pedidos internacionais.
Principios Adam Smith
Os estudos sobre comércio global, basicamente, iniciam-se a partir do capitalismo
industrial da Inglaterra, no século XVII, momento em que teóricos passam a criticar o
modelo mercantilista estabelecido, modelo este que buscava a intervenção do governo
no sentido de favorecer a exportação e desencorar a importação, privilegiando a entrada
de metais preciosos no país. A preocupação da burguesia era a escassez de ouro e prata
na Europa, conforme SILVA (2016, pp. 40/41).
Nessa linha, destacam-se os estudos de Adam Smith (1723-1790), com sua crítica ao
mercantilismo, marcando a fase das teorias clássicas. Smith desenvolveu a teoria
acreditando no livre comércio e que as forças de mercado impulsionam os preços e as
trocas, favorecendo a prosperidade de um país. Firmou a teoria das vantagens
comparativas absolutas, prevendo que um país deveria se dedicar a produzir aqueles
produtos em que tinha mais abundância de recursos para a sua produção, enquanto não
deveria se preocupar com outros em que teria mais gastos para produzir. Assim, um país
deveria importar aqueles produtos em que o preço seria mais barato do que a sua
produção. A teoria de Smith está limitada aos fatores que leva em consideração na
análise comparativa, fixando-se apenas na questão dos recursos naturais, clima ou na
vantagem adquirida em tecnologia e habilidades (Open. Cit.).
Resumindo a teoria de Smith, GASTALDI (2005 – Apud SILVA) preleciona:
Considerado o precursor da teoria econômica, o pensamento de
Adam Smith reúne um conjunto científico sistematizado, com um
corpo teórico próprio. Em 1776, com “A Riqueza das Nações”,
Smith fez uma espécie de tratado sobre questões econômicas,
fazendo considerações de aspectos monetários, de preços e da
distribuição do rendimento da terra. A hipótese de haver uma
“mão invisível” na economia foi sua contribuição mais
conhecida. Esse axioma (da “mão invisível”), de um lado,
representava uma síntese entre o individualismo metodológico e
por outro lado, a concepção naturalista da sociedade. O
pensamento de Smith levava a crer que o exercício desimpedido
das pulsões individuais para a troca deveria produzir uma ordem
próspera e harmônica, correspondendo a uma vocação “natural”
da vida em sociedade (Open. Cit. p.42).
Embora seja difícil concentrar em pouco texto as principais teorias a respeito do
comércio internacional, temos importante ressaltar que na teoria clássica sobressai o
princípio da vantagem comparativa, que supõe serem as trocas de produtos
internacionais o resultado da diferença entre os custos de sua produção, preocupando-se
inicialmente com o enfoque da oferta tão-somente, como nos refere o Professor
REINALDO GONÇALVES.
Segundo referido autor (2019, p. 2/3), na origem desse princípio está a teoria de DAVID
RICARDO, que considera importante em seus estudos o valor do trabalho. É necessário
ter em vista os custos da produtividade relativa ao trabalho, pois esta varia de país para
país, conforme suas diferenças e investimentos em tecnologia. Essa teoria faz uma
crítica a Adam Smith que previu a vantagem comparativa absoluta em seus estudos, não
levando em consideração todas as diferentes funções de produção de país para país.
Resume o modelo clássico de comércio global citando RICARDO:

Parece-nos, portanto, que um país que possua vantagens consideráveis em maquinaria e


qualificação [do trabalho], e que, por isso mesmo, esteja apto à manufatura de bens com
muito menos trabalho que seus vizinhos possua, em troca por tais bens, importar uma
parte dos cereais necessários ao seu consumo, mesmo que sua terra seja mais fértil e que
os cereais pudessem ser cultivados com a utilização de menos trabalho do que no país
do qual ele é importado.

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