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MANUAL APRENDIZAGEM

MUNDO ATUAL – 1º ANO


2º MÓDULO - PUBLICIDADE

PUBLICIDADE- UM DISCURSO DE
SEDUÇÃO

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Ficha Técnica

Objetivos e Condições de Utilização


O formando deverá complementar os conhecimentos adquiridos e retidos durante a sessão
com a leitura do presente Manual.

Contém todos os temas abordados durante o curso, devendo ser um suporte ao estudo a
desenvolver pelo formando, bem como um reforço aos conhecimentos adquiridos durante a
sessão.

A leitura do Manual não invalida que o formando não aprofunde os seus conhecimentos,
através da consulta da bibliografia recomendada ou de outros que julgue convenientes.

Conteúdos do Manual:

 Meios de comunicação de massa: publicidade;


 Mercado e publicidade;
 Conhecimento e caracterização dos destinatários na construção da mensagem
publicitária;
 Produtos publicitários destinados a jovens;
 Construção de identidades em função de modelos e de estereótipos;
 Elementos fundamentais da estrutura de um anúncio;
 Imagem, texto oral e/ou escrito, duração e som;
 Lei da publicidade.

Fontes Bibliográficas:

 http://mundoactualapief.blogspot.pt/2011/06/1ano-unid32-publicidade-um-discurso-
de.html;

 JHALLY, Sut, Os Códigos da publicidade, Edições ASA, Porto,1995.

 http://www.slideshare.net/jrsousa/objectivos-e-funes-da-publicidade

 PINTO, Alexandra Guedes, A Publicidade moderna, Porto Editora, Porto, 1997.

 FILHO, Ciro Marcondes, Linguagem da sedução, Editora Perspetiva, São Paulo, 1998.

 www.forma-te.com.

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Índice

1. Consumo de massas Pág. 4

2. Sociedade de Consumo Pág.4

3. Meios de Comunicação em Massa Pág.9

4. Tipos de publicidade Pág.21

5. Funções da publicidade Pág.22

6. Objetivos da publicidade Pág.22

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Sociedade de Consumo
Definição: Termo utilizado em economia e sociologia, para designar o tipo de sociedade
que se encontra numa avançada etapa de desenvolvimento industrial capitalista e que se
caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços, disponíveis graças à elevada produção
dos mesmos.

A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do mundo


desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os
padrões de consumo estão massificados.

Sociedade de Consumo e a sua Origem

De acordo com pesquisas poderíamos apontar dois momentos para a transformação da


sociedade capitalista industrial em uma sociedade de consumo:

Nas últimas décadas do século XIX, combinando a unificação da Itália e sobretudo da


Alemanha, o primeiro disparou o crescimento mercantil, industrial e técnico-científico (Segunda
Revolução Industrial), o segundo contribuiu para que se estabelecessem legislações que fizeram
aumentar os salários.

Características da sociedade de consumo

 A oferta excede a procura, o que implica o recurso a estratégias de marketing para


escoar a produção;

 Oferta de bens, produzidos a baixos custos que resultam da produção em série, atrativos
e de duração efémera pois as necessidades de produzir e escoar são permanentes;

 Sociedade com padrões de consumo massificados devido ao tipo de oferta e tipo de


pressões exercidas sobre o consumidor

 A publicidade sugere modelos de comportamento a seguir.

Produtos de «Ontem» e Produtos de «Hoje»

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Consumo de massas

Comportamento típico das sociedades de consumo que se manifesta por um consumo


massificado de bens normalizados de curta duração e acessíveis à generalidade da população.

Consumismo

Conjunto de comportamentos e atitudes suscetíveis de conduzir a um consumo sem


critérios, compulsivo, irresponsável e perigoso.

Consumerismo

Designa a organização dos consumidores, a formação de associações e o


desenvolvimento dos respetivos meios de informação e de ação com a finalidade de verem
reconhecidos os seus direitos.

O Consumerismo pretende:

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 Criar o equilíbrio entre consumidores, produtores e distribuidores;
 Participar nas decisões económicas e sociais que afetam os consumidores;
 Intervir no sentido da preservação do meio ambiente;
 Informar e proteger o consumidor.

Sociedade de Consumo

Impacto positivo ou negativo na economia?

Vantagens

A sociedade de consumo é consequência do alto desenvolvimento que chegou a


determinadas sociedades. Por sua vez, possibilita que um número cada vez maior de pessoas
adquiram bens cada vez mais diversificados, desta forma, facilitando o acesso a uma maior
quantidade e qualidade de produtos por uma parte maior da sociedade, se estaria produzindo
uma maior igualdade social.

Desvantagens

Os consumidores finais perdem as características de indivíduos para passarem a ser


considerados uma massa de consumidores que se pode influir através de técnicas de
marketing, inclusive chegando a criação de "falsas necessidades" entre eles.

Do ponto de vista ambiental, a sociedade de consumo se vê como insustentável, posto


que implica um constante aumento da extração de recursos naturais, e do despejo de
resíduos, até o ponto de ameaçar a capacidade de regeneração da natureza desses mesmos
recursos imprescindíveis para a sobrevivência humana.

Se a maioria da população mundial alcançar um nível de consumo similar ao de países


industrializados, recursos de primeira ordem se esgotariam em pouco tempo, o que envolve
sérios problemas económicos, éticos e políticos.

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Por último, uma das maiores críticas a sociedade de consumo, vem de quem afirma que
esta converte as pessoas a simples consumidores que encontram o prazer no mero consumo
por si só, e não pela vontade de possuir o produto.

Análise de um Artigo da Revista Visão

“Os Portugueses, a Europa e a Sociedade de Consumo”

Os Portugueses, a Europa e a Sociedade de Consumo

Até ao 25 de Abril os Portugueses viviam numa normal austeridade fruto da pedagogia do fascismo: pobrezinhos e
poupadinhos, sabendo que mais não havia a esperar da vida.

Sabiam que existiam ricos, alguns conheciam-lhes os nomes e muito poucos sabiam a dimensão das suas fortunas. Era
uma coisa que nem sequer se davam ao trabalho de imaginar porque estava para além das suas perspetivas, quase um direito
divino de alguns. Quer dizer, a vida era assim...

Com o 25 de Abril viveram uma certa e natural euforia tendo a certeza que agora a vida ia mudar. Iam todos viver melhor
e ter o que nunca imaginavam um dia vir a ter.

Para além da Liberdade, ainda não sabiam muito bem a que iriam ter direito, mas que ia mudar para melhor não havia
dúvida.

Assim viveram os primeiros anos de Democracia, conquistando uns direitos e alguma qualidade de vida, até que um dia
lhes disseram que tudo estava muito mal, que afinal tinham de passar alguma privações e pedir a uma coisa chamada FMI dinheiro
emprestado para endireitar aquilo que pensavam que estava a ser bem governado.

'Pelos vossos filhos e netos privem-se lá para que eles vivam um futuro radioso e sem problemas' - disseram-lhes.

'Então está bem, também não temos muito a perder' – responderam

Concertado o desconcerto, conforme também lhes anunciaram, agora iam todos entrar para a CEE onde estavam os
Países mais ricos do Mundo e serem como eles, tanto mais que os tais ricos gostavam tanto deles que até lhes dariam montanhas
de dinheiro todos os dias para viverem melhor e terem todos um futuro sem problemas.

Então lá foram todos, quase todos muito contentes e expectantes da riqueza que aí vinha.

A tudo isto se juntou a promoção por todas as entidades públicas das virtualidades da sociedade de consumo e da
facilidade de crédito para suportar tais gastos para terem o que nunca se tinham atrevido a sonhar. Até parecia que eram ricos.
Quer dizer, quase que viviam como os ricos.

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Mas o que parecia natural mas não era, é que alguém se esqueceu que quem vivia com pouco dinheiro e de repente se vê
com a facilidade de ter muito de repente ou está avisado ou quem lhes empresta deveria avisá-lo para ter cuidado. É que até
poderia vir a ter uma congestão.

Mas também era verdade, a sociedade de consumo autorregulava-se e portanto não era preciso avisar ninguém porque
eram todos pessoas de bem e ninguém enganaria ninguém.

Por outro lado, o Estado que tem lá pessoas todas muito competentes e sérias que até foram eleitas, também começou a
pedir emprestado um pouco assim à toa.

Até que um dia começou a surgir uma crise internacional provocada por uns senhores que mexiam em montanhas
astronómicas de uma coisa parecida com dinheiro, mas que afinal não era.

Ainda hoje muitos se perguntam como é que mexendo numa coisa que não é dinheiro se provoca uma crise financeira ou
seja de dinheiro.

E daí começaram a aumentar os juros de tudo e das casas, situação para a qual nunca ninguém tinha avisado que poderia
acontecer, nem sequer aqueles que emprestaram o dinheiro. O que não faz nenhum sentido porque quem empresta, normalmente
quer ser pago e com juros do que emprestou, para além de avaliar muito bem se, a quem empresta, todos os meses lhe consegue
pagar.

Parece então que não foi assim, nem com os Portugueses mais normais, nem com o Estado.

...E um dia, para além de muitos Portugueses começarem a não conseguir pagar os créditos e as prestações das casas,
parece que o Estado também poderá vir a estar nessa situação. Um problema maior porque parece que a crise também é muito
por responsabilidade dos Portugueses, quer dizer Nacional, e os Portugueses afirmam que não sabiam de nada.

Até uns senhores começaram a dizer que os Portugueses andavam a viver acima das suas possibilidades, que não podiam
continuar assim, quase que lhes chamando malandros por viverem dessa forma gastadora, quando apenas aceitaram os produtos
que lhes ofereceram, sem muitos problemas nem perguntas, e agora até apregoam que nas próximas décadas muitos vão mesmo
empobrecer, sem volta a dar, e que sem sacrifícios muito mais sérios os filhos dos Portugueses nem sequer verão um dia o sol do
tal futuro radioso.

Isto chegou ao ponto de um ex-ministro, em entrevista na rádio, chamar aos Portugueses 'pobres e pindéricos' porque em
comparação com os alemães, que parece que o não são, não estavam a fazer nada, quando os ricos já estavam a apertar os
cordões à bolsa.

Mas então que sentido é que isto faz?

Quem é que andou a brincar com a vida das pessoas?

Onde é que está o responsável por tudo isto porque para começar quero chamar-lhe uns nomes, só para descontrair e
arrefecer um pouco, e depois quero perguntar-lhe, agora já com mais cabeça, como é que vai resolver isto, dado que foi ele que um
dia disse aos Portugueses que primeiro com sacrifícios e depois com consumo sem problemas, todos passariam a viver como os
Países Ricos da Europa, tanto que até tinham a mesma moeda e tudo.

Fonte: http://aeiou.visao.pt/os-portugueses-a-europa-e-a-sociedade-de-consumo=f562488

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Meios de Comunicação em Massa: Publicidade

Natureza e Importância da Comunicação

“Comunicar é tornar comum uma informação, uma ideia ou uma atitude.”

Processo de Comunicação

O Sistema de Comunicação

Quem Comunica? (dirigentes, pessoal de empresa, publicidade)

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A Quem (qual o publico alvo)

O Quê? (a mensagem que se quer transmitir)

Como? (qual o canal/quais)

Com que Resultado (os objetivos foram alcançados)

Condições de uma boa Comunicação

Não querer dizer demais

Quanto mais complexa é a mensagem emitida, menos oportunidades têm de ser


percebida, compreendida e retida pelo destinatário.

A Repetição e a Redundância

É preciso repetir sem cessar a mesma mensagem, para que ela tenha uma hipótese de
se impor num universo extremamente concorrencial.

A repetição é um princípio sobretudo da comunicação publicitária, as outras formas de


comunicação, funcionam mais pelo princípio da redundância: Diz-se a mesma coisa de forma
diferente.

A continuidade e a duração

A repetição e redundância supõem que as ações de comunicação se desenvolvam na


continuidade.

A Obrigação da Verdade

A verdade deve ser respeitada, em relação ao produto, à empresa e aos consumidores


(a comunicação politica, é muitas vezes um exemplo de comunicação que não respeita a
“verdade do produto” - promessas eleitorais).

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A Coerência Global

É necessário assegurar a unidade e a coerência das mensagens emitidas, que devem ser
convergentes ou complementares e não contraditórias.

Meios de comunicação de Marketing

 Os meios de comunicação de que pode dispor uma empresa são muito numerosos ou
variados;
 Alguns meios são impessoais, não envolvem um contacto direto, cara a cara, entre o
emissor e o recetor da mensagem, é o caso da publicidade dos mass média;

Principais meios de comunicação

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Os meios de comunicação, são aqueles cuja função é comunicar, são:

 Publicidade pelos mass média: televisão, imprensa, rádio, outdoors e


cinema;
 Publicidade em locais de venda (PLV)
 A comunicação não publicitária, cuja principal ferramenta são as
relações públicas.

Publicidade nos media

Características

o Permite alcançar muitos públicos;


o O acesso aos media é caro mas o custo no contacto é fraco;
o A publicidade funciona segundo o princípio da repetição;
o A publicidade oferece uma mensagem simples, forte e única;
o A mensagem é perfeitamente controlada pelo anunciante

Mecanismos de ação da publicidade nos media

A publicidade nos media emite mensagens com o objetivo de exercer uma influência
sobre o espírito das pessoas a quem são dirigidas e sobre seus comportamentos efetivos.

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Mecanismos Psicológicos através dos quais a publicidade é suscetível de influenciar as
pessoas

Notoriedade

Consiste em tornar o nome da marca familiar e presente no espírito dos potenciais


clientes.

Informação Factual

Cujo objetivo é difundir informações simples a uma população alvo de modo a modificar
comportamentos

Persuasão

Tipo de publicidade que tem por objetivo convencer os seus destinatários que a compra
de determinada marca lhes será útil ou agradável.

http://www.youtube.com/watch?v=wcaFAhVAqw8&feature=related

A emoção, o desejo, o sonho

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Associar marca a atributos imaginários, símbolos valorizadores ou ainda sonhos ou
emoções agradáveis, que por um processo mental inconsciente tornam o produto desejável
aos olhos dos clientes.

http://www.youtube.com/watch?v=NzInAU6H86I&feature=related

A publicidade deixou de ser o emissor que transmite o seu produto aos consumidores
quase passivos. O técnico de publicidade está ali para ativar a necessidade de compra pelo
público, para encontrar estratégias que facilitem a sua aquisição. Estas estratégias deverão
integrar, cada vez mais, as tecnologias do seu tempo.

Os Mass Media e a publicidade

A integração dos "media" de comunicação do nosso tempo na publicidade é uma


exigência que nos advém do "ser consumidor" e do "ser produtor nos dias de hoje.

Importância dos mass media na publicidade

Podemos dizer que os meios audiovisuais que mais impactos continuam a exercer na
publicidade são aqueles que apostam no som (áudio), no grafismo (scripto) e na imagem.

Estes podem associar-se em meios audiovisuais em que predomina o som e a imagem;


scriptovisuais em que predomina o grafismo e a imagem e o áudio-scripto-visual em que se
congregam numa sintonia perfeita, som, imagem e escrita.

A Rádio

 Na rádio a mensagem tem geralmente um tom íntimo e personalizado. O produto


descreve-se, mas não é visualizado. Por outro lado, permite selecionar o tipo de
audiência mais conveniente e divulgar uma grande variedade de mensagens.
 Facilidade para escutar rádio é muito grande, já que a sua escuta permite várias
ocupações em simultâneo, o que não acontece com os outros meios.

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 Por outro lado, o seu baixo custo, a existência dos mesmos em todos os lares, o fácil
transporte, permitem que as mensagens via ondas hertzianas sejam armazenadas e
cheguem a todo o lado, acessíveis ao mais rico e ao mais pobre.
 A interatividade do público na rádio já é um facto do dia-a-dia; recetores tornam-se
emissores pelo telefone e são, assim, cada vez mais participativos no processo da
comunicação, tornando este meio, provavelmente, o mais interativo de todos os
meios
Características

Flexibilidade temporal - O prazo de tempo necessário para a entrega da mensagem


publicitária antes da sua emissão é curta;

Seletividade geográfica - Esta seletividade é grande para as emissoras ao terem um


alcance local, regional ou nacional, o que lhes permite dirigir a publicidade para onde
quiserem;

Audiência importante, fora do lar - As pessoas que passam hoje muito tempo fora de
casa têm sempre acesso a um rádio, quer na viatura quer no local de trabalho;

Facilidade de repetição das mensagens - O seu baixo custo permite-lhes uma elevada
frequência de repetição.

Imprensa

 A imprensa chega hoje a todas as classes sociais. Encontramos jornais de carácter


nacional, regional ou local.
 Hoje, a imprensa utiliza anúncios de tamanho grande ou médio, que costumam ser à
base de textos, fotografias e figuras, ocupando toda uma página ou parte da mesma
ou anúncios gerais de tamanho mais pequeno.
 Nas revistas aparece geralmente uma mensagem ampla e com imagens atrativas. A
vida da mensagem é mais prolongada e o seu impacto é repetitivo.
 A cor associada à imagem e escrita exerce um grande impacto no público.

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Televisão

É um meio muito completo:

Integra a imagem, som e movimento.

É um meio que concentra à volta do pequeno ecrã um grande número de


pessoas, e que do ponto de vista publicitário facilita a rapidez de difusão das
mensagens publicitárias.

As emissões, via satélite e por cabo, fazem da televisão um fenómeno de


internacionalização e de globalização.

A televisão, faz parte da vida das pessoas em todos os países, sendo um objeto
de estimação, com o seu lugar próprio, condicionando as rotinas e a vida quotidiana
das pessoas.

Características

A sua natureza audiovisual - Esta característica da televisão proporciona uma grande


eficácia como meio publicitário sobretudo aqueles produtos em que é importante mostrar o
seu movimento ou funcionalidade através de imagens sucessivas que podem ser
acompanhadas de som e de explicações adequadas;

Grande penetração - A capacidade da televisão como meio informativo e de


entretenimento para todas as pessoas é conhecida. Não requer esforço para a ver e as
condições existentes na maioria dos lares para contemplar a sua programação faz com que
tenha uma grande penetração e chegue a um elevado número de pessoas de todas as idades;

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Possibilita uma grande flexibilidade de formas publicitárias - A televisão oferece uma
grande flexibilidade, permitindo uma grande quantidade de formas publicitárias distintas que
podem ter durações diferentes.

Cinema

Tal como a televisão, o Cinema é um meio de comunicação massivo de carácter


audiovisual, destinado a servir de informação e entretenimento ao público através da projeção
de películas nas diferentes salas de exibição, e difundido na televisão, através do telecinema.

Ainda que as películas possam constituir uma forma específica de publicidade,


sobretudo em determinados âmbitos, como no sector industrial e turístico, é a própria
concentração do público nas numerosas salas existentes o que realmente constitui um meio
de comunicação publicitária de interesse.

Características

Natureza audiovisual - A utilização de imagens, som e cor, proporciona às películas uma


grande versatilidade para poder mostrar todo o tipo de produtos e situações, o que confere ao
cinema as melhores condições técnicas de todos os meios para realizar publicidade.

Forte penetração da mensagem na audiência - As características técnicas das películas e


as circunstâncias em que tudo se passa, faz com que a publicidade tenha grande penetração
entre as pessoas que compõem a audiência.

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Mercado e Publicidade - Os destinatários na construção de uma mensagem
publicitária

A moderna sociedade de consumo é acentuadamente marcada pela publicidade, que


exerce poderosa influência sobre a vida das pessoas, seus padrões de comportamento, seus
hábitos, suas ideias e seus valores, atingindo homens, mulheres e crianças. Muitas vezes, a
mensagem publicitária tem o condão de angariar simpatia por um produto ou serviço, além de
formar ou orientar a opinião do consumidor acerca de uma empresa. Nesse contexto
socioeconómico, o indivíduo é considerado em função de suas possibilidades de consumir
produtos e serviços.

A publicidade exerce significativa influência sobre os componentes psicológicos e


emocional de seres humanos, e não de meros consumidores autómatos.

Consumos Juvenis/ Produtos Publicitários destinados a Jovens

Por consumo pode entender-se o ato de apropriação e/ou utilização (geralmente de


carácter aquisitivo, implicando uma troca) de um determinado bem ou serviço, por parte de
um ou mais indivíduos, com vista à satisfação de necessidades materiais ou não-materiais, ou,
em termos mais latos, “qualquer atividade envolvendo a seleção, compra, uso, manutenção,
reparação e destruição de qualquer produto ou serviço”.

Mesmo longe dos centros das grandes cidades, a juventude moderna vive a “era do
consumo”. A todo o momento, novos produtos são expostos como novas necessidades.
Produtos que inspiram um desejo que deve ser efémero, já que logo serão substituídos por
outros, mas que garantem a demanda para uma produção de mercadorias cada vez mais
rápida e diversificada.

Atitude não só esperada em relação aos objetos materiais como:

o Alimentos;

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o Roupas:
o Aparelhos eletrónicos;

Mas também em relação aos bens de consumo não materiais como:

o A música;
o Programas de televisão e produtos culturais diversos.
Construção de Identidades em função de modelos e de Estereótipos

A efemeridade característica dos bens de consumo é constituinte não só dos hábitos


económicos e do lazer, mas também do universo de significação e da valorização da identidade
do sujeito nessa sociedade marcada pela supervalorização do “ter” como fonte de satisfação
de desejos e afirmação da personalidade.

Essas características apresentam-se mais intensamente entre os jovens em todos


grupos sociais urbanos que utilizam os objetos para demonstrar o que são ou o que gostariam
de ser, pois estão na busca de seus pares e suas preferências que precisam ser reconhecidas. É
uma tarefa difícil, porém necessária, visto que os jovens, comparados às crianças e aos
adultos, demonstram maior necessidade de participarem de grupos nos quais possam se
identificar e nos quais buscam seus parceiros para trocas afetivas.

Através dos grupos, os jovens compartilham afeição, interesses e ideais que lhes são
fundamentais no processo de formação da sua identidade. O grupo permite amenizar a
insegurança e angustia de construir seu futuro a partir de suas próprias escolhas.

O jovem sofre, por um lado, as pressões sociais para fazer parte deste mundo do
consumo e, por outro, normalmente não conta com uma renda pessoal ou familiar que lhe dê
suporte.

As Celebridades – indivíduos promovidos pelos media como modelos de sucesso


individual e social - não podem ser considerados exemplos de valores como desprendimento,
autenticidade e o conhecimento, mas sim de valorização de um estilo de vida extravagante e
de uma instrumentalização das relações sociais que visam, cada vez mais, objetivos materiais.

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Um aspeto importante relacionado ao panorama da cultura de consumo é que as
culturas juvenis têm sido identificadas principalmente por aquilo que os jovens possuem,
usam, ou seja, seus estilos e modos de consumo, “o estilo e o visual são tornaram parâmetros
cada vez mais importantes de identidades e de apresentação do indivíduo na sua vida
quotidiana”. Assim podemos entender que, aquilo que se ‘possui’, que se ‘consome’ pode
contribuir marcadamente na constituição da identidade da comunidade juvenil. Isto pode
sugerir a ideia de que os jovens consomem não só imagens, mas também identidades, modos
de ser.

PUBLICIDADE

TIPOS:

Publicidade Outdoor
Os exemplos mais comuns são os cartazes à beira da estrada, que têm
obrigatoriamente que ser apelativos e com slogans que marquem pela originalidade. A
imagem é muito importante, visto que
determinará o interesse dos futuros
consumidores.

Publicidade Encoberta
A publicidade encoberta (em inglês product
placement ou embedded marketing) é um tipo de
publicidade em que não existem anúncios que
representem a marca, simplesmente os
patrocinadores pagam aos responsáveis por um
filme ou por uma novela, de modo a que os
atores envolvidos utilizem um produto da tal
marca no decorrer das filmagens.

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Publicidade por Causas Sociais
Esta técnica faz da publicidade um meio eficiente para
passar mensagens sobre assuntos socias importantes,
como a SIDA, conservação de energia, desflorestação,
analfabetismo, pobreza, consumo de álcool...

Publicidade Através de Celebridades


Apesar de o público estar cada vez mais alerta para certas situações em que possam
estar a ser enganados, a grande maioria continua a
deixar-se render pelas celebridades, que ao
publicitar uma certa marca ou participando em
campanhas de solidariedade a tornam bastante
mais popular.

OBJETIVOS:
 Experimentação de um produto novo;
 Dar a conhecer um produto/marca;
 Intensificar o consumo;
 Dar a conhecer determinadas características de um produto;
 Manter a preferência na marca;
 Favorecer a distribuição;
 Expandir uma linha de produtos;
 Modificar os hábitos de consumo;
 Modificar as atitudes;
 Contra-atacar a concorrência;
 Localizar novos clientes.

FUNÇÕES:

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 Informar;
 Persuadir;
 Relembrar;
 Acrescentar valor.

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Fontes Bibliográficas:

 http://mundoactualapief.blogspot.pt/2011/06/1ano-unid32-publicidade-um-discurso-
de.html;

 JHALLY, Sut, Os Códigos da publicidade, Edições ASA, Porto,1995.

 http://www.slideshare.net/jrsousa/objectivos-e-funes-da-publicidade

 PINTO, Alexandra Guedes, A Publicidade moderna, Porto Editora, Porto, 1997.

 FILHO, Ciro Marcondes, Linguagem da sedução, Editora Perspetiva, São Paulo, 1998.

www.forma-te.com.

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