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Neonarcisimo, Vazio e a Sociedade do


Consumo
Data @August 24, 2022

LIPOVESTKY, Gilles. A Era do Vazio. Prólogo (p.7-16), Cap. 3 (p. 47-74).pdf


Leituras LIPOVESTSKY, Gilles. A Felicidade Paradoxal- ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo.
Primeira parte- Cap. 1 - p. 26-37.pdf

Linha do Tempo — Gerações


1918 - geração perdida; 1929 - geração silenciosa; 1945 - baby boomers; 1960 - gen X; 2000 -
millenials e gen Z.

O que influenciam nas gerações e nas transformações para as próximas?

Contexto histórico;

Padrões/Valores;

Inovação tecnológica;

Economia.

A tecnologia altera prioritariamente a sociedade da informação; e depois a sociedade do consumo.


Apenas uma das ferramentas da transformação. A tecnologia em si não é a aunica responsável pela
transformação da sociedade.

Mas a tecnologia pós-2000, impulsiona a informação. Hoje, temos uma cessibilidade muito maior
impulsionada pela tecnologia, e dentro desse processo está a informação tudo o que
consumimos, vimos, é essencialmente informação) e precisamos digerí-las.

A tecnologia é o catalisador do processo passo de troca de valores e culturas geracionais.

Equivalente ao papel da informação nos anos 2000. A gestação da sociedade do consumo explode
nos anos 60, muito atrelada a geração X. Mas nasce em 1929, meio dormente, e vem a tona em
1945.

O consumo vem se ocntruindo entre esses períodos e tem seu ápice em 1960.

Por que entendemos que esses momentos em que ocorreram tais fenômenos?

O modo de consumo se altera com o grande salto da revolução industrial, com a massificação de
produção, assim acessibilizando e diminuindo o custo da produção. Faltando a educação do
consumo.

Ciclos do Consumo
A lógica, a capacidade de consumo e o que você consome está no centro de toda a relação.

Ciclos não substitutos, mas sim acumulativos.

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Ciclo I: 1880 - 1945
Nesse período há um primeiro salto da integração de mercados. Permitindo assima chegada de
novas tecnologias, produtos, etc.

Os grandes mercados se tornaram possíveis pelas infra-estruturas modernas de transporte e de


comunicação, permitindo assim o desenvolvimento da qualidade produtiva, distribuição dos
produtos.

Um processo embrionário ainda, tendo em vista a ocorrência das duas guerras que focavam as
indústrias do país na defesa.

Estava fortalecendo a capacidade produtiva e industrial, mas ainda escasso na lógica do


consumo.

Era necessário estimular a venda com margem do lucro, a população a consumir e baixa dos preços
— Educação do Consumo.

Entender a necessidade do produto na sua vida. Sendo ela realmente necessária ou não.

“a fase l transformou o cliente tradicional em consumidor moderno, em


consumidor e marcas a ser educado e seduzido especialmente pela publicidade.”

Além da criação do Branding — necessidade de distinguir o que as pessoas estavam consumindo.

Identificação dos produtos e origens — necessidade de reconhecimento das marcas no mercado


integrado.

Como conquistar o público.

Como enxergar o mercado dentro da massificação de produções.

Escolha do consumo que está mais ligada com os interesses.

“Com a tripla invenção da marca, do acondtcionamento e a publicidade, apareceu


o consumidor dos tempos modernos, comprando o produto sem a intermediação
obrigatória do comerciante, julgando os produtos a partir de seu nome mais que a
partir de sua composição, comprando uma assinatura”

Os grandes magazines constituiu a primeira revolução comercial moderna, com a era da distribuição
de massa — colocando toso os produtos apenas em um local. De modo a estimular e seduzir o
consumidor.

Transformou os bens antigamente reservados à elite em artigos de consumo de massa destinaos


à burguesia.

“O grande magazine não vende apenas mercadorias, consagra-se a estimular a


necessidade de consumir, a excitar o gosto pelas novidades e pela moda por
meio de estratégias de sedução que prefiguram as técnicas modernas do
marketing.”

Ciclo II: 1950 - 1980


Experiência voltada para agregar valor. Procura fazer um consumo significativo.

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Sociedade da Abundância - Sociedade do Consumo de Massa.

“A fase II se mostra como "sociedade do desejo", achando-se toda a


cotidianídade impregnada de imaginário de felicidade consumidora.”

Fomento aos valores de consumo e status.

Obsolecência Dirigida:

Nova fase de integração de mercado pós-guerras. Abundância de produtos no mercado, com


mercados mais interconectados e uma população já educada para o consumo.

Necessidade de dirigir esse consumo em um caminho.

Obsolecência foi seguida para dois caminhos diferentes:

1. Inovação da tecnologia

2. Adequação de ciclo de vida útil equilibrada com a capacidade de produção da empresa e a


capacidade de consumo da sociedade. Entender melhor sobre o mercado em que ela estava
inserida.

Ciclo III: 1980 - hoje.


Determinação de valor emocional e/ou significativo.

A salvação do capitalismo — fomentar um marketing focado no próprio indivíduo.

Relação apesar de significativa, também efêmera com o sprodutos. Busca-se pela acessibilidade
financeiras, mas há o descarte inadequado dos produtos.

Fetichismo de Mercado: o extremo da criação do sentimento da necessidade.

A partir da transformação das mercadorias dentro de um processo significativo de mercado.


Tenta-se passar a sensação de luxo, conforto, lazer, felicidade. Um consumo baseada pela
experiência.

Hoje, tudo é produto comercial, é consumo e é também serviço.

Tudo é passível de consumo, pelas mais diversas possibilidades.

A ideia da cauda longa, na lógica do consumo, apesar de uma grande massa com um consumo
padrão.

Sempre haverá público para consumo, nos mais diversos assuntos. Desde que o
comerciante saiba vender e criar valor com o seu produto.

A Era do Vazio
Essa sociedade do consumo precisa de algo para se ancorar. Até o ciclo dois, se ampa nos
contextos sociais.

Há dentro das características geracionais o interesse de vender os produtos de forma massificada e


não generalizada.

Alteração a partir do ciclo III para uma produção e venda individual. A partir do vínculo, fetiche e
conteúdo, foi se criando um maior entendimento do público e relação das marcas com o
consumidor.

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O indíviduo pós-moderno é um indivíduo altamente egocêntrico e neonarcísico.

Uma relação com a comunidade e sociedade é centrada no próprio indivíduo.

Mas que ainda precisa da validação da relação dele com o próximo.

O vazio é um terreno fértil para a informação de consumo do capitalismo.

Não há nenhuma necessidade ou emoção que não consiga ser traduzida para uma
ferramente e consumo.

Tenta-se explorar o que cada um entende esse vazio e como vai preenchê-lo. O que depende de
algo, influenciado pela lógica de consumo.

O vazio nunca é totalmente preenchido. Vivemos constante oscilamentos. raramente


conseguimso projetar os nossos anseios no que de fato se realiza.

O vazio constantemente volta em diferentes momentos, tamnhos e profundidades.

Lógica de adestramento social a partir da lógica do consumo.

As pessoas não conseguem se satisfazer com aquilo que tem.

Utiliza-se de toda a sua lógica de consumo para que represente algo emocional tanto para
você como para os outros.

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