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Leitura da página 141 do livro didático – ètica,cultura e direitos.

Atividades do livro didático (1,2 e 3) da página 142.

 Conferência das atividades realizadas pelo estudante e atribuição de vistos no caderno, mediante a
verificação das atividades.

Aula 01- Atividades de revisão sobre “Industria cultural e meios de comunicação de massa: sociedade,
ideologia e consumo.

Industrial cultural
As condições desse fenômeno estiveram relacionadas com as mudanças trabalhistas e a introdução de novidades
tecnológicas nos meios de comunicação do final do século XIX. Com a maior parte da população operária e
trabalhadores em geral usufruindo de tempo livre, houve maior procura por atividades de lazer e entretenimento.
Antes supridos por atividades escolhidas pelas pessoas dessas classes sociais, os espaços destinados a elas
começaram a contratar artistas e oferecer outros serviços, já formando o que seria qualificado como popular. As
casas de grandes espetáculos e os teatros, nessa época, ainda eram frequentados somente pela classe de maior
poder aquisitivo.
É com a popularização das transmissões de rádio, no início do século XX, que o caráter ideológico de uma cultura
para as massas evidenciou-se — processo que ocorreu de forma semelhante no cinema, anos mais tarde.
A modificação do conteúdo das programações culturais para atender ao público crescente ocasionou
uma massificação desse conteúdo. Essa padronização consistiu, em alguns casos, em uma diminuição da
complexidade de obras voltadas para a cultura de elite. Era apenas com a padronização de suas mercadorias que
essa indústria poderia satisfazer muitos consumidores.

Cultura de massa, cultura erudita e cultura popular


A cultura de massa tornou-se, no vocabulário da teoria crítica, uma manifestação cultural inautêntica, pois é fruto de
um movimento de massificação da cultura, ou seja, de produção de elementos culturais para satisfazer os anseios de
um mercado capitalista de vender tais produtos e utilizá-los para a propagação de um ideal de vida capitalista e
consumista.
Para funcionar corretamente, a indústria cultural criou uma fórmula específica: pegar elementos da cultura
erudita (a cultura de elite) e misturá-los à cultura popular (a cultura produzida pelo povo, nas periferias e fora da
elite). Quando tal mistura reproduz-se com as técnicas de reprodutibilidade, temos os elementos da indústria
cultural.
A cultura de massa atende à lógica mercadológica capitalista. Por isso, ela não faz distinção da individualidade e do
gosto estético de cada pessoa e de cada cultura. A ideia é, para a indústria cultural, tornar todos os cidadãos uma
única massa, que não tem rosto e nem individualidade e anseia o simples consumo do que a mídia lhe impõe.

Atividades:
01.Porque para teoria crítica, a cultura de massa é uma manifestação cultural inautêntica?
Pois é fruto de um movimento de massificação da cultura, ou seja, de produção de elementos culturais para
satisfazer os anseios de um mercado capitalista de vender tais produtos e utilizá-los para a propagação de um ideal
de vida capitalista e consumista.
02.Segundo o texto, qual é a fórmula utilizada pela indústria cultural para atender aos ideais capitalistas? Pegar
elementos da cultura erudita (a cultura de elite) e misturá-los à cultura popular (a cultura produzida pelo povo, nas
periferias e fora da elite) reproduz-se com as técnicas de reprodutibilidade.
03.Quais condições estão relacionadas ao fenômeno da indústria cultural? As mudanças trabalhistas, a
industrialização, o sistema econômico capiltalista e a introdução de novidades tecnológicas nos meios de
comunicação.

04.Sobre o tema cultura de massas, é correto afirmar:

A) O conceito de “massa” se refere apenas ao proletariado ou aos trabalhadores braçais.


B) A industrialização e a economia de mercado possibilitaram as condições necessárias para sua existência.
C) Esse tipo de cultura sempre existiu nas sociedades, independentemente da sua forma de produção.
D) A busca de reflexão e de uma atitude ativa do consumidor caracterizam a demanda da cultura de massa.
E) Sua produção é uma responsabilidade das mesmas pessoas que a consomem.

INDÚSTRIA CULTURAL E ALIENAÇÃO

Vídeo de apoio: https://www.youtube.com/watch?v=Uv3KGDYihCk

A Indústria Cultural é um termo que foi criado pelos sociólogos e filósofos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e
Max Horkheimer (1895-1973), membros da chamada Escola de Frankfurt. Para eles, a dita Indústria Cultural existe
para além simplesmente da discussão a respeito da cultura, ela seria um esquema econômico e político no qual os
grandes meios de comunicação de massa seriam responsáveis pela produção de bens culturais e artísticos seguindo
uma lógica mercadológica, isto é, voltada para o consumo. Em outras palavras, a padronização e a homogeneização
desses bens culturais visam um controle social, político e econômico através de diferentes estratégias como, por
exemplo, a alienação.

A alienação é fruto do não envolvimento pessoal com as questões político-sociais que tangem as relações. A
pergunta que se faz é: os meios de comunicação são os formadores dessa alienação ou funcionam de forma positiva
como instrumentos de informação? A alienação passa a ser percebida na vida social do indivíduo com a formação da
“sociedade de consumo”, expressão que carrega uma conotação negativa, pois esse consumo não depende mais da
decisão consciente de cada indivíduo, baseada em suas necessidades e seus gostos, mas de necessidades
artificialmente estimuladas – fica claro que o papel dos meios de comunicação nesse aspecto é fundamental.

A sociedade de consumo, como vimos anteriormente, está dentro da lógica capitalista e é mantida através de uma
indústria cultural homogeneizante, impõe padrões inclusive de valores morais e éticos, por sua vez, agindo
diretamente no inconsciente coletivo. Ela atua na padronização e no ato de consumo, movidos pela sensibilidade,
imaginação, inteligência e liberdade. Quando adquirimos uma roupa, diversos fatores são considerados: precisamos
proteger nosso corpo ou revelá-lo; usamos a imaginação na combinação das peças; mesmo quando seguimos a
tendência da moda, desenvolvemos o estilo próprio de vestir ao comprarmos uma ou mais peças de determinada
cor ou modelo.

O consumo não alienado supõe, mesmo diante de influências externas, que o indivíduo mantenha a possibilidade de
escolha autônoma, não só para estabelecer suas preferências como para optar por consumir ou não.

No entanto, no mundo em que predomina a produção alienada, também o consumo tende a ser alienado. O
problema da sociedade de consumo é que as necessidades são artificialmente estimuladas, sobretudo pelos meios
de comunicação de massa, levando os indivíduos a conviverem de maneira mais alienada.

A civilização tecnicista não é uma civilização do trabalho, mas do consumo e do bem-estar. O trabalho deixa, para
um número crescente de indivíduos, de incluir fins que lhe são próprios e tornar-se um meio de consumir, de
satisfazer as necessidades cada vez mais amplas. Entretanto há um contraponto importante no processo de
estimulação artificial do consumo supérfluo notado não só na propaganda, mas na televisão, nas novelas: a
existência de grande parcela da população com baixo poder aquisitivo, reduzida apenas ao desejo de consumir. O
que faz com que essa massa desprotegida não se revolte?

Há mecanismos na própria sociedade que impedem a tomada de consciência: as pessoas têm a ilusão de que vivem
numa sociedade de mobilidade social e que, pelo empenho no trabalho, pelo estudo, há possibilidades de mudança,
ou seja, um dia chegaremos lá. E se não chegarmos, é porque não tivemos sorte ou competência.

O processo produção-consumo em que está mergulhado o homem contemporâneo impede-o de ver com clareza a
própria exploração e a perda da liberdade. Ao deixar de ser o centro de si mesmo, o homem perde a dimensão de
contestação e crítica, sendo destituída a possibilidade de reação no campo da política, religião, escola, arte e ética.

https://www.proenem.com.br/enem/sociologia/cultura-e-ideologia/
https://suburbanodigital.blogspot.com/2022/08/exercicios-de-sociologia-sobre-industria-cultural-com-
gabarito.html
“A indústria cultural, com suas vantagens e desvantagens, pode ser caracterizada pela transformação da
cultura em mercadoria, com produção em série e de baixo custo, para que todos possam ter acesso. É uma
indústria como qualquer outra, que deseja o lucro e que trabalha para conquistar o seu cliente, vendendo
imagens, seduzindo o seu público a ter necessidades que antes não tinham”
(PARANÁ. Livro didático de Sociologia. Curitiba, 2006, p.156).
Assinale a alternativa correta.
a) A indústria Cultural não é uma característica da sociedade contemporânea ela é um produto natural em
qualquer sociedade.
b) A indústria Cultural é responsável por criar no indivíduo necessidades que ele não tinha e transformar a
cultura em mercadoria.
c) A Indústria Cultural não influência nas necessidades do indivíduo com a sua produção em série e de baixo
custo.
d) A indústria cultural faz com que o indivíduo reflita sobre o que necessita, não desejando lucro.
e) A Indústria Cultural prioriza a heterogeneidade de cada cultura.
https://suburbanodigital.blogspot.com/2022/08/exercicios-de-sociologia-sobre-industria-cultural-
com-gabarito.html

CULTURA ERUDITA e CULTURA POPULAR


Ao analisar o “Renascimento”, movimento cultural surgido no norte da Itália, nos séculos XIV e XV, percebemos que ele estava
ligado a uma determinada parcela da população da Europa: a burguesia.

A burguesia era formada por comerciantes que tinham como objetivo principal o lucro, através do comércio de especiarias
vindas do oriente. Esse segmento da sociedade conquistou não apenas novos espaços sociais e econômicos, mas também
procurou resgatar ou fazer renascer antigos conhecimentos da cultura greco-romana. Daí o nome Renascimento.

A burguesia não só assimilou esses conhecimentos como, ainda, acrescentou outro, ampliando o seu universo cultural. Por
exemplo, ao tentar reviver o teatro de Sófocles e Euripedes (que viveram na Grécia antiga), os poetas italianos do século XVI
substituíram a simples declaração pela recitação contada dos textos acompanhada por instrumentos musicais. Dessa forma,
acabaram por criar um novo gênero a “ópera”.

Desde a sua origem, a burguesia preocupou-se com a transmissão desse conhecimento a seus pares. A partir daí, então, foram
surgindo instituições como as universidades, as academias e as ordens profissionais (advogados, médicos, engenheiros e outros).
Com o passar dos séculos e com o processo de escolarização, a cultura dessa elite burguesa tomou corpo, desenvolveu-se com
base em técnicas racionalistas e científicas. Surgiu assim a cultura erudita.

Essa cultura “erudita”, ou “superior”, também designada de “elite”, foi se distanciando da cultura, da maioria da população, pois
era feita pela e para a burguesia. Por isso, ao pensarmos em cultura erudita, imediatamente concluímos que seus produtores
fazem, parte de uma elite política, econômica e cultural que pode ter acesso ao saber associado à escrita, aos livros, ao estudo.

A cultura popular, por sua vez, mais próxima do senso comum e mais identificada com ele, é produzida e consumida pela própria
população, sem necessitar de técnicas racionalizadas e científicas. É uma cultura em geral transmitida oralmente, registrando as
tradições e os costumes de um determinado grupo social. Da mesma forma que a cultura erudita, a cultura popular alcança
formas artísticas expressivas e significativas.

Vale ressaltar que, ao afirmar que os produtores da cultura erudita fazem parte de uma elite não significa dizer que essa cultura
seja homogênea, é impossível definir cultura erudita, porque não podem ser homogeneizados os elementos culturais produzidos
por intelectuais, fazendeiros, empresários, burocratas, etc. porém, é igualmente impossível definir cultura popular, dada as
populações culturais diferenciadas de camponeses, operários, classe média baixa, etc.

De qualquer forma, não podemos perder de vista que o espaço reservado na sociedade para cada uma das duas culturas é
bastante diferenciado, este é um dos aspectos que diferencia essas duas culturas: enquanto a cultura erudita é transmitida pela
escola e confirmada pelas instituições (governo, religião, economia), a cultura popular não é oficial, é a do povo comum, ela
expressa sua forma simples de conceber a realidade.

Não devemos esquecer que a cultura é dinâmica, por isso, tanto a cultura popular quanto a cultura erudita estão sempre, com
maior ou menor intensidade, incorporando e reconstruindo novos elementos culturais sem perder a sua essência expressiva.

Responda em seu caderno:


a) – Explique a relação entre Renascimento e burguesia.

b) – Explique por que a origem da cultura erudita está relacionada à burguesia?

c) – O que é cultura erudita?

d) – O que é cultura popular?

e) – Qual o principal aspecto que diferencia a cultura popular da erudita?

INDÚSTRIA CULTURAL E ALIENAÇÃO


A Indústria Cultural é um termo que foi criado pelos sociólogos e filósofos alemães Theodor Adorno (1903-
1969) e Max Horkheimer (1895-1973), membros da chamada Escola de Frankfurt. Para eles, a dita
Indústria Cultural existe para além simplesmente da discussão a respeito da cultura, ela seria um esquema
econômico e político no qual os grandes meios de comunicação de massa seriam responsáveis pela
produção de bens culturais e artísticos seguindo uma lógica mercadológica, isto é, voltada para o
consumo. Em outras palavras, a padronização e a homogeneização desses bens culturais visam um
controle social, político e econômico através de diferentes estratégias como, por exemplo, a alienação.
A alienação é fruto do não envolvimento pessoal com as questões político-sociais que tangem as relações.
A pergunta que se faz é: os meios de comunicação são os formadores dessa alienação ou funcionam de
forma positiva como instrumentos de informação? A alienação passa a ser percebida na vida social do
indivíduo com a formação da “sociedade de consumo”, expressão que carrega uma conotação negativa,
pois esse consumo não depende mais da decisão consciente de cada indivíduo, baseada em suas
necessidades e seus gostos, mas de necessidades artificialmente estimuladas – fica claro que o papel dos
meios de comunicação nesse aspecto é fundamental.
A sociedade de consumo, como vimos anteriormente, está dentro da lógica capitalista e é mantida através
de uma indústria cultural homogeneizante, impõe padrões inclusive de valores morais e éticos, por sua
vez, agindo diretamente no inconsciente coletivo. Ela atua na padronização e no ato de consumo, movidos
pela sensibilidade, imaginação, inteligência e liberdade. Quando adquirimos uma roupa, diversos fatores
são considerados: precisamos proteger nosso corpo ou revelá-lo; usamos a imaginação na combinação
das peças; mesmo quando seguimos a tendência da moda, desenvolvemos o estilo próprio de vestir ao
comprarmos uma ou mais peças de determinada cor ou modelo.
O consumo não alienado supõe, mesmo diante de influências externas, que o indivíduo mantenha a
possibilidade de escolha autônoma, não só para estabelecer suas preferências como para optar por
consumir ou não.
No entanto, no mundo em que predomina a produção alienada, também o consumo tende a ser alienado.
O problema da sociedade de consumo é que as necessidades são artificialmente estimuladas, sobretudo
pelos meios de comunicação de massa, levando os indivíduos a conviverem de maneira mais alienada.
A civilização tecnicista não é uma civilização do trabalho, mas do consumo e do bem-estar. O trabalho
deixa, para um número crescente de indivíduos, de incluir fins que lhe são próprios e tornar-se um meio de
consumir, de satisfazer as necessidades cada vez mais amplas. Entretanto há um contraponto importante
no processo de estimulação artificial do consumo supérfluo notado não só na propaganda, mas na
televisão, nas novelas: a existência de grande parcela da população com baixo poder aquisitivo, reduzida
apenas ao desejo de consumir. O que faz com que essa massa desprotegida não se revolte?
Há mecanismos na própria sociedade que impedem a tomada de consciência: as pessoas têm a ilusão de
que vivem numa sociedade de mobilidade social e que, pelo empenho no trabalho, pelo estudo, há
possibilidades de mudança, ou seja, um dia chegaremos lá. E se não chegarmos, é porque não tivemos
sorte ou competência.
O processo produção-consumo em que está mergulhado o homem contemporâneo impede-o de ver com
clareza a própria exploração e a perda da liberdade. Ao deixar de ser o centro de si mesmo, o homem
perde a dimensão de contestação e crítica, sendo destituída a possibilidade de reação no campo da
política, religião, escola, arte e ética.

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