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A indústria cultural dirige o consumo das massas.

O terreno no qual a técnica conquista seu poder é o poder que os economicamente


mais fortes já exercem na sociedade,
Caráter compulsivo da sociedade alienada em si mesma
Por enquanto, a técnica da indústria cultural levou apenas a padronização e a
produção em serie, sacrificando o que fazia diferença entre a lógica da obra e o dos sistema
social.
Os monopólios culturais, ao serem comparados com outras setores muito mais
poderosos da indústria, se revela dependente desses setores e até mesmo sujeita a
expurgação.
Hierarquia de qualidades entre os produtos, na verdade não tem nada haver com a
diferenciação do conteúdo, e sim é uma maneira útil de quantificar e organizar quais e quantos
consumidores pertencem a aquele level. Cada um deve se comportar, como que
espontaneamente, em conformidade com seu level, e escolher a categoria dos produtos de
massa fabricada para seu tipo. Dessa forma, os consumidores são reduzidos a um material
estático. Ao final, esses produtos que seriam “diferenciados” na verdade são a mesma coisa. A
discussão entre vantagens e desvantagens entre optar por uma coisa a outra na verdade serve
apenas para perpetuar no público a ilusão da concorrência e da possibilidade de escolha.
Os valores orçamentários da indústria nada tem a ver com os valores objetivos, com o
sentido dos produtos.
O esquematismo kantiano que é atribuído ao sujeito é tomado do sujeito pela
indústria. Para Kant, na alma devia atuar um mecanismo secreto, o esquematismo, destinado a
preparar os dados imediatos de modo a se ajustarem ao sistema da razão pura. Porém, com a
indústria, o segredo foi decifrado e apropriado por ela.

A estética da escola de Frankfurt é uma estética materialista, interdisciplinar e que


vincula a experiencia da arte com a experiencia em geral.
Razão instrumental é uma razão utilizada para uma burocratização, uma
instrumentalização, da vida e uma espécie de anulação dos poderes artísticos que são naturais
ao seu humano.
Tornar a vida e a arte apenas um financeiro.
AULA ADORNO
Politização da arte é fazer a arte uma expressão popular que critica a estetização da
política.
Reificação = retirada da subjetividade dos objetos. As relações são coisificadas. É a
retirada daquilo que é mais humano, subjetividade, para uma vida que vai ser administrada e
pautada na situação material. É uma desumanização.
E a obra não é autônoma, ela é refém do mercado. Ela é transformada num ramo de
negócios.
Com a indústria cultural, o capital também administra o tempo livre do trabalhador,
pois ele, fora do trabalho, irá consumir esses produtos. A sociedade é administrada e
controlada pelo capital.
Teoria crítica é o conjunto dos escritos dos filósofos de Frankfurt, que tinham um
projeto de interdisciplinaridade.
A divisão do tempo, de forma tão regrada, entre o trabalho e o lazer é uma concepção
moderna. O corpo do trabalhador pertenceria a fábrica, durante o tempo de trabalho, e
“pertenceria a ele mesmo” quando estivesse livre. E é esse tempo, livre, que também é
administrado pelo capital. Music Hall é o exemplo disso, do controle de massa, controle de
consumo, lucratico. O capitalismo se apropria do prazer. E ai provoca a existência de novos
hábitos, de leitura, de assistir, de fazer coisas puramente pelo entretenimento, não há
criticismo.
A indústria cultural é a indústria de mercadorias culturais. Apropriação dos produtos
da cultura. A experiencia estética é determinada pelas condições materiais da arte, que é
pensada/administrada sob a ótica da mercadoria cultural. A mercadoria cultural serve para o
controle social, de forma subliminar, padroniza o comportamento e o faz adormecer diante de
uma situação de enorme desigual. O trabalhador se resigna, aceita passivamente uma vida
“como ela é”. É a aceitação da exploração.
A noção de mercadoria cultural está baseada no fetichismo da mercadoria cultural de
marx. Fetiche religioso = possui valor de culto.
A vida humana passa a girar em torno da produção e distribuição das mercadorias,
como se não fossem elas produzidas por seres humanas e sim produzidas por elas mesmas. E
assim ocorre o processo de massificação das mercadorias culturais. Quando as relações são
reificadas, o trabalho, o contrato entre pessoas, passa a ser visto como se fosse feito por coisas
abstratas, pelo mercado. O ser humano é deslocado da sua própria relação contratual de
produção.
A indústria cultura confisca o esquematismo da nossa imaginação, da nossa
inteligência. E ela é feita de forma passiva, subliminar. A interpretação da mercadoria cultural
é dada. Não é necessário o nosso esquematismo, nosso raciocínio, nossa forma de
entendimento, de aplicar conceitos com liberdade. Não é possível, na indústria cultural,
“esquemarmos” com liberdade. Não é mais uma atividade espontânea do sujeito, ela é um
produto, o produto já é conceitualizado. Os produtos paralisam nossas atividades intelectuais.
As mercadorias são destinadas a seus públicos. E os públicos pensam de acordo com
seus grupos, que pensam de acordo com eles.
O trágico grego é liquidado, não é mais grande, não é mais aquela dor, não é mais a
luta contra aquela realidade determinada. O destino trágico na indústria cultural acaba virando
uma punição justa, é muito menor, é conformista.
Indústria cultural é uma paralização da nossa capacidade criativa e criadora. O
consumo pacífico dessa indústria nos torna menos inteligente, pois tira nosso esquematismo,
não treina. Ela massifica.

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