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NERY, Vanda Cunha Alberi e TEMER, Ana Carolina Rocha Pessoa. Para entender as
teorias da comunicação. Uberlândia: Edu Fu, 2004.
O pensamento desses grupo deve ser compreendido a partir do seu vínculo com a tradição da
esquerda alemã. p. 81
Em uma primeira fase de seus trabalhos o objeto de pesquisa dos frankfurtianos era a
economia capitalista e a história do movimento operário. A partir de 1930, no entanto, a
pesquisa tomou novos rumos, abordando a crescente importância dos fenômenos de mídia e
da cultura na formação de um modo de vida contemporâneo. p. 81
É sobretudo uma expressão da crise teórica e política do século XX, refletindo sobre seus
problemas de forma pessimista e radical. p. 82
A teoria crítica propõe-se com a teoria da sociedade entendida em sua totalidade, pretendendo
evitar a função ideológica das ciências e das disciplinas setorizadas, tendo como ponto de
partida a analise do sistema de economia de mercado e a crítica dialética da economia
política, dentro dos fundamentos do materialismo marxista. p. 82, 83
A identidade central da teoria crítica é a construção analítica dos fenômenos que investiga, no
mesmo tempo em que atribui a esses fenômenos as forcas sociais que os provocam. p. 83
Para os membros do grupo de Frankfurt, a sociedade capitalista entrou em um estágio
diferente com a implantação dos Meios de Comunicação de Massa, que tiram da classe
operária a capacidade de refletir e resistir ao sistema. O proletariado perdeu-se – ou perdeu a
capacidade revolucionaria –, ao permitir o surgimento de sistemas totalitários como o nazismo
e o stalinismo e, sobretudo a implantação da indústria cultural nos países capitalistas. p. 83
A expressão “indústria cultural” visa a substituir a expressão “cultura de massa”, pois a esta
induz ao engodo que satisfaz aos interesses dos detentores dos veículos de comunicação de
massa. p. 83
A indústria cultural traz em seu bojo todos os elementos característicos do mundo industrial
moderno e nele exerce um papel específico: é a portadora da ideologia dominante, que é a
própria justificativa e razão de ser do sistema. p. 83
Suas ações contribuem de forma eficaz para falsificar as relações entre os homens e as
relações dos homens com a natureza. p. 83
O progresso técnico é o novo e poderoso instrumento utilizado pela indústria cultural para
conter o desenvolvimento da consciência das massas. p. 84
A cultura deixa de ter um papel filosófico existencial de reflexão crítica em função da
produção, que valoriza a quantidade e velocidade, e passa a ser um produto de consumo
controlado pela ordem dominante, que oferece apenas informações superficiais e vazias. p. 84
O conceito de industrial cultural resulta do confronto teórico entre a cultura europeia das luzes
e a cultura de massa produzida para grande número de consumidores. p.86
Os produtos culturais passam a submeter-se às mesmas leis de produção dos demais produtos
industrializados e orientada em função do mercado consumidor. p. 86
Na condição de negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e
programada exploração de bens considerados culturais. p. 86
Acima de tudo, a Indústria Cultural é esclerosada: incapaz de criar o novo, repete eternamente
os mesmos modelos, fazendo modificações superficiais que apenas iludem o consumidor. p.
87
Prometer e não cumprir, oferecer e privar são um único e mesmo ato da indústria cultural. p.
87
O indivíduo deixa de decidir de forma autônoma, perde o seu poder crítico e o conflito entre
impulso e consciência é abafado pela adesão aos valores impostos. p. 88
A mecanização adquire poder sobre o indivíduo, tanto no trabalho quanto no lazer, e
determina os produtos de seu divertimento. p. 88