Resumo
Este artigo toma como base a Teoria Crítica da escola de Frankfurt abre questões e aponta
alguns temas na direção de um objeto para novas concepções de estudo sobre a comunicação
de Massa X a indústria do cultural sob um olhar crítico das fontes de informação Tem como
norteadores os teóricos que não remetem a uma resposta, mas indica um caminho de pesquisa
para elucidar as questões levantadas nesse trabalho. Theodor W. Adorno, Max Horkheimer
(1985). Através da reflexão teórica de Cremilda Medina (1998) podemos comparar os teóricos
de diversos períodos e ter outra visão do que a Notícia como um produto a venda. Silverstone
(2002) oferece um olhar sobre as mídias, e sua questão: de por que estuda-la. Faz-se
necessário o entendimento de cada objeto em separado desse artigo, por isso é necessário
entender o que é Indústria da Cultura, comunicação de massa e mídia na visão dos autores
pesquisados.
1 Apresentação
A comunicação de Massa X a indústria do cultural sob uma ótica crítica das fontes de
informação Tem como norteadores os teóricos da escola de Frankfurt: Theodor W. Adorno,
Max Horkheimer (1985), que remete a uma ótica em torno de determinada teoria crítica.
Através do olhar teórico de Cremilda Medina (1998) podemos comparar os teóricos de
diversos períodos e ter como refletir sobre a Notícia, como um produto que esta a venda.
Silverstone (2002) dialoga sobre como entender as mídias, e sua questão: de por que estuda-
la. Se faz necessário o entendimento de cada objeto em separado desse artigo, por isso se faz
necessário entender o que é Indústria da Cultura, comunicação de massa e mídia na visão dos
autores.
Entender o que é comunicação de massa, indústria da cultura, e a imprensa através
dos artigos sugeridos nesse artigo irá tentar traçar um perfil de comunicação de Massa,
Indústria Cultural e o Jornalismo que passaram a circular pelos centros urbanos europeus
seguindo uma coerência comercial.
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Trabalho apresentando para a disciplina Projeto Laboratorial da UTA Fundamentos e Teorias do curso em
Bacharelado em Jornalismo do Centro Universitário Internacional (Uninter).
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Aluno da UTA Fundamentos e Teorias do curso em Bacharelado em Jornalismo do Centro Universitário
Internacional (Uninter). Polo Osasco/São Paulo, Email: glace_gale@yahoo.com.br
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2 Discussão teórica
A comunicação é um fato que historicamente sempre existiu: desde a Pré-história,
com pinturas rupestres, até o estudo da retórica na Grécia Antiga. Esta de fato essencialmente
presente em qualquer sociedade. Contudo, a partir da segunda metade do século XIX, inicia-
se a sociedade de massa, Revolução Industrial, onde concentrou enormes quantidades de
pessoas em cidades ou regiões antes nada conhecidas, forçando a população a abandonar os
seus hábitos tradicionais e reduzindo-as a condições de vida uniformizada.
Conforme Medina (1988):
A identificação da mensagem jornalística com atividades urbanas, primeiro
comerciais e em seguida industriais, leva-a à expansão que hoje se identifica na
comunicação de massa. Para o homem que se afasta do núcleo primitivo de uma
sociedade tradicional e transita no espaço extenso e complexo do núcleo urbano
entrelaçando com muitos outros núcleos urbanos, os problemas de informação se
avolumam. (Medina, 1988, pp15).
Tal situação foi o primeiro sinal de uma massificação, pois embora cada membro da
nova sociedade fosse um ser racional e livre ao contato com diferentes culturas e costumes
não tardaram em submeter-se a influências alheias, assumindo comportamentos
condicionados pelos interesses coletivos. A revolução não é a subversão contra a ordem pré
existente, mas a implantação de uma nova ordem que transgride a tradicional”. Para ambientar
a todos sobre a nova conjuntura cultural, surgiram jornais impressos e, no seu rastro, também
as revistas, o rádio, a televisão, o cinema e a internet. A internet não é um meio de
comunicação em massa, a imprensa, o rádio e a TV são veículos de massa, ou seja, há um
transmissor e múltiplos receptores.
por isso deve-se fazer uma checagem de todas as fontes, pois o momento atual se configura e
se transforma a forma como emissor e transmissor agem perante os novos tempos.
3 Fontes de informações
Com as eleições de 2018 no país, percebe-se uma nova onda que mescla a produção
de noticias falsas (Fakenews) e disseminada pelas redes sociais em portais de notícia e apps.
Até que ponto essa produção mexeu com a apropriação de conhecimento e Como diria os
teóricos da escola de Frankfurt: manipulação de massa?
Respondendo a essa pergunta verifica-se que de certa forma a massa foi manipulada
através de pacotes de notícias falsas (Fakenews), em que o receptor foi utilizado como
maquina reemissora, ou seja, o fator de querer ser o primeiro a noticiar, receber LIKE, e
produzir com seu toque pessoal a notícia recebida a poucos instantes. Dessa forma leva um
candidato que no início da campanha tinha 6% (Datafolha) de intenção de votos à presidência
do país. Será mesmo que o Emissor e o receptor estão mesmo livres das amarras da
manipulação?
E cair na armadilha por também ser produtor de informação, de senso comum sem
orientação ou qualquer pesquisa, tendo o tempo como prioridade? A essas perguntas há
necessidade de se pesquisar, mas direciona a novos objetos de pesquisa. Num determinado
panorama encontrado em pesquisas realizadas pelos teóricos de Frankfurt, pode se enfatizar
que essa pesquisa não responde em sua totalidade o objeto de pesquisa, mas em parte pode
ajudar a respondê-la. As redes de TV, APPs, redes sociais e imprensa escrita levam ao público
na era da imagem informações diversas em tempo real. Se uma massa de consumo não tem
maturidade ou não se preocupa em checar as informações, cai na malha da manipulação,
porque a necessidade de se produzir rapidamente os assuntos que estão no momento sendo
visualizado em tempo real, de estar na onda da era da imagem, de aparecer e de dar aquela sua
marca pessoal o receptor/reprodutor pode estar sendo manipulado a dizer, a reproduzir, o que
na verdade o poder deseja, em troca de um “LIKE”.
Muniz Sodré, dirá:
No âmbito das variáveis técnicas, a convergência digital reduz as barreiras materiais,
permitindo a unificação da telefonia, radiodifusão, computação e imprensa escrita.
Além disso, registra-se em determinados países uma tendência para a aproximação
entre o campo comunicacional e toda e qualquer empresa que trabalhe com fluxo ou
rede, a exemplo, da eletricidade, eletrônica e transportes. No âmbito da economia, a
tendência , do lado da produção, é a fusão das industrias setoriais, gerando
conglomerados poderosos, enquanto do lado do consumo, prevê-se maior ajuste
entre a oferta e a demanda (um exemplo, é a tv digital, de alta definição, que permite
ao usuário montar o seu próprio programa); mas apesar dos discursos sobre o
“acesso universal”, o consumo desses produtos é cada vez mais privatizado e
socialmente diferenciado. Já no âmbito das políticas, na medida que a indústria da
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Nesse panorama deve-se analisar a reportagem da BBC (BBC News Brasil, 2018)
informações que remete em parte a teoria crítica da escola de Frankfurt, demonstra como as
novas tecnologias comportam-se e elas, as novas tecnologias de informação, podem
influenciar essa “nova” cultura de massa.
"Se muitas pessoas compartilham uma ideia, outras tendem a segui-la. É semelhante
à escolha de um restaurante quando você não tem informação. Você vê que um está
vazio e que outro tem três casais. Escolhe qual? O que tem gente. Você escolhe
porque acredita que, se outros já escolheram, deve ter algum fundamento nisso", diz
Fabrício Benevenuto, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
sobre a atuação de usuários nas redes sociais.
(https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42243930)
“(...) portanto, estaria sujeita a outros critérios que não seriam necessariamente o
interesse público, mas outros que favoreceriam o negócio, como aquelas notícias
que garantem maiores índices de audiência e que aumentam a procura de
anunciantes e, consequentemente, o valor do espaço publicitário. Ou então, os
interesses de grupos políticos ligados aos donos de meios de comunicação e que
poderiam ser favorecidos nas suas empresas com a permanência ou eleição de certos
grupos ou partidos”. (Teoria do Jornalismo, aula 2 Tema 2, p.7)
3 Considerações finais
Esse artigo abre várias lacunas com relação as teorias críticas, pois ao se estudar as
teorias e confronta-las com a atualidade, pode-se acrescentar luz e um direcionamento as
novas questões, mas não podemos responder a todas, pois elas se valiam em seu tempo, hoje
são apenas eixo organizador, para novas pesquisas.
Entre as décadas de 70 e 80, os estudiosos da escola de Frankfurt foram criticados,
por uma visão reducionista dos receptores graças a pesquisa que demonstraram que as pessoas
não são tão manipuláveis quanto Adorno pensava na época. Diferente das críticas a essa
escola, as teorias levantadas por Frankfurt tinham relevância na época em que nasceu, pois os
veículos de Massa não eram projetados para o público dar ou produzir conteúdo e os feedback
nem sempre eram fáceis de chegar ao destino.
Por outro lado entendendo-se que produção cultural não se resume a indústria, afinal
há os artistas independentes, alternativos e autorais. O papel da massa é só o de consumir e
apenas poucos podem produzir. Na internet qualquer um pode produzir conteúdo alem de
consumir. Isso de cara implica em um número muito maior de transmissores. Nem todo
mundo quer produzir conteúdo, é verdade, mas todos querem retransmiti-lo e muitos querem
acrescentar a ele um toque pessoal, seja no formato de um comentário, um apoio ou uma
crítica.
Com essa nova realidade a comunicação de massa inicia-se um novo contexto onde a
massa deixa de ser objeto de consumo e passa a não só consumir como também produzir,
deixa-se a pergunta por essa visibilidade toda a massa na esta sujeita a ser instrumento de
controle não necessariamente passivo, mas num emissor produtivo orientado pra produzir
ações que determinados grupos políticos desejam. Na visão de Silverstne (2002) podemos
responder em parte esse questionamento:
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Ao jornalismo sério fica a preocupação de atrelar a esperada verdade e por isso deve-
se fazer uma checagem de todas as fontes, pois o momento atual se configura e se transforma
a forma como emissor e transmissor agem perante os novos tempos.
Referências
SILVERSTONE. Roger. Por que estudar a mídia? São Paulo: Loyola, 2002
THOMPSON, John. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1998.