Você está na página 1de 3

WWW.CONCURSEIROSDOBRASIL.BLOGSPOT.

COM

ARTIGOS DIRIGIDOS – TRT (BA)

Por: Márcio Wesley

Língua Portuguesa

REDAÇÃO PARA CONCURSOS PÚBLICOS


MITOS, TABUS E VERDADES

Algumas perguntas são freqüentes, quando os estudantes têm de escrever redação para
um concurso público. Vamos respondê-las.

Pergunta nº 1. Professor Márcio Wesley, é permitido usar letra de forma, letra de


imprensa para escrever a redação?
Resposta: Sim. É permitido. Porém, existem algumas condições. Acima de tudo, deve
ser uma letra legível. Em segundo lugar, deve-se distinguir a maiúscula e as minúsculas.
Terceiro, o espaçamento entre as letras deve ser mínimo; o espaçamento entre as
palavras nunca pode ser exagerado. Quarto, os sinais gráficos (acentos, pontuação,
aspas, hífen na separação em final de linha) devem ser bem claros, perceptíveis. Acima
de tudo, leia o edital. Existem editais que pedem letra cursiva, ou seja, de caligrafia.
Geralmente, a banca da Esaf pede letra cursiva, caligráfica.

Pergunta nº 2. Professor Márcio Wesley, a letra cursiva não recebe avaliação melhor
do que a de forma? Ou seja, o examinador não vê com mais boa vontade a redação
escrita em letra caligráfica?
Resposta: NÃO. O que interessa não é a arte da caligrafia. O mais importante é a
legibilidade, que é a condição para o examinador ter acesso às suas idéias. Só não
vamos ficar misturando letra cursiva com letra de forma na mesma redação.

Pergunta nº 3. Professor Márcio Wesley, é permitido colocar título?


Resposta: Sim. É permitido. Vou repetir: É permitido. Agora leia com atenção:
Primeira situação => Caso as instruções da prova orientem o candidato para colocar
título, então o título será obrigatório. Preste atenção: O título somente será obrigatório
se a prova deixar escrito que é obrigatório, ou seja, se a prova pedir expressamente que
coloquemos o título.
Segunda situação => Se a prova orientar para NÃO colocar, então é óbvio que não
colocaremos o título. Nesse caso da PROIBIÇÃO expressa, o candidato que colocar
título pode ser apenado. Quer dizer: pode perder pontos.
Terceira situação => Se porventura a prova nem proíbe nem exige o título, então é
facultativo colocá-lo. Nesse caso de ser facultativo, o título colocado é simplesmente
ignorado. As linhas que o título tiver ocupado não são contadas para efeito do cálculo
da nota.
Obs.: Lembremos a diferença entre TEMA e TÍTULO.
O tema é fornecido pela banca examinadora. Ele é composto de orientações para
compor sua redação. O tema propõe um assunto com questões de desenvolvimento
obrigatório no texto do candidato. As questões que o tema propõe devem
necessariamente ser abordadas e de forma satisfatória, sob pena de o candidato perder
pontos em razão de um desenvolvimento insatisfatório em comparação com os textos de
outros candidatos.
O título é criação do candidato para “nomear” seu texto, sintetizando bem a idéia mais
importante.

Pergunta nº 4. Professor, mas se eu não colocar título, como o examinador vai saber
qual tema eu escolhi?
Resposta: Quando é o caso de escolher um tema entre outros à disposição, a folha onde
o candidato vai transcrever o texto definitivo possui espaço para indicar o tema
escolhido. Cuidado: Não se trata de criar um tema, mas apenas de repetir o número ou a
letra ou a frase central que identifica o tema escolhido.
Quando nem é o caso de escolher um tema, a preocupação não procede.

Pergunta nº 5. Professor Márcio Wesley, quantas vezes eu posso rasurar minha


redação?
Resposta: NENHUMA rasura. Apenas correções dentro do padrão estipulado para isso
pelos próprios examinadores. Para corrigir, você deve passar um traço simples, único,
sobre a palavra, expressão, frase a ser substituída. Em seguida, deve escrever logo
adiante a palavra, expressão, frase correta.
Obs.: Não se deve usar parênteses para corrigir. Os parênteses são usados apenas
como sinais de pontuação.
Não se pode rabiscar a palavra, porque isso cria manchas no texto, prejudicando a
estética.
Não se pode usar corretivos líquidos ou fitas corretivas. Isso viabiliza fraudes no texto
de um candidato.

Pergunta nº 6. Professor Márcio Wesley, e se eu não perceber o erro na hora? Se eu só


perceber o erro numa leitura final de revisão?
Resposta: Atenção. Uma correção feita no texto pronto exige duas condições. Primeira:
a existência de espaço suficiente entre as linhas para se escrever a expressão correta.
Segunda: a legibilidade da expressão que será inserida no texto pronto.
Jamais usar a “gaivota” para inserir ou corrigir. Ela é considerada rasura, adulteração do
texto original.

Pergunta nº 7. Professor Márcio Wesley, eu perguntei quantas vezes eu posso corrigir


minha redação usando tais recursos lícitos.
Resposta: O limite é o bom senso. Muitos textos de candidatos possuem cinco, sete,
oito, até dez pequenas correções aqui e ali, sempre com clareza e sem manchas. Isso não
prejudica avaliação do texto. Porém, se o texto possui correções quase em toda linha, ou
possui várias linhas seguidas anuladas por traços horizontais, então haverá redução da
nota final. O traço horizontal pode anular palavras, frases, acentos e sinais de
pontuação, para corrigir.

Pergunta nº 8. Professor Márcio Wesley, então eu posso escrever primeiro a lápis e


depois passar a caneta por cima, apagando depois as marcas do lápis?
Resposta: Pode, mas é arriscado. Geralmente ficam manchas e borrões da caneta em
razão da borracha usada para apagar restos de traços do lápis. Lembremos que basta um
traço fora do lugar apropriado para o examinador marcar erro de acentuação, de
emprego de sinais gráficos inadequados etc.
O melhor mesmo é ter um rascunho todo rabiscado e depois passar a limpo sem erros. É
melhor do que ter um texto definitivo manchado.

Pergunta nº 9. Professor Márcio Wesley, o candidato perde pontos se separar muitas


vezes as palavras no final da linha?
Resposta: NÃO. Isso é um mito. A translineação, como é chamada a separação de
sílabas em final de linha nas redações manuscritas, obedece a critérios oficiais de
separação de sílabas. Portanto, não seria um erro. Tal separação é melhor do que deixar
espaços em branco no final da linha ou, em caso de avançar a margem, provocar
desrespeito ao necessário alinhamento vertical do texto.
Você pode até aumentar levemente a distância entre uma palavra e outra antes do final
da linha para conseguir preencher a linha inteira.

Pergunta nº 10. Professor Márcio Wesley, a margem irregular implica perda de


pontos? Como?
Resposta: A margem somente se torna irregular se em várias linhas ao longo do seu
texto o candidato deixa espaço em branco ou avança a margem.
Se apenas uma ou outra margem ficou irregular, o candidato não pode ser apenado.

Pergunta nº 11. Professor Márcio Wesley, eu devo me preocupar se a translineação faz


surgir cacófatos?
Resposta: Sim, deve. Mas não a ponto de ficar neurótico com isso. O cacófato nem
sempre danifica a objetividade do texto.
Exemplo: Participaram da dis – puta duas empresas.
O administrador do ente público cometeu irregularidades.

Pergunta nº 12. Professor Márcio Wesley, qual o tempo que devo dedicar para a
redação até que fique pronta a versão final para entregar?
Resposta: Tempo ótimo = 60 minutos (uma hora). Como chegamos a esse valor? É
simples: quando o concurso não exige redação, a prova dura de três horas a quatro
horas. Mas, quando o concurso exige redação, sua prova dura de quatro horas a cinco
horas.

Pergunta nº 13. Professor Márcio Wesley, qual a distância que deve ser deixada em
relação à margem para indicar recuo de início de parágrafo?
Resposta: Nem muito grande, nem muito pequena. Mais ou menos dois centímetros, a
medida aproximada da fina haste da tampa de uma caneta bic cristal. O mais importante
é manter todos os parágrafos com o mesmo espaçamento.

Pergunta nº 14. Professor Márcio Wesley, é verdade que os parágrafos devem ter
praticamente o mesmo tamanho?
Resposta: É recomendável, mas não é obrigatório. O tamanho igual contribui para que
todos os argumentos desenvolvidos tenham fundamentação suficiente.

Você também pode gostar