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Critérios de Correção do texto

A banca avalia o texto em sua macroestrutura e em sua microestrutura.

No primeiro, é analisado, como visto acima, o grau de profundidade dos argumentos


apresentados e, mais importante, se eles tangenciam ou não o espelho de cada tópico.
No segundo, é considerado o nível de domínio linguístico do candidato, ou seja, a
estruturação sintática do texto, assim como a atenção às regras da norma culta.

Os critérios de microestrutura podem variar de prova para prova, mas é comum serem
cobrados quatro: ortografia, morfossintaxe, propriedade vocabular e pontuação.

Em ortografia, são avaliados os erros de grafia, de acentuação e de hifenização, além


das demais falhas de escrita. Na morfossintaxe, concentram-se os erros de natureza
sintática, como a desatenção às regras de regência verbal ou nominal, de concordância
verbal ou nominal ou de colocação pronominal. Também são avaliados, nesse quesito,
o uso adequado das diferentes classes gramaticais, como o emprego equivocado de
adjetivos ou advérbios ou a flexão verbal.

No quesito de propriedade vocabular, o aluno deverá ficar atento tanto ao uso de


sinônimos como ao emprego de um vocabulário adequado ao texto. Isso significa que a
repetição excessiva de palavras ou a pobreza lexical, percebida pela utilização de
palavras imprecisas ou com sentido diferente do pretendido, pode levar à penalização.
Por isso, tenha atenção para fazer um texto dentro das expectativas do concurso.

Já a pontuação, como era de se esperar, irá penalizar os erros na utilização de sinais


de pontuação, como o uso de vírgulas, de sinais de dois pontos ou ponto e vírgula. O
aluno deve ter bastante atenção nesse quesito, pois é muito comum ser penalizado, em
razão de um sinal mal empregado, também em critérios de macroestrutura, pois o
sentido da oração poderá sofrer alteração.

Por fim, a nota será calculada de acordo com a fórmula estabelecida no edital, a qual
costuma ser:87

NC – 2(NE/TL) = Nota Final

• NC: Nota de conteúdo (soma das notas em cada tópico)


• NE: Número de erros
• TL: Total de linhas efetivamente escritas

DICAS!

1. O conteúdo é supervalorizado
Normalmente o Cebraspe dá uma importância especial ao conteúdo de
uma redação em comparação com a gramática em si.
Não acreditamos que o Inep altere alguma coisa nas 5 competências do Enem,
isso não. Mas na dúvida, capriche no conteúdo da sua redação, mais do que
você costuma fazer, ok?

Capriche no conteúdo porque o Cebraspe não é banca que aceite falhas na


argumentação!

Argumentos convincentes são preciosos para ele: nada de incluir elementos


que não tenham a ver com o assunto.

A melhor coisa é seguir estas dicas que demos sobre argumentação!

2. A gramática precisa ser perfeita


Embora estejamos chamando a atenção para o fato de que essa banca exija
muito do conteúdo da redação, ela também é bem exigente com gramática.

O que notamos nas provas já aplicadas pelo Cebraspe, principalmente em


concursos, é que não há perdão para falhas mínimas de gramática.

Muitas falhas de ortografia ou vocabulário que o Enem não considerava tanto


na correção, agora podem passar a ser consideradas – revise a redação com
atenção! Para falar a verdade, nada passa despercebido pelos corretores do
Cebraspe…

E se você costuma trocar uma palavra por sinônimos para evitar repetição,
cuidado para não mudar o sentido das frases. É que não existem sinônimos
perfeitos, e para o Cebraspe a imprecisão de sentido é motivo para perda de
pontos!

A sugestão que nos parece mais coerente é que você tente se “descolar” do
estilo de redação “fórmula”, e evite ao máximo usar ideias prontas. Capriche
na autoria da sua redação mostrando que você treinou. Decorar modelos
prontos tem tudo para ser coisa do passado a partir de agora…

E tem mais um detalhe! Como o Cebraspe tem experiência com concorrências


muito altas, também é possível que o candidato perca pontos por ilegibilidade
de letra e margens irregulares. É isso mesmo! Cuide bem de sua letra e da
apresentação da sua redação.

(Banca bem exigente esse Cebraspe, não é mesmo?)

3. A abordagem precisa ser completa


A abordagem completa já é uma exigência do Enem, tanto que faz parte
da Competência 2.

Mas acreditamos que agora essa exigência sobre a abordagem ficará ainda
maior, a tomar por base as provas do Cebraspe para concursos.

Quer dizer (e vamos repetir), mantenha-se lendo por hábito, para que você
possa abordar os ângulos necessários do tema da sua prova de redação.
Escrever sobre o óbvio ou se prender ao que os textos motivadores dizem
parece não dar muito certo nas provas do Cebraspe. Inclua exemplos e fatos
noticiados, mostrando que você está por dentro do assunto, mesmo não sendo
especialista em nada.

Definitivamente, ir bem numa redação organizada e avaliada pelo Cebraspe


não tem a ver com sorte…

4. A palavra central do tema precisa ser repetida


Isso é muito desejável no caso de uma redação Enem pela banca Cebraspe.
Não que não tenha sido até então no Enem, mas para a nova banca é muito
mais!

Essa palavra central precisa aparecer em todos os parágrafos, e não pode ser
substituída completamente por sinônimos – atenção para isso.

5. Os recursos coesivos precisam ser variados


Ao reler sua redação, localize conectivos repetidos (pois, mas, além disso são
campeões, segundo nossos corretores). O Cebraspe não perdoa nessa hora,
fique sabendo – pelo menos tem sido assim com os concurseiros.

Só preste atenção para não usar conectivos com sentidos errados e perder
pontos de coesão.

6. A progressão de argumentos precisa ser perfeita


Sabe aquela sensação de que seus parágrafos centrais não têm a ver um com
o outro? Trate de aprender a fazer uma coesão perfeita, e isso já vai ajudar na
progressão das ideias.

Uma redação que “chove no molhado” certamente perderia pontos com a nova
banca, principalmente na competência 4.

Que tal? Achou que complicou sua vida? É questão de se acostumar e ter um
professor para mostrar onde melhorar!

Por falar em ter um professor, será que os corretores do Cebraspe serão


professores mesmo?

Vamos ver quais temas o cebraspe formulou nas últimas redações até 2017:

2013 – Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

2014 – Publicidade infantil em questão no Brasil

2015 – A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

2016 – Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

2017 – Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil


Os erros ortográficos fazem parte da competência 01, que é demonstrar domínio da norma
padrão da língua escrita, e que equivale a 200 pontos. Nesta competência, o aluno agora
poderá ter apenas dois erros ortográficos para tirar 1000.

na competência 02, até 2022, o aluno poderia colocar uma citação, dar produtividade,
dialogava com a citação e conseguia tirar 200 pontos na competência 02, já, com a
Cebraspe, esta competência mudou um pouco, pois, não basta somente colocar a citação,
já que ela deve ser utilizada de forma pertinente, tendo que pertencer ao tema. O
conhecimento de mundo deve ser aplicado de acordo com o tema e com a citação
colocada. Não é permitido dialogar somente com o tema ou com a citação, como era
permitido na banca anterior.

na competência 03, a banca anterior cobrava duas teses, chamadas também de


argumentos. Estes argumentos ainda continuam sendo cobrados, porém, não deve haver
lacunas nestes argumentos, ou seja, a quebra de uma fala para começar um outro
argumento. Deve haver o argumento de forma contínua, até o final, sem nenhuma quebra.
Isto, para que o corretor perceba o quão coerente o aluno foi no momento da escrita.

a competência 04 continua do mesmo jeito, mas que a repetição de palavras tira 40 pontos,
ou seja, se o aluno colocou um conectivo na introdução e o repetiu na conclusão, ele já
perde 40 pontos. Isso ocorre porque o corretor quer ver o repertório coesivo do aluno, e ver
se ele é capaz de elaborar um texto que proporciona fluidez na leitura.
Já na competência 05, não houve nenhuma mudança, mantendo os cinco elementos
cobrados.

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