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AULA 01
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Fala galera!
2. Há poucas semanas chegou a mim uma prova do CESPE que sinaliza duas
coisas. A primeira é que tudo indica que sim, a banca mudou seu
posicionamento quanto à estrutura da redação. A outra é que tal mudança
tem um impacto quase irrelevante para a nota. Além disso, se mal
interpretada, pode levar mesmo à diminuição da nota do candidato. Veremos
isso tudo em detalhes.
6. É por conta desses dois pontos de apresentação que nas provas em geral são
atribuídos 38 pontos aos quesitos do comando da questão, vejam:
7. Entendido o peso de cada quesito na nota, vamos ver o impacto que impacto
que cada aspecto da sua redação terá na nota.
10. O outro quesito da nota máxima é o texto ser bem estruturado, coerente e
atender à estrutura com introdução, desenvolvimento e conclusão. Na nota
intermediária (1), temos a menção expressa ao texto que “não apresenta uma
das partes da estrutura dissertativa (introdução, desenvolvimento e
conclusão)”.
11. Dessa forma, concluímos que um texto que não tenha introdução e
conclusão seria classificado como “não é predominantemente dissertativo”.
Um texto que tenha só uma delas seria nota 1, e o texto com os três
elementos, além de bem estruturado e coerente, seria nota máxima.
12. Não vi ainda como o CESPE aplica esses “E(OU)”, o resultado dessa prova
do novo formato (EMAP/MA) não chegou a mim. Permito-me imaginar que
uma prova que receba nota 2 em apresentação e 0 em estrutura ficaria com
nota 1 no quesito. Disso, temos que não usar introdução e conclusão, por si
só, redundaria em 1 ponto a menos na nota.
13. Certo?
14. Ocorre que o desenvolvimento do tema vale 38 pontos. Pensem bem: será
que vale a pena gastar 10 linhas com introdução e conclusão para garantir 1
ponto, ou empregar essas mesmas linhas para desenvolver melhor o
conteúdo, concorrendo a 38 pontos? Se introdução e conclusão valem pontos
objetivamente, podemos usá-las, mas da forma mais econômica possível,
poupando linhas.
16. Superada tal regra, podemos chegar mesmo a uma sugestão mais
ousada: escreva apenas introdução OU conclusão, conforme o texto
pedir, assumindo a nota intermediária nesse quesito. Gaste 3 linhas nisso, e
tenha as outras 27 para desenvolver o conteúdo. Abra mão de um ponto,
talvez apenas meio, a depender da forma de cálculo da banca.
20. Essa menção aos quesitos 2.1, 2.2 e 2.3 é esclarecida olhando o espelho
de correção (primeira figura) – são cada um dos quesitos explícitos no
comando da questão.
24. Assim sendo, não basta sair listando argumentos, é importante usar
conectores entre suas frases e entre os parágrafos. As ideias devem ser
colocadas na ordem correta, sem contradições que não sejam relevantes para
a argumentação. O texto deve ser fluido, bem pontuado.
26. Vamos passar a outro tema agora, mais prático, e que ajuda a ganhar os
19 pontos de consistência e organização do desenvolvimento do tema.
VÍRGULA
27. Analisando as redações dos alunos das outras turmas e daqueles que nos
procuram atrás de recursos, vejo que um tema é especialmente sensível.
Vírgula. Mesmo os melhores textos trazem problemas no uso da vírgula.
28. Quem pode falar melhor sobre isso não sou eu, mas os professores de
português. Certamente a aula deles será muito mais abrangente e correta do
que a minha, porém, acho que posso somar algo. Escreverei sobre vírgula não
como um professor de português, mas como um escritor prático. Falarei não
sobre as regras, que estão nas gramáticas, mas sobre como alguém que
escreve “sente” a hora de usar uma vírgula.
29. Isso se ganha pela leitura atenta. Sempre que forem ler um texto confiável,
reparem em como o autor usa as vírgulas. Aprendam por osmose, como se
costuma dizer.
32. É uma frase curta, direta. Um único pensamento. Caso outras ideias sejam
acrescentadas ali, muito provavelmente será necessário usar vírgulas para
separá-las da principal.
33. Essa construção, via de regra, vocês acertam. Alguns candidatos, porém,
suprimem a segunda vírgula, usando só a primeira.
36. Tudo que é explicativo, paralelo, tende a vir entre vírgulas. Se vocês lerem
essas frases em voz alta, perceberão nitidamente o momento de usar a
vírgula. Na prova, não se pode ficar falando, mas é possível ler em voz alta
“mentalmente”, digamos assim.
37. Aproveito para tratar de outro caso, um que eu mesmo tenho que ficar
atento para não errar.
38. A tendência de omitir essa vírgula é enorme. Muita gente esquece. Nas
minhas aulas, como uso linguagem informal, falada, eu mesmo costumo
deixar de usá-la com frequência. Faço aqui um mea culpa, afinal, talvez vocês
as usem como referência de escrita, preciso melhorar isso.
39. O macete aqui é observar onde começa o sujeito, inverter a ordem dos
termos. Vejam:
40. Quando a frase está na ordem normal, direta, é mais raro o uso de vírgulas.
Quando uma palavra ou expressão, por outro lado, está “mal colocada”,
precisa ser separada do resto por vírgula.
41. Eu falei que se aprende muito sobre vírgulas por osmose. Certamente,
alguma coisa vocês já aprenderam assim na vida, ainda que não saibam. É
preciso usar esse conhecimento de alguma maneira, tratando o que não
conhecem da mesma forma com que tratam aquilo que conhecem.
44. Todos aí conhecem isso. Ninguém erra essa vírgula. Assim sendo, não há
motivo para errar em construções similares:
46. Nossa conclusão padrão traz o mesmo raciocínio. Traz o contexto de que
se está falando de tudo que veio antes (o exposto).
47. Essa é uma dica valiosa para a vida toda. Quando vir uma frase confusa,
procure formular na cabeça outras, que tragam construções similares. Uma
hora alguma delas lhe será familiar, você terá certeza quanto à sua pontuação.
E, assim, conseguirá também cravar a pontuação da tal frase confusa.
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Exercício
51. Tenho aqui a prova da EMAP/MA que trouxe esse formato de avaliação pela
primeira vez. Podem praticar redigindo o texto tentando atender a todos os
elementos que foram citados na aferição de nota dos quesitos (parágrafos 7 e
18 dessa aula).
52. Essa não é uma redação para correção individual, serve apenas de
exercício. A proposta para correção virá ao longo do curso.