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08/23252 – Alessandra Campos Tótoli

Professor Luiz Cláudio Martino


Teorias da Comunicação
08 de Outubro de 2007

Morin, E. – Cultura de Massas no Século XX: o espírito do tempo . Forense . São Paulo,
s.d. pp.15-36.
Adorno, A. –  “A Indústria Cultural”, in Gabriel Cohn (org.) Comunicação e Indústria
Cultural. Cia Editora Nacional. São Paulo, 1971, pp. 287-295.

A cultura de massa foi a primeira experiência da comercialização da vida privada no


mercado, no século XX surgiram as mercadorias mais humanas, amores e medos, fatos da
alma.
A cultura é composta de um corpo de símbolos, mitos e imagens. A cultura nacional
nos insere nas experiências patrióticas a partir de fatos históricos, a cultura religiosa prega
um deus que salva a partir de conceitos da igreja, a cultura humanista, tenta passar as
noções de subjetividade e sensibilidade. De forma análoga, a cultura de massa leva consigo
a representação de uma realidade cosmopolita e universal, e dialoga com as outras
categorias de cultura.
Segundo a visão dos intelectuais, a cultura de massa é uma coisa feia, pobre,
infestada de ecletismo e com um caráter extremamente consumista, em contrapartida, a
cultura intelectual, é regida pela arte. Essa relação contém diversas oposições: qualidade e
quantidade, criação e produção, espiritualidade e materialismo, estética e mercadoria,
elegância e grosseria, saber e ignorância.
Em seu texto, Morin ressalta que não tem a intenção de defender a cultura de massa,
mas sim de criticar a “alta cultura”, um estudo do fenômeno requer um alcance global de
visão, não se pode simplesmente estar incluído no meio intelectual, é preciso reconstruir.
Para tanto, Morin defende o método da totalidade, do qual o pesquisador admite que faz
parte.
Indústria Cultural, termo usado pela primeira vez por Adorno no livro “A dialética
do esclarecimento”, em contrapartida ao termo cultura de massa (segundo Adorno, o termo
cultura de massa passa a falsa impressão de que as massas têm, de fato, participação na
criação dessa cultura, quando na verdade, são apenas consumidores passivos).
Segundo Morin, a Indústria Cultural, apesar do impulso capitalista, faz-se muito
importante no socialismo também, portanto se desenvolve em qualquer regime de governo.
Podendo ser usada de forma positiva, educativa, ou negativa, manipulativa.
Quando controlada pelo meio privado, tem o papel de agradar, é viva, já controlada
pelo estado, se mostra forçada. Para Morin, o ideal é buscar uma nova combinação, de
modo que possa ser vivo e educativo, agrade e não seja supérfluo.
A indústria cultural, vive pautada numa contradição, ao mesmo tempo em que quer
padronizar, vender, criar regras e estereótipos, precisa também originalizar, individualizar,
crias coisas novas para agradar seu público, isso cria uma confusão, pois a criação, que
precisa ser estimulada, não pode ter relação com a padronização que se tenta impor.
A indústria cultural, faz com que muitos artista sejam obrigados a se submeter por
questões de emprego a grupos industriais, isso cria um cenário de segregação, entre a zona
central, onde se concentra o dinheiro da indústria, e consigo seus interesses, e a zona
marginal, onde está o artista que procura sua forma de exprssão, ainda que com verba
limitada.

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