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Indústria Cultural

e Arte
História e Arte II
A arte esteve, e ainda está sempre
ligada a sensibilidade, imaginação e
inspiração do artista na busca do
belo. Expressões de emoções e
desejos, e hoje no séc. XXI, a arte
se faz presente interpretando e
fazendo criticas a realidade social.
Com a Indústria Cultural, a arte
passou a ser mercadoria e
estaria assim sujeita às leis da
oferta e da procura, se antes ela
estava ligada a contemplação,
hoje ela está ligada mais ao
lucro. Desta forma ela perde a
sua áurea inicial. A Arte Erudita e
a Arte Popular seriam apagadas
pelo capitalismo.
O capitalismo que visa o lucro incessante estaria comprometendo o valor crítico
das formas artísticas e acabando com a capacidade crítica do público ao impedir a
sua participação intelectual na análise da obra. Todos buscariam o já conhecido e
experimentado e deixariam de lado a crítica à sociedade, impedindo a formação de
indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e decidir
conscientemente.

A indústria cultural não busca a promoção do conhecimento, mas sim a


manipulação cultural e política, a formação de opinião e o condicionamento de
mentes, enfatizando tudo como necessidade de consumo. A cultura passa a ser
mais um instrumento do capitalismo e se põe fim a autonomia dos indivíduos com
a manipulação de massas.
Tarsila do Amaral, Portinari e Leminski estampam objetos na Paralela Gift

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https://casa.abril.com.br/moveis-acessorios/tarsila-do-amaral-portinari-e-leminski-estampam-objetos-na
-paralela-gift/
O pop art é um movimento artístico que
surgiu na década de 50, na Grã-Bretanha
e Estados unidos da América, um dos
seus percursores foi Andy Warhol. O pop
art é em si, um tipo de arte que utiliza
figuras e ícones populares nos temas das
suas figuras. A razão crítica e irônica da
sociedade capitalista. Irônica, pois a
sociedade capitalista apoderou-se desta
forma de arte. Ela operava com jogos de
cores, materiais, e produtos intensos,
reproduzindo objetos do cotidiano.
Transforma-os desta forma, em arte.
Segundo Kant (1724-1804): De direito, somente a produção por liberdade, isto é, por
um arbítrio, que toma como fundamento de suas ações a razão, deveria denominar-se
arte (1974: 337). A arte deve ser, pois, um fazer artístico em que estão presentes,
como condição sine qua non (indispensável), a racionalidade, acompanhada da
liberdade e da intencionalidade, ou seja, a intenção do fazer artístico, a criação em
função de uma finalidade estética – e não industrial.

Para Hegel (1770-1831), a arte liga-se ao lúdico, isto é, há, na poética, uma espécie
de jogo estético, algo (obra) capaz de provocar o prazer do espírito (espectador). Isso
significa que a arte consiste tanto na atividade criadora (autor) quanto na atividade
contemplativa do espectador – daí a intencionalidade presente na obra,
intencionalidade considerada sob o aspecto fenomenológico, isto é, o ser-para entre
criador e público.
Adorno cita uma pesquisa de opinião pública americana que diz que “as
dificuldades de nossa época deixariam de existir se as pessoas se decidissem
simplesmente a fazer tudo aquilo que personalidades eminentes sugerem”.

A indústria cultural aparece também na mídia e realmente realiza uma comunicação


unilateral. Tal como coloca Baudrillard, “a TV é, pela própria presença, o controle
social em casa de cada um” (Baudrillard). A TV apresenta mensagens elaboradas
por uma elite de especialistas que estão, quer queira ou não, a serviço da classe
dominante. Também é verdade que os seus telespectadores não enviam uma
mensagem (ou contra-mensagem) de volta. Isto vale para a maioria dos meios de
comunicação de massas.
Cada produto anunciado não é apenas uma coisa material, ele é envolvido de carga
emocional, a indústria cultural tem como função promover necessidades constantes,
novas formas de apresentação, porém baseando nos velhos esquemas” (GARÇÃO,
apud ADORNO). O que a mídia, tenta vender é a felicidade através do consumo.
Porém para Marcuse (1979), a felicidade é incompatível com o modo de vida
capitalista, o pensamento otimista paralisa, porque não nega a realidade, mantêm-se
preso a uma ilusão. Mas, esta ilusão precisa ser mantida, os sujeitos precisam
acreditar na realização individual, precisam acreditar que têm controle sobre a sua
vida, que possuem liberdade de escolha, quando na verdade esta pretensa liberdade
é mais uma das categorias ideológicas, pois acreditando que têm poder de decisão,
os indivíduos não resistem ao controle imposto pelo sistema. Isto implica em que o
individuo precisa consumir para se constituir como sujeito.
Maria Rita Kehl (2004) fala sobre a chamada Sociedade do Espetáculo, nesta
sociedade o que se configura determinante para a existência do homem, é sua
imagem. Passado por um processo sócio histórico, o homem, com a invenção de
tantos recursos visuais se tornou um ser de aparências, no qual a visibilidade dá ao
indivíduo o certificado de que o mesmo existe, sendo este proporcionado pela
mídia.

Portanto, ser visto e reconhecido pelo outro, confere ao indivíduo status e


identidade, fazendo com que o mesmo deixe de ser meramente um anônimo, ou até
mesmo um ser invisível. O advento da televisão e do computador, juntamente com
as possibilidades que estes abriram, foi o marco preponderante para permitir ao
sujeito existir por meio da imagem.
Debord (1998) traduz bem a atual situação, segundo ele, a sociedade passou por
duas fases distintas: Na primeira para SER era preciso TER, e na segunda que se
trata da contemporaneidade, é a sociedade do espetáculo, em que é preciso TER
para PARECER, e isso nada mais é do que uma forma de dominação da economia
capitalista.

Contudo, a dominação pelo aspecto econômico já está consolidada e por isso, tem-
se agora a dominação pela imagem, onde a mídia nada mais é do que a soma dos
poderes políticos e econômicos. É a mídia ordenando o que se precisa ter e
consumir e ao mesmo tempo, organizando o tempo e lazer das pessoas.
Referências
Barbosa, Mariana Ribeiro Lucas, 2016. A arte na
indústria cultural: Imagens
https://marianarlbarbosa.jusbrasil.com.br/artigo
Wahooart: https://pt.wahooart.com
s/338567060/a-arte-na-industria-cultural
Meisterdrucke: https://www.meisterdrucke.pt
Google Imagens

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