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Questão 1

As artes foram submetidas a uma nova servidão: as regras do mercado capitalista e a


ideologia da indústria cultural, baseada na ideia e na prática do consumo de “produtos
culturais” fabricados em série. As obras de arte são mercadorias, como tudo o que existe
no capitalismo.
Marilena Chauí, Convite à Filosofia.

Segundo o texto, uma das características da indústria cultural é:

a)exploração comercial das obras de arte.


b) a valorização do artista e de sua obra de arte.
c) censura a obras com conteúdo crítico.
d) liberdade de criação artística.

Questão 2
Para Theodor Adorno e Max Horkheimer, criadores do conceito de "indústria cultural",
ela assume um caráter alienante, evitando que se desenvolva o pensamento crítico
acerca das explorações sofridas no dia a dia.

De que forma é produzida essa alienação?

a) Criando uma ilusão sobre o cotidiano, amenizando a dura rotina e desenvolvendo a


ideia de que está tudo bem.
b) Criando grupos de proteção à cultura e desenvolvendo ações que combatem a
homogeneidade da produção cultural.
c) Fazendo com que o trabalhador produza e consuma apenas a sua própria cultura,
alheio as demais.
d) Homogeneizando a produção cultural a partir de critérios estipulados pelos governos
nacionais.

Questão 3
Sobre a indústria cultural identifique a alternativa incorreta:

a)Possibilita a democratização do acesso à obra de arte, mas, como efeito, gera o


esvaziamento de sentido e perda de qualidade da produção artística.

b) A indústria cultural cria formas de dominação através da reprodução de um modelo


alienante voltado para a conformidade com o cotidiano.
c) A arte voltada para as demandas do mercado tende a reproduzir a si mesma até a
exaustão, como um produto que é comercializado enquanto houver consumidores.
d) A indústria cultural possibilita a autonomia dos artistas e uma grande complexidade e
diversidade nas produções.
Questão 4
(Unitins/2018) Para os filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno e Max
Horkheimer, a indústria cultural tem como único objetivo a dependência e a alienação
dos homens. Ao maquiar o mundo nos anúncios que divulga, ela seduz as massas para o
consumo das mercadorias culturais, a fim de que se esqueçam da exploração que sofrem
nas relações de produção
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. A indústria cultural – o iluminismo como mistificação das massas. In: Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

Considerando o texto dado, e segundo o pensamento de Adorno e Horkheimer, é correto


afirmar que:

I. A indústria cultural se utiliza de padrões que se repetem com o propósito de formar


uma estética voltada ao consumismo e à alienação.

II. A indústria cultural promove nos indivíduos uma pseudossatisfação que impede o
desenvolvimento de uma visão crítica.

III. A indústria cultural faz dos indivíduos seu objeto, distanciando-os de uma
autonomia consciente.

IV. A indústria cultural incentiva necessidades próprias do sistema vigente, levando os


indivíduos a praticar o consumo incessante.

É correto o que se afirma em:

a) I, II, III e IV.


b) III e IV apenas.
c) I e II apenas.
d) II e III apenas.
e) I e IV apenas.

Ver Resposta

Questão 5
Assim, a indústria cultural, os meios de comunicação, de massa e a cultura de massa
surgem como funções do fenômeno da industrialização. É esta, através das alterações
que produz no modo de produção e na forma do trabalho humano, que determina um
tipo particular de indústria (a cultural) e de cultura (a de massa), implantando numa e
noutra os mesmos princípios em vigor na produção econômica em geral: o uso crescente
da máquina e a submissão do ritmo humano de trabalho ao ritmo da máquina; a
exploração do trabalhador; a divisão do trabalho.
Teixeira Coelho. O que é indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1980.

Para o autor, a indústria cultural e a cultura de massas está diretamente ligado ao modo
de produção:
a)Tecnicista
b) Cientificista
c) Capitalista
d) Socialista

Ver Resposta

Questão 6
Para Walter Benjamin, a possibilidade de reprodução da obra de arte faz com que ela
perca “aura”, assumindo uma nova função social.

Assim, a reprodutibilidade técnica da obra de arte permitiria:

a) a perda de sentido na produção artística.


b) a democratização do acesso à arte.
c) a falsificação de obras.
d) a valorização do artista.

Ver Resposta

Questão 7
Cultura erudita, popular e de massa são perspectivas relacionadas às formas de
produção, consumo e apropriação da produção artística, relacionadas respectivamente a:

a) classe dominante, manifestações tradicionais e voltadas para o consumo.


b) maior qualidade, pouca qualidade e nenhuma qualidade.
c) manifestações autênticas, exigência de formação e produção voltada para o consumo.
d) apreciação, consumo e reprodução.

Ver Resposta

Questão 8
Os meios de comunicação cumprem um papel ideológico importante para a manutenção
do sistema através da cultura de massa. A padronização dos comportamentos e a
aceitação ao modelo vigente é obtida a partir do:

a) pluralismo de ideias
b) controle da opinião pública
c) acesso amplo às obras de arte
d) marxismo cultural

Ver Resposta

Questão 9
Para Walter Benjamin, a propaganda é um reflexo da mudança ocorrida na relação dos
indivíduos com a arte. Isso se dá porque a propaganda:

a) é uma nova forma de arte.


b) é utilizada como divulgação das exposições de arte.
c) se apropria de elementos exclusivos das artes para fins mercadológicos.
d) desenvolve o senso crítico e a seletividade daquilo que é consumido.

Ver Resposta

Questão 10
(Enem/2016) Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de
pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os
desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que,
desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das
inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção
econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a
mesma coisa.

ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos.


Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é


um(a)

a) legado social.
b) patrimônio político.
c) produto da moralidade.
d) conquista da humanidade.
e) ilusão da contemporaneidade.

1. (ENEM MEC/2020)

Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme já se


sabe como ele termina, quem é recompensado e, ao escutar a música, o
ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos,
de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem
lugar como previsto.

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento:


fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

A crítica ao tipo de criação mencionada no texto teve como alvo, no


campo da arte, a

o valorização da representação abstrata.


o padronização das técnicas de composição.

o sofisticação dos equipamentos disponíveis.

o ampliação dos campos de experimentação.


o burocratização do processo de difusão.
2. (ENEM MEC/2016)

Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de


pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de
sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se
divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião,
são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a
liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção
econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher
o que é sempre a mesma coisa.

ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos


filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise


do texto, é um(a)

o ilusão da contemporaneidade.

o conquista da humanidade.

o patrimônio político.

o legado social.
o produto da moralidade.
3. (UEL PR/2017)
(Disponível em:
<https://sociologiareflexaoeacao.files.wordpress.com/2015/07/cena-
cotidiana-autor-desconhecidofacebook.jpg&gt;. Acesso em: 20 abr.
2016.)

Leia o texto a seguir.

As reações mais íntimas das pessoas estão tão completamente reificadas


para elas próprias que a ideia de algo peculiar a elas só perdura na mais
extrema abstração: personality significa para elas pouco mais que possuir
dentes deslumbrantemente brancos e estar livres do suor nas axilas e das
emoções. Eis aí o triunfo da publicidade na indústria cultural.

(ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Trad.


Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p.138.)

A respeito da relação entre Indústria Cultural, esvaziamento do sentido


da experiência e superficialização da personalidade, assinale a alternativa
correta.

o A abstração a respeito da própria personalidade é uma


capacidade por meio da qual o sentido da experiência, esvaziado
pela Indústria Cultural, pode ser reconfigurado e ressignificado.

o A superficialização da personalidade e o esvaziamento do


sentido da experiência são efeitos secundários da Indústria
Cultural, decorrentes dos exageros da publicidade.
o A superficialização da personalidade resulta da ação por meio
da qual a Indústria Cultural esvazia o sentido da experiência ao
concebê-la como um sistema de coisas.

o O esvaziamento do sentido da experiência criado pela


Indústria Cultural atesta a superficialidade inerente à
personalidade na medida em que ela é uma abstração.
o O poder de reificação exercido pela Indústria Cultural sobre a
personalidade consiste em criar um equilíbrio entre sensibilidade
(emoções) e pensamento (máxima abstração).
4. (ENEM MEC/2017)

O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a


partir de uma dimensão procedimental, calcada no discurso e na
deliberação. A legitimidade democrática exige que o processo de tomada
de decisões políticas ocorra a partir de uma ampla discussão pública,
para somente então decidir. Assim, o caráter deliberativo corresponde a
um processo coletivo de ponderação e análise, permeado pelo discurso,
que antecede a decisão.

VITALE. D. Jürgen Habermas, modernidade e democracia deliberativa.


Cadernos do CRH (UFBA). v. 19, 2006 (adaptado).

O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode


favorecer processos de inclusão social. De acordo com o texto, é uma
condição para que isso aconteça o(a)

o debate livre e racional entre cidadãos e Estado.

o participação direta periódica do cidadão.

o interlocução entre os poderes governamentais.

o controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.


o eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.
5. (IFPR/2020)

“[…] Cada filme é apresentação do filme seguinte, que promete reunir


outra vez mais a mesma dupla sob o mesmo céu exótico: quem chega
atrasado fica sem saber se assiste ao “em breve neste cinema” ou ao
filme propriamente dito. O caráter de montagem da indústria cultural, a
fabricação sintética e guiada dos seus produtos, industrializada não só no
estúdio cinematográfico, mas virtualmente, ainda na compilação das
biografias baratas, nas pesquisas romanceadas e nas canções, adapta-se
a priori à propaganda. Já que o momento particular tornou-se separável
e fungível, descartado mesmo tecnicamente de qualquer nexo
significativo, ele se pode prestar a finalidades externas à obra. O efeito, o
achado, o exploit isolado e repetível, ligou-se para sempre a exposição de
produtos para fins publicitários, e hoje cada primeiro plano de uma atriz
é uma “propaganda” de seu nome, cada motivo de sucesso o plug da sua
melodia. Técnica e economicamente, propaganda e indústria cultural
mostram-se fundidas. […]”.

(Fonte: ADORNO, T. Industria cultural. Trad. Jorge Matos Brito de


Almeida. São Paulo: Paz e Terra, 2002. p.40-41)

Theodor Adorno (1903-1969) é um dos nomes célebres da Escola de


Frankfurt. Quanto à postura assumida por ele ao analisar o fenômeno da
indústria cultural, suas práticas e efeitos como realidade social, assinale a
afirmativa correta.

o Propõe uma crítica parcial da indústria cultural, apontando a


educação pautada em valores éticos universais como ponto
positivo, porém a negatividade de tal cultura se apresenta na
insustentabilidade tecnológica.

o Apresenta uma crítica à indústria cultural, dado o valor social


desta mostrar-se essencialmente comercial, segundo sua análise,
na produção e veiculação da arte.

o Oferece defesa da indústria cultura, isso porque seu aspecto


popular encoraja a manifestação artística para fora de padrões
sociais restritos e elitista do mercado.
o Promove a apologia da indústria cultural, sendo seu
repercutido caráter ético e educativo para as dinâmicas sociais, os
aspectos mais favoráveis desta cultura.
6. (ENEM MEC/2014)

Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser
concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto
participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade
dessa norma.

HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro:


Tempo Brasileiro, 1989.

Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida


pelo(a)
o poder político, que se concentra no sistema partidário.

o técnica científica, que aumenta o poder do homem.

o conhecimento filosófico, que expressa a verdade.

o razão comunicativa, que requer um consenso.


o liberdade humana, que consagra a vontade.
7. (ENEM MEC/2017)

A crítica é uma questão de distância certa. O olhar hoje mais essencial, o


olho mercantil que penetra no coração das coisas, chama-se
propaganda. Esta arrasa o espaço livre da contemplação e aproxima
tanto as coisas, coloca-as tão debaixo do nariz quanto o automóvel que
sai da tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo em direção a
nós. E, do mesmo modo que o cinema não oferece móveis e fachadas a
uma observação crítica completa, mas dá apenas a sua espetacular, rígida
e repentina proximidade, também a propaganda autêntica transporta as
coisas para primeiro plano e tem um ritmo que corresponde ao de um
bom filme.

BENJAMIN, W. Rua de mão única: infância berlinense – 1900. Belo


Horizonte: Autêntica, 2013 (adaptado).

O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin,


segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica
em virtude do(a)

o caráter ilusório das imagens.

o natureza emancipadora das opiniões.

o evolução constante da tecnologia.

o aspecto efêmero dos acontecimentos.


o conteúdo objetivo das informações.
8. (UEL PR/2016)
Eduardo Kac, GFP Bunny, 2000

Leia o texto a seguir.

A intervenção genética poderia prejudicar a consciência de autonomia do


indivíduo, nomeadamente aquela autocompreensão moral que se deve
esperar de todo membro de uma comunidade de direito, estruturada
pela igualdade e pela liberdade, quando eles têm as mesmas chances de
fazer uso de direitos subjetivos igualmente distribuídos. Portanto, o
prejuízo que pode surgir não se situa no nível de uma privação de
direitos. Ele consiste, antes, na insegurança que um portador de direitos
civis sente em relação à consciência de seu próprio status. Pessoas
programadas não podem mais se considerar como autores únicos de sua
própria história de vida, pois, em relação às gerações que as precederam,
elas não podem mais se considerar ilimitadamente como pessoas
nascidas sob iguais condições.

(Adaptado de: HABERMAS, J. O futuro da natureza humana. A caminho


de uma eugenia liberal? 2.ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010,
p.107-108.)

A intervenção genética possibilita uma reflexão sobre a mudança de


compreensão da natureza humana tradicionalmente concebida como
permanente.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre ética em Jürgen


Habermas, considere as afirmativas a seguir.

I. A complexidade da decisão moral, no caso da intervenção genética,


dificulta a aplicabilidade do modelo da ética discursiva, que prevê que o
acordo entre os concernidos é conquistado pelo diálogo público, isto
porque um dos concernidos – no caso, a potencial pessoa em que o
embrião se tornaria – ficaria excluído do debate argumentativo.
II. A tendência contemporânea que defende a autonomia da pesquisa,
principalmente a partir dos avanços da biotecnologia, em geral, e da
intervenção genética, em particular, suscita a necessidade de recorrer a
uma regulamentação jurídica que possa garantir o direito a uma herança
genética isenta de manipulação.

III. As questões acerca dos benefícios ou malefícios advindos da aplicação


da pesquisa genética são respondidas a partir da superioridade
hierárquica do saber da ciência em relação aos valores éticos vigentes, no
sentido de que o conhecimento científico está suficientemente
legitimado para impor princípios materiais objetivos.

IV. Os possíveis dilemas da programação genética encontram respostas


suficientemente satisfatórias ao fazer uso da igualdade existente entre o
reino do discurso e o da ação, representado pela discussão política dos
conselhos públicos, e o da necessidade e do trabalho, representado pela
racionalidade estratégica da técnica moderna.

Assinale a alternativa correta.

o Somente as afirmativas I e II são corretas.

o Somente as afirmativas III e IV são corretas.

o Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

o Somente as afirmativas I, II e III são corretas.


o Somente as afirmativas I e IV são corretas.
9. (UEL PR/2020)

Leia o texto a seguir.

À medida que as obras de arte se emancipam do seu uso cultual,


aumentam as ocasiões para que elas sejam expostas. A exponibilidade de
um busto […] é maior que de uma estátua divina, que tem sua sede fixa no
interior do templo. […] a preponderância absoluta conferida hoje a seu
valor de exposição atribui-lhe funções inteiramente novas, entre as quais a
“artística”, a única de que temos consciência, talvez se revele mais tarde
como rudimentar.

BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na era da sua reprodutibilidade


técnica (Primeira versão)”. In: Obras escolhidas I. Trad. Sérgio Paulo
Rouanet, 8ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2012. p. 187-188.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria benjaminiana da
reprodutibilidade técnica e do valor cultual e de exposição da obra de
arte, assinale a alternativa correta.

o A mudança do valor de culto para o valor da exposição da


obra de arte revela transformações nas quais esta passa a ser
concebida a partir da esfera pública.

o O valor material atribuído a uma obra de arte é constituído


pela persistência de um valor de culto na exposição, evidenciado
na “aura” que paira sobre as grandes obras, as chamadas obras
clássicas.

o O valor de exposição da obra de arte reforça os laços sociais,


na medida em que a exposição intensifica a coesão social,
possibilitando, democraticamente, o acesso à obra.

o O elemento comum entre o valor de culto e o valor de


exposição da obra de arte é o reconhecimento de que a função
“artística” é a sua dimensão mais importante.
o O valor de culto da obra de arte expressa a gradativa
desvinculação entre o humano e o sagrado, considerando que a
obra substitui a relação direta do humano com o sagrado.
10. (UECE/2020)

O trecho abaixo apresentado se refere à influência da indústria cultural e


seus produtos, em relação à ordem social e política contemporânea, sob
a ótica dos pensadores da Escola de Frankfurt:

“O desenvolvimento da indústria cultural ocasionou a incorporação dos


indivíduos numa totalidade social racionalizada e reificada; frustrou sua
imaginação e tornou-os vulneráveis à manipulação por ditadores e
demagogos. A propaganda fascista necessitou apenas ativar e reproduzir
a mentalidade existente das massas; ela simplesmente tomou as pessoas
pelo que eram – os filhos da indústria cultural – e empregou as técnicas
dessa indústria para mobilizá-las por trás dos objetivos agressivos e
reacionários do fascismo”.

THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica


na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis, RJ: Vozes.
Adaptado.
Considerando o trecho acima e o conceito de indústria cultural, atente
para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e
com F o que for falso.

( ) Os produtos da indústria cultural são, geralmente, construções


simbólicas impregnadas de estereótipos que suprimem a reflexão crítica
sobre a ordem social, podendo abrir espaço para uma visão autoritária.

( ) Aqueles indivíduos que foram capturados pela retórica autoritária


do fascismo são os que já haviam sucumbido à influência da indústria
cultural e à sua capacidade de manipulação das massas.

( ) Os produtos da indústria cultural desafiam as normas sociais e


possuem um caráter antirrealista que se torna fonte de fascínio por parte
das massas que aderem ao seu falso caráter revolucionário.

( ) Exemplificada na indústria de entretenimento, a indústria cultural


padronizou e mercantilizou as formas culturais, o que resultou em uma
arte banal e repetitiva, incapaz de provocar um olhar crítico.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

o F, F, V, F.

o V, V, F, V.

o F, V, V, F.
o V, F, F, V.
11. 2. (UEL 2013) Leia o texto a seguir.
12. O modo de comportamento perceptivo, através do qual se prepara o
esquecer e o rápido recordar da música de massas, é a desconcentração.
Se os produtos normalizados e irremediavelmente semelhantes entre si,
exceto certas particularidades surpreendentes, não permitem uma audição
concentrada, sem se tornarem insuportáveis para os ouvintes, estes, por
sua vez, já não são absolutamente capazes de uma audição concentrada.
Não conseguem manter a tensão de uma concentração atenta, e por isso
se entregam resignadamente àquilo que acontece e flui acima deles, e com
o qual fazem amizade somente porque já o ouvem sem atenção excessiva.
13. (ADORNO, T. W. O fetichismo na música e a regressão da audição. In:
Adorno et all. Textos escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p.190.
Coleção Os Pensadores.)
14. As redes sociais têm divulgado músicas de fácil memorização e com forte
apelo à cultura de massa.
15. A respeito do tema da regressão da audição na Indústria Cultural e da
relação entre arte e sociedade em Adorno, assinale a alternativa correta.
16. A) A impossibilidade de uma audição concentrada e de uma concentração
atenta relaciona-se ao fato de que a música tornou-se um produto de
consumo, encobrindo seu poder crítico.
17. B) A música representa um domínio particular, quase autônomo, das
produções sociais, pois se baseia no livre jogo da imaginação, o que
impossibilita estabelecer um vínculo entre arte e sociedade.
18. C) A música de massa caracteriza-se pela capacidade de manifestar
criticamente conteúdos racionais expressos no modo típico do
comportamento perceptivo inato às massas.
19. D) A tensão resultante da concentração requerida para a apreciação da
música é uma exigência extramusical, pois nossa sensibilidade é
naturalmente mais próxima da desconcentração.
20. E) Audição concentrada significa a capacidade de apreender e de repetir os
elementos que constituem a música, sendo a facilidade da repetição o que
concede poder crítico à música.
21.
22. 3. (UEL 2010) Leia o texto de Adorno a seguir.
23. Se as duas esferas da música se movem na unidade da sua contradição
recíproca, a linha de demarcação que as separa é variável. A produção
musical avançada se independentizou do consumo. O resto da música séria
é submetido à lei do consumo, pelo preço de seu conteúdo. Ouve-se tal
música séria como se consome uma mercadoria adquirida no mercado.
Carecem totalmente de significado real as distinções entre a audição da
música “clássica” oficial e da música ligeira.
24. (ADORNO, T. W. O fetichismo na música e a regressão da audição. In:
BENJAMIN, W. et all. Textos escolhidos. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural,
1987. p. 84.)
25. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Adorno, é
correto afirmar:
26. A) A música séria e a música ligeira são essencialmente críticas à
sociedade de consumo e à indústria cultural.
27. B) Ao se tornarem autônomas e independentes do consumo, a música séria
e a música ligeira passam a realçar o seu valor de uso em detrimento do
valor de troca.
28. C) A indústria cultural acabou preparando a sua própria autorreflexividade
ao transformar a música ligeira e a séria em mercadorias.
29. D) Tanto a música séria quanto a ligeira foram transformadas em
mercadoria com o avanço da produção industrial.
30. E) As esferas da música séria e da ligeira são separadas e nada possuem
em comum.
31.
32. 4. (UEL 2006) “O que os homens querem aprender da natureza é como
aplicá-la para dominar completamente sobre ela e sobre os homens. Fora
isso, nada conta. [...] O que importa não é aquela satisfação que os homens
chamam de verdade, o que importa é a operation, o procedimento eficaz.
[...] A partir de agora, a matéria deverá finalmente ser dominada, sem apelo
a forças ilusórias que a governem ou que nela habitem, sem apelo a
propriedades ocultas. O que não se ajusta às medidas da calculabilidade e
da utilidade é suspeito para o iluminismo [...] O iluminismo se relaciona com
as coisas assim como o ditador se relaciona com os homens. Ele os
conhece, na medida em que os pode manipular. O homem de ciência
conhece as coisas, na medida em que as pode produzir.”
33. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Conceito de Iluminismo. Trad.
Zeljko Loparic e Andréa M. A. C. Loparic. 2. ed. São Paulo: Victor Civita,
1983. p. 90-93.)
34. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a racionalidade instrumental
em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:
35. A) A razão iluminista proporcionou ao homem a saída da menoridade da
qual ele era culpado e permitiu o pleno uso da razão, dispensando a
necessidade de tutores para guiar as suas ações.
36. B) O procedimento eficaz, aplicado segundo as regras da calculabilidade e
da utilidade, está desvinculado da esfera das relações humanas, pois sua
lógica se restringe aos objetos da natureza.
37. C) A racionalidade instrumental gera de forma equânime conforto e bem
estar para as pessoas na esfera privada e confere um maior grau de
liberdade na esfera social.
38. D) A visão dos autores sobre a racionalidade instrumental guarda um
reconhecimento positivo para setores específicos da alta tecnologia,
sobretudo aqueles vinculados à informática.
39. E) Contrariando a tese do projeto iluminista que opõe mito e iluminismo, os
autores entendem que há uma dialética entre essas duas dimensões que
resulta no domínio perpetrado pela razão instrumental.
40.
41. 5. (UEL 2005) “A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo
tardio. Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho
mecanizado, para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao
mesmo tempo, a mecanização atingiu um tal poderio sobre a pessoa em
seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão profundamente a
fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não
pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio
processo de trabalho”.
42. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento.
Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
p.128.)
43. Com base no texto e nos conhecimentos sobre trabalho e lazer no
capitalismo tardio, em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:
44. A) Há um círculo vicioso que envolve o processo de trabalho e os
momentos de lazer. Com o objetivo de fugir do trabalho mecanizado e repor
as forças, o indivíduo busca refúgio no lazer, porém o lazer se estrutura
com base na mesma lógica mecanizada do trabalho.
45. B) Apesar de se apresentarem como duas dimensões de um mesmo
processo, lazer e trabalho se diferenciam no capitalismo tardio, na medida
em que o primeiro é o espaço do desenvolvimento das potencialidades
individuais, a exemplo da reflexão.
46. C) Mesmo sendo produzidas de acordo com um esquema mercadológico
que fabrica cópias em ritmo industrial, as mercadorias acessadas nos
momentos de lazer proporcionam ao indivíduo plena diversão e cultura.
47. D) Tanto o trabalho quanto o lazer preservam a autonomia do indivíduo,
mesmo nos processos de mecanização que caracterizam a fabricação de
mercadorias no capitalismo tardio.
48. E) As atividades de lazer no capitalismo tardio, como o cinema e a
televisão, são caminhos para a politização e aquisição de cultura pelas
massas, aproximando-as das verdadeiras obras de arte.
49. 1. (Uece 2019) “A crescente proletarização dos homens de hoje e a
crescente formação das massas são dois lados de um mesmo
acontecimento. O fascismo procura organizar as massas proletarizadas
recém-surgidas sem tocar nas relações de propriedade, por cuja abolição
elas pressionam. Ele vê sua salvação em deixar as massas alcançarem a
sua expressão (de modo algum seu direito). As massas possuem um
direito à mudança das relações de propriedade; o fascismo busca dar-lhe
uma expressão conservando essas relações. O fascismo resulta,
consequentemente, em uma estetização da vida política.”
50. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade té cnica. Porto Alegre: Zouk, 2012, p. 117.
51.
52. Considerando o que diz Benjamin sobre os efeitos sociais da
reprodutibilidade técnica dos objetos de fruição estética, é correto
afirmar que
53. a) o fascismo elimina a luta de classes, pois unifica a todos sob uma mesma
bandeira e com a mesma camisa, unindo a naçã o no amor pela pá tria e seus
símbolos, tornando a política mais bela.
54. b) a luta de classes é um elemento constitutivo do fascismo, que cria a
propriedade privada e, portanto, estabelece antagonismos sociais insuperá veis
pela política.
55. c) a obra de arte tecnicamente reproduzida apresenta uma necessá ria
superaçã o do fascismo, pois a contemplaçã o estética popularizada conduz as
massas para um estado de gozo apolítico.
56. d) o fascismo organiza o proletariado como massa, mas nã o põ e em questã o sua
condiçã o de classe, tornando a relaçã o social mera aparência de unidade, sob
símbolos, cores e gritos estandardizados — estetizaçã o.
57.
58. 2. (Uem 2018) “Com o advento do século XX, as técnicas de reprodução
atingiram tal nível que, em decorrência, ficaram em condições não apenas
de se dedicar a todas as obras de arte do passado e de modificar de modo
bem profundo os seus meios de influência, mas de elas próprias se
imporem, como formas originais de arte. Com respeito a isso, nada é mais
esclarecedor do que o critério pelo qual duas de suas manifestações
diferentes – a reprodução da obra de arte e a arte cinematográfica –
reagiram sobre as formas tradicionais de arte. À mais perfeita
reprodução falta sempre algo: o hic et nunc (aqui e agora) da obra de arte,
a unidade de sua presença no próprio local onde se encontra. É a essa
presença, única, no entanto, e só a ela que se acha vinculada toda a sua
história.”
59. (BENJAMIN, W. A obra de arte na é poca de suas té cnicas de reproduçã o. In: ARANHA, M. L. Filosofar com textos: temas
e histó ria da Filosofia. Sã o Paulo: Moderna, 2012, p. 82).
60.
61. A partir do texto citado, assinale o que for correto.
62. 01) Para o filó sofo, a reproduçã o em escala das obras de arte as desvincula de
seu tempo histó rico.
63. 02) Para o filó sofo, as técnicas de reproduçã o artística retiraram a
originalidade das obras de arte.
64. 04) Para o filó sofo, as técnicas de reproduçã o artística nã o conseguem produzir
obras de mesmo nível artístico daquelas obras elaboradas antes do século XX,
visto que essas técnicas se perderam ao longo do tempo.
65. 08) Para o filó sofo, a arte cinematográ fica e as reproduçõ es artísticas sã o
exemplos da perfeita vinculaçã o da arte com o seu tempo.
66. 16) Para o filó sofo, a obra de arte está ligada diretamente ao seu momento
histó rico de criaçã o, o que é uma marca de sua originalidade.
67.
68. 3. (Enem PPL 2017) A crítica é uma questão de distância certa. O olhar
hoje mais essencial, o olho mercantil que penetra no coração das coisas,
chama-se propaganda. Esta arrasa o espaço livre da contemplação e
aproxima tanto as coisas, coloca-as tão debaixo do nariz quanto o
automóvel que sai da tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo
em direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não oferece móveis e
fachadas a uma observação crítica completa, mas dá apenas a sua
espetacular, rígida e repentina proximidade, também a propaganda
autêntica transporta as coisas para primeiro plano e tem um ritmo que
corresponde ao de um bom filme.
69. BENJAMIN, W. Rua de mã o ú nica: infâ ncia berlinense – 1900. Belo Horizonte: Autê ntica, 2013 (adaptado).
70.
71. O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin,
segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica
em virtude do(a)
72. a) cará ter ilusó rio das imagens.
73. b) evoluçã o constante da tecnologia.
74. c) aspecto efêmero dos acontecimentos.
75. d) conteú do objetivo das informaçõ es.
76. e) natureza emancipadora das opiniõ es.
77.
78. 4. (Uem 2013) Assinale o que for correto.
79. 01) Como há uma separaçã o clara entre o que é verdadeiro, portanto campo do
juízo científico, e do que é belo, campo do juízo estético, poucos filó sofos se
dedicaram à investigaçã o do juízo do gosto.
80. 02) Walter Benjamin ponderava, em uma visã o otimista da sociedade
industrial, que a reproduçã o técnica da obra de arte – em livros, nas artes
grá ficas, na fotografia, no rá dio e no cinema – propiciaria um movimento de
democratizaçã o da cultura e das artes.
81. 04) Kant, ao investigar os problemas da subjetividade do juízo do gosto,
considerava a beleza como uma categoria universal da razã o e, a partir da
discussã o sobre a beleza, propunha ser possível atingir um juízo estético
possível de ser compartilhado por todos.
82. 08) Os iluministas consideravam que era na contemplaçã o desinteressada da
obra que se dava o sentimento estético, porém tal contemplaçã o dependia do
refinamento da sensibilidade, que deveria ser alcançado pela educaçã o.
83. 16) A arte midiá tica, que atinge um nú mero muito maior de indivíduos,
proporciona uma maior concordâ ncia de opiniõ es no que se refere ao juízo do
gosto. Tal fato prova que a arte de massa é mais verdadeira do que as
manifestaçõ es individualizadas, que propiciam juízos de valor muito mais
particulares.
84.
85. 5. (Unimontes 2012) Considerado o inventor da crítica moderna, Walter
Benjamin teve uma vida atribulada, marcada por dificuldades pessoais e
trágicas circunstâncias políticas. Colaborou e participou de movimentos
importantes, entre eles, a União Livre dos Estudantes. Unindo-se a outros
pensadores por amizade, deu início, em 1930, a um grupo de pesquisa
que ficou conhecido mundialmente. Com qual nome ficou conhecido o
grupo a que pertenceu Walter Benjamin?
86. a) Escola de Viena.
87. b) Escola de Frankfurt.
88. c) Escola de Marburgo.
89. d) Escola Eleata.
90.
91. 6. (Uem 2011) A Escola de Frankfurt tem sua origem no Instituto de Pesquisa Social,
fundado em 1923. Entre os pensadores expoentes da Escola de Frankfurt, destaca-se
Walter Benjamin, que se dedicou particularmente à reflexão sobre a estética. Sobre
a Escola de Frankfurt e Walter Benjamin, assinale o que for correto.
92. a) Walter Benjamin nã o se interessava pela teoria crítica, pois concebia a obra de arte e o
belo artístico como manifestaçõ es do espírito absoluto e, por isso, nã o poderiam ser objeto
de crítica.
93. b) O substantivo “esté tica” foi introduzido por Walter Benjamin para defender a tese de
que as obras de arte sã o representaçõ es confusas, incapazes de serem conceituadas e
analisadas.
94. c) Walter Benjamin retoma, no livro A obra de arte na época da reprodutibilidade té cnica,
o pensamento do filó sofo Paul Valé ry, que considerava o homem moderno um ser
fragmentado que nã o consegue viver plenamente todas as suas dimensõ es.
95. d) Os integrantes da Escola de Frankfurt, com exceçã o de Walter Benjamin, nã o se
preocuparam com a questã o cultural da produçã o artística, por acreditarem que a obra de
arte nã o é o objeto da filosofia.
96.
97.
98. 7. (Uel 2010) Observe a fotografia e leia o texto a seguir:
99.

100.
101. A névoa que recobre os primórdios da fotografia é menos espessa que a que
obscurece as origens da imprensa; já se pressentia, no caso da fotografia, que a hora
da sua invenção chegara, e vários pesquisadores, trabalhando independentemente,
visavam o mesmo objetivo: fixar as imagens da câmera obscura, que eram
conhecidas pelo menos desde Leonardo (Da Vinci).
102. (BENJAMIN, W. Obras Escolhidas. Magia e Té cnica, Arte e Política. Sã o Paulo: Brasiliense, 1996, p. 91.)
103.
104. Com base na obra de Walter Benjamin, no texto e nos conhecimentos sobre o
tema, é correto afirmar:
105. I. O domínio do processo té cnico de fixaçã o das imagens teve sua trajetó ria retardada
devido à s reaçõ es de natureza religiosa que fizeram com que a fotografia surgisse apenas
na segunda metade do século XIX.
106. II. Em virtude da expectativa gerada pela descoberta da fotografia no sé culo XIX, o seu
cará ter artístico, desde o início, torna-se evidente entre os pintores.
107. III. A presença do rosto humano nas fotos antigas representa um ú ltimo traço da aura,
isto é , aquilo que significa a existência ú nica da obra de arte.
108. IV. O valor de exposiçã o triunfa sobre o valor de culto à medida que a figura humana se
torna ausente nas fotografias.
109.
110. Assinale a alternativa correta.
111. a) Somente as afirmativas I e II sã o corretas.
112. b) Somente as afirmativas I e III sã o corretas.
113. c) Somente as afirmativas III e IV sã o corretas.
114. d) Somente as afirmativas I, II e IV sã o corretas.
115. e) Somente as afirmativas II, III e IV sã o corretas.
116.
117. 8. (Uel 2009) Com base no pensamento estético de Adorno e Benjamin, considere
as afirmativas a seguir.
118. I. Apesar de terem o mesmo ponto de partida, a saber, a aná lise crítica das té cnicas de
reproduçã o, Adorno e Benjamin chegam a conclusõ es distintas. Adorno entende que a
reprodutibilidade das obras de arte é algo negativo, pois transforma esta ú ltima em
mercadoria; para Benjamin, apesar de a reprodutibilidade ter aspectos negativos, uma
forma de arte como o cinema pode ser usada potencialmente em favor da classe operá ria.
119. II. Para Adorno, o discurso revolucioná rio na arte torna esta forma de expressã o
humana instrumentalista, e isto significa abolir a pró pria arte. Por seu turno, Benjamin
considerava que os novos meios de comunicaçã o nã o deveriam ser substituídos, mas sim
transformados ou subvertidos segundo os interesses da comunicaçã o burguesa.
120. III. Para Adorno, a noçã o de aura na obra de arte preservava a consciência de que a
realidade poderia ser melhor, mas o processo de massificaçã o da arte dissolveu tal noçã o e,
com ela, a dimensã o crítica da arte. Para Benjamin, a perda da aura destruiu a unicidade e a
singularidade da obra de arte, que perde o seu valor de culto e se torna acessível.
121. IV. Adorno vê positivamente a reprodutibilidade da arte, já que a obra de arte se
transforma em mercadoria padronizada que possibilita a todos o acesso e o
desenvolvimento do gosto esté tico autô nomo; para Benjamin, a reproduçã o tem como
dimensã o negativa essencial o fato de impossibilitar à s massas o acesso à s obras.
122.
123. Assinale a alternativa correta.
124. a) Somente as afirmativas I e II sã o corretas.
125. b) Somente as afirmativas I e III sã o corretas.
126. c) Somente as afirmativas II e IV sã o corretas.
127. d) Somente as afirmativas I, III e IV sã o corretas.
128. e) Somente as afirmativas II, III e IV sã o corretas.
129.
130. 9. (Uel 2007) “Em suma, o que é a aura? É uma figura singular, composta de
elementos espaciais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por mais
perto que ela esteja. Observar, em repouso, numa tarde de verão, uma cadeia de
montanhas no horizonte, ou um galho, que projeta sua sombra sobre nós, significa
respirar a aura dessas montanhas, desse galho. Graças a essa definição, é fácil
identificar os fatores sociais específicos que condicionam o declínio atual da aura.
Ele deriva de duas circunstâncias, estreitamente ligadas à crescente difusão e
intensidade dos movimentos de massas. Fazer as coisas ‘ficarem mais próximas’ é
uma preocupação tão apaixonada das massas modernas como sua tendência a
superar o caráter único de todos os fatos através da sua reprodutibilidade”.
Fonte: BENJAMIN, W. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade té cnica”. In: Magia e Té cnica, Arte e Política. Obras
Escolhidas. Traduçã o de Sé rgio Paulo Rouanet. Sã o Paulo: Brasiliense, 1985, p. 170.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre Benjamin, assinale a alternativa correta:

a) Ao passar do campo religioso ao esté tico, a obra de arte perdeu sua aura.
b) Ao se tornarem autô nomas, as obras de arte perderam sua qualidade aurá tica.
c) O declínio da aura decorre do desejo de diminuir a distâ ncia e a transcendência dos objetos
artísticos.
d) O valor de culto de uma obra de arte suscita a reprodutibilidade té cnica.
e) O declínio da aura nã o tem relaçã o com as transformaçõ es contemporâ neas.

10. (Uel 2006) Analise as imagens a seguir.

As imagens I e II representam duas formas artísticas de um fenômeno que provocou


mudanças significativas na arte, sobretudo a partir do século XX: a reprodutibilidade
técnica.
Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre a reprodutibilidade técnica em
Walter Benjamin, é correto afirmar:
a) A reproduçã o das obras de arte começa no final do século XIX com o surgimento da
fotografia e do cinema, pois até entã o as obras nã o eram copiadas, por motivos religiosos e
místicos.
b) Na passagem do período burguê s para a sociedade de massas, o declínio da aura que ocorre
na arte pode ser creditado a fatores sociais, como o desejo de ter as coisas mais pró ximas e
superar aquilo que é ú nico.
c) A perda da aura retira da arte o seu papel crítico no interior da sociedade de consumo, isto
ocorre porque a reprodutibilidade técnica destró i a possibilidade de exposiçã o das obras.
d) Desde o período medieval, o valor de exposiçã o das obras de arte é fator preponderante,
visto que o desempenho de sua funçã o religiosa exigia que a arte aparecesse de forma bem
visível aos espectadores que a cultuavam.
e) O cinema desempenha um importante papel político de conscientizaçã o dos espectadores,
uma vez que seu cará ter expositivo tornou-se cultual ao recuperar a dimensã o aurá tica.

11. (Ufma 2005) “A rua era das mais animadas da cidade; por todo o dia estivera cheia
de gente. Mas agora, ao anoitecer, a multidão crescia de um minuto para outro; e
quando se acenderam os lampiões de gás, duas densas, compactas correntes de
transeuntes cruzavam diante do café. Jamais me sentira num estado de ânimo como o
daquela tarde; e saboreei a nova emoção que de mim se apossara ante o oceano
daquelas cabeças em movimento. Pouco a pouco perdi de vista o que acontecia no
ambiente em que me encontrava e abandonei-me completamente à contemplação da
cena externa.”
131. (Walter Benjamin – Sobre alguns temas em Baudelaire)

O texto nos leva a uma compreensão de estética como:


a) uma concepçã o de que o belo nã o está em uma forma definida, mas na plasticidade do
cotidiano.
b) um estudo do caos humano representado pela multidã o e suas relaçõ es econô micas.
c) estabelecimento de um padrã o de beleza para a obra de arte.
d) técnica de reproduçã o da obra de arte em massa.
e) imitaçã o do mundo sensível.

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