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E SOCIEDADE
Filosofia
Industria Cultural
INDÚSTRIA CULTURAL
• O ser humano está nas mãos de uma sociedade que lhe manipula e ilude: “o
consumidor não é soberano, como a indústria cultural desejaria fazê-lo crer, não é seu
sujeito e sim seu objeto” (Adorno, 1957)
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• Fundamentos e aspectos da Indústria Cultural:
• O mercado captura a arte e os bens simbólicos para geração de capital. Isto é, o objetivo principal é o
lucro.
• ESTRATÉGIA: Criar ilusão da diversidade. No fundo são os mesmos produtos embalados de maneira
diferente para públicos distintos. O importante não é o que está dentro do produto, mas como ele é
vendido para o consumidor Ex. Gêneros fílmicos diferentes, mas a estrutura narrativa é a mesma.
• Filmes: Mensagem é a de que você vai passar dificuldades, porém, no final, tudo vai dar certo. ilusão
E a impressão de assistir sempre o mesmo filme é recorrente para quem se propõe a pensar 6
Fundamentos e aspectos da
Indústria Cultural
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Todos somos consumidores e ao mesmo tempo todos somos produtos. Televisão, Redes sociais,
Publicidade e propaganda. Onde as informações sobre você são vendidas às empresas que compram
anúncios. É o horário comercial que financia a TV. A emissora vende horários específicos para atingir um
determinado público-alvo. Imagens de beleza, sensualidade e diversão são transmitidas e vinculadas aos
produtos.
Indústria cultural prescinde o expectador da reflexão. Quanto menos esforço para a reflexão, melhor. Tudo
é passado de forma rápida para que não dê tempo de refletir ou divagar – o fluxo é constante.
“Consumidores que pensam demais não compram”. O produto da indústria cultural não deve aborrecer. Se
o filme não divertiu, não presta. Apresenta-se um ideal de vida inalcançável e distante da realidade. Não
deve levar o indivíduo a contestar sua situação, mas aceitá-la. Obras de arte clássica geram incômodo,
abalam conceitos e apresentam alternativas perigosas (a Indústria Cultural não quer fuga da normalidade)
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• Entrega-se aos produtos da indústria cultural para “fugir” da realidade. Trabalha-se 40h por
semana e vai ao cinema para relaxar, divertir. O expectador não quer esforço ou desconforto.
Busca refúgio na diversão. Fuga de uma vida tediosa, monótona e opressiva do trabalho
cansativo Fuga ou aceitação? Não posso fazer nada sobre a minha vida, logo, assisto. Tento me
reconhecer no herói da obra/catarse. A alienação através do consumo é uma escolha do próprio
expectador.
• Para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor. Para seduzi- lo e agradá-lo, não pode
chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, fazê-lo ter informações novas que perturbem, mas deve
devolver-lhe, com nova aparência, o que ele sabe, já viu, já fez. A ‘média’ é o senso-comum
cristalizado que a indústria cultural devolve com cara de coisa nova [...]. Dessa maneira, um
conjunto de programas e publicações que poderiam ter verdadeiro significado cultural tornam-
se o contrário da Cultura e de sua democratização, pois se dirigem a um público transformado
em massa inculta, infantil, desinformada e passiva.
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• “Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e
empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais.
Todos são livres para dançar e para se divertir do mesmo modo que, desde a neutralização
histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a
liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos
os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa”. ADORNO, T;
HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro;
Zahar, 1985.
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