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IEMA: UP RIO ANIL

Turma: 201 Gerência de saúde


Aluna: CLARA ROBERTA SANTOS LIMA
Orientador (a): LEYLIANE BEZERRA

SOCIOLOGIA
A cultura como mercadoria
A opinião pública e a necessidade de controla-la
O mercado e os consumidores da indústria cultural

SÃO LUÍS
2021
ANÁLISE E CRÍTICA SOCIAL COM BASE NOS SEGUINTES TEMAS
ABORDADOS:
A cultura como mercadoria.
A opinião pública e a necessidade de controla-la
O mercado e os consumidores da indústria cultural.

A cultura tem o poder de moldar as nossas subjetividades, elas influenciam no


nosso jeito de pensar e agir. A indústria cultural tem como objetivo naturalizar o
sistema capitalista onde se encontra a favor da classe dominante.
Theodor Adorno, filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão afirma
que “o homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o lazer se
torna uma extensão do trabalho”. Assim, o sistema capitalista gira quase
sempre em torno do trabalho, onde se torna cansativo e mau-remunerado.
Quando esses trabalhadores que formam o proletariado se encontram em seu
momento de lazer, percebe-se que o mesmo entretenimento é dado justamente
por pessoas na qual eles trabalham, que é a burguesia a dona dos meios de
produção e que explora a classe trabalhadora, e esses meios de lazer são
fornecidas de modo que passe a normalizar os problemas sociais, e fazendo
com que nós construíssemos uma sociedade alienada e que aceite
passivamente a realidade gerando a banalização dos meios culturais e a perda
do senso crítico, onde leva a reprodução de violência, machismo, discriminação
e desigualdades sociais.
Somos limitados a pensar somente aquilo que a indústria cultural deseja, e
todos os meios de comunicação traz elementos da sociedade capitalista
hodierna. Conforme George Orwell, pseudônimo, escritor e jornalista inglês,
“Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente,
controla o passado” esse argumento explica a dinâmica da nossa sociedade,
onde tem a função de apagar a história dos oprimidos e dos explorados e de
exaltar a história dos opressores e exploradores, mostrando que a propaganda
é a arma do negócio, pois a mesma faz a padronização das formas culturais,
até mesmo os nossos gostos foram construídos com base no que consumimos
e que vemos nas mídias, mostrando que tudo ao nosso redor influência de
alguma maneira.
O consumismo é outro fator que contribui para esse sistema capitalista onde as
propagandas vendem uma suposta felicidade através do consumo desses
produtos e isso gera um fetichismo da mercadoria onde representa a
necessidade de mostrar o que consomem e o que fazem, um exemplo claro é
as redes sociais, onde as pessoas tendem a ter seus minutos de “fama”
mostrando sua vida e transformando-as em mercadorias.
Pierre Bourdieu, sociólogo e pensador francês afirmou que “talvez não exista
pior privação, pior carência que a dos perdedores na luta simbólica por
reconhecimento, por acesso a uma existência socialmente reconhecida, em
suma, por humanidade” o que realmente importa para a indústria é lucrar e
moldar mentes, e muitas vezes elas abrangem causas sociais como formas de
ser ainda mais lucrativa e permite que a classe dominante se beneficie.
O filosofo Mark Fisher em seu livro chamado “realismo capitalista” aborda um
estado de consciência, onde ocorre um senso comum de que o capitalismo
sempre existiu e sempre vai existir ou seja, a maior parte da população acredita
que o capitalismo é o único sistema econômico viável. Segundo o autor
“lidamos com um senso de exaustão e de esterilidade política, profundos e
generalizados, e o realismo age como uma espécie de barreira invisível,
limitando o pensamento e ação das pessoas”. Assim, a indústria cultural tem
com base essa ideia de que não há outra alternativa sem ser o capitalismo e
isso gera a aceitação passiva do sistema em que vivemos.
A indústria cultural e o mercado sabem utilizar muito bem suas estratégias, eles
sabem chamar atenção da população sobre qualquer produto, fazendo com
que os consumidores adquirem cada vez mais e consequentemente se
endividam também, isso tem um peso tão grande em nossas vidas que quando
terminamos de pagar geralmente esses mesmos produtos não tem mais uma
utilidade, mostrando que usamos e descartamos tudo.
Em sua obra “por que a voz importa” do filósofo Nick Couldry, ele defende que
“a sociedade neoliberal vigente busca silenciar os grupos menos favorecidos”.
Sendo assim, ocorre o que chamamos de controle da opinião pública, onde o
sistema integra pensamentos semelhantes na sociedade, isso explica o porquê
de geralmente termos os gostos parecidos e isso é a mídia que proporciona e
limita nossas diversidades, onde oferecem como forma de “conteúdo” somente
o que desejam.
Karl Marx, filósofo, sociólogo, historiador, economista, jornalista e
revolucionário socialista, ele acredita que “as revoluções são a locomotiva da
história”. Desse modo, precisamos desenvolver nosso senso crítico e
questionar o sistema em que vivemos e relatar sempre os problemas sociais
presentes em sociedade para que ocorra melhorias e revolucionar a nossa
história.

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