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Novo Marco Regulatório

Lei 13.019/2014 alterada pela Lei 13.204/2015


Dra. Ana Carolina Carrenho
A quem se destina o Novo
Marco Regulatório?
ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
Confusão
Associação OSCIP
Entidade Organização
Religiosa

Institutos Filantrópica
UP OS

ONG
Fundação

Cooperativas Instituição
Sociais
TÍTULOS E QUALIFICAÇÕES

Federais

OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público


(Ministério da Justiça)
UPF - Utilidade Pública Federal FOI REVOGADO
OS - Organização Social
CEBAS - Certificado de Entidade Beneficente de Assistência
Social (Ministérios da Educação, Saúde e Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome); são as chamadas
entidades filantrópicas
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO

Artigo 44 do Código Civil Brasileiro

As associações
As sociedades
As fundações.
As organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003)
Os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
As empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído
pela Lei nº 12.441, de 2011)
Introdução
Marco Regulatório Visão Geral

Estabelece o regime jurídico das parcerias


voluntárias firmadas entre a administração
pública e as organizações da sociedade civil
em regime de mútua cooperação.

Define como deverá ser a relação jurídica do


governo com as OSC - “organização da
sociedade civil” especialmente nos casos de
transferências de recursos para a execução de
projetos de interesse público.
Marco Regulatório Visão Geral

Criação de uma Nova Política de Governo: Política de


Fomento e Colaboração com três eixos (contratualização,
“simples social” e certificação)

Âmbito Nacional (União, Estados e Municípios)

Altera Lei da OSCIP e Lei de Improbidade Administrativa

Revoga a Lei do Título de Utilidade Pública


Federal
Ponto de Partida
RELAÇÕES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COM:
ORGANIZAÇÕES DA
ADMINISTRAÇÃO
EMPRESAS PÚBLICA
SOCIEDADE CIVIL
Leis: Decreto 6.170/07 Lei 13.019/14 e
8.666/93 (licitações) (convênios, contratos de Decreto Federal
10.520/02 (pregão) repasse e termos de 8.726/2016
execução Lei 9.790/99 (OSCIP)
descentralizada)
Lei 9.637/98 (OS)
Para fins de Aplicação nesta nova Regulamentação

Convênios = somente entre órgãos públicos e


organizações que atuam pelo SUS

Contrato de Gestão (OS) = Continuam em


Vigor

Termo de Parceria (OSCIP) = Será mantido


Conceitos:
Administração Pública
Para os fins desta Lei, administração pública abrange:
•órgãos;
•autarquias;
•fundações;
•empresas públicas e sociedades de economia mista
prestadoras de serviço público (e suas subsidiárias).

A Lei aplica-se para órgãos e entidades não apenas da


União, como também dos Estados, DF e Municípios.
Logo, rege a administração pública federal, estadual,
distrital e municipal regulamentar através de Decretos.
Conceitos:
Organização da Sociedade Civil

Entidade privada sem fins lucrativos que não


distribua entre os seus sócios ou associados,
conselheiros, diretores, empregados, doadores ou
terceiros eventuais resultados, sobras, excedentes
operacionais, brutos ou líquidos, dividendos,
isenções de qualquer natureza, participações ou
parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o
exercício de suas atividades, e que os aplique
integralmente na consecução do respectivo objeto
social, de forma imediata ou por meio da
constituição de fundo patrimonial ou fundo de
reserva.
Conceitos Organizações da Sociedade Civil

• Fundações: Pessoas Jurídicas de direito privado sem fins


lucrativos e econômicos definidas no Código Civil, (vide
artigos 62 à 69) são criadas por escritura pública a partir
de um patrimônio destacado e com prévia autorização do
Ministério Público. O seu registro é realizado no Cartório
de Registro Civil de Pessoa Jurídica.

• Associações: Pessoas Jurídicas de direito privado sem fins


lucrativos e econômicos definidas no Código Civil, (vide
artigos 53 à 61) são criadas pela união de pessoas que se
organizam para fins não econômicos. O seu registro é
realizado no Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica.
Conceitos Organizações da Sociedade Civil

• Organizações religiosas: Nos termos do artigo 19 I da


Constituição Federal e nos termos da Resolução 199/2005 do
CNAS. Atuação de Projetos, programas e serviços inscritos nos
Conselhos Municipais de Assistência Social. Sua constituição
ocorre através de registro dos atos constitutivos no Cartório de
Registro Civil de Pessoa Jurídica.
Conceitos Organização da Sociedade Civil
Cooperativas Sociais: As cooperativas sociais são organizações
que nascem como Sociedades e não nas três naturezas jurídicas
tradicionalmente conhecidas no terceiro setor pois nasce
juridicamente como sociedade.

Importante destacar que não se trata de cooperativas regidas pela


Lei nº5.764/71 visto que o mote desta da cooperativa social é a
inserção de pessoas em vulnerabilidade, atua na promoção da
pessoa humana e na integração social dos cidadãos nos termos da
Lei nº9.867/99. São aquelas que são integradas por pessoas em
situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social, voltadas
para fomento, educação e capacitação de trabalhadores rurais ou
capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural e
finalmente aquelas capacitadas para execução de atividades ou de
projetos de interesse público e cunho social.
Estatuto Social
ASPECTOS ESTATUTÁRIOS

Importante

O Estatuto é a “Constituição (lei


magna)” de uma organização sem
fins lucrativos

Antes de elaborar ou alterar um


Estatuto é fundamental
PLANEJAR
ASPECTOS ESTATUTÁRIOS

Importante

O que conhecer a
respeito de uma
organização ou iniciativa
para criar um estatuto
novo ou reformá-lo?
ASPECTOS ESTATUTÁRIOS

Definições fundamentais para o


direcionamento de uma organização
sem fins lucrativos

Necessidade social
Visão e missão institucionais
(finalidade)
Público alvo, abrangência geográfica
e stakeholders
Programas e projetos
ASPECTOS ESTATUTÁRIOS

Definições fundamentais para o


direcionamento de uma
organização sem fins lucrativos

Governança (órgãos e tomada


de decisões)
Serviços
Investimento
Fontes de recursos (começo do
plano de sustentabilidade)
Patrimônio
Prestação de contas
ASPECTOS ESTATUTÁRIOS
Questões Preliminares

O Estatuto deve conter cláusulas


obrigatórias
o CC e LRP
o Para a obtenção de títulos, registros
e qualificações
o Para fruição da imunidade e
isenção
Modo de constituição dos órgãos
inspirado na Lei das Sociedades Anônimas
(Lei n° 6.404/1976 modificada pela Lei
n° 10.303/2001)
Exigências para fins de contratualização
com o Poder Público
ADEQUAÇÃO ESTATUTÁRIA

Requisitos estatutários para celebração de parceria com poder


público (Lei 13.019/2014, art. 13)

✓ Objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de


relevância pública e social

✓ Constituição de Conselho Fiscal ou órgão equivalente (Revogado pela


Lei nº 13.204, de 2015)

✓ Previsão, no caso de dissolução, que o patrimônio seja transferido


a pessoa jurídica de igual natureza, que preencha os requisitos da
Lei 13.019/14 e que tenha preferencialmente o mesmo objeto da
entidade extinta
ADEQUAÇÃO ESTATUTÁRIA
Requisitos estatutários para celebração de parceria com poder
público (Lei 13.019/2014, art. 13)
• Normas de prestação de contas sociais, que determinem no
mínimo:
o Observância dos princípios fundamentais da contabilidade e
Normas Brasileiras de Contabilidade
o Dar publicidade, no encerramento do exercício fiscal, ao
relatório de atividades e demonstrações financeiras da
entidade, incluídas as certidões negativas com a Previdência
e FGTS, colocando-as à disposição para o exame de qualquer
cidadã (Revogado pela Lei nº 13.204, de 2015)
• Escrituração de acordo com os princípios fundamentais de
contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade (Redação
dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
ASPECTOS ESTATUTÁRIOS

O Estatuto deve estar adequado à


realidade da entidade
o “ Roupagem jurídica ” do
planejamento da organização
Deve conduzir para uma gestão
eficiente e transparente (ferramenta de
gestão)
Estar adequado para as diferentes
fontes de recursos
Remuneração de Dirigentes
Remuneração de Dirigentes - Histórico

1998 – Lei Federal de OS ( nº9.637) remuneração


dos membros da Diretoria – Art. 4º V;
1999 – Lei das OSCIP’s - Art. 4º, inc. VI da Lei
9.790/99;
2013 – Lei 12.868 – possibilidade de remuneração de
dirigentes estatutários e não esatutários;
2014 – Lei 13.019 possibilidade de remuneracão da
equipe mesmo quando se trata de parcerias com
poder público;
2015 – Lei 13.151 – atuação executiva, gestão
(fundações e associações assistenciais)
Remuneração de Dirigentes

Dirigentes Estatutários:

• pessoalidade na prestação de serviços;


• liberdade, autonomia definidos estatutariamente;
• em geral não possui vínculo empregatício;
• possibilidade de contraprestação pela
administração/gestão mediante designação
estatutária/ata;
Remuneração de Dirigentes

Dirigentes NÃO estatutários:

✓ Atuação executiva confirme deliberação de conselho ou da


Diretoria;
✓ Não consta no estatuto social como centro do poder principal da
OSC;
✓ Geralmente em regime CLT preenchendo os requisitos de
vínculo trabalhista (pessoalidade, habitualidade, onerosidade,
subordinação);
✓ Não interfere nas imunidades/isenções tributárias.
Dirigentes X Exercício Profissional

• Atividade profissional não se confunde com


as atribuições de gestão, e sim no exercício
de uma atividade profissional distinto da
administração da OSC
• Ex.: Médico Oncologista e Presidente de
Conselho de determinado hospital
Lei 13.151/2015

Alteração na Lei nº9.532/97:

Nova redação ao art. 12, p.2º, “a” da Lei 9.532/97 (que regula a
imunidade constitucional – discussão constitucional – LC 146 CF)

“não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços


prestados, exceto no caso de associações assistenciais ou
fundações, sem fins lucrativos, cujos dirigentes poderão ser
remunerados, desde que atuem efetivamente na gestão executiva,
respeitados como limites máximos os valores praticados pelo
mercado na região correspondente a sua àrea de atuação, devendo
seu valor ser fixado pelo órgão de deliberação superior superior da
entidade, registrado em ata. ( MP)”
Lei 13.151/2015

Alteração na Lei nº12.101/2009:

“Não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores


ou benfeitores
remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por
qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou
atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos
constitutivos, exceto no caso de associa›es assistenciais ou
funda›es, sem fins lucrativos, cujos dirigentes poderão ser
remunerados, desde que atuem efetivamente na gest‹o executiva,
respeitados como limites máximos os valores praticados pelo
mercado na região correspondente a sua area de atuação, devendo
seu valor ser fixado pelo órgão de deliberação superior da
entidade, registrado em ata, com comunicação ao Ministério
Público, no caso das fundações;”
Alteração na para as OSC’s Lei nº13.019/2014
Art. 84-B. As organizações da sociedade civil farão jus aos seguintes benefícios, independentemente de
certificação:

I - receber doações de empresas, até o limite de 2% de sua receita bruta;

II - receber bens móveis considerados irrecuperáveis, apreendidos, abandonados ou disponíveis, administrados pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil;

III - distribuir ou prometer distribuir prêmios, mediante sorteios, vale-brindes, concursos ou operações
assemelhadas, com o intuito de arrecadar recursos adicionais destinados à sua manutenção ou custeio.

Art. 84-C. Os benefícios previstos no art. 84-B serão conferidos às organizações da sociedade civil que apresentem
entre seus objetivos sociais pelo menos uma das seguintes finalidades:

I - promoção da assistência social; II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio


histórico e artístico; III - promoção da educação: IV - promoção da saúde; V - promoção da segurança
alimentar e nutricional; VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; VII - promoção do voluntariado; VIII - promoção do desenvolvimento
econômico e social e combate à pobreza; IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-
produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; X - promoção de
direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse
suplementar; XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de
outros valores universais; XII - organizações religiosas que se dediquem a atividades de interesse público
e cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos; XIII - estudos e pesquisas,
desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos
técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.
Critérios – Ministério Público

1 – Permissão legal para a remuneração, sem prejuízo para a


imunidade e as titulações;
2 – Observância do limite legal para o CEBAS;
3 – Padrão de mercado;
4 – Observância da política salarial da OSC;
5 – Capacidade econômica da OSC para a remunerar;
6 – Análise da conveniência e oportunidade institucional para a
adoção desta possibilidade.

Por: Dr. Airton Grazzioli


Utilidade Pública Federal
Utilidade Pública Federal

O que a Lei menciona sobre o Título de


Utilidade Pública Federal?
A lei nº13.204/15 que alterou o Novo MROSC’s
em seu artigo 9ª revoga a Lei nº91/1935, ou seja,
a Lei da Utilidade Pública Federal não estará
mais em vigor. Importante destacar que no site
do Ministério da Justiça já não há possibilidade
de solicitar este tipo de reconhecimento. Há
dúvidas em relação as regras de prestação de
contas, que na teoria não deverão mais acontecer.
Utilidade Pública

Na prática o fato da Lei da Utilidade Pública


Federal ser revogada acarretará em uma
reflexão também a respeito dos títulos de
Utilidade Pública nos âmbitos Estadual e
Municipal.

Como os Estados e Municípios vão tratar agora


a questão de isenções em função deste título? E
a vedação de remuneração de Dirigentes?
Utilidade Pública

Com a publicação da Lei 13.151/15 de


28/07/2015, mais avanços foram
introduzidos acerca da possibilidade de
remuneração de dirigentes estatutários quer
seja por atividades na mantida ou na
mantenedora, estabelecendo parâmetros mais
claros alterando as Lei nº9.532/97 e Lei
nº12.101/2009.
OSCIP
O que a Nova Lei fala sobre as OSCIP’s

- As Associações ou fundações que desejam


ter a qualificação como OSCIP deverão
estar em funcionamento há pelo menos
três anos;
- Será permitida a participação de
servidores públicos na composição de
conselho ou diretoria de Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público;
O que a Nova Lei fala sobre as OSCIP’s

- Não se aplicam as exigências desta Lei, desde que


cumpridos os requisitos da Lei da qualificação de
OSCIP, ou seja desde que cumpridas as exigências da
Lei nº9.790/99;
- Foi acrescido ao texto da Lei nº9.790/99 das
finalidades das organizações, a possibilidade de obter
esta qualificação às organizações que realizam estudos
e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização
e a implementação de tecnologias voltadas à
mobilidade de pessoas, por qualquer meio de
transporte;
Importante
Importante

• Não há previsão de título, certificado ou


qualificação anterior para a realização de parceria;
• Há menção sobre a possibilidade de remunerar os
profissionais envolvidos na atividade a ser
executada (remuneração da equipe encarregada da
execução do plano de trabalho, inclusive de pessoal
próprio da organização da sociedade civil, durante
a vigência da parceria) e;
• Regulamentação (União, Estados e Municípios)
EXCLUSÕES
Esta Lei não se
aplica à:

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Toda e qualquer parceria é regida pela Lei
nº13.019/2014? NÃO. As exigências desta Lei não se
aplicam para os seguintes casos:

I - às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas pelo Senado Federal
naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e convenções internacionais conflitarem com
esta Lei;

II - aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos os requisitos previstos
na Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998;

IV - aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos nos termos do §
1o do art. 199 da Constituição Federal (SUS);

V - aos termos de compromisso cultural referidos no § 1o do art. 9o da Lei no 13.018, de 22 de julho de 2014 (
Pontos de Cultura);
Toda e qualquer parceria é regida pela Lei
nº13.019/2014? NÃO. As exigências desta Lei não se
aplicam para os seguintes casos:

VI - aos termos de parceria celebrados com organizações da sociedade civil de interesse público, desde que
cumpridos os requisitos previstos na Lei no 9.790, de 23 de março de 1999;

VII - às transferências referidas no art. 2o da Lei no 10.845 (repasse direto para Educação Especial), de 5 de
março de 2004, e nos arts. 5o e 22 da Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009 (Programa Dinheiro Direto na
Escola e conforme FNDE as creches, pré-escolas e escolas do ensino fundamental e médio
qualificadas como entidades filantrópicas ou por elas mantidas, inclusive as de educação especial e
creches, pré-escolas e escolas comunitárias de ensino fundamental e médio conveniadas com os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.)

IX - aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em favor de


organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por a) membros de Poder ou
do Ministério Público; b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública; c) pessoas jurídicas de
direito público interno;d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública

X - às parcerias entre a administração pública e os serviços sociais autônomos. (SISTEMA S)


CHAMAMENTO PÚBLICO
Definição – Chamamento Público

A Lei nº13.019/2013 em seu art. 2º, XII define como:

- Procedimento destinado a selecionar OSC para firmar parceria


por meio de termo de colaboração ou de fomento, no qual se
garanta a observância dos princípios da isonomia, da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos
Chamamento Público – exigências prévias a serem
previstas no Edital

A exigência de que a organização da sociedade civil possua:

a)no mínimo, 1, 2 ou 3 anos de existência conforme o âmbito da


celebração, com cadastro ativo, comprovados por meio de
documentação emitida pela Receita Federal, com base no CNPJ;

b)experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da


parceria ou de natureza semelhante;

c)instalações, condições materiais e capacidade técnica e


operacional para o desenvolvimento das atividades ou projetos
previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas. (
tem regra de exceção)
Chamamento Público – exigências prévias a serem
previstas no Edital

Para celebrar as parcerias previstas nesta Lei, as organizações


da sociedade civil deverão ser regidas por normas de
organização interna que prevejam, expressamente:

- objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de


relevância pública e social;

- que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo


patrimônio líquido seja transferido a outra pessoa jurídica de
igual natureza que preencha os requisitos desta Lei e cujo
objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade
extinta;

- escrituração de acordo com os princípios fundamentais de


contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade;
Chamamento Público – exigências prévias a serem
previstas no Edital
- Na celebração de acordos de cooperação, somente será exigido o
requisito previsto no inciso I.

- Serão dispensadas do atendimento ao disposto nos incisos I e III as


organizações religiosas.

- As sociedades cooperativas deverão atender às exigências previstas


na legislação específica e ao disposto no inciso IV, estando
dispensadas do atendimento aos requisitos previstos nos incisos I e
III.

- Para fins de atendimento do previsto na alínea c do inciso V, não


será necessária a demonstração de capacidade instalada prévia
A Adm Pública poderá DISPENSAR a realização do
Chamamento Público

1) no caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de


atividades de relevante interesse público, pelo prazo de até 180 dias;

2) nos casos de guerra,calamidade


pública ou ameaça à paz social;
pública, grave perturbação da ordem

3)quando se tratar da realização de programa de proteção


ameaçadas ou em situação que possa comprometer a sua segurança.
a pessoas

4) No caso de atividades voltadas ou vinculadas a


serviços de educação, saúde e assistência social,
desde que executadas por organizações da
sociedade civil previamente credenciadas pelo
órgão gestor da respectiva política.
Inexigibilidade – Chamamento Público

Como o chamamento é uma disputa, é indispensável que haja


pluralidade de objetos e pluralidade de ofertantes para que
ele possa ocorrer.

Assim, a Lei prevê, em seu art. 31, que, em razão da natureza


singular do objeto da parceria ou se as metas somente
puderem ser atingidas por uma entidade específica:
Art. 31. Será considerado inexigível o chamamento público na
hipótese de inviabilidade de competição entre as organizações
da sociedade civil, em razão da natureza singular do objeto da
parceria ou se as metas somente puderem ser atingidas por
uma entidade específica, especialmente quando:
Inexigibilidade – Chamamento Público
especialmente quando:
O objeto da parceria constituir incumbência prevista em acordo, ato ou
compromisso internacional, no qual sejam indicadas as instituições que
utilizarão os recursos e;

A parceria decorrer de transferência para organização da sociedade


civil que esteja autorizada em lei na qual seja identificada
expressamente a entidade beneficiária, inclusive quando se tratar da
subvenção prevista no inciso I do § 3o do art. 12 da Lei no 4.320, de
17 de março de 1964 (subvenções sociais para instituições de caráter
assistencial ou cultural) observado o disposto no art. 26 da Lei
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.

IMPORTANTE: As hipóteses de dispensa e inexigibilidade não afastam


a aplicação dos demais dispositivos desta Lei, desta forma, as
vedações, despesas, liberação de recursos, monitoramento, avaliação,
prestação de contas entre outras disposições devem ser observadas.
Formalidades Dispensa ou Inexigibilidade – Chamamento
Público

Sob pena de nulidade do ato de formalização de


parceria prevista nesta Lei, o extrato da
justificativa previsto no caput deverá ser
publicado, na mesma data em que for efetivado,
no sítio oficial da administração pública na
internet e, eventualmente, a critério do
administrador público, também no meio oficial de
publicidade da administração pública.
Os eventuais interessados poderão impugnar as
razões invocadas. (Impugnação)
Incentivos Fiscais
Incentivos Fiscais

Independentemente de título, certificado ou qualificação as


organizações da sociedade civil farão jus aos seguintes
benefícios:
I - receber doações de empresas, até o limite de 2% de sua receita bruta;
II - receber bens móveis considerados irrecuperáveis, apreendidos,
abandonados ou disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil;
III - distribuir ou prometer distribuir prêmios, mediante sorteios, vale-
brindes, concursos ou operações assemelhadas, com o intuito de
arrecadar recursos adicionais destinados à sua manutenção ou custeio.
Incentivo Fiscal:
Autor: Nailton Cazumbá

Na simulação acima, com base nas Leis nº 13.019/14 e 13.204/15 a empresa tributada pelo lucro real
poderia doar até R$ 2.000.000,00. Já, pela Lei nº 9.249/95, o valor limite para doação seria de apenas R$
620.000,00.

http://nossacausa.com/captacao-de-recursos-atraves-de-leis-de-incentivo-para-osc/
Receber bens móveis considerados irrecuperáveis, apreendidos,
abandonados ou disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil:
"Art. 13. Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social
sobre o lucro líquido, são vedadas as seguintes deduções, independentemente do
disposto no art. 47 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964: 2º Poderão ser
deduzidas as seguintes doações:
III - as doações, até o limite de dois por cento do lucro operacional da pessoa jurídica,
antes de computada a sua dedução, efetuadas a entidades civis, legalmente constituídas
no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de
empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade onde atuem, observadas as seguintes regras:
c) a entidade beneficiária deverá ser organização da sociedade civil, conforme a Lei nº
13.019, de 31 de julho de 2014, desde que cumpridos os requisitos previstos nos arts. 3º
e 16 da Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, independentemente de certificação.”

Referência: Artigos 84-B da Lei 13.019/2014 alterada pela Lei 13.204/2015. Art.
3º A alínea c do inciso III do § 2º do art. 13 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de
1995.
Bibliografia
- Paes, José Eduardo Sabo. Ed.Gen, 8ª Edição;
-Site Consultor Jurídico.Dra. Márcia Maria Barreta Fernandes Semer
08/09/14;
-Arquitetura Institucional de Apoio às Organizações da Sociedade Civil no
Brasil. 2013. FGV. Articulação D3. Patricia M. E. Mendon.a, Mario Aquino
Alves e Fernando do A. Nogueira;
-Parecer Técnico Jurídico do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Dra.
Claudine Correa Leite Bottesi. “ Lei Federal 13.019/14: Mais cuidados nos
repasses para o Terceiro Setor”;
-Revista Consultor Jurídico. Lei sobre relação de organizações e poder
público cria dirigente “ficha-suja”. 23/08/2014 Por Felipe Luchete;
- Dr. Gustavo Góis – Escola Aberta do Terceiro Setor;
-Dr. Claudio Ramos – CRC Novo Marco Legal do Terceiro Setor
•http://jus.com.br/artigos/32671/marco-regulatorio-do-terceiro-
setor#ixzz3ZTYH8BBt - Paulo Massaru Uesugi Sugiura
-Plataforma por um novo Marco Regulatório. Análise da Lei 13.019/2014.
Obrigada!

anacarolina@pinheirocarrenho.com.br
2691 1311
98183 9809
Edital
Edital – Chamamento Público

O edital do chamamento público deverá conter as


seguintes informações:

I - a programação orçamentária que autoriza a


celebração da parceria; (previsão)
II - o tipo de parceria que será celebrada; (TC ou
TF)
III - o objeto da parceria (vinculado a um Plano
de Trabalho);
Edital – Chamamento Público
IV - as datas, os prazos, as condições, o local e a
forma de apresentação das propostas; (extrato de
editais, correções, ajustes de datas ou nos planos
de trabalho, cuidados na publicação)

V - as datas e os critérios objetivos de seleção e


julgamento das propostas, inclusive no que se
refere à metodologia de pontuação e ao peso
atribuído a cada um dos critérios estabelecidos, se
for o caso;

VI - o valor previsto para a realização do objeto;


Edital – Chamamento Público

- Deverá conter a Minuta do Termo a ser


firmado;
- Permitirá a limitação geográfica Exemplo:
PNAS
Inovação – Atuação em Rede
Atuação em Rede – Deve constar no Edital de Chamamento
Público

É permitido que duas ou mais organizações da


sociedade civil se unam em rede para a execução
de iniciativas de pequenos projetos, desde que
cumpridos certos requisitos previstos na Lei.
Mesmo atuando em rede, a responsabilidade
integral para com a administração pública será
da organização que celebrar o termo de
colaboração e de fomento. (Termo de atuação em
Rede)
Plano de Trabalho
Art. 22. Deverá constar do plano de trabalho de parcerias celebradas
mediante termo de colaboração ou de fomento:
I - descrição da realidade que será objeto da parceria, devendo ser
demonstrado o nexo entre essa realidade e as atividades ou projetos e metas a
serem atingidas;
II - descrição de metas a serem atingidas e de atividades ou projetos a serem
executados;
II-A - previsão de receitas e de despesas a serem realizadas na execução das
atividades ou dos projetos abrangidos pela parceria;
III - forma de execução das atividades ou dos projetos e de cumprimento das
metas a eles atreladas;
IV - definição dos parâmetros a serem utilizados para a aferição do
cumprimento das metas.
71
Documentos e Guarda de Arquivos:

Art. 68. Os documentos incluídos pela entidade na plataforma


eletrônica prevista no art. 65, desde que possuam garantia da
origem e de seu signatário por certificação digital, serão
considerados originais para os efeitos de prestação de contas.

Parágrafo único. Durante o prazo de 10 (dez) anos, contado do dia


útil subsequente ao da prestação de contas, a entidade deve manter
em seu arquivo os documentos originais que compõem a prestação
de contas.

72
Julgamento
Julgamento das Propostas e Comissão de Seleção –
Chamamento Público

As propostas serão julgadas por uma comissão de seleção


previamente designada.

Esse comissão é formada por um colegiado da administração


pública destinado a processar e julgar chamamentos públicos,
composto por agentes públicos, designados por ato
publicado em meio oficial de comunicação, tendo pelo menos
um de seus membros servidores ocupantes de cargos
permanentes do quadro de pessoal da administração pública
realizadora do chamamento público.

Obs.: Será impedida de participar da comissão de seleção pessoa que,


nos últimos 5 anos, tenha mantido relação jurídica com, ao menos,
uma das entidades em disputa.
Análise da Documentação – Chamamento Público

Somente depois de encerrada a etapa competitiva e


ordenadas as propostas, a administração pública irá
verificar se a organização da sociedade civil selecionada
atende aos requisitos formais de constituição,
experiência e capacidade, previstos no inciso VII do § 1º
do art. 24 da Lei.
Análise da Documentação – Chamamento
Público
Na hipótese de a organização da sociedade civil
selecionada não atender aos requisitos exigidos nos arts.
33 e 34, aquela imediatamente mais bem classificada
poderá ser convidada a aceitar a celebração de parceria
nos termos da proposta por ela apresentada.
Manifestação de Interesse
Social
Procedimento de Manifestação de interesse social –
Chamamento Público

As organizações da sociedade civil, os movimentos sociais e


os cidadãos em geral poderão apresentar propostas ao poder
público para que este avalie a possibilidade de realização de
um chamamento público objetivando a celebração de
parceria.

Ex: uma organização social faz uma proposta para que o


poder público municipal inicie um trabalho de amparo às
crianças e adolescentes vulneráveis de determinado
bairro.

Essa proposta é feita por meio de um procedimento de


manifestação de interesse social.
Procedimento de Manifestação de interesse social –
Chamamento Público

A proposta a ser encaminhada à administração pública deverá atender aos


seguintes requisitos:

I - identificação do subscritor da proposta;


II - indicação do interesse público envolvido;
III - diagnóstico da realidade que se quer modificar, aprimorar ou
desenvolver e, quando possível, indicação da viabilidade, dos custos,
dos benefícios e dos prazos de execução da ação pretendida.

Preenchidos os requisitos acima, a administração pública deverá tornar


pública a proposta em seu site na internet e, VERIFICADA A
CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE para realização do Procedimento de
Manifestação de Interesse Social, o instaurará para oitiva da sociedade sobre
o tema.
Procedimento de Manifestação de interesse social –
Chamamento Público

Obs1: a realização do Procedimento de Manifestação de Interesse


Social não implicará necessariamente na execução do chamamento
público, que acontecerá de acordo com os interesses da
administração.

Obs2: a realização do Procedimento de Manifestação de Interesse


Social não dispensa a convocação por meio de chamamento público
para a celebração de parceria.

Obs3: a proposição ou a participação no Procedimento de


Manifestação de Interesse Social não impede a organização da
sociedade civil de participar no eventual chamamento público
subsequente.
Instrumentos Jurídicos de
Contratualização
Introdução

Como vimos a administração pública pode fazer


transferências voluntárias de recursos para
organizações da sociedade civil com o objetivo de que
sejam realizados planos de trabalho em regime de
mútua cooperação.

A organização da sociedade civil que receberá tais


transferências será selecionada por meio de um
procedimento nominado de “chamamento público” e,
após escolhida, deverá celebrar um “termo de
colaboração” ou um “termo de fomento” com a
administração pública.
Parcerias para execução de Atividades ou
Projetos
Atividades: conjunto de operações que se realizam
de modo contínuo ou permanente, das quais resulta
um produto ou serviço necessário à satisfação de
interesses compartilhados pela administração
pública e pela organização da sociedade civil.
Podemos entender os projetos, programas e
serviços de natureza continuada, tais como ILPI’s e
serviço de acolhimento, no entanto, deve ser frisado
que adiante são dadas possibilidades de dispensa
justamente para serviços como educação e
assistência social.
Parcerias para execução de Atividades ou
Projetos

Projetos: conjunto de operações, limitadas no tempo,


das quais resulta um produto destinado à satisfação de
interesses compartilhados pela administração pública e
pela organização da sociedade civil.
O termo de colaboração ou o termo de fomento consistem
em...

- instrumento jurídico próprio


-firmado entre a administração pública
e a organização da sociedade civil que foi
selecionada no chamamento público,
-por meio da qual esta organização se
compromete a executar um plano de trabalho
que tem como finalidade um interesse
público.
Diferenças

Termo de colaboração Termo de fomento

Atividades propostas pela Atividades propostas pela


administração pública. organização da sociedade civil.

A organização da sociedade A administração pública estará


civil estará colaborando com a fomentando a finalidade de
finalidade de interesse público interesse público proposta pela
proposta pela administração organização da sociedade civil.
pública.

Recursos Financeiros Recursos Financeiros


Lei 13.019/2014
CAPÍTULOS
I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

TERMO DE FOMENTO:
TERMO DE COLABORAÇÃO:
instrumento por meio do qual são
instrumento por meio do qual são formalizadas
formalizadas as parcerias estabelecidas pela
as parcerias estabelecidas pela administração
administração pública com organizações da
pública com organizações da sociedade civil para
sociedade civil para a consecução de
a consecução de finalidades de interesse público e
finalidades de interesse público e recíproco
recíproco propostas pela administração pública
propostas pelas organizações da
que envolvam a transferência de recursos
sociedade civil, que envolvam a
financeiros;
transferência de recursos financeiros;

ACORDO DE COOPERAÇÃO:
instrumento por meio do qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública
com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e
recíproco que não envolvam a transferência de
recursos financeiros;

Lei 13.019/2014, Art. 2º, incisos VII, VIII e VIII-A


Parcerias sem Recursos Financeiros
Para as organizações que NÃO visem utilizar recursos
públicos em atividades, projetos, programas ou serviços,
havendo o compartilhamento de conhecimento, metodologias
etc:

a) Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são


formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a
transferência de recursos financeiros. Importante: deverá ser
realizado o chamamento quando o objeto envolver a celebração de
comodato, doação de bens ou outra forma de compartilhamento
de recurso patrimonial, hipótese em que o respectivo
chamamento público observará o disposto nesta Lei.
Acordo de Cooperação

• Reinvidicação desde a Proposta de Decreto;


• Instrumento por meio do qual são
formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de
finalidades de interesse público e recíproco
que não envolvam a transferência de
recursos financeiros;
Lei 13.019/2014
CAPÍTULOS
I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

• conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação


jurídica estabelecida formalmente entre a administração pública e organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de
PARCERIA finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividade ou
de projeto expressos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em
acordos de cooperação; (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)

• conjunto de operações que se realizam de modo contínuo ou permanente, das quais


resulta um produto ou serviço necessário à satisfação de interesses compartilhados
ATIVIDADE pela administração pública e pela organização da sociedade civil; (Incluído pela
Lei nº 13.204, de 2015)

• conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto


destinado à satisfação de interesses compartilhados pela administração pública e
PROJETO pela organização da sociedade civil; (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)

Lei 13.019/2014, Art. 2º, incisos III, III-A e III-B


Interessante: Conselhos de Políticas Públicas

• Os Conselhos de Políticas Públicas poderão apresentar


propostas à Administração Pública para celebração de
termo de colaboração com organizações da sociedade civil.
• Sem prejuízo da fiscalização pela administração pública e
pelos órgãos de controle, a execução da parceria será
acompanhada e fiscalizada pelos conselhos de políticas
públicas das áreas correspondentes de atuação existentes
em cada esfera de governo.
• As parcerias de que trata esta Lei estarão também sujeitas
aos mecanismos de controle social previstos na legislação.
ALTERAÇÕES NA PARCERIA
DURANTE A VIGÊNCIA A PARCERIA PODERÁ SER
ALTERADA
• A vigência da parceria poderá ser alterada mediante solicitação da
organização da sociedade civil, devidamente formalizada e justificada,
a ser apresentada à administração pública em, no mínimo, trinta dias
antes do termo inicialmente previsto.

• A prorrogação de ofício da vigência do termo de colaboração ou


de fomento deve ser feita pela administração pública quando ela
der causa a atraso na liberação de recursos financeiros, limitada
ao exato período do atraso verificado.

• O plano de trabalho da parceria poderá ser revisto para alteração


de valores ou de metas, mediante termo aditivo ou por apostila ao
plano de trabalho original.
Despesas
Despesas Permitidas (art.46)

Poderão ser pagas, entre outras despesas, com


recursos vinculados à parceria:

• remuneração da equipe encarregada da


execução do plano de trabalho, inclusive de
pessoal próprio da organização da sociedade
civil, durante a vigência da parceria,
compreendendo as despesas com pagamentos de
impostos, contribuições sociais, Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço - FGTS, férias, décimo
terceiro salário, salários proporcionais, verbas
rescisórias e demais encargos sociais e
trabalhistas;
Despesas Permitidas (art.46)

II - diárias referentes a deslocamento, hospedagem e alimentação


nos casos em que a execução do objeto da parceria assim o exija;

III - custos indiretos necessários à execução do objeto, seja qual for


a proporção em relação ao valor total da parceria;

IV - aquisição de equipamentos e materiais permanentes essenciais


à consecução do objeto e serviços de adequação de espaço físico,
desde que necessários à instalação dos referidos equipamentos e
materiais.
IMPORTANTE

§ 1o A inadimplência DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA não


transfere à organização da sociedade civil a responsabilidade
pelo pagamento de obrigações vinculadas à parceria com
recursos próprios.

§ 2o A inadimplência da ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL


em decorrência de atrasos na liberação de repasses
relacionados à parceria não poderá acarretar restrições à
liberação de parcelas subsequentes.

§ 3o O pagamento de remuneração da equipe contratada pela


organização da sociedade civil com recursos da parceria não gera
vínculo trabalhista com o poder público.
Despesas vedadas

• Utilizar recursos para finalidade alheia ao objeto


da parceria;
• Taxa de administração, gerência ou similar;
• Pagar, a qualquer título, servidor ou empregado
público com recursos vinculados à parceria, salvo
nas hipóteses previstas em lei específica e na lei de
diretrizes orçamentárias;
Prestação de Contas
ARTIGO 70, CF/88

“Prestará contas qualquer pessoa física ou


jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome
desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária”
Acompanhamento

Art. 54. No acompanhamento e fiscalização do objeto serão


verificados:
I - a comprovação da boa e regular aplicação dos recursos, na forma
da legislação aplicável;
II - a compatibilidade entre a execução do objeto, o que foi estabelecido
no Plano de Trabalho, e os desembolsos e pagamentos, conforme os
cronogramas apresentados;
III - a regularidade das informações registradas pelo convenente ou
contratado no SICONV; e
IV - o cumprimento das metas do Plano de Trabalho nas condições
estabelecidas.
Acompanhamento

EM CASO DE CONSTATAÇÃO DE IRREGULARIDADES:

✓ Suspensão da liberação de recursos

✓ Prazo de 30 dias para que a organização promova o


saneamento ou apresente de informações e
esclarecimentos, podendo ser prorrogado por igual período

✓ Prazo de 10 dias para o órgão concedente apreciar e decidir


sobre aceitação das justificativas, sendo que não existe
prazo prescricional
Acompanhamento

EM CASO DE NÃO REGULARIZAÇÃO:

✓ Apuração do dano

✓ Comunicação do fato ao convenente para que seja


ressarcido o valor referente ao dano.

✓ Tomada de contas especial.


Cumprimento

✓ Execução em estrita observância às cláusulas


avençadas e às normas pertinentes

✓ VEDAÇÃO:
✓ Despesas a título de taxa de administração e gerência
✓ Efetuar pagamento a servidor público do órgão concedente
ou da administração pública direta ou indireta, salvo em
caso de leis específicas ou LDO
✓ Alterar objeto do convênio, podendo apenas haver
ampliação ou supressão de metas
✓ Utilizar os recursos para finalidade distinta da
estabelecida no instrumento
Cumprimento - continuação

✓ VEDAÇÃO:
✓ Realizar despesas em data anterior à vigência do instrumento
✓ Efetuar pagamento após a vigência do instrumento, a não ser
que haja expressa autorização do órgão concedente, bem
como que a despesa tenha sido efetuada durante a vigência
✓ Realizar despesas com taxas bancárias, multas, juros ou
correção monetária, a não ser em decorrência de atraso no
repasse dos recursos públicos, desde que praticadas taxas de
mercado
✓ Transferir recursos para associações de servidores ou
entidades congêneres, exceto para escolas para o atendimento
pré-escolar
✓ Realizar despesas com publicidade, salvo as de caráter
educativo, informativo ou de orientação social
Cumprimento – vedações mais comuns

✓ Taxa de Administração: reservar “caixinha” para


outras despesas

✓ Efetuar pagamento a servidor público: corrupção

✓ Alterar objeto do convênio: mudar de direção no meio


do caminho

✓ Utilizar os recursos para finalidade distinta da


estabelecida no instrumento: urgências e desesperos
Cumprimento - vedações mais comuns

✓ Realizar despesas em data anterior à vigência do


instrumento: serviços continuados

✓ Efetuar pagamento após a vigência do


instrumento: descumprimento de cronograma

✓ realizar despesas com taxas bancárias, multas,


juros ou correção monetária: problemas
operacionais
Avaliação de Resultados

✓ Avaliação de Resultados passa diretamente pela


análise dos seguintes conceitos:

✓ Meta - parcela quantificável do objeto descrita no


plano de trabalho

✓ Objeto - o produto do instrumento de parceria,


observados o programa de trabalho e as suas
finalidades
Avaliação de Resultados

✓ Plano de Trabalho deve prever objeto de forma


pormenorizada e os resultados esperados

✓ Entidade convenente deverá apresentar relatório de


cumprimento do objeto na prestação de contas

✓ Deverá ser apresentada declaração de realização dos


objetivos a que se propunha o instrumento
Vedações às OSC’s para
contratualizar
Vedações às OSC’s
Artigo 39
- OSC que não esteja regularmente constituída (movimentos
sociais)
- Esteja omissa no dever de prestar contas
- Dirigente agente político, cônjuge, companheiro, parente
em linha reta ou colateral ou por afinidade até segundo
grau
- Tenha tido contas rejeitadas nos últimos 5 anos exceto:
- Quando for sanada a irregularidade que motivou a rejeição
e quitados os débitos eventualmente imputados;
- Quando for reconsiderada ou revista a decisão pela
rejeição;
- Quando a apreciação das contas estiver pendente de
decisão sobre recurso com efeito suspensivo.
Vedações às OSC’s – artigo 39

A organização que tenha sido punida com uma das seguintes


sanções, pelo período que durar a penalidade:
a) suspensão de participação em licitação e impedimento de
contratar com a administração;
b) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
administração pública;
c) advertência;
d) declaração de inidoneidade.
Vedações às OSC’s artigo 39

- Aquelas que tenham contas de parceria julgadas irregulares


ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de
qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos
últimos 8 (oito) anos.

- Tenha entre seus dirigentes pessoa que:


a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares
ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera
da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos;
b) julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício
de cargo em comissão ou função de confiança, enquanto durar a
inabilitação;
c) considerada responsável por ato de improbidade, enquanto
durarem os prazos estabelecidos
Administração Pública
Administração Pública está preparada?

•Edital de Chamamento
•Como será feita a composição da Comissão de seleção
e julgamento
•Cumprimento de Prazos
•Apreciação de Plano de Trabalho
•Parecer Técnico
•Parecer Jurídico
•Relatório Técnico de monitoramento
•Comissão de monitoramento e avaliação
Administração Pública : OBRIGAÇÕES DO GESTOR

I - ACOMPANHAR E FISCALIZAR A EXECUÇÃO DA PARCERIA;


II - INFORMAR AO SEU SUPERIOR HIERÁRQUICO a existência de
fatos que comprometam ou possam comprometer as atividades ou
metas da parceria e de indícios de irregularidades na gestão dos
recursos, bem como as providências adotadas ou que serão
adotadas para sanar os problemas detectados;
IV - EMITIR PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO DE ANÁLISE DA
PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO O
CONTEÚDO DO RELATÓRIO TÉCNICO DE MONITORAMENTO E
AVALIAÇÃO;
V - disponibilizar materiais e equipamentos tecnológicos
necessários às atividades de monitoramento e avaliação.
Administração Pública : OBRIGAÇÕES DO GESTOR

ARTIGO 62

Na hipótese de inexecução por culpa exclusiva da organização da


sociedade civil, a administração pública poderá, exclusivamente para
assegurar o atendimento de serviços essenciais à população, por ato
próprio e independentemente de autorização judicial, a fim de realizar
ou manter a execução das metas ou atividades pactuadas.
- PODERÁ retomar os bens públicos em poder da organização da
sociedade civil parceira, qualquer que tenha sido a modalidade ou
título que concedeu direitos de uso de tais bens
Administração Pública : OBRIGAÇÕES DO GESTOR
A administração pública poderá, exclusivamente para assegurar o
atendimento de serviços essenciais à população:

- Assumir a responsabilidade pela execução do restante do objeto


previsto no plano de trabalho, no caso de paralisação, de modo a
evitar sua descontinuidade, devendo ser considerado na prestação de
contas o que foi executado pela organização da sociedade civil até o
momento em que a administração assumiu essas
responsabilidades.

- Estas situações previstas devem ser comunicadas pelo gestor ao


administrador público.
Administração Pública Responsabilidades

• O administrador público responde pela


decisão sobre a aprovação da prestação de
contas ou por omissão em relação à análise
de seu conteúdo, levando em consideração,
no primeiro caso, os pareceres técnico,
financeiro e jurídico, sendo permitida
delegação a autoridades diretamente
subordinadas, vedada a subdelegação.
Capacitação
A União poderá instituir, em coordenação com os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios e organizações da sociedade civil, programas de
capacitação voltados a:
I - administradores públicos, dirigentes e gestores;
II - representantes de organizações da sociedade civil;
III - membros de conselhos de políticas públicas;
IV - membros de comissões de seleção;
V - membros de comissões de monitoramento e avaliação;
VI - demais agentes públicos e privados envolvidos na celebração e
execução das parcerias disciplinadas nesta Lei.

Parágrafo único. A participação nos programas previstos no caput não


constituirá condição para o exercício de função envolvida na
materialização das parcerias disciplinadas nesta Lei.
Capacitação
Ao decidir sobre a celebração de parcerias previstas nesta Lei, o administrador
público:

I - considerará, obrigatoriamente, a capacidade operacional da administração


pública para celebrar a parceria, cumprir as obrigações dela decorrentes e
assumir as respectivas responsabilidades;
II - avaliará as propostas de parceria com o rigor técnico necessário;
III - designará gestores habilitados a controlar e fiscalizar a execução em tempo
hábil e de modo eficaz;
IV - apreciará as prestações de contas na forma e nos prazos determinados
nesta Lei e na legislação específica.

Parágrafo único. A administração pública adotará as medidas necessárias, tanto


na capacitação de pessoal, quanto no provimento dos recursos materiais e
tecnológicos necessários, para assegurar a capacidade técnica e operacional de
que trata o caput deste artigo.
Interessante

Quando a prestação de contas for avaliada como irregular, após


exaurida a fase recursal, se mantida a decisão, a organização da
sociedade civil poderá solicitar autorização para que o
ressarcimento ao erário seja promovido por meio de ações
compensatórias de interesse público, mediante a apresentação
de novo plano de trabalho, conforme o objeto descrito no termo de
colaboração ou de fomento e a área de atuação da organização, cuja
mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho
original, desde que não tenha havido dolo ou fraude e não seja
o caso de restituição integral dos recursos.
Importante

Materiais Permanentes adquiridos pela Parceria


deverão gravados com cláusula de
inalienabilidade e ela deverá formalizar promessa
de transferência da propriedade à administração
pública, na hipótese de sua extinção
Prestação de Contas (Art.66)

- Plataforma virtual (Siconv e SICAF)

O sistema poderá ser adaptado para a relação com as


Organizações no âmbito Federal.

No âmbito dos Municípios e Estados da Federação é


necessário Regulamentação.

Necessidade de capacitar conforme a legislação


prevê (aspecto pedagógico e menos punitivo)
Prestação de Contas (Art.66)

Resumo dos documentos a serem analisados:


a)Relatório de Execução do Objeto elaborado
pela OSC;
b)Relatório de Execução Financeira
(representante e contador);
c)Plano de Trabalho ;
d)Relatório de Visita Técnica, se houver;
e)Relatório Técnico de monitoramento e
avaliação homologado pela comissão de
monitoramento e avaliação
Resumo dos Documentos / Prestação de Contas

Plano de
Trabalho
Relatório de
Relatório de
Execução
Visita Técnica
Financeira

Relatório
Relatório de Prestação Técnico de
Execução do Monitoramento
Objeto (OSC) de Contas e Avaliação
(CMA)
Monitoramento e Avaliação

• Administração Pública com visitas in loco


- Poderá delegar à terceiros (capacidade
técnica de avaliação;
- Pesquisa de satisfação com beneficiários
para avaliação e ajustes (Parcerias
superiores a 1 anos);
- Relatório Técnico (critérios art.59)
Monitoramento e Avaliação

• Conselhos de Políticas Públicas da area


correspondente;
• Administração Pública (gestor e
administrador público);
• Controle Social previsto na legislação;
Ato da Administração

- Por ato próprio sem menção ao devido


processo administrativo a Administração
pública poderá:
a)Retomar bens públicos concedidos para
execução das atividades;
b)Assumir responsabilidade sobre a
execuçãono caso de paralização ou fato
relevante
Desafios

• Prestação de Contas

A análise da prestação de contas deverá


considerar a verdade real e os resultados
alcançados.

Como será este processo no âmbito dos


Tribunais de Contas? Atualmente requeremos
este princípio mas como regra de exceção.
Sanções as OSC’s

• Além de avaliação da prestação de contas


serem aprovadas, aprovadas com ressalvas ou
rejeitadas com base nos prazos, gestão e
recursos recebidos poderá sofrer algumas
sanções:
a)Advertência
b)Suspensão temporária (participar de novos
chamamentos no mesmo âmbito por 2 anos)
c)Declaração de inidoniedade em todos os
âmbitos após ressarcimento e decorrido prazo
da sanção
Regulamentação
7X
Art. 14. A administração pública divulgará, na forma de regulamento, nos meios públicos de comunicação por
radiodifusão de sons e de sons e imagens, campanhas publicitárias e programações desenvolvidas por organizações
da sociedade civil, no âmbito das parcerias previstas nesta Lei, mediante o emprego de recursos tecnológicos e de
linguagem adequados à garantia de acessibilidade por pessoas com deficiência.

Art. 15. Poderá ser criado, no âmbito do Poder Executivo federal, o Conselho Nacional de Fomento e
Colaboração, de composição paritária entre representantes governamentais e organizações da sociedade civil, com a
finalidade de divulgar boas práticas e de propor e apoiar políticas e ações voltadas ao fortalecimento das relações de
fomento e de colaboração previstas nesta Lei.
§ 1o A composição e o funcionamento do Conselho Nacional de Fomento e Colaboração serão disciplinados em
regulamento.

Art. 20. Preenchidos os requisitos do art. 19, a administração pública deverá tornar pública a proposta em seu sítio
eletrônico e, verificada a conveniência e oportunidade para realização do Procedimento de Manifestação de
Interesse Social, o instaurará para oitiva da sociedade sobre o tema.
Parágrafo único. Os prazos e regras do procedimento de que trata esta Seção observarão regulamento próprio de
cada ente federado, a ser aprovado após a publicação desta Lei.

Claudio Ramos
7X
Art. 35-A. Parágrafo único. A organização da sociedade civil que assinar o termo de colaboração ou de fomento
deverá celebrar termo de atuação em rede para repasse de recursos às não celebrantes, ficando obrigada a, no ato
da respectiva formalização:
I - verificar, nos termos do regulamento, a regularidade jurídica e fiscal da organização executante e
não celebrante do termo de colaboração ou do termo de fomento, devendo comprovar tal verificação na
prestação de contas;

Art. 63, § 3o O regulamento estabelecerá procedimentos simplificados para prestação de contas.

Art. 69, § 6o As impropriedades que deram causa à rejeição da prestação de contas serão registradas em
plataforma eletrônica de acesso público, devendo ser levadas em consideração por ocasião da assinatura de
futuras parcerias com a administração pública, conforme definido em regulamento.

Art. 87. As exigências de transparência e publicidade previstas em todas as etapas que envolvam a parceria,
desde a fase preparatória até o fim da prestação de contas, naquilo que for necessário, serão excepcionadas
quando se tratar de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa comprometer a sua
segurança, na forma do regulamento.

134
Claudio Ramos
Reflexões Finais
Desafios

A administração pública fornecerá manuais


específicos às organizações da sociedade civil
por ocasião da celebração das parcerias, tendo
como premissas a simplificação e a
racionalização dos procedimentos.
OBS: Eventuais alterações nestes manuais
devem ser previamente informadas à
organização da sociedade civil e publicadas em
meios oficiais de comunicação.
Regras de Transição

• Parcerias existentes perduram até sua


conclusão, se prejuízo de aplicação subsidiária
no que for cabível e desde que em benefício da
parceria;
• Parcerias por tempo indeterminado têm o
prazo de um ano para serem substituídas por
Termo de Colaboração ou de Fomento ou para
serem rescindidas;
Bibliografia
- Paes, José Eduardo Sabo. Ed.Gen, 8ª Edição;
-Site Consultor Jurídico.Dra. Márcia Maria Barreta Fernandes Semer
08/09/14;
-Arquitetura Institucional de Apoio às Organizações da Sociedade Civil no
Brasil. 2013. FGV. Articulação D3. Patricia M. E. Mendon.a, Mario Aquino
Alves e Fernando do A. Nogueira;
-Parecer Técnico Jurídico do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Dra.
Claudine Correa Leite Bottesi. “ Lei Federal 13.019/14: Mais cuidados nos
repasses para o Terceiro Setor”;
-Revista Consultor Jurídico. Lei sobre relação de organizações e poder
público cria dirigente “ficha-suja”. 23/08/2014 Por Felipe Luchete;
- Dr. Gustavo Góis – Escola Aberta do Terceiro Setor;
-Dr. Claudio Ramos – CRC Novo Marco Legal do Terceiro Setor
•http://jus.com.br/artigos/32671/marco-regulatorio-do-terceiro-
setor#ixzz3ZTYH8BBt - Paulo Massaru Uesugi Sugiura
-Plataforma por um novo Marco Regulatório. Análise da Lei 13.019/2014.
Obrigada!

anacarolina@pinheirocarrenho.com.br
2691 1311
98183 9809

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