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5 Lorran, Tácio, TJPR culpa a imprensa e absolve juíza que citou raça ao condenar negro,
Metrópoles, 18 set, 2020.
6 Vide: Canotilho, José Joaquim Gomes, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, 7a. Ed,
Almedina, Coimbra, 2007.; Barroso, Luis Roberto Barroso, Curso de Direito Constitucional Con-
temporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo, 4a. ed, Saraiva, São Paulo, 2013;
Martins, Flávio, Curso de Direito Constitucional, 1a. ed., Revista dos Tribunais, São Paulo, 2017.;
Sarlet, Ingo Wolfgang et al., Curso de Direito Constitucional, Saraiva Educação, São Paulo, 2020.;
Mendes, Gilmar Ferreira e Branco, Gustavo Gonet, Curso de Direito Constitucional, 15a. ed., Sarai-
va Educação, São Paulo, 2020.
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referencial teórico adequado para a condução dos debates sobre os problemas en-
frentados por minorias impede o alcance de soluções adequadas7.
11 Vide: Fanon, Frantz, Os condenados da terra, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1968; Fanon,
Frantz, Os condenados da terra, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1968; Césaire, Aimé, Discurso
sobre o colonialismo, Sá de Costa, Lisboa, 1978; Du Bois, W. E. B, As Almas do Povo Negro, Porto
Alegre, [s.n.], 1998; Quijano, Aníbal, “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”
em Lander, E. (Org.), A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais - Perspectivas latino-
americanas, CLACSO, Buenos Aires, 2005, pp. 227-278; Santos, Boaventura de Sousa, O fim do
império cognitivo, Grupo Autêntica, Belo Horizonte, 2019.
12 Vide: Freeman, Alan David, “Legitimizing racial discrimination through antidiscrimination
law: A critical review of Supreme Court doctrine”, Minnesota Law Review, Minnesota, Vol. 62,
1977, pp. 1049-1119; Koppelman, Andrew, Antidiscrimination law and social equality, Yale Univer-
sity Press, New Haven, 1998; Gaze, Beth, “Context and interpretation in anti-discrimination
law”, Melbourne University Law Review, Vol. 26, número 2, 2002, pp. 325-354; Moreira, Adilson
José, Tratado de Direito Antidiscriminatório, op. cit.
13 Moreira, Adilson José, Tratado de Direito Antidiscriminatório, op. cit., p. 723.
14 Vide: Ídem.; Ninomiya, Bruno Lopes e Silva, Lucas de Carvalho Pereira da, “Políticas pú-
blicas culturalmente transformadoras: o desenvolvimento e a justiça social de Amartya Sen
observados sob a perspectiva decolonial” em: Zambam, Neuro José et al. (Orgs.), Estudos sobre
Amartya Sen: Volume 11 - Seguridade Social, Políticas Públicas e Escolhas Sociais, Editora Fi, Porto
Alegre, 2021, pp. 14-39.
15 Vide: Bragato, Fernanda Frizzo, “Discursos desumanizantes e violação seletiva de direitos
humanos sob a lógica da colonialidade”, Quaestio Iuris, Vol. 9, número 04, Rio de Janeiro, 2016,
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O campo de estudo antidiscriminatório denuncia o caráter dúbio do direito16.
Enquanto a instituição jurídica cria, regula e aplica normas que protegem a reputação
social das pessoas, ela, ao mesmo tempo, reproduz o caráter discriminatório17. Ora, se
todos os ordenamentos jurídicos foram criados por pessoas brancas –inclusive aqueles
que definem e punem o racismo e a injúria racial–, qual é a efetividade deles? Indo ain-
da mais longe, um juiz branco consegue, de fato, entender a partir de suas experiências
sociais o crime de racismo e puni-lo? Quanto a isso, Moreira é enfático ao aduzir que:
O jurista branco é, portanto, um juiz moderno: ele acredita que normas jurídicas
contêm todos os elementos necessários para sua interpretação e aplicação. O jurista
branco raciocina a partir de outro elemento central que é o individualismo. Para ele,
todas as pessoas estão igualmente situadas, todas elas inseridas dentro de uma socie-
dade que permite a ação autônoma de todos os indivíduos; exceções a essa regra são
apenas acontecimentos excepcionais18.
Referências