Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RUPTURAS DEMOCRÁTICAS
E RETROCESSOS
SOCIOAMBIENTAIS
Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho
CEP 80.230-100 - Curitiba - Paraná - Brasil
www.direitosocioambiental.org
contato@direitosocioambiental.org
Conselho Editorial
Antônio Carlos Sant’Anna Diegues
Presidente Antônio Carlos Wolkmer
José Aparecido dos Santos Bartomeu Melià, SJ (in memorian)
Bruce Gilbert
Vice-Presidenta Carlos Frederico Marés de Souza Filho
Liana Amin Lima da Silva Caroline Barbosa Contente Nogueira
Clarissa Bueno Wandscheer
Diretora Executiva Danielle de Ouro Mamed
Flávia Donini Rossito David Sanchez Rubio
Edson Damas da Silveira
Primeira Secretária Eduardo Viveiros de Castro
Amanda Ferraz da Silveira Fernando Antônio de Carvalho Dantas
Heline Sivini Ferreira
Segundo Secretário Jesús Antonio de la Torre Rangel
Oriel Rodrigues de Moraes Joaquim Shiraishi Neto
José Aparecido dos Santos
Tesoureira José Luis Quadros de Magalhães
Jéssica Fernanda Maciel da Silva José Maurício Arruti
Juliana Santilli (in memorian)
Conselho Fiscal Liana Amin Lima da Silva
Andrew Toshio Hayama Manuel Munhoz Caleiro
Anne Geraldi Pimentel Maria Cristina Vidotte Blanco Tárrega
Priscila Lini Milka Castro Lucic
Priscila Lini
Rosembert Ariza Santamaría
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-87022-07-9
1. Retrocessos socioambientais. 2. Rupturas democráticas. I. Ana Flávia Corleto. II. Anne Geraldi Pimentel.
III. Heline Sivini Ferreira. IV. Mariana Gmach Philippi. V. Tiago Resende Botelho. VI. Título.
CDD 321.8
321.9
CDU 342.1
INTRODUÇÃO
1 Doutorando em Filosofia e Teoria Geral do Direito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Professor de Direito
na Universidade São Judas Tadeu (USJT), onde coordena o Núcleo de Direito e Descolonização (USJT/CNPq), e na Escola Superior de
Engenharia e Gestão (ESEG - Faculdade do Grupo ETAPA). Mestre em Direito e Desenvolvimento pela Escola de Direito de São Paulo
da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito SP), com período de pesquisa na Kent Law School. Bacharel em Direito pela USP. Advogado
da Conectas Direitos Humanos e consultor em São Paulo. E-mail: gabrielmantelli@gmail.com
2 Graduanda em Direito pela Universidade São Judas Tadeu (USJT). Pesquisadora e coordenadora da Clínica de Direitos Humanos e
Socioambientais (USJT). E-mail: analuisa.5s2002@gmail.com
3 Graduando em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Pesquisador do Núcleo de Direito e Descolonização (USJT/
CNPq), do Laboratório de Sociologia do Direito (UPM), do Grupo de Pesquisa “O Sistema de Seguridade Social” (UPM/CNPq) e do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/UPM), com fomento do MackPesquisa. E-mail: blopesn@hotmail.com
54 | RUPTURAS DEMOCRÁTICAS E RETROCESSOS SOCIOAMBIENTAIS
Meu argumento é que essa rota do Sul para os litígios climáticos não é acidental, ou o resul-
tado da ausência de legislação especializada em mudanças climáticas que os litigantes teriam
usado para enquadrar seus casos. Em vez disso, é um caminho cujas trilhas foram firmemente
traçadas nas últimas três décadas por meio da prática de direito de interesse público, pesquisa
e ativismo judicial em relação aos direitos constitucionais em geral e aos direitos socioeconô-
micos (SERs) em particular.4
Afinadas a essa ótica, Peel e Lin (2019, p. 725, tradução nossa) enfatizam que:
[...] existe um “registro do Sul Global” relativamente rico de casos climáticos que inclui treze
casos adicionais além dos registrados atualmente em bancos de dados amplamente usados.
Além disso, esses casos - da Ásia, África e América Latina - têm características que os distin-
guem dos casos climáticos no Norte Global e sugerem novas dimensões a serem exploradas em
nossa compreensão dos litígios climáticos transnacionais e sua contribuição para a governança
4 No original, em inglês: “My argument is that this Southern route to climate litigation is not serendipitous, or the result of the absence
of specialized climate change legislation that litigants would otherwise have used in framing their cases. Instead, it is a route whose tracks
were firmly laid over the last three decades through public interest law practice, research, and judicial activism regarding constitutional
rights in general and socioeconomic rights (SERs) in particular” (RODRÍGUEZ-GARAVITO, 2020, p. 40).
56 | RUPTURAS DEMOCRÁTICAS E RETROCESSOS SOCIOAMBIENTAIS
5 No original, em inglês: “there is a relatively rich “Global South docket” of climate cases that includes an additional thirteen cases beyond
those currently recorded in widely used databases. Moreover, these cases—from Asia, Africa, and Latin America—have characteristics that
distinguish them from climate cases in the Global North and suggest new dimensions to explore in our understanding of transnational
climate litigation and its contribution to global climate governance. These characteristics include: climate change issues often at the periphery
of cases rather than at their center; a stronger trend of employing constitutional and human rights arguments than we have seen to date in
the Global North climate cases; a preference for implementation and enforcement of existing policies and laws rather than using litigation
as a tool to force regulatory change; and strategic choices made by petitioners in many cases to pursue a more indirect or “stealthy” route
in litigation that puts the focus on less politically charged or more policy salient issues rather than on climate change per se to advance
environmental goals that also benefit climate change mitigation. It is also clear that Global South climate jurisprudence is experiencing a
period of growth that may see these trends evolve over time” (PEEL; LIN, 2019, p. 725).
LITIGÂNCIA CLIMÁTICA NO BRASIL EM CONTEXTO DE RETROCESSOS: APORTES
INICIAIS SOBRE OS CASOS DO FUNDO CLIMA E DO FUNDO AMAZÔNIA | 57
Gabriel Antonio Silveira Mantelli, Ana Luísa Sousa Santos e Bruno Lopes Ninomiya
Tribunal Federal:
governamentais, que, por sua vez, continuam a negligenciar esses mecanismos de proteção
socioambiental.
É possível observar as diferentes abordagens e objetivos específicos de cada caso. Esse
fator se dá à possibilidade de diversos ramos e aplicações do litígio dentro do Judiciário,
ao iniciar a abertura de uma ação. Essa ação climática pode ser estrutural (visando um
impacto amplo e geral em torno de uma questão) ou pontual (focado em um caso especí-
fico e individual), assim como a abordagem das normas climáticas pode ser direta (tendo
a problemática das mudanças climáticas e degradação ambiental como foco discursivo da
ação) ou indireta (onde as questões de clima, desmatamento e entre outras não são um
ponto abordado de forma tão incisiva) (CONECTAS DIREITOS HUMANOS, 2019).
A partir da união desses setores, as possibilidades e desafios da elaboração de uma
ação de litigância climáticas são diversos, com a combinação de cada fator resultando em
um objetivo, resposta e jornada judicial diferente (KRAKOFF, 2019). Sendo as ações
pontuais, em sua maioria, provedoras de vantagens para o movimento de litígio climático;
mesmo que com uma resposta negativa, aquele escopo pode ser utilizado como experiência
de litigância ou até mesmo reutilizado de maneira adaptada, devido à sua construção focal
(LAZARUS, 2009; NACHMANY et al., 2017; ROBINSON, 2018).
Sendo realizada por meio de uma Ação Civil Pública (Lei 7.347/1985), Ação Popu-
lar (Lei 4.717/1965) – ação que viabiliza a cobrança por parte dos integrantes da sociedade
civil – ou outro tipo de ação judicial viável na litigância climática, essa mobilização pelas
vias jurídicas traz luz à litigância climática e evidencia o interesse pela proteção ambiental
e pelo funcionamento dos meios de mitigação e defesa ao meio ambiente, impedindo os
vigentes retrocessos.
A ideia aqui expressa também tem sido designada como proibição de contra-revolução social
ou da evolução reaccionária. Com isto quer dizer-se que os direitos sociais e económicos (ex.:
direito dos trabalhadores, direito à assistência, direito à educação), uma vez alcançados ou
conquistados, passam a constituir, simultaneamente, uma garantia institucional e um direito
LITIGÂNCIA CLIMÁTICA NO BRASIL EM CONTEXTO DE RETROCESSOS: APORTES
INICIAIS SOBRE OS CASOS DO FUNDO CLIMA E DO FUNDO AMAZÔNIA | 59
Gabriel Antonio Silveira Mantelli, Ana Luísa Sousa Santos e Bruno Lopes Ninomiya
A não regressão não proíbe a revogação ou alteração de textos existentes. Não se trata de
“congelar” a legislação ambiental. Ao contrário, com os avanços científicos que resultarão da
implementação do princípio da precaução, ou ele será fortalecido para fazer frente a novas
ameaças à saúde e à natureza, ou será amenizado se for demonstrada uma fonte de poluição
que requer proteção e que seja inócuo. O principal é que a nova regra continue contribuindo
para a proteção do meio ambiente e da saúde, sem agravar a poluição ou a perda da biodiver-
sidade. Portanto, para avaliar se uma nova regra ou alterações em uma antiga são retrógradas,
deve haver um capítulo especial no estudo de impacto do anteprojeto de lei ou decreto que
demonstre a não regressão com base em indicadores relevantes do estado de meio ambiente,
incluindo indicadores legais.6
6 No original, em inglês: “Non-regression does not prohibit repealing or amending existing texts. There is no question of ‘freezing’
environmental law. On the contrary, with the scientific progress that will result from the implementation of the precautionary principle,
either it will be strengthened to deal with new threats to health and nature, or it will be eased if a source of pollution that required protection
is demonstrated to be innocuous. The main thing is that the new rule continues to contribute to environmental and health protection, and
does not worsen pollution or loss of biodiversity. In order, therefore, to assess whether a new rule or changes to an old one are retrogressive,
there must be a special chapter in the impact study of the draft bill or decree demonstrating non-regression on the basis of relevant indicators
of the state of the environment, including legal indicators” (PRIEUR, 2012, p. 55).
60 | RUPTURAS DEMOCRÁTICAS E RETROCESSOS SOCIOAMBIENTAIS
como também a preservação da natureza brasileira, não há como mascarar esse retrocesso
constitucional e ambiental. As organizações da sociedade civil, na contramão, estão
atuando no caso para promover a indignação e resistência contra essa forma que afetará
tanto o presente quanto o futuro do Brasil (ROBINSON, 2018).
Poder-se-ia, então, indagar que os retrocessos ambientais estão diretamente liga-
dos à violações de direitos humanos (POSNER, 2006; LIMON, 2009; KNOX, 2016;
COLLINS, 2020; CONTIPELLI, 2020; HUMPHREYS, 2020). Se, de um lado, vemos
direitos básicos como a vida, a saúde, a alimentação e o saneamento sendo ameaçados, e de
outro percebemos que há uma nítida desproporcionalidade em quem são os primeiros e
mais afetados pelas consequências das mudanças climáticas, então clamante há violações
internacionais (BYERS; FRANKS; GAGE, 2017; SPITZER; BURTSCHER, 2017).
Krakoff (2019, p. 230-231, tradução nossa) aponta que:
[...] danos ambientais, assim como danos de todos os tipos, recaem mais duramente sobre os
pobres. À medida que a mudança climática piora, os impactos sobre os pobres se tornarão cada
vez mais desproporcionais. [...] se as tendências atuais continuarem, os impactos negativos
da mudança climática serão suportados desproporcionalmente pelos pobres, por pessoas de
cor e outros grupos, como povos indígenas, que foram sujeitos a discriminação histórica, e a
desigualdade existente vai piorar ou se enraizar.7
Da mesma forma lembra Humphreys (2020, p. 69, tradução nossa), quando este
enfatiza a vulnerabilidade socioambiental de uns em detrimento de outros:
7 No original, em inglês: “[...] environmental harms, just like harms of all sorts, fall hardest on the poor. As climate change worsens, the
impacts on the poor will become increasingly disproportionate. [...] if current trends continue, negative impacts from climate change will
be borne disproportionately by the poor, by people of color, and other groups, such as indigenous peoples, who have been subject to historic
discrimination, and existing inequality will worsen or become entrenched” (KRAKOFF, 2019, p. 230-1).
8 No original, em inglês: “It is widely recognized that anthropogenic climate change will have harmful effects on many human
beings and, in particular, on the most disadvantaged. Specifically, it is projected to result in flooding, heat, stress, food insecurity,
drought and increased exposure to water-borne and vector-borne diseases” (HUMPHREYS, 2010, p. 69).
62 | RUPTURAS DEMOCRÁTICAS E RETROCESSOS SOCIOAMBIENTAIS
a ser dada a partir da proteção de direitos humanos não pode ser pautada em reivindicações
individuais, senão em termos globais, tomando em consideração toda a complexidade da
crise climática e seus efeitos na preservação das funções essenciais de suporte à vida em nosso
planeta como preocupação comum da humanidade.
Em uma época em que o direito ambiental está consagrado em várias constituições como um
novo direito humano, ele está paradoxalmente ameaçado em sua substância. Isso poderia levar
a uma reviravolta e uma regressão real que seria prejudicial para o futuro da humanidade e
uma ameaça à justiça ambiental intergeracional.10
9 No original, em inglês: “Climate change threatens the objective of sustainably eradicating poverty. Poor people and poor countries are
exposed and vulnerable to all types of climate-related shocks— natural disasters that destroy assets and livelihoods; waterborne diseases
and pests that become more prevalent during heat waves, floods, or droughts; crop failure from reduced rainfall; and spikes in food prices
that follow extreme weather events. Climaterelated shocks also affect those who are not poor but remain vulnerable and can drag them into
poverty—for example, when a flood destroys a microenterprise, a drought decimates a herd, or contaminated water makes a child sick. Such
events can erase decades of hard work and asset accumulation and leave people with irreversible health consequences” (HALLEGATTE
et al., 2016, p. 1).
10 No original, em inglês: “At a time when environmental law is enshrined in numerous constitutions as a new human right, it is paradoxically
threatened in its substance. This could lead to a U-turn and a real regression that would be detrimental to the future of humankind and a
threat to intergenerational environmental fairness” (PRIEUR, 2012, p. 53).
LITIGÂNCIA CLIMÁTICA NO BRASIL EM CONTEXTO DE RETROCESSOS: APORTES
INICIAIS SOBRE OS CASOS DO FUNDO CLIMA E DO FUNDO AMAZÔNIA | 63
Gabriel Antonio Silveira Mantelli, Ana Luísa Sousa Santos e Bruno Lopes Ninomiya
afronta tanto pactos estaduais que tratam sobre a redução da poluição, quanto o direito
de preservação do meio ambiente às futuras gerações, previsto na Constituição Federal.
Por fim, é oportuno falarmos sobre pedidos de emergência climática, que podem se
tornar cada vez mais frequentes. A utilização desse mecanismo institucional tem como
maior finalidade reduzir drasticamente as emissões de carbono, assim como aumentar
a conscientização sobre as mudanças climáticas e tentar convencer os governos de que
as mudanças podem ser feitas. Na Europa – com um enfoque especial na Inglaterra –,
diversas cidades dos países declararam o estado de emergência climática após pressões
populares (BBC, 2019). Apesar dessas declarações não possuírem necessariamente uma
consequência legal e impositiva, elas servem como uma forma de ressaltar a urgência
da situação climática e clamar por mudanças. As vozes desses movimentos ecoaram até
o Brasil, pelo fato de que há algumas movimentações quanto pedidos de emergência
climática circulando pelo país. O deputado Alessandro Molon, do PSB, apresentou um
Projeto de Lei (3961/20) que insere o Brasil no estado de emergência climática enquanto
não haja ações que diminuam o impacto das mudanças climáticas ocasionadas pelos seres
humanos. Além disso, no ano passado, na cidade de Uberlândia, um grupo de 14 cidadãos
protocolou uma representação judicial que exige ações por parte do governo para minimi-
zar efeitos climáticos e permear um equilíbrio ecológico (BORGES, 2020). Dentre seus
pedidos estão a implementação de políticas públicas municipais de proteção ambiental
e de medidas preventivas contra as mudanças climáticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BBC. UK Parliament declares climate change emergency. BBC UK, London, 1 maio
2019. Disponível em: <https://www.bbc.com/news/uk-politics-48126677>. Acesso
em: 15 jul. 2021.
BORGES, Dhiego. Ministério Público cobra ações para minimizar efeitos climáticos em
Uberlândia. Diário de Uberlândia, Uberlândia, 17 dez. 2020. Disponível em: <https://
diariodeuberlandia.com.br/noticia/27306/ministerio-publico-cobra-acoes-para-mini-
mizar-efeitos-climaticos-em-uberlandia>. Acesso em: 15 jul. 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE 658171 AgR / DF. Ag. Reg. no Recurso
Extraordinário. Relator Min. Dias Toffoli. Julgamento em 1 abr 2014. Primeira Turma.
Publicação no DJe-079 em 28 abr 2014. Disponível em: <https://stf.jusbrasil.com.br/
jurisprudencia/25061175/agreg-no-recurso-extraordinario-re-658171-df-stf/inteiro-
-teor-118287716>. Acesso em: 25 jun. 2021.
CUNHA, Kamyla Borges da; REI, Fernando. Litigância como estratégia de fortaleci-
mento da governança climática: reflexões para o contexto brasileiro. Revista de Direito
Econômico e Socioambiental, Curitiba, v. 9, n. 3, p. 303-323, 2018.
ESTRIN, David. Limiting dangerous climate change: the critical role of citizen suits
and domestic courts despite the Paris Agreement. Waterloo: Centre for International
Governance Innovation, 2016.
FISHER, Dana R.; NASRIN, Sohana. Climate activism and its effects. Wiley Interdis-
ciplinary Reviews: Climate Change, v. 12, n. 1, p. 1-11, 2021.
FRESQUE; BAXTER, Jennifer A.; ARMITAGE, Derek. Place identity and climate
change adaptation: a synthesis and framework for understanding. Wiley Interdiscipli-
nary Reviews: Climate Change, v. 3, n. 3, p. 251-266, 2012.
ISA. Câmara aprova texto principal de projeto que praticamente acaba com licenciamento
ambiental. Instituto Socioambiental, [S. l.], 13 maio 2021. Disponível em: <https://
www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/camara-aprova-texto-prin-
cipal-de-projeto-que-praticamente-acaba-com-licenciamento-ambiental>. Acesso em:
15 jul. 2021.
KNOX, John. Human rights principles and climate change. In: CARLARNE, Cinnamon,
GRAY, Kevin R.; TARASOFSKY, Richard. The Oxford Handbook of International
Climate Change Law. Oxford: Oxford University Press, 2016. p. 213-235.
KRAKOFF, Sarah. Environmental Injustice and the Limits of Possibilities for Environ-
mental Law. Environmental Law, v. 49, n. 1, p. 229-247, 2019.
LAZARUS, Richard J. Super wicked problems and climate change: Restraining the pre-
sent to liberate the future. Cornell L. Rev., v. 94, p. 1153-1233, 2009.
LIMON, Marc. Human rights and climate change: Constructing a case for political
action. Harv. Envtl. L. Rev., v. 33, p. 439-476, 2009.
análise a partir dos Direitos territoriais de povos e comunidades tradicionais. São Paulo:
Editora Lumen Juris, 2017.
NACHMANY, Michal, et al.. Global trends in climate change legislation and litiga-
tion. London: Grantham Research Institute on Climate Change and the Environment,
2017.
NEIVA, Julia Mello; MANTELLI, Gabriel Antonio Silveira. Proteger o clima é garantir
os direitos humanos. Jota, [S. l.], 20 out. 2020. Disponível em: <https://www.jota.info/
opiniao-e-analise/artigos/proteger-clima-garantir-direitos-humanos-20102020>. Acesso
em: 15 jul. 2021.
NUNES, Mônica. R$ 2,9 bilhões do Fundo Amazônia estão paralisados pelo governo,
alerta Observatório do Clima ao Supremo Tribunal Federal. Conexão Planeta, [S. l.], 27
out. 2020. Disponível em: <https://conexaoplaneta.com.br/blog/r-29-bilhoes-do-fun-
do-amazonia-estao-paralisados-pelo-governo-denuncia-observatorio-do-clima-ao-stf/>.
Acesso em: 15 jul. 2021.
PEEL, Jacqueline; LIN, Jolene. Transnational climate litigation: The contribution of the
global south. American Journal of International Law, v. 113, n. 4, p. 679-726, 2019.
PEEL, Jacqueline; OSOFSKY, Hari M. A rights turn in climate change litigation?. Trans-
national Environmental Law, Cambridge, v. 7, n. 1, p. 37-67, 2018.
POSNER, Eric A. Climate Change and International Human Rights Litigation: A Cri-
tical Appraisal. University of Pennsylvania Law Review, v. 155, p. 1925-1945, 2006.
PRIEUR, Michel. The principle of non-regression. In: PRIEUR, Michel. Elgar Encyclo-
pedia of Environmental Law. Cheltenham: Edward Elgar Publishing Limited, 2018.
p. 251-259.
ROBINSON, Mary. Climate justice: Hope, resilience, and the fight for a sustainable
future. New York: Bloomsbury Publishing, 2018.
SOUZA, Arivaldo Santos de. Direito e racismo ambiental na diáspora africana: pro-
moção da justiça ambiental através do direito. Bahia: EDUFBA, 2015.
SPITZER, Martin; BURTSCHER, Bernhard. Liability for climate change: cases, chal-
lenges and concepts. Journal of European Court Law, v. 8, n. 2, p. 137-175, 2017.
WEDY, Gabriel. Climate change and sustainable development in brazilian law. New
York: Columbia University, 2016. Disponível em: <https://web.law.columbia.edu/sites/
default/files/microsites/climatechange/files/Publications/Collaborations-Visiting-S-
cholars/wedy_-_cc_sustainable_development_in_ brazilian_law.pdf>. Acesso em: 23
jun. 2021.