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EEEP MARIA AUDAY VASCONCELOS NERY

TD DE SOCIOLOGIA – 3ª ANO
TEMA: INDÚSTRIA CULTURAL
PROF. ME. RICARDO BRAGA

1. (UEM 2018) “Georg Simmel nos aponta um paradoxo fundamental da vida moderna:
partindo do princípio de que a capacidade dos indivíduos de absorver informações tem
um limite, à medida que aumenta a oferta de informações disponíveis, reduz-se
proporcionalmente a parcela desse acervo que cada indivíduo pode reter”.
(BOMENY, H. et al. Tempos modernos, tempos de Sociologia. São Paulo: Editora do
Brasil, 2013, p. 107).

Com base no trecho citado e em estudos sociológicos sobre indústria cultural e consumo
em massa, assinale o que for correto.
01) A grande disponibilidade de informação proporcionada pela vida moderna reflete,
segundo Simmel, no aumento da quantidade daquilo que cada pessoa pode assimilar
individualmente dessas informações.
02) Uma das principais expressões da modernidade é o ritmo acelerado da produção
industrial e cultural.
04) O acesso à informação se converte diretamente em conhecimento.
08) A vida moderna produz uma imensa quantidade de bens culturais e materiais que passa
de novo a obsoleto em curto espaço de tempo.
16) Várias teorias sociológicas admitem que as transformações sociais podem produzir
alterações psíquicas, impactando a sensibilidade individual.

2. (UEM 2017) “Ver TV é um dos principais deveres do sociólogo. É ali, no mundo tal
como ele é visto na TV, que a maioria das pessoas passa boa parte de suas vidas e adquire
grande parcela de seu conhecimento do mundo. O Lebenswelt [mundo em que vivemos],
o principal objeto de nosso estudo e o principal alvo de nossas mensagens, estaria
dolorosamente incompleto hoje se fosse privado dos ingredientes fornecidos pela TV on-
line. Recusar-se a ver TV equivale a dar as costas a uma parte considerável, e ainda em
crescimento, da experiência humana contemporânea. Essa é uma consideração que
deveria orientar e ditar a seleção daquilo que os sociólogos devem ver, e não,
lamentavelmente, sua estética ou outras preferências voltadas para a busca do prazer. Mas
quem disse que o trabalho dos sociólogos deve ser – está fadado a ser – invariavelmente
prazeroso?”.
BAUMAN, Z. P. Para que serve a sociologia? Diálogos com Michael Hviid Jacobsen e
Keith Tester. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 129 e 130.

A partir do texto acima e de teorias sociológicas sobre mídias, publicidade e consumo,


assinale o que for correto.
01) A televisão, em nossa sociedade, está relacionada ao entretenimento, o que anula o
interesse de qualquer pesquisa objetiva sobre a sociedade a partir de sua observação.
02) A análise sociológica de telejornais, telenovelas, programação infantil, pode enfocar, por
exemplo, concepções sobre natureza, educação, feminino, velhice e outros temas
comunicados a milhares de pessoas.
04) Pesquisar programas televisivos é algo irrelevante para a sociologia contemporânea
devido à baixa qualidade da programação.
08) Considerando o caráter subjetivo da pesquisa sociológica, seus praticantes devem se
ocupar apenas daquilo que lhes seja agradável.
16) O papel social da TV como meio de expressão, canal midiático e mediador de publicidade
e consumo, a torna um fenômeno sociologicamente relevante.

3. (UNIOESTE 2017) O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação


das massas”, de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, publicado originalmente em
1947, é considerado um dos textos essenciais do século XX que explicam o fenômeno da
cultura de massa e da indústria do entretenimento. É uma das várias contribuições para o
pensamento contemporâneo do Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920,
em Frankfurt, na Alemanha. Um ponto decisivo para a compreensão do conceito de
“Indústria Cultural” é a questão da autonomia do artista em relação ao mercado.

Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar.


a) A arte não se confunde com mercadoria, e não necessita da mídia e nem de campanhas
publicitárias para ser divulgada para o público.
b) Não há uniformização artística, pois, toda cultura de massa se caracteriza por criações
complexas e diversidade cultural.
c) A cultura é independente em relação aos mecanismos de reprodução material da
sociedade.
d) A obra de arte se identifica com a lógica de reprodução cultural e econômica da
sociedade.
e) Um pressuposto básico é que a arte nunca se transforma em artigo de consumo.

4. (ENEM 2015) Falava-se, antes, de autonomia da produção significar que uma empresa,
ao assegurar uma produção, buscava também manipular a opinião pela via da publicidade.
Nesse caso, o fato gerador do consumo seria a produção. Mas, atualmente, as empresas
hegemônicas produzem o consumidor antes mesmo de produzirem os produtos. Um dado
essencial do entendimento do consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede a
produção dos bens e dos serviços.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal. Rio de Janeiro: Record, 2000 (adaptado).

O tipo de relação entre produção e consumo discutido no texto pressupõe o(a)


a) aumento do poder aquisitivo.
b) estímulo à livre concorrência.
c) criação de novas necessidades.
d) formação de grandes estoques.
e) implantação de linhas de montagem.

5. (UNESP 2014) Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas
ressurgem ciclicamente como invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo
só varia na aparência. O fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom
esportista que é; a boa palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como
todos os detalhes, clichês prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e
completamente definidos pela finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do
filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira,
o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o
desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto. O número
médio de palavras é algo em que não se pode mexer. Sua produção é administrada por
especialistas, e sua pequena diversidade permite reparti-las facilmente no escritório.

Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistificação das


massas”. In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado.

O tema abordado pelo texto refere-se


a) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa.
b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa.
c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais.
d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo.
e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento.

6. (UEL 2008) Observe os gráficos a seguir:

Com base nos gráficos e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a
seguir:
I. Os dados sobre a divisão das concessões de Rádio e TV no Brasil indicam concentração de
poder, de produção e de circulação de produtos culturais.
II. Embora a Rede Globo tenha o maior número de grupos afiliados, de audiência e de
arrecadação com o mercado publicitário, a divisão equânime entre as outras redes garante
a feição democrática da maior indústria cultural do Brasil.
III. O mercado dos diferentes veículos de mídia revela que mais de 60% dos jornais e 70% da
audiência de TV pertencem a dois grupos, que apresentam o maior faturamento na
indústria cultural nacional.
IV. Os números de grupos afiliados às grandes redes revelam diversificação, flexibilização e
maior regionalização na produção dos bens culturais, e, portanto, uma tendência de
fortalecimento da democratização social.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

7. (UNICENTRO 2010) “A indústria cultural, com suas vantagens e desvantagens, pode


ser caracterizada pela transformação da cultura em mercadoria, com produção em série e
de baixo custo, para que todos possam ter acesso. É uma indústria como qualquer outra,
que deseja o lucro e que trabalha para conquistar o seu cliente, vendendo imagens,
seduzindo o seu público a ter necessidades que antes não tinham".
(PARANÁ. Livro didático de Sociologia. Curitiba, 2006, p.156).

Assinale a alternativa correta.


a) A indústria Cultural não é uma característica da sociedade contemporânea ela é um
produto natural em qualquer sociedade.
b) A indústria Cultural é responsável por criar no indivíduo necessidades que ele não tinha
e transformar a cultura em mercadoria.
c) A Indústria Cultural não influência nas necessidades do indivíduo com a sua produção em
série e de baixo custo.
d) A indústria cultural faz com que o indivíduo reflita sobre o que necessita, não desejando
lucro.
e) A Indústria Cultural prioriza a heterogeneidade de cada cultura.

8. (UFU 2009) Com relação à chamada cultura de massas ou à mercantilização da cultura,


marque a alternativa correta.
a) Para os autores da teoria crítica, as modernas sociedades industrializadas desenvolvem
uma produção cultural diversificada, produzida pelas massas. Essa produção tem por
objetivo a satisfação das necessidades humanas, independentemente da lógica do
mercado.
b) De acordo com a teoria crítica, as sociedades modernas capitalistas têm como
característica fundamental a produção do valor de troca, o que possibilita a existência de
uma produção artística e cultural totalmente independente da lógica do mercado.
c) Segundo os autores da chamada teoria crítica, há uma tendência, na moderna sociedade
capitalista, de transformar tudo em mercadorias, fazendo com que o critério estético das
pessoas passe a ser diferente daquele pelo qual as mercadorias são analisadas. Esse outro
critério é fundado na exterioridade e na lógica de mercado.
d) De acordo com a teoria crítica, há uma tendência na sociedade moderna capitalista de
transformar tudo em mercadoria, fazendo com que o critério estético das pessoas passe a
ser o mesmo das coisas. Esse critério funda-se na exterioridade e na lógica do mercado.

9. (UFPA-2011) "Adorno e Horkheimer (os primeiros, na década de 1940, a utilizar a expressão


‘indústria cultural’ tal como hoje a entendemos) acreditam que esta indústria desempenha as
mesmas funções de um Estado fascista (…) na medida em que o indivíduo é levado a não meditar
sobre si mesmo e sobre a totalidade do meio social circundante, transformando-se em mero joguete
e em simples produto alimentador do sistema que o envolve.”
COELHO, Teixeira. O que é indústria cultural, São Paulo, Editora Brasiliense, 1987, p. 33.
Texto adaptado

Adorno e Horkheimer consideram que a indústria cultural e o Estado fascista têm funções
similares, pois em ambos ocorre

a) um processo de democratização da cultura ao colocá-la ao alcance das massas, o que


possibilita sua conscientização.

b) o desenvolvimento da capacidade do sujeito de julgar o valor das obras artísticas e bens


culturais, assim como de conviver em harmonia com seus semelhantes.
c) o aprimoramento do gosto estético por meio da indústria do entretenimento, em detrimento
da capacidade de reflexão.
d) um processo de alienação do homem, que leva o indivíduo a perder ou a não formar uma
imagem de si e da sociedade em que vive.
e) o aprimoramento da formação cultural do indivíduo e a melhoria do seu convívio social pela
inculcação de valores, de atitudes conformistas e pela eliminação do debate, na medida em que
este produz divergências no âmbito da sociedade.

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