Universidade Federal da Paraíba – UFPB

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes – CCHLA

Departamento de Psicologia

Professora Clênia Toledo

Aluna: Mayara Ellen Morais de Oliveira Mendes

Fichamento texto 1

Psicologia projetiva

Psicologia projetiva: conjunto de conceitos e métodos claramente diferenciados de quase

todos os outros ramos ou escolas da psicologia.
→ Percepção como processo ativo e intencional que envolve todo o organismo em relação com

o meio. Caráter dinâmico.

→ Reconhecer como cada organismo se adapta a vida, como o organismo humano ao

transformar-se em personalidade, aprende a perceber seletivamente e a responder o mundo

circundante tal como se apresentam e seguindo o que sente a respeito dele.

→ A forma com que indivíduos respondem a esse modelamento cultural revelará em sua

percepção cultural e em sua forma individualista de interpretar o mundo, como revelam os

testes projetivos.

→ Dúvidas acerca da validade do princípio de que o estímulo ou o problema plantado pelo

experimentador significa para o sujeito o que o experimentador supõe que deva significar

para ele.

→ Não é possível tratar adequadamente diagnósticos de personalidade individual recorrendo as

conhecidas técnicas estatísticas, que se referem a regularidades de grupo e não a expressões

individuais.
→ Psicologia social e sociologia enfrentam cada vez mais com maior frequência problemas para

os quais necessitarão destes novos e promissórios procedimentos projetivos e destas novas

concepções da percepção e da psicologia dinâmica.

Fichamento texto 2

Os métodos projetivos – resenha

→ Os métodos de investigação da personalidade surgiram de modo empírico, sem uma

vinculação teórica precisa.

→ O termo “métodos projetivos” não foi empregado até 1930, aparecendo só com Lawrence

Frank.

→ Investigação dinâmica e holística da personalidade, abordada como uma estrutura em

evolução cujos elementos constitutivos encontram-se em evolução.

→ Técnica projetiva (Anzieu): apresentar ao sujeito o material menos estruturado possível e

pedir-lhe para estrutura-lo a sua vontade, o que não se pode fazer senão “projetando a

estrutura de sua própria personalidade.

→ Características comuns: confluência da psicanálise com a psicometria, respostas muito ou

totalmente livres, estímulos pouco ou nada estruturados porém padronizados. A avaliação e

interpretação resultantes da abordagem psicométrica e da clínica. Em geral focalizam a

personalidade total mais do que traços isolados. Podem ser usadas para diagnóstico ou

prognóstico em diversas áreas.

→ Indicações: demanda do indivíduo que sofre e manifesta sintomas, condutas ou queixas que

desencadeiam uma consulta ou hospitalização.

→ As operações mentais empregadas durante a aplicação das provas projetivas são capazes de

expressar as modalidades de funcionamento psíquico próprios de cada sujeito.

→ Projeção: tendência para supor que as outras pessoas experimentam as mesmas ideias e

sentimentos que alimentamos; atribuição de maior prestígio ou importância.

→ Movimentos expressivos: aqueles aspectos da motricidade que têm traços suficientemente

distintivos para diferenciar um indivíduo do outro. Reflexo consequente do campo cerebral.

→ Técnicas expressivas: grafologia, testes do desenho, PMK, palográfico e etc.

→ Três processos: adaptativo (se o produto e a maneira como foi executado atendem ao

proposto), expressivo (qualidades propriamente gráficas) e projetivo (atribuição de

necessidades e qualidades próprias a situações/objetos/pessoas sem que se tenha consciência)

que podem ser observados mais facilmente nos desenhos.

→ Classificação dos testes psicológicos (bellak e symonds): psicométricos, expressivas,

projetivas. (anzieu): projetivos temáticos e projetivos estruturais.

Fichamento texto 3

Conceitos fundamentais dos métodos projetivos

→ Os métodos projetivos podiam apreender aspectos latentes ou encobertos da personalidade,

por serem inconscientes.

→ Crítica a terminologia projetiva por fazer ligação teórica a psicanálise, mas seu uso ainda é

mantido pois facilita a identificação.

 → Natureza relativamente não estruturada, ambígua e amorfa, assim como na liberdade da

resposta e do tempo diante de estímulos vagos e plásticos. Há muitas críticas quanto a

validade desta técnica.

→ Duas correntes teóricas na criação: gestaltismo e psicanálise.

→ O fundamento teórico da hipótese projetiva é creditado ao conceito de projeção. Freud

designa como mecanismo de defesa e amplia o significado do termo projeção conferindo-os

uma nova geografia, para além do território do inconsciente e da patologia.

→ Na dinâmica das identificações projetivas a percepção externa e a interna se entrecruzam

formando novos significados.

→ A projeção passa a representar também o simples desconhecimento, por parte do sujeito, de

desejos e emoções que não são aceitas por ele como sendo seus e cuja existência atribui à

realidade externa.

→ “A projeção para o exterior de percepções interiores é um mecanismo primitivo, ao qual

nossas percepções sensoriais se acham também submetidas, e que desempenham um papel

essencial em nossa representação do mundo exterior.” Freud.

→ Ela é assim aplicada a vários fenômenos da vida cotidiana, passando a ser explicação para

deslocamento de sentimentos, ideias e emoções.

→ Bellak: projeção especular (a pessoa reflete em seus trabalhos características que reconhece

como suas), complementar (atribuição externa de causalidade que servem como justificativa

de características próprias) e catártica (expulsão de características intoleráveis atribuindo-as a

uma origem externa). Podem aparecer juntas ou mescladas.

→ O processo de sublimação desempenha um papel importante no ato da criação.

→ Mesmo uma análise superficial revela as vinculações entre a obra e a vida subjetiva do artista.
→ É por meio da fala do protagonista que se expressa o ego do autor, o ego é o real personagem

de todos os sonhos e novelas e romances.

→ Com o brincar, a criança personifica não apenas seu Ego, mas também conteúdos do Id e do

Superego, distribuídos pelos diversos personagens pertencentes ao enredo de uma

brincadeira.

→ A personificação pode ocorrer também por meio de animais ou objetos inanimados, que

ganham a oportunidade de expressar fantasias.

→ A fantasia é em função de uma formação de compromisso (contrato entre id ego e superego

para manutenção do equilíbrio psíquico).

→ Qualquer ato do ser humano vai ser gerado por meio de uma barganha interativa entre as três

instâncias da personalidade.

→ Os argumentos para o uso de múltiplas técnicas são de duas ordens: a limitação dos

instrumentos. Cada teste é idealizado para avaliar uma determinada característica ou função

do sujeito, uma avaliação mais complexa necessita de diferentes testes. Em segundo lugar, o

uso de um conjunto de instrumentos minimiza o erro e maximiza a adequação das avaliações

pela validação cruzada.

→ Três categorias, Anzieu: expressivas (ampla liberdade de instruções e material utilizado,

podem ser utilizados como material terapêutico), projetivas (respostas livres, material

definido e padronizado mas ambíguo) e psicométricos (material preciso e as respostas

adequadas variam muito pouco).

→ É preciso evitar leituras reducionistas. É bem fácil encontrar trabalhos que reduzem o valor

da obra artística às comprovações de uma teoria. Da mesma forma, as produções que surgem

diante dos métodos projetivos também não devem ser interpretadas de forma reducionista.

Fichamento texto 4
 Os métodos projetivos na avaliação psicológica

→ A avaliação psicológica é um processo que tem como objetivo fornecer informações para

a tomada de decisão a respeito de uma pessoa, grupo ou programa.

→ É resultante de três aspectos: a medida, o instrumento e o processo de avaliação.

→ Surge de uma série de pesquisas por meio de instrumentos psicológicos e técnicas

projetivas que assegurem a sua eficácia e eficiência na tentativa de responder as

demandas sociais e as possibilidades de avaliação e previsão do comportamento humano.

Fichamento texto 5

Problemas de validação

→ A validação de um teste é o conjunto de operações por meio das quais se comprova que o

instrumento apresenta um tríplice valor: sensibilidade, fidedignidade e validade.

→ Para os testes projetivos o procedimento de validação não pode ser idêntico aos

tradicionalmente usados.

→ Os testes projetivos não exploram uma variável única, descrevem um indivíduo. Eleste têm

por objeto a determinação das carecterísticas personalógicas, mais ou menos ligadas entre si,

que pertencem a um determinado indivíduo.

→ Sensibilidade nos testes projetivos seria uma verificação sobre o fato do instrumento refletir

em um sentido coerente com a teoria, as mudanças fundamentais que sobrevêem, na

personalidade com a idade, a doença ou circunstâncias excepcionais.

→ Fidedignidade: interpretação às cegas e emparelhamento.

 → Validade: correlação com um critério externo, correlações estatísticas internas e a predição.

→ Progressos referentes à validação:

→ é preciso padronizar ainda mais a aplicação das técnicas projetivas, e ainda aquelas

experimentalmente justificadas.

→ a relação sujeito-examinador começou a ser estudada experimentalmente.

→ a desconfiança em relação à análise atomística dos protocolos levou os técnicos em testes

projetivos a um defeito oposto: a interpretação configuracional intuitiva.

→ a necessidade de uma abordagem por configurações à interpretação não exclui a análise de

cada elemento da configuração global (dispõe da experiência em laboratório, análise

fisiopatológica, introspecção experimental e análise matemática).

→ é relativamente fácil criar e validar técnicas projetivas simples, limitadas a um aspecto da

personalidade e garantir sua sensibilidade, fidedignidade e validade.

→ prenunciam-se como interessantes a aplicação dos testes projetivos do diferencial semântico

de Osgood.

Fichamento texto 6

Pesquisas de modelos globais da mente

→ Walter Trinca criou o procedimento de desenhos-estórias.

→ No processo de adoecimento, há uma perda da visibilidade da própria pessoa para si mesma e

para o outro.
 → O que se perde de vista ou se torna inacessível nos transtornos emocionais não é apenas a

experiência subjetiva de si mesmo, mas o contato com o que ele denomina de núcleo

essencial da pessoa ou o ser interior.

→ O grau de distanciamento de contato com o próprio ser interior é concebido como uma linha

contínua, cujo marco zero é a experiência subjetiva de inteireza.

→ Há graus crescentes de gravidade das perturbações psíquicas e, na direção inversa, graus

crescentes da expansão da consciência e de visibilidade de si mesmo.

→ A experiência subjetiva de self se modifica e é modulada em consonância ao contato com o

ser interior.

→ O distanciamento de contato com o ser interior manifesta-se de duas maneiras fundamentais,

acompanhadas ou não de angústia. A primeira é a fragilização do self e a segunda é a

intensificação da sensorialidade.

→ O grau de fragilidade do self e de sensorialidade adquirem configurações específicas para

cada sujeito, ou seja, ao se combinarem, definem estados e padrões predominantes de

funcionamento mental, os sistemas mentais determinantes, passíveis de ordenação e

classificação.

→ Em que ponto do eixo de contato com o ser interior se encontra com o próprio psicanalista?

Ele está verdadeiramente presente na relação que estabelece com o paciente?