Teorias da

Personalidade II
Prof. Me. Leonardo Torres Carrera

SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. Teorias da Personalidade. Boston: Cengage Learning, 2015.

Capítulo 1: O estudo da personalidade: avaliação, pesquisa e teoria.
 a) Conhecer as noções básicas de teorias da
Objetivos personalidade que são influentes em várias áreas
da psicologia;

b) Conhecer noções básicas de autores da

psicanálise contemporânea na concepção de
COGNITIVOS
personalidade;

c) Conhecer pressupostos filosóficos, conceituais e

metodológicos, assim como critérios que
fundamentam a produção de teorias de
personalidade;

d) Conhecer circunstâncias pessoais e históricas

indissociáveis da produção de teorias da
personalidade.
 a) Detectar e explicitar diferentes imagens de homem e
Objetivos concepções de ciência implícitas ou explícitas nas teorias
da personalidade.

b) Analisar a interpenetração do subjetivo e do objetivo,

HABILIDADES do individual e do social, do interno e do externo.

c) Detectar, criticar e, eventualmente, superar qualquer

tipo de reducionismo (psicologismo, biologismo,
sociologismo...).

d) Buscar as relações das teorias da

personalidade com as práticas do cotidiano do psicólogo.
Objetivos a)Ter a reflexão crítica fundamentada e a autoavaliação
permanente.

b) Compreender e respeitar a
Atitudes complexidade das condutas e psiquismo humanos.

c) Cooperar, colaborar na consecução de atividades

grupais.

d) Perceber-se como sujeito coletivo.

e) Valorizar a pesquisa para além da assimilação passiva

de teorias.
 Teorias da
Personalidade I
AULA 1

BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologia. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. Capítulo 1: A psicologia e seus
avanços.
 Psicologia como ciência

Ensários Clínicos
Revisão Sistemática Metanálise

Os objetivos de tratamento nas terapias psicanalíticas são mais abrangentes.

Além da diminuição de sintomas, espera-se que o paciente desenvolva maior consciência
de suas diculdades interpessoais, sociais, profissionais, intrapessoais, de personalidade,
entre outras.
O progresso nas terapias
psicanalíticas
Envolve a reativação do processo de
desenvolvimento normal. As
experiências na relação terapêutica
contribuem para revisões construtivas
do self, que se expressa por meio de
mudanças nas representações de si e
dos outros a partir do aprimoramento
de habilidades reflexivas.
Conceitos fundamentais da psicanálise

Entre os concebidos por Freud estão o inconsciente,

a livre associação, a
resistência, a transferência, a contratransferência, a
neutralidade e a interpretação como ferramenta de
trabalho.

Melanie Klein, inaugurou a escola das relações de

objeto por meio da introdução do conceito de
identicação projetiva, ampliado por Bion, que incluiu o
entendimento de sua função de comunicação tanto
no desenvolvimento normal quanto no processo
terapêutico.
 CONCEITOS BÁSICOS
Inconsciente.
Fazem parte as fantasias, os
desejos e impulsos, as
representações internalizadas
de relações objetais e os
mecanismos de defesa que
protegem o indivíduo do
contato indesejável com alguns
aspectos da realidade externa
e com o conteúdo do próprio
inconsciente.
Transferência.
É a reedição no tratamento das
relações com objetos do
passado ou, segundo alguns
autores, a reencenação das
relações entre os objetos do
mundo interno e o self.
Resultam em sua maneira de se
relacionar com o mundo e,
portanto, com o terapeuta.
Livre associação. Resistência.
Para o desenvolvimento do Refere-se a forças profundas
processo analítico, o paciente e alheias à vontade existentes
deve vir à sessão com a no indivíduo que impedem o
intenção de falar tudo o que vier contato com o conteúdo
a sua mente, mesmo que possa inconsciente. A interpretação
parecer vergonhoso ou sem das resistências é parte
sentido, possibilitando ao
essencial do tratamento,
analista identificar o conteúdo
possibilitando o acesso ao
latente (inconsciente) por meio
material reprimido.
de seu discurso.
Neutralidade.
Contratransferência.
Mesmo que a relação em si seja
É a contrapartida da
sabidamente terapêutica, para que
transferência O entendimento
expresse da melhor maneira a
e o manejo desse instrumento
dinâmica psíquica do paciente, o
requerem, no entanto,
analista precisa se oferecer como
conhecimento pessoal e
receptáculo dos conitos: uma tela (que
treinamento técnico para que
já não está em branco) em que o
os conitos internos do
mundo interno do paciente vai sendo
terapeuta possam interferir
pintado gradativamente por ele e pelo
minimamente.
analista.
 CONCEITOS BÁSICOS
Interpretação.
É a ferramenta principal do analista. Seria possível dizer
que a finalidade básica da interpretação segue a um
pressuposto presente desde os primórdios da psicanálise:
tornar consciente o inconsciente.
Aliança terapêutica.
É a capacidade do paciente de estabelecer uma
ligação de trabalho com o terapeuta, incluindo sua
motivação em colaborar e sua capacidade de
participar ativamente do processo. É dependente
dos laços afetivos do paciente com o terapeuta, do
acordo mútuo nas tarefas objetivas e do papel do
terapeuta como um ouvinte empático.

A partir da fundamentação teórica e da utilização da técnica, na prática, uma terapia

analítica vai investigar a causa das queixas que trouxeram o paciente a tratamento, a partir
de sua história de vida, seus sentimentos, suas fantasias e sua forma de se relacionar.
Ao mesmo tempo, a utilização da relação terapêutica como ferramenta e a busca de sua
compreensão profunda permitem elaborações e desenvolvimentos que não são possíveis
em outros tipos de terapia.
 Fundamentos da Psicanálise
SILVA, Paulo José Carvalho da. “Sigmund Freud e os fundamentos
da psicanálise”. In: História das ideias psicanalíticas. Marina Massimi,
Daniela Leal, organizadoras. São Paulo: edições Loyola, 2019.

Comp: GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. "FREUD e o insconsciente". Rio

de Janeiro 1985, 29º reimpressão ZAHAR
Inconscientes
das Unbewusste
Alemão Christian Wolff (1679-1750) - Consciência como
representação de si mesmo. Inconsciência como algo
sentido mas não refletido.
Gottfried Wilhelm Leibniz (1646 - 1716) Defendia a
existência de percepções de cognição não clara.
Influenciando em indecisões e confusões.
Immanuel Kant (1724 - 1804) - O homem tenta entender
o universo através de representação, mas apenas
pequena parte delas é clara.
 Inconscientes
das Unbewusste
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) - Acreditava que o
ser humano não podia ficar por muito tempo consciente,
necessitando voltar à consciência.

Noção Romântica do inconsciente como o retorno de si

mesmo, criatividade, fascinante e ameaçador.

Para Arthur Schopenhauer (1788 - 1860) - A consciência é

apenas uma representação da verdade humana
inconsciente. Vontade é primordial, intelecto secundário.
Viveríamos em uma luta constante entre intelecto e
vontade.

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) - Pulsões são a força da vida, de dentro para fora.
Consciente é um comentário sobre o texto inconsciente, talvez incognoscível, mas
verdadeiramente sentido. Consciente é uma doença perigosa.
 Vienna
Centro intelectual e cultural, que sofre uma
reurbarnização em meados do seculo XIX

Contexto cultural que valorizava

a pedagogia, as humanidades e a ciência.

Antropologia etnografia e arqueologia

13 Nacionalidades
12 línguas sendo 6 oficiais

Alta burguesia X Antiga aristocracia

 Sigmund Freud
Neurologista e Psiquiatra Austriaco

Apaixonado pelas humanidades

Letras, História e culturas antigas
1885- Bolsa de estudos para estudar com Charcot
1886- Casa com Martha Bernays 1861- 1951
1895- Estudos sobre a histeria (Anna O)
1899- Lança "A interpretação dos Sonhos" (1900)
1903-Começa a lecionar na faculdade em angariando seguidores.
1856-1939
Se mantém atendendo os pacientes até 2 meses antes de falecer,
quando já não suportava as dores provenientes do câncer na
boca.