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A ESCUTA ANALÍTICA NO TRATAMENTO DA PSICOSSOMÁTICA:

UM ESTUDO DE CASO DE ALERGIA INFANTIL.

ANALYTICAL LISTENING IN PSYCHOSOMATIC TREATMENT: A


CHILD ALLERGY CASE STUDY.

Cássia Cardoso da Silva


Valdeni Terezinha Soares da Silva
Dacir Martins

RESUMO: Esta pesquisa cientifica objetivou analisar o modelo da psicossomática associado


a prática da psicanálise.No mundo contemporâneo a família nuclear não é mais o padrão de
solidez do passado, cabendo a vários profissionais o cuidado de partes do desenvolvimento
individual e de saúde da criança, vários estudos nos mostram que no momento que o saber
médico não alcança uma explicação, a solicitação da intervenção do psicólogo abre a
possibilidade de uma causa psíquica estar determinando o sintoma. A mente está em todo o
corpo que se torna morada do sujeito e se desenvolve em sua totalidade, este se comunica
muitas vezes através da doença, apresentando-se, como um dos motivos que fundamentam
nosso interesse pela temática. Esta pesquisa foi realizada no âmbito do estágio em
psicologia clínica, dentro da abordagem de orientação analítica na visão de D.D. Winnicott,
na clínica escola do serviço de Psicologia da Universidade Nilton Lins, SEPA; tem como
objetivo de analisar a eficácia da psicoterapia no tratamento da psicossomática infantil. Os
resultados indicam a eficácia da psicoterapia ao tratamento da psicossomática infantil
através das técnicas e estratégias interventivas que visou sustentar o paciente para
enfrentar sua realidade e dar novos significados. A conclusão indica a diminuição dos
sintomas do paciente de alergia de pele que afetam sua vida pessoal e social. Neste sentido
o estudo buscou fazer uma interface entre teoria e prática.

Palavras-chave: Clínica. Psicossomática. Psicanálise. Pele.

ABSTRACT:Thisprojectfocusesonpsychosomaticsassociatedwiththepracticeofpsychoanalysi
s. In thecontemporary world, the nuclear familyis no longerthe standard ofsolidity in thepast,
withseveralprofessionalstakingcareofpartsofthechild's individual andhealthdevelopment,
severalstudies show usthatwhen medical knowledge does notreachanexplanation, the The
psychologist'srequest for intervention opens upthepossibilitythat a psychic cause
isdeterminingthesymptom. The mindis in thewholebodythatbecomesthesubject's home
anddevelops in its entirety, thelatteroftencommunicatesthroughillness, presentingitself as
oneofthereasonsthatunderlieourinterest in thesubject. Thisresearchiscarried out
withinthescopeoftheinternship in clinicalpsychology, withintheanalyticalorientation approach
in theviewof D.D. Winnicott, attheclinicalclinicofthePsychologydepartmentat Nilton Lins
University, SEPA; aimstoanalyzetheeffectivenessofpsychotherapy in
thetreatmentofchildpsychosomatics. Throughinterventionaltechniquesandstrategies, it
willaimtosupportthepatientto face his reality andgive new meanings,
withtheultimategoalofminimizingthesymptomsthataffecthispersonaland social life. In
thissense, thestudyseekstomake na interface betweentheoryandpractice.
Thisresearchwillbeapplied, with a qualitativeapproach, being a case study,
withtheparticipation (01) childwithsymptomsofskinallergyandits
treatmentthroughthepsychoanalytic approach.
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Graduada em Psicologia pela Universidade Nilton Lins AM-Manaus.E-mail:casiaa@live.com
Orientadora temática: Me. Valdeni Terezinha Soares da Silva
Orientador metodológico: Esp. Dacir Martins de Castro
Keywords: Clinic. psychosomatics. psychoanalysis. skin.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho teve por objetivo analisar a escuta analítica no tratamento


da psicossomática de alergia e a relação com o sintoma físico analisado a partir da
perspectiva de D. D. Winnicott. O interesse pelo tema surgiu a partir da devolutiva
dos atendimentos realizados na clínica escola e devolutiva realizada pelo
responsável do paciente e pelo paciente que em seu relato trouxe adaptações
comportamentais e físicas como afirmação do processo terapêutico.
O corpo como morado do self, o ser humano como uma unidade e o
desenvolvimento saudável da mente como continuidade da existência são
estudados pela psicanálise considerando o indivíduo em sua totalidade. O
desenvolvimento da mente vai ser possível no meio ambiente que se adapte às
necessidades do psique-soma.
A inter-relação entre psique e soma foi analisada como defesa
psicossomática, um pedido de socorro e uma esperança para evitar a loucura ou a
morte, recorrendo a tendência de integração e personalização como aspectos
básicos do crescimento, conceitos fundamentais na obra de Winnicott.
Na metodologia foi utilizada técnicas de intervenções lúdicas, o brincar,
desenho e a caixa individual, anamnese, análise de protocolos de atendimentos e o
jogo como ferramenta de expressão para analisar pensamentos originados de
conflitos internos.

2 PSICOSSOMÁTICA E PSICANÁLISE

Para a teoria psicossomática o movimento biológico e psiquismo abrange a


relação entre o psiquismo e o somático composto pelo sistema nervoso central e a
relação com a imagem que cada um tem de si mesmo, a mesma surgiu do campo
da neurologia que mostra que o entendimento das manifestações nos pacientes
estudados não se baseava apenas na fisiologia e na neuropatologia, mas também
na psicologia.

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Conforme Volich(2000) em 1923, Freud destacava a importância de tal
movimento com os estudos de histeria no século XIX, que fizeram com que vários
médicos da época questionassem a veracidade dos sintomas apresentados pelos
pacientes, este olhar fazia parte do reducionismo anátomo-fisiológica sendo a sua
maior oposição e Freud buscou compreender tais questões através da hipnose
juntamente a um dos seus mestres Charcot que colocava em questão o
reducionismo médico e colaborou no quadro de escola de psicossomática de paris
que se tornou a matriz da abordagem do adoecimento somático no campo
psicanalítico.
Conforme Peres, Coropreso e Simanke (2015), em 1891, Freud na
suaprimeira formulação de “uma teoria da representação”, diz que está, tem
conteúdos de traços mnêmicos da experiência do sujeito, como consequência das
organizações dos estímulos externos. Portanto as representações são produções
mentais complexas e não uma cópia da realidade, e está ligada a um objeto
ausente, que se faz presente nos levando ao fundamento da metapsicologia. Esta
contribuição para a psicologia moderna é a separação estabelecida entre
representação e consciência.
Sobre isto Ávila (2012), afirma que, a medicina daquela época fazia parte do
método cartesiano, que dissociava mente e corpo, dando origem às ciências da
natureza e ciências humanas. Neste ambiente nasce a Psicossomática, através do
psiquiatra Johann H. E a partir de 1917, a psicanálise é incorporada e aplicada nos
processos orgânicos do adoecer, ao longo desse período trabalhos de autores
importantes como D.W. Winnicott, Lacan, e outros, demonstram como os processos
inconscientes influência nas funções corporais, ativando doenças, tornando conflitos
psíquicos em sintomas.
Debray (1995) apoia-se na teoria psicanalítica e faz referência ao que chama
de “o princípio evolucionista” chamado por Pierry Marty, que insiste na organização
progressiva das funções do desenvolvimento do indivíduo a partir da infância que se
integram na evolução libidinal cujo eixo mental se desenvolverá, podendo afetar o
curso da vida, pontos de fixação que possibilitaram fases posteriores de evolução do
sujeito. A intensidade e o número de ponto de fixação que o sujeito se constitui

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regressivamente acionado pelo sentido de organização no início da vida e os
movimentos inversos dão lugar as marcas singulares.
Deste modo, Volich, Ferraz e Arantes (1998) diz que o sintoma
psicossomático se origina da descarga libidinal que tem uma função econômica de
gestão das excitações e da angústia que não possui um significado simbólico que se
apresenta no trabalho analítico como resistência. Por isso, compreender os destinos
da pulsão no organismo e suas possibilidades de descarga durante o
desenvolvimento individual e nas relações pessoais nos dá respostas para o sintoma
que não sessa.
A escuta psicanalista através do método da interpretação alcança o sujeito
fragmentado por forças, pulsões, pensamentos, sonhos, sintomas construindo outros
sentidos próprios do desejo. Winnicott citado por Silva e Pinheiro (2010)
compreendeu de maneira mais ampla em seguida quando diz que o paciente
psicossomático deve ser recebido na sua totalidade, em suas expressões passíveis
de integração. Desta forma, podemos compreender o paciente na cisão a psique e
soma e a pulsão relacionada a angústia de desprazer por ser incompatível com o
ego e recalcada.
Sobre isto, Volich Ferraz e Arantes (1998) diz que a relação com o outro
possibilita a linguagem, o desenvolvimento do aparelho nos primeiros anos de vida.
O ego não está formado, portanto, caracteriza-se pela falta das relações objetais.
Esta fase é chamada de anobjetal todo o investimento libidinal do bebê é feito no
seu próprio corpo satisfazendo suas pulsões parciais através das zonas erógenas
correspondentes essa satisfação em si é o narcisismo primário que é mantido pelo
amor dos pais, se potencializa pela onipotência que se encontra no narcisismo que
nasce no bebê.
O desenvolvimento normal caminha para um equilíbrio da dinâmica e de um
organismo permanente solicitado pelo ambiente e por respostas primitivas antes não
elaboradas. No início da vida o corpo do bebê se apresenta como um não controle
sobre si mesmo, rompendo com a ilusão onipotente que gera um mal-estar e
sofrimento que se apresenta na clínica como algo velado, não localizado, onde o
espaço da fala proporciona o encontro com sua parte inconsciente e mostra o que
este deseja de acordo com Gomes e Prochnno (2015).

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Conforme Souza, Sei e Arruda (2010) no início da vida o bebê é dependente
totalmente, sua imaturidade é compensada pela presença da mãe, a relação mãe-
bebê é benéfica para a apresentação do mundo à criança e, construção da sua
subjetividade. Um meio ambiente satisfatório permite a introjeção da presença da
mãe que será acompanhada em momentos de separação e solidão real. No sintoma
acontece uma insistência pela integração da psique com a soma, como defesa
contra a ameaça de perda da união psicossomática ou despersonalização. Se a
relação psique soma não acontece de maneira saudável o self não se integra.
Sobre isto Cordeiro e Ortiz (2015) afirma sobre a pele como função reflexiva
decorrente do cuidador que possibilita uma integração efetiva do self que é
internalizada a partir da continência, ou seja, a capacidade de expressar os
sentimentos da criança e não os seus. A pele tema função de proteção, sustento e
ligação sensorial, frio, calor, dor e etc..., estas percepções têm início precoce através
das primeiras experiências de cuidado que o bebê para os pais.

3PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa foi um estudo de caso, com abordagem qualitativa. O


participante é um paciente do sexo masculino, criança com idade de 9 anos que
atendeu os critérios diagnóstico de psicossomática de alergia de pele, e procurou
atendimento no serviço de psicologia Aplicada do SEPA da Universidade Nilton Lins.
Este estudo foi aprovado no Comitê de Ética através do parecer:
34358620.0.0000.5015.
O participante aceitou assinar o termo de consentimento livre e esclarecido,
bem como sua responsável. Os instrumentos utilizados nesta pesquisa foram:
entrevista inicial com os pais, anamnese, análise dos prontuários produzidos na
clínica, hora do jogo diagnóstica e caixa individual.
No que se refere a entrevista inicial, Almeida e Costa (2016), esta entrevista
tem a presença do investigador como parte importante e oferece as perspectivas
necessárias para que o entrevistado se sinta livre, e use sua espontaneidade e
enriqueça a investigação, assim o entrevistador tem os objetivos demarcados desde
o início da pesquisa.

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Em seguida, sobre a hora do jogo Affonso (2011), nos diz que é um
instrumento de investigação ao qual o terapeuta por meio do brinquedo estabelece
um vínculo com seu paciente e visa o diagnóstico de sua personalidade. O brincar
proporciona a criança se tornar criativa, ativa e se relacionar com outros, isto a faz
feliz e por isso bondosa e solidária com o próximo, desenvolve potencialidades,
compara e analisa, associa, mede, conceitualiza, deduz, classifica e favorece o
equilíbrio físico e emocional. É uma técnica projetiva e expressiva fundamentada nos
princípios de associação livre.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo serão apresentados os resultados e discussão de maneira


descritiva, com o objetivo de analisar a eficácia da escuta analítica no tratamento
psicossomático de alergia de pele em um paciente infantil do sexo masculino com
diagnóstico de dermatose.
O material coletado recebeu tratamento seguindo os aspectos da análise de
conteúdo. De acordo com Bardin (2011), a categorização é feita a partir da
classificação de elementos que fazem parte do conjunto e a analogia com critérios
definidos, as categorias reúnem um grupo de elementos feito em razão dos
caracteres semânticos dos elementos e os objetivos, bem como a investigação de
cada um deles. As informações coletadas foram divididas em Categorias e
Subcategoriasapresentadas a baixo.

3.1 História pregressa e atual

A mãe relata que a gravidez de Alejandro não foi desejada, pois tinha pouco
menos de um ano do nascimento de seu irmão mais próximo, seu casamento estava
prestes a terminar devido traições e agressões do marido, no entanto a necessidade
financeira fez com que a mãe continuasse no casamento apesar dos conflitos.
Ao descobriu a gravidez com cinco meses, em seguida diagnosticada com
câncer na tireoide, seu estado econômico era instável com plano de saúde, tendo
que realizar o tratamento após o nascimento de Alejandro em outro estado, esta

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seguia preocupada com gravidez até o momento de dar à luz, neste momento os
outros filhos mais velhos estavam cursando o ensino superior e o filho mais novo
recebia cuidados de uma babá.
Seu marido que passava muito tempo viajando a trabalho, estava em São
Paulo voltando logo após a notícia do trabalho de parto de Alejandro. Segundo o
relato da mãe o pai se mostrou presente, lhe auxiliando nos cuidados e atenção com
o bebê sem alterar nenhum plano da família, no entanto o pensamento de
preocupação da mãe em relação aos cuidados com os bebês que estavam com
idades aproximadas permaneceu. O bebê nasceu com o cordão umbilical enrolado
no pescoço correndo risco, mas, em tempo de receber as devidas intervenções.
O bebê foi amamentado até os quatro meses de idade tendo que se afastar
da mãe pelo fato da adesão ao seu tratamento de quimioterapia, ficando sob os
cuidados da babá, após este período houve a separação dos pais e os conflitos
onde os filhos presenciavam a agressões do pai para com a mãe, após a separação
foi decidido recorrerem à justiça para pagamento da pensão que segundo a mãe não
foi realizado, no entanto os filhos passavam o final de semana na casa do pai, onde
ocorreu o espancamento de seu irmão mais velho, pois este não obedeceu a um
chamado do pai para subir até o apartamento.
Após esse fato a mãe deu parte a delegacia contra o pai e observou
comportamentos de agressividades dos irmãos principalmente quando ouvem
assuntos relacionados ao pai como quando a mãe pede para que os dois irmãos
orem pela vida dele e o perdoe, procurou atendimento no serviço com tais queixas.
Atualmente Alejandro cursa o 5° do ensino médio, sendo um aluno exemplar na
escola, mantém bom comportamento com os professores e colegas, obtém notas
boas, com mérito a honra, é expressivo, comunicativo e afetuoso.

3.2 Escuta analítica no tratamento psicossomático de alergia, fatores


ambientais: Análise dos protocolos de atendimento.

No desenvolvimento inicial da vida o bebê este depende de um suprimento


ambiental satisfatório para que facilite as tendências individuais, este ambiente que
é a mãe torna possível a formação continua do self no bebê. O ambiente acolhedor

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proporciona ao bebê possibilidade de crescer em direção a saúde, no entanto, o
ambiente que falha no início do desenvolvimento, provavelmente levara ao
desequilíbrio e a doença.
Winnicott (2005) em sua obra “A família e desenvolvimento individual” afirma
que os primeiros anos de vida tem lugar importante na evolução da personalidade
não podendo ser ignoradas pelo seu significado. Existe algo na mãe do bebê que a
torna única para proteger seu filho nesta fase de vulnerabilidade, a mãe tem a
capacidade para se relacionar com o pai da criança e com a família logo com a
sociedade.
O mesmo autor continua ao afirmar que por volta de um ano a criança já tem
desenvolvido os rudimentos de uma mente, que difere da psique. A psique está
ligada à soma e ao funcionamento corporal, ao passo que a mente depende
daquelas partes do cérebro (filogênese).
A mãe se adapta as necessidades de seu filho para que este se desenvolva
sem distorções, mas com a possibilidade de ser malsucedida nessa adaptação, isso
ocorre devido à mente e os processos intelectuais da criança tornarem-se capazes
de levar em conta e permitir tais falhas. A mãe é dependente dos processos
intelectuais deste, e são eles que aos poucos a fazem retomar sua vida própria,
assim será possível aliar-se a mãe e reduzir parte de suas funções.
Agora são expostas falas da mãe do paciente durante a primeira entrevista de
anamnese, sobre seus pensamentos durante o período da gestação, ansiedades e
os cuidados após o nascimento de Alejandro.
As falas foram retiradas das duas sessões de coleta da anamnese: Meu filho
é um garoto bom, no entanto quando está com o irmão não dão certo, os dois
brigam muito, e o mais velho bate muito nele. Fico preocupada, pois ele não tem
reação contra os ataques, sei que Alejandro é muito mais forte por isso sempre fico
atenta para que uma tragédia não ocorra se ele revidar contra o irmão (sic).
Desde que eles foram espancados pelo pai as agressões entre os dois
ficaram mais constantes, não sei o que fazer. O irmão foi o mais agredido pelo pai,
(apresenta as imagens que tem em seu celular dos hematomas) no momento da
confusão Alejandro ficou em desespero e gritava para que o pai parasse de bater no

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irmão. Desde então eles não se dão bem, entrei na justiça para que o pai pague as
dívidas da pensão, mas até agora ele não nos ajudou em nada.
Eles sentem raiva do pai, não querem vê-lo, no momento de oração eles não
rezam em nome do pai, digo para que o perdoem, mas eles não aceitam (sic).
Quando soube da gravidez de Alejandro já estava com cinco meses de gestação
não era esperado pois o irmão tinha um ano de diferença, neste momento havia
decidido que não iria mais me importar com as traições do pai, ele sempre me traiu e
foi agressivo, então continuei a vida, no entanto após a gravidez tive que viajar e
deixá-lo sob cuidados da babá. Isso me deixou bastante preocupada.
Ele mamou por pouco tempo, não lembro exatamente, por volta de quatro
meses, ele nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço, nenhuma outra
complicação.
Andou antes de inteirar um ano de idade, engatinhou por volta de quatro
meses, sempre foi durinho, sustentou a cabeça, fala corretamente, sempre contei
historinhas na hora de dormir.
Começou a frequentar a escola com três anos, na hora de dormir ele sempre
se encolhe como se fosse uma preguiça e dorme bem rápido, se eu tiver do lado ele
dorme em qualquer posição, tem certa carência da minha atenção. Acho que ele vai
gostar muito de você, pois você lembra a irmã dele, que mora atualmente no rio de
janeiro, ela é formada e eu sempre digo que ela é o exemplo que eles têm a seguir,
sempre digo que as escolhas são deles de serem pessoas bem-sucedidas ou não...
mas, ele é aluno nota dez na escola, ganha medalha de honra, sabe, eu me esforço
muito para cuidar deles, quase não cuido de mim para dá o necessário a eles, me
sinto cansadas as vezes.
Nós vendemos água e refrigerante aos finais de semana na feira de carros,
me viro com eles como posso, o pai não ajuda em nada, nos trocou e abandonou
por outra mulher, e isso é o que mais os deixam revoltados, Alejandro não gosta de
injustiça.
Acho que o que mais causa revolta neles é saber que o pai tem condições e
não nos ajuda e não faz questão de vê-los, em uma audiência, ele pediu desculpas
dos meninos e Alejandro disse que o perdoava se ele se ajoelhasse e pedisse
desculpas da mãe e do irmão.

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Winnicott (1985) em sua obra “A criança e o seu mundo”, afirma que a vida de
uma mulher recebe interferências causadas pela chegada de uma criança, e o
trabalho árduo pode gerar repulsa se levado como algo técnico, se durante a
gestação esta mulher não deseja o bebê dentro de si, não evitara a infelicidade.

3.3 Relação da psicossomática e o sintoma: estado emocional

Sabemos que para tratar uma criança o analista deve ter uma serie de
conhecimentos que não lhe exige analisar adultos, como habilidades para fazer o
que o paciente lhe pede no setting terapêutico se este estiver elaborado sua
angustia de castração e admitir seus desejos, caminhando em busca da
espontaneidade e criatividade com o objetivo de não impedir o vínculo que será
estabelecido. Após a primeira entrevista, o encontro com o paciente foi de maneira
livre para que ele se sentisse à vontade no consultório. O paciente inicia entregando
a terapeuta um origami, como estabelecimento da relação terapêutica.
Conforme Aberastury (1982) é frequente que algumas crianças tragam de
casa algum brinquedo ou objeto de sua casa como demonstração de algo de sua
vida familiar. É permitido que a criança deixe no setting terapêutico ou que leve de
volta para sua casa se assim desejar, sendo interpretado seu significado a partir de
sua decisão. Podemos observar que o origami foi entregue a terapeuta como início
de um vínculo estabelecido por ele de aceitação de seus conteúdos internos e de
tentativa de transformar o setting em seu lar.
Alejandro nas primeiras sessões não falava abertamente sobre seus conflitos,
seus conteúdos persecutórios e o ego em formação impedia o contato com as
angustias, para conter essa descarga foi utilizada a escuta clínica e o
estabelecimento da aliança terapêutica para alcançar a comunicação pré-verbal, foi
permitido que Alejandro brincasse com o brinquedo de sua escolha e no final iriamos
arrumá-los no mesmo local. A seguir, trechos da fala do paciente em uma das
primeiras sessões:
Ao ser apresentado a sala da ludoterapia, Alejandro fica encantado com
vários brinquedos, logo pega os animais de fantoches, e verbaliza estar triste após
uma briga com o irmão.

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Pega o jacaré e a onça e convida a terapeuta.
P: tia, vamos brincar de teatro?
T: sim, vamos.
A cena se passa em dois momentos, o primeiro na era-pré-histórica onde os
animais não eram amigos, brigavam entre si, pois a linguagem daquela época era
por sinais o que dificultava a compreensão entre eles que acreditavam que um
queria destruir o outro, no segundo momento que acontece na era moderna, a
linguagem verbal é usada pelo jacaré que diz a onça que não era seu inimigo e que
todos faziam parte da mesma família.
Pode-se observar que Alejandro traz inicialmente a dificuldade na
comunicação com o irmão, através da dramatização em que realiza seus desejos de
se transformar em tal animal, e seu objetivo é entrar em harmonia através da
conversa deixando de lado a forma agressiva que os dois mantêm.
Conforme Winnicott (1975) em sua obra “O brincar e a realidade” o impulso
criativo é algo como uma coisa em si, natural da existência que se inclina de
maneira saudável para algo que realiza desde o ato de chorar ao ato de criar um
som musical. Este estabelece um vínculo entre o viver criativo e o viver
propriamente dito, se, por exemplo, o viver criativo desaparecer o sentimento que o
indivíduo tem é de que a vida é real ou significativa pode desaparecer.
Pode-se observar que o ambiente em que o paciente revive suas angustias
de destruição no campo analíticotraz à tona seus impulsos de destruição oriundos
de conteúdos primitivos, em que o objeto de destruição (seio), em que este
sobrevive e em seguida pode fazer a reparação na fase da dependência. Na
brincadeira o paciente recusa ser agressivo com o outro personagem, no entanto,
pode achar outros meios para solução de seus conflitos por meio da conversa.
De acordo com Winnicott (1975) é o impulso destrutivo que cria a qualidade
da externalidade, é a partir da destruição do objeto na fantasia a sobrevivência é
sentida como tal, fortalecendo o sentimento de constância objetal. O objeto agora
pode ser usado. Isto acontece se o paciente puder usar o analista para que adquira
através do vínculo tal capacidade. Para entender as necessidades do paciente o
analista deve conhecer sobre sua própria sobrevivência e sua destrutividade, essa

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destruição torna-se pano de fundo para o amor a um objeto real, fora da realidade
onipotente do sujeito.
O paciente se mostra passivo com relação às agressões do irmão, pois para
ele a agressividade se volta para o próprio corpo como expressõesansiogênicas da
falha da integração de elementos motores e sensoriais, ou seja, durante seu
narcisismo primário, este processo acontece na fase da integração chamado de
personalização.
De acordo com Abadi (1998) na personalização que significa integração
psicossomática ou que a psique vive na soma, desta forma a criança possui um
dentro e um fora e um esquema corporal. Esta acontece através do Handling ou
manipulação, sem a assistência corporal ativa e satisfatória é provável que se torne
difícil realizar internamente a tarefa de instaurar o desenvolvimento de uma inter-
relação psicossomática.
Integrar os componentes psíquicos e somáticos das experiências emocionais
posteriormente inclui a orientação espacial e noção do tempo, isto requer cuidar
dobebê não como um boneco, mas como uma pessoa para que realize internamente
seu desenvolvimento em fase de invasões externas traumáticas e contenha
invasões pulsionais.
Em outro momento da sessão o paciente demonstra estar triste, pois sua mãe
faz uma crítica pelo árduo trabalho de cuidar integralmente dos filhos e o pai não
ajudar nos custos financeiros, o sentimento de injustiça permeia o tema do setting, a
baixo trecho da fala do paciente.
T: como você está se sentindo?
P: triste, minha mãe não consegue comprar nada para ela e, me sinto ruim, queria
que ela viajasse. Fizesse algo para ela! Ouvir dizer que meu pai está pedindo na
justiça dinheiro dela. Não sei o motivo. Mas, está marcado o dia da audiência para
semana que vem, estou preocupado com isto. Em seguida pega o papel e o lápis de
cor e faz um desenho número 1.
T: você pode me dizer o que é cada parte do desenho?
P: aqui é minha casa, uma porta, uma janela. Na janela tem uma onça.

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T: quem seria a onça? P: minha mãe, que sempre protege a mim e meu irmão, a
cima tem uma montanha e uma ponte para a passagem até a montanha. Pela ponte
atravessamos um rio.
T: sua mãe lhe protege de quem?
P: da minha irmã que é muito chata e do meu pai.
Percebemos que ao desenhar a casa que representa suas emoções vividas
diante do ponto de vista social e grau de abertura ou reclusão do seu ambiente,
começando pelo tamanho da casa de tamanho médio, uma porta do tamanho
pequeno que mostra que o paciente tem dificuldade de convidar pessoas para seu
ambiente de vivências, o momento presente em que se passa o desenho, as portas
com fechaduras mostram a defesa contra suas ansiedades persecutórias
relacionadas ao que ouviu do pai, que está esperando a audiência.
Na janela a onça representa a mãe e sua proteção contra um pai agressivo e
a irmã que briga por tudo, a ponte que segue para montanha que representa a
busca de sua estabilidade, como seus sonhos de crescer e poder sair de casa,
atenção é tomada para o rio que passa próximo a montanha representando sua
ansiedade. O ambiente familiar tem muita influência na vida emocional do paciente,
ao qual se ver rodeada de instabilidade e agressividade. Podemos observar na fala
do paciente quando diz que queria que a mãe tivesse um tempo só para ela, como
sentimento de peso pelo fato da mãe se dedicar em excesso ao ponto de esquecer o
seu próprio momento sozinha.
Conforme Winnicott (1985), a maternidade tem que ser algo prazeroso, ao
ponto de não se sentirem como responsável pela vivacidade do bebê, o excesso de
preocupações em não deixar a criança passar por certos momentos que não
passam de suas reações e que a todo custo tentem tranquiliza-los podem deixar
fugir sensações de que elas próprias querem viver.
Conforme Volich (2000) o aparelho psíquico exerce a função de assimilação e
elaboração de estímulos proveniente da realidade externa e do meio interior, ele traz
na sua constituição, as marcas daquelas experiências com outros humanos que o
instituíram, marcas de satisfação e de frustração, de dor e de prazer, de amor e de
ódio.

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3.4 Processo Ludoterápico: Formação simbólica e integração.

Foi apresentada a caixa lúdica para o paciente, esta continha alguns objetos
de uso de seu interesse, de acordo com as perguntas iniciais de terapeuta sobre o
que ele gostava de fazer, dentro da caixa estavam lápis de cores, massa de
modelar, caderno para desenhos, tintas guaxes e pincéis.
Aberastury (1982) em sua obra Psicanálise da criança, a primeira atitude que
a criança tem frente a caixa lúdica nos diz sobre sua ação com relação ao mundo e
o grau de inibição de jogo que é o índice de gravidade de sua neurose. Podemos
observar a fantasia inconsciente de enfermidade e de cura e como ela aceita e
rejeita o papel do terapeuta. A caixa individual assume grande importância à medida
que a criança vai manuseando o que há dentro dela através do jogo de suas
fantasias inconscientes e defesas conectadas.
O terapeuta é alvo das fantasias, e o paciente externaliza o que acontece em
seu mundo interno ao projetar na atualização da transferência.
Observamos que o material que a criança trouxe mostra na primeira hora que aceita
o tratamento e aceitação do vínculo com a terapeuta, como mostra os trechos da
fala do paciente a seguir:
Foi apresentadoao paciente a caixa lúdica bem como os cuidados desta.
P: nossa! Que legal... ela tem vários animais desenhados, amo animais.
T: você pode colocar seu nome se quiser.
P: Vou colocar meu nome e o seu nela... Abraçando.
T: dentro dela tem alguns objetos para você criar e brincar fiquem à vontade.
P: vou pegar as massinhas. Fazer os super-heróis, os vingadores. Assim que
começou a cria-los, pergunta a terapeuta: a senhora sabe qual o personagem estou
criando?
T: ainda não sei...
P: ele se transforma por fusões.
T: acho que sei quem é, o Incrível Hulck?
P: sim. Acertou! Gosto muito dele porque se transforma.
T: que legal esse poder, de transformação.

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P: a senhora sabia que estou muito bem, pois meu irmão pediu desculpas e agora
vivemos sem brigas.
T: todos nós temos um tempo para se sentir à vontade e pedir desculpas, parece
que esse é o momento do seu irmão.
P: sim, queria que meu pai também nos pedisse desculpas de tudo que fez com a
gente. Porém ele não faz isso, mas, tudo bem.
T: e como você se sente?
P: sinto ódio por ele não pagar pensão, ter mentido para a gente.
T: E o que você deseja fazer?
P: crescer como o incrível Hulk, e me defender dele.
T: compreendo, no entanto, assim como o incrível Hulk, será que você pode
transformar esse sentimento?
P: sim!A gente pode ser o que quiser.
T: muito bem, o incrível Hulk faz o que com os poderes que tem?
P: ele ajuda seus amigos e os protegem.
T: e você gostaria de fazer o que com seus poderes?
P: vou ajudar minha família, minha mãe, amigos e irmãos e os proteger. Na próxima
sessão irei fazer a viúva negra que parece com você...
Podemos observar que o paciente através da criação consegueexternaliza
seu conflito inconsciente e ansiedade que experimentou ao nascer, na sua fantasia
de cura ele expressa o desejo de modificação do mundo exterior real e seu desejo
de curar a compulsão a repetição, o paciente espera do terapeuta que este não seja
persecutório como os primeiros objetos introjetadospor ele.
Este fora carregado de frustração, e medo. Os objetos amados trazem no paciente a
possibilidade de cura a quem atribui também ao terapeuta, ao receber a caixa lúdica
que representa seu mundo interno e objeto amado (útero da mãe), abraça com
carinho e coloca o nome dele e da terapeuta como parte de sua vida interna
conferindo a terapeuta atributos necessários para curá-lo.
Conforme Aberastury (1982) afirma que é importante que o terapeuta assuma
seu papel, isto ajuda o paciente a ir fazendo consciente o que mostrou como
fantasia inconsciente. As tendências de reparar levam ao processo de recordar a

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maneira para consertá-lo afastando do paciente a negação de seus desejos de
destruição.
Sobre isto Winnicott (2005) o impulso criativo é inato quando correspondido
pela realidade externa, toda criança tem que recriar seu mundo pouco a pouco, à
medida que o mundo for se apresentando, nos momentos de atividade em que a
criança procura o seio, cria esse seio, este depende da adaptação do papel materno
ás necessidades da mãe.
Observamos que Alejandro ao criar o personagem da liga dos vingadores,
externaliza seu desejo de fazer justiça e vingança contra ao pai, neste momento ele
tem a possibilidade e o espaço transicional entre a terapeuta que permite e contém
seus impulsos destrutivos, como forma de simbolização desta angústia.
A escolha pela massa de modelar lhe dá a possibilidade de crescer, e se
transformar em um homem a altura do pai, este o une ao objeto por tempo
determinado, até que possa recriar em outro personagem, após a destruição
inconsciente do pai Alejandro esta buscando pelo amor do mesmo que se faz
inacessível comunicando-se através do fenômeno psicossomático. Um efeito
orgânico em relação a perda da função paterna, abandono, ou separação da pessoa
amada, afinal o que se deseja destruir é também o que se ama. Em outro momento
Alejandro retoma o uso da massa de modelar e expressa seu desenvolvimento
durante a psicoterapia.
P: vou fazer a viúva negra. E o capitão América.
T: o que faz a viúva negra na liga dos vingadores?
P: ela equilibra o capitão américa, ela também tem uma força que mantém eletrizado
quem ela toca. Estou fazendo aqui a força dela...
O paciente finaliza mostrando o caminho da força que é ligada entre ela e o
boneco do capitão América. Pode-se observar que o jogo de criação com a massa
de modelar proporcionou um feito importante na identificação e na introjeção de
novos conteúdos integrativos de seu self. A brincadeira só foi possível com cada
uma das funções corpóreas de Alejandro que se coloca como urgência, o corpo
erógeno é integrada ao corpo fisiológico através da ligação entre a viúva negra e o
capitão América, que se torna o corpo real e imaginário e se completam superando
as falhas maternas através da fantasia e da linguagem.

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3.5 Psicodiagnóstico

Conforme Ancona-Lopes (2013) o psicodiagnóstico no contexto investigativo e


avaliativo tem os próprios movimentos transferências e contratransferenciais como
dados a serem recolhidos, portanto, é importante que no decorrer das entrevistas o
psicólogo compreenda o que paciente lhe transfere e o que lhe provoca, o psicólogo
intervém no presente, pois os sofrimentos e angustias que o paciente traz o mobiliza
para pedir ajuda imediata.
Notamos que a primeira entrevista realizada com a mãe fora permeada de
fantasias de cura dos conflitos que os filhos mantinham, o mesmo aconteceu com a
relação subjetiva do objeto que a criança estabelece com a terapeuta que foi capaz
de elucidar uma comunicação significativa de seus conteúdos e problemática.
Ancona-Lopes (2013) a devolutiva parcial realizada com o responsável nós
traduz o movimento transferencial, por meio da sua criatividade originaria,
justamente onde a mãe se coloca a serviço do objeto subjetivo necessitado, este
será evidenciado nas primeiras sessões por meio da relação transferencial.
Portanto, na primeira devolutiva parcial, a mãe de Alejandro anunciou o que
era de conclusão do psicodiagnóstico, a problemática central, que Alejandro
precisava elaborar a integração da Psique no soma, e a simbolização como meio de
sublimação da posição depressiva e capacidade de reparação, a fim de tolerar suas
frustrações, na personificação as imagens se aproximam dos objetos reais, o
acolhimento de suas necessidades primarias como mostra trechos da fala da
devolutiva parcial feita com a mãe do paciente.
T: como você percebe o seu filho hoje?
P: hoje percebo que diminuiu as ansiedades que ele tinha, sempre estava muito
agitado, e outra coisa... ele sempre estava mexendo nas feridas, isso impedia que
sarasse, sempre brigava com ele por este motivo, ele tem alergia. E depois que ele
iniciou a terapia aqui, parou de fazer isso, também rangia os dentes quando dormia,
também parou. Percebi que eu fazia questão que eles perdoassem o pai pedindo
que rezasse por ele.
T: e como você vê isso hoje?

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P: isso fazia mal para ele, não tenho que impor que ele veja o pai, nem que rezem
em seu nome inclusive eles sempre me questionavam o porquê disto, rezar pelo pai
que os fez mal. Fui ajustiça brigar para que o pai visse os meninos, mas agora me
pergunto por quê? Se isto é algo que ele tem que fazer por vontade própria. Não vou
mais obrigá-los a fazerem algo que não querem.
Conforme Volich (2000) o investigador busca, antes de tudo encoraja o relato
espontâneo do paciente sem procurar enquadra-lo em um diagnóstico visando seu
discurso, a dimensão verbal e não-verbal, as atitudes corporais, as expressões e
mudanças ao longo da consulta. Através da relação terapeuta-paciente abre
caminho para o entendimento da vida social e familiar, dentro da perspectiva
somática que é feita em particular, não inclui apenas sintomas da doença, mas, sua
história e outros quadros sintomáticos, sobretudo acontecimentos atuais que se
relacionam a tais manifestações.
O mesmo autor continua, a classificação psicossomática descreve a estrutura
e dinâmica psíquica considerada pela psicanálise considerando os pontos de
fixação, regressão do desenvolvimento e momentos de desorganização do sistema
mental e somático através de quatro setores, as estruturas fundamentais, avaliando
o recurso de mentalização, e a quantidade de representação, as particularidades
habituais maiores através da história do sujeito, as características atuais maiores
através dos pontos atuais feito na anamnese e as novas características resultante
da psicoterapia.
Observamos a partir da coleta de dados, durante a psicoterapia com o
paciente que diante das quatro categorias fundamentais, sua estrutura caracteriza-
se por uma boa organização do ego, em particular pela prevalência em situações de
conflito em que recorre as descargas pela manifestação de um sintoma, e bom
funcionamento do sistema regressão-fixação. Seus movimentos regressivos
apresentam sintoma a partir de uma perturbação temporária de crise, por algum
episódio de vida ou momento depressivo. São sintomas localizados e de
possibilidade de reversão não colocando em risco a vida do paciente, a isto, a
psicoterapia diminuiu a intensidade da crise.
Conforme Castro e Sturme (2009) o desenvolvimento simbólico e emocional
alcançado durante a psicoterapia dura por toda a vida da criança, mesmo que seus

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conteúdos se reprimam ou se ressignifiquem, no desenvolvimento posterior este
será conservado e transcende os resultados do tratamento. Os fenômenos da
simbolização no brincar e na aprendizagem caminham juntos tendo em comum o
tipo de relação com o objeto.

3.6 Síntese de integração dos dados

A estrutura psíquica de um paciente psicossomático corresponde a um modo


de transformação da libido objetal em libido narcísica, onde o paciente regride
extensamente transformando a linguagem psíquica em linguagem somática o que
difere da linguagem histérica de conversão, nesta existe a comunicação simbólica
no registro mental. No registro psicossomático não há simbolização, pois, o
funcionamento mecânico se torna a expressão de linguagem conforme Bergeret
(1988).
O uso da associação livre é uma das técnicas para início da arte da
conversação que busca atrair o paciente ao processo de pensamento, o uso da
dramatização que respeita o narcisismo do paciente possibilitando a identificação,
através do brincar como técnica deu sustentação para estimular o trabalho pré-
consciente em que o paciente descobriu o prazer do funcionamento mental,
percebendo que todos têm algo a dizer, ou melhor, que sua história de vida tem
palavras, riquezas e tristezas.
Mediante ao trabalho lúdico foi possível observar e analisar seu mundo
interno e subjetividade, quanto ao modo que o ego do paciente enfrenta suas
ansiedades, o modo de escolha da brincadeira espontânea nos mostra que o
paciente expressa grande criatividade o que favoreceu a evolução do tratamento
pois sua participação manteve contato com seus afetos, sua resistência apareceu
enquanto dificuldade de simbolização durante o brincar em que o paciente mantinha
o alvo de seus objetos persecutórios voltados para si mesmo em uma equação
simbólica, onde o símbolo é sentido como idêntico pelo seu pensamento, esta
característica é atribuída ao seu pensamento concreto em que o paciente não tinha
representações de imagens que o auxiliasse na proteção de seus impulsos
destrutivos.

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No brincar espontâneo sem restrições sensomotoras a mobilidade que serve
de descarga é excitada o que nos possibilita observar que o paciente tenta satisfazer
seus desejos mais primitivos, encontrar o holding, braços e o colo que contêm.
O uso terapêutico do enquadre na psicoterapia proporcionou ao paciente o
comprimento das funções do holding e o espaço transicional que deu garantia a
continuidade existencial e a regressão à etapa de dependência em sua experiência
de não integração, é possível perceber que a partir do sentimento de confiança no
ambiente o paciente relaxa em suas defesas e reproduz a relação precoce com a
mãe sustentadora.
A resposta adaptativa da analista em resposta às necessidades egóicas do
paciente, e sustentação fortaleceram o eu do paciente para que este enfrenta-se o
medo de desintegração, ao aniquilamento e o sentimento de estar caindo.
Entendemos que o paciente fazia uso de um falso self intelectual
consequência da adaptação materna intermitente e imprevisível, tendo que recorrer
ao meio intelecto como forma de sobrevivência, sua reação foi assumir uma função
secundária ao cuidado psicossomático que serve de auto sustento, seu esforço
angustiante de dependência do pensamento em substituição a sustentação materna,
fazendo que este dependa somente de si, com conquistas de uma personalidade
bem sucedida, como ser o aluno nota dez na escola e em suas competições, em
paradoxo com seu sentimento de ameaça ao desmoronamento.
O jogo como elaboração imaginativa permitiu a rejeição dos objetos no
manejo da agressão e da destruição por meio da expressão simbólica em que o
paciente se transforma em super-herói para destruir o pai que depois pode reviver
de outra forma como integração de seus sentimentos ambivalentes, afinal aquilo que
se odeia também se ama, evitando a dissociação de objetos bons e maus.
Isto se configura através do domínio mágico que se faz presente quando o paciente
não apenas pensa ou deseja, mas faz em concordância de que o jogo é fazer.
Apesar da inibição do paciente no início do tratamento, foi possível perceber seus
avanços durante trabalho terapêutico no espaço transicional existente do espaço
potencial entre a mãe e o bebê que surge em momentos de não integração que
foram além de somente o uso da criatividade, mas, também como o encontro de si

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mesmo e fez a conexão com o núcleo de sua pessoa desenvolvendo novas
habilidades.
O uso da associação livre é uma das técnicas para início da arte da
conversação que busca atrair o paciente ao processo de pensamento, o uso da
dramatização que respeita o narcisismo do paciente possibilitando a identificação,
através do brincar como técnica deu sustentação para estimular o trabalho pré-
consciente em que o paciente descobriu o prazer do funcionamento mental,
percebendo que todos têm algo a dizer, ou melhor, que sua história de vida tem
palavras, riquezas e tristezas.
Mediante ao trabalho lúdico foi possível observar e analisar seu mundo
interno e subjetividade, quanto ao modo que o ego do paciente enfrenta suas
ansiedades, o modo de escolha da brincadeira espontânea nos mostra que o
paciente expressa grande criatividade o que favoreceu a evolução do tratamento
pois sua participação manteve contato com seus afetos, sua resistência apareceu
enquanto dificuldade de simbolização durante o brincar em que o paciente mantinha
o alvo de seus objetos persecutórios voltados para si mesmo em uma equação
simbólica, onde o símbolo é sentido como idêntico pelo seu pensamento, esta
característica é atribuída ao seu pensamento concreto em que o paciente não tinha
representações de imagens que o auxiliasse na proteção de seus impulsos
destrutivos.
No brincar espontâneo sem restrições sensomotoras a mobilidade que serve
de descarga é excitada o que nos possibilita observar que o paciente tenta satisfazer
seus desejos mais primitivos, encontrar o holding, braços e o colo que contêm.
O uso terapêutico do enquadre na psicoterapia proporcionou ao paciente o
comprimento das funções do holding e o espaço transicional que deu garantia a
continuidade existencial e a regressão à etapa de dependência em sua experiência
de não integração, é possível perceber que a partir do sentimento de confiança no
ambiente o paciente relaxa em suas defesas e reproduz a relação precoce com a
mãe sustentadora.
A resposta adaptativa da analista em resposta às necessidades egóicas do
paciente, e sustentação fortaleceram o eu do paciente para que este enfrentasse o
medo de desintegração, ao aniquilamento e o sentimento de estar caindo.

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Entendemos que o paciente fazia uso de um falso self intelectual consequência da
adaptação materna intermitente e imprevisível, tendo que recorrer ao meio intelecto
como forma de sobrevivência, sua reação foi assumir uma função secundária ao
cuidado psicossomático que serve de auto sustento, seu esforço angustiante de
dependência do pensamento em substituição a sustentação materna, fazendo que
este dependa somente de si, com conquistas de uma personalidade bem sucedida,
como ser o aluno nota dez na escola e em suas competições, em paradoxo com seu
sentimento de ameaça ao desmoronamento.
O jogo como elaboração imaginativa permitiu a rejeição dos objetos no
manejo da agressão e da destruição por meio da expressão simbólica em que o
paciente se transforma em super-herói para destruir o pai que depois pode reviver
de outra forma como integração de seus sentimentos ambivalentes, afinal aquilo que
se odeia também se ama, evitando a dissociação de objetos bons e maus. Isto se
configura através do domínio mágico que se faz presente quando o paciente não
apenas pensa ou deseja, mas faz em concordância de que o jogo é fazer.
Apesar da inibição do paciente no início do tratamento, foi possível perceber
seus avanços durante trabalho terapêutico no espaço transicional existente do
espaço potencial entre a mãe e o bebê que surge em momentos de não-integração
que foram além de somente o uso da criatividade, mas, também como o encontro de
si mesmo e fez a conexão com o núcleo de sua pessoa desenvolvendo novas
habilidades.

3.1 Figuras

Nessa categoria incluem-se gráficos, ilustrações, desenhos, fotos, feitospelo


paciente durante a terapia.

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Figura 1 – desenho da casa.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como propósito oferecer, e de compreender os aspectos


estruturais e a dinâmica da escuta analítica no tratamento psicossomático de alergia
a partir da perspectiva de D.D. Winnicott.
Por se tratar de um funcionamento de difícil compreensão devido sua
estrutura, a psique está localizada onde quer que o soma esteja vivo, quando esta
ocupa a função do meio ambiente se tornando uma defesa contra o fracasso relativo
assume o aspecto negativo da psicossomática, a dissociação presente não fazendo
parte do self do paciente.
Foi identificada a necessidade de se utilizar intervenções que se adaptassem
ao grau de capacidade do paciente, através da livre associação que a
ludoterapiaproporciona, o uso da criatividade e o acolhimento de suas necessidades
que auxiliaram na integração de seus sentimentos ambivalentes.
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O jogo livre deu sustentação para caracterizar a estrutura psíquica e o
funcionamento do paciente o uso do falso self intelectual, suas defesas voltadas ao
corpo por meio da alergia e fuga do contato com seus afetos, a falta de
representação simbólica e imaturidade egoica característicos de suas necessidades
primitivas.
Diante da pesquisa realizada podemos perceber que o problema central foi
resolvido, a integração psicossomática e diminuição dos sintomas de alergia,
ansiedade e agressividade. Entendemos que o paciente teve falhas na fase primária
de sustentação materna, a privação da marcha natural do seu desenvolvimento
provocando irrupções pulsionais levando em consideração sua sensibilidade.
Apesar da defesa intelectualizada do paciente que o impedia de fazer o
movimento de não integração pela falta de conservação da capacidade de regressar
a este estado, foi possível perceber que o paciente instaurou as condições de
confiança e suporte que lhe permitiram organizar os limites de seu próprio eu.
A presente pesquisa teve por objetivo não só analisar o funcionamento do
paciente a partir do estudo de caso, mas trazer contribuições acerca dos estudos da
Psicossomática a partir da perspectiva da teoria de Winnicott, como se caracteriza
esse funcionamento seus pensamentos, o sofrimento que é causado e como pode
ser aplicado o trabalho de psicoterapia de base analítica com esse tipo de estrutura.
Afinal, ao longo de sua obra, D. W. Winnicott fala do viver integrado sem cisões
patológicas, mas com a possibilidade de poder retorna a estados menos integrados
em busca de sua criatividade, e o desenvolvimento do self verdadeiro origina-se do
sentimento de e sentir real, que é próprio da saúde, e o valor da liberdade
acompanha o sentimento de responsabilidade pelos próprios impulsos.
A integração da abordagem Psicossomática e a teoria de D. D. Winnicott, bem
como a relação com o sintoma físico do paciente foram alcançados através da
escuta analítica que abarcou os fatores ambientais e a relação com o
desenvolvimento inicial da personalidade do paciente, seu estado emocional, dando
liberdade ao seu impulso criativo no brincar e na integração através da formação
simbólica como meio de sublimação.

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REFERÊNCIAS

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ABERASTURY, A. Psicanálise da criança teoria e técnica. Ed. Artmed, 1982.

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Cortez. São Paulo, 2013.

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Bardin, Laurence. Análise de conteúdo. Ed: edições 70, 2011.

BERGERET, J. A personalidade normal e patológica. 3°ed. Artmed, 1998.

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SOUZA, C. G. P.; SEI, M. B.; ARRUDA, S. L. S.. Doenças psicossomáticas: um
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VOLICH, R, M; FERRAZ, F, C; ARANTES, M, A, A. C. Psicossoma II:


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VOLICH, Rubens, M. Psicossomática: de Hipócrates à Psicanálise. Ed. Casa do


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