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PSICOTERAPIAS

ABORDAGEM
PSICODINÂMICA

P R O F. M S VA N E S S A D O S S A N T O S
E M E N TA
• C/H Semestral: 60
• Introdução aos fundamentos teóricos e técnicos das abordagens psicodinâmicas, expondo as
especificidades psíquicas básicas no atendimento às crianças, aos adolescentes e aos adultos.
• OBJETIVOS:
• COGNITIVOS: Conhecer os fundamentos da técnica psicanalítica. II) Conhecer os princípios
teóricos e técnicos das abordagens psicodinâmicas. III) Adquirir a visão da psicoterapia como
uma relação interpessoal e subjetiva.
• HABILIDADES: I) Formular intervenções verbais e avaliar sua pertinência e implicações. II)
Realizar uma reflexão crítica sobre os conceitos fundamentais da psicanálise e suas
especificidades clínicas. III) Desenvolver o raciocínio clínico.
• ATITUDES: I) Valorizar o interminável processo que envolve a autopercepção, a autocrítica e a
percepção do outro, essenciais à atividade psicológica. II) Valorizar as atitudes de empatia,
respeito e cuidado pela complexidade do psiquismo humano. III) Reconhecer as dificuldades,
limitações e os cuidados para a utilização responsável de técnicas psicológicas. IV) Desenvolver
uma atitude ética diante do sofrimento psíquico.
• AVALIAÇÃO: Avaliação Regimental (A1) no valor de 0,0 a 5,0.
• Avaliações parciais e processuais
• (A2) no valor de 0,0 a 5,0. A Nota Final (NF) resulta da soma destas duas notas (A1 A2).
• É considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver Nota Final (NF) igual ou superior
a 6,0 (seis) e que tenha, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) de frequência às
atividades acadêmicas
CRONOGRAMA
• 05 a 09/02
• Aula 1
• "Apresentação do plano de ensino: ementa, objetivos, conteúdo programático, estratégias de
ensino, bibliografia, critérios e instrumentos de avaliação.
• Tema:
• O que é psicoterapia? Os primórdios da psicoterapia. O que é psicanálise? Raízes históricas das
abordagens psicodinâmicas. Diferenças entre psicanálise e psicoterapia.”
• 12 a 16/02 / Aula 2
• " As escolas de psicanálise e a psicanálise contemporânea. A psicoterapia catártica. Catarse e ab-
reação. O caso de Anna O".
19 a 23/02 / Aula 3
"Conflito e sintoma. A descoberta das resistências. O caso de Elisabeth Von R".
26/02 a 01/03 / Aula 4
“Angústia e mecanismos de defesa” / proposta de trabalho em grupo
• 04 a 08/03 / Aula 5
"A análise dos sonhos. O simbolismo onírico. Os atos falhos. Lapsos de linguagem e de escrita. O
esquecimento de nomes próprios. Lembranças encobridoras e ações sintomáticas".
• *Filme: Sonhos – Sonho 1- Um raio de sol através da chuva (As raposas)
• Akira Kurosawa https://www.youtube.com/watch?v=XZzm7THZTMo
• 11 a 15/03 / Aula 6
"A dinâmica da transferência. As formas de transferência. O caso de Dora".
• 18 a 22/03 / Aula 7
"O amor transferencial. O manejo da transferência. A noção de contratransferência".
• 25 a 29/03 29/03 Feriado / Aula 8
• Conclusão da aula anterior.
• Revisão para Avaliação Parcial A2
• 01 a 05/04 / Aula 9
Avaliação Parcial (A2) – Valor 3,00 Pontos. Conteúdo: Aula 1 - O que é psicoterapia? Os
primórdios da psicoterapia. até aula 7 - O amor transferencial. O manejo da transferência.
• 08 a 12/04 / Aula 10
• Vista da Avaliação Parcial (A2)
• "Interpretação e construção. A interpretação na clínica winnicottiana"
• 15 a 19/04 / Aula 11
• Vista da Avaliação Parcial (A2)
• "Interpretação e construção. A interpretação na clínica winnicottiana“
• 22 a 26/04 / Aula 12
Entrega do Trabalho em Grupo impresso em sala de aula, no dia da disciplina. Valor: 2,00 Pontos.
"O setting ou enquadre. A entrevista inicial. O contrato. As regras técnicas legadas por Freud".
• 29/04 a 03/05 01/05 Feriado / Aula 13
• "A seleção de pacientes: indicações e contraindicações. Critérios de analisabilidade e
acessibilidade.
• 06 a 10/05 / Aula 14
• “A neurose de transferência. Reação terapêutica negativa. Insight e elaboração. Os critérios para o
término de uma análise."
• 13 a 17/05 / Aula 15
“A neurose de transferência. Reação terapêutica negativa. Insight e elaboração. Os critérios para o
término de uma análise."
• 20 a 21/05 Aula 16
• "A psicanálise infantil (dos pioneiros à atualidade). A técnica lúdica de análise infantil. As
entrevistas preliminares com os pais. O contrato com os pais. A primeira sessão com a criança. As
sessões lúdicas. As entrevistas posteriores com os pais. O lugar dos pais no atendimento infantil".
• "O jogo do Fort-Da. O brinquedo como um instrumento para o domínio de angústias
perturbadoras. Os primeiros jogos infantis. A interpretação do brinquedo".
• 27 a 31/05 Aula 17
"A clínica winnicottiana. As consultas terapêuticas de D.W. Winnicott. O método de consulta
terapêutica de Gilberto Safra. O uso de histórias infantis como recurso terapêutico na clínica de
crianças"
• 03 a 05/06 / Aula 18
• Revisão para A1
• 06 a 10/06 / Aula 19
• Avaliação Regimental (A1) – Valor: 5,00 Pontos. Conteúdo: Aula 9 - A interpretação na
clínica winnicottiana até Aula 17 – Psicanálise Infantil.
• 13 a 17/06 08 Feriado / Aula 20
• Vista da Avaliação Regimental (A1)
• *Filme: Sonhos (filme completo)
• Akira Kurosawa https://www.youtube.com/watch?v=XZzm7THZTMo
• Revisão para AF
• 20 a 24/06

Avaliação Final
• 27 a 29/06

Vista da Avaliação Final


Encerramento do Semestre
Resumindo...
• Composição da nota:
• A2: prova parcial (3,00) + trabalho em grupo (2,00) = 5,0
• A1 (prova regimental): 5,0
• Nota final: A1 + A2 = 10,0
• Para os alunos que não alcançaram média final maior ou igual a 6,00:
• Avaliação Final: 5,00
• Professores não podem aceitar atestados para retirada de faltas. Dentro do que estipula o
Regimento da Universidade, as faltas previstas no manual do aluno, deverão ser justificadas
através de atestado médico ou outro documento, através de recurso a CAA. Atestados válidos
somente a partir de 15 dias de afastamento;
• "Não há prova substitutiva da avaliação parcial, nem de qualquer outro trabalho”.
• Deve também ficar claro que os professores não farão arredondamento de notas
• Todos os alunos deverão estar presentes no dia divulgado no cronograma para Vistas de provas,
quando então o professor estará em sala de aula com as provas para a devida verificação de
correção e devolução, devendo cada aluno retirar sua prova. Nessa data, caso haja erros e seja
necessário alteração de notas, elas serão feitas imediatamente. Após a data marcada para vistas de
provas, não haverá outra oportunidade para tal fim;
AULA1

O QUE É PSICOTERAPIA?

• Tratamento realizado por psicólogo promove o autoconhecimento, busca lidar com conflitos
• Técnicas mais comuns – Psicoterapia Psicanalítica – mas pode ser Tcc entre outras
• Psicólogo – Utiliza das técnicas
• Sessões estruturadas – planejamento / sessões tradicionais
• Psicoterapia de orientação analítica / psicanálise (ambas se fundamenta nos conceitos de Freud)
OS PRIMÓRDIOS DA PSICOTERAPIA

• O que é psicologia – Wundt – 1876 – Universidade Leipzig – Psicologia científica


• Psicanálise – Surge em 1900 – Livro interpretação dos sonhos de Freud
• Freud vem com a compreensão acerca de uma dinâmica psíquica – compreensão do
inconsciente
• Inconsciente como determinante - ex: tudo o que acontece na infância, por exemplo um
trauma, uma desamparo vai determinar nossa forma de ser no mundo – somos regidos pelo
inconsciente
• Compreensão do ser humano – relação consciente e inconsciente
• Aparelho psíquico
• Teoria da sexualidade
• Abordagem precisa de uma teoria – teoria base da psicanálise – teoria da
sexualidade
• Não existia a psicoterapia – psicoterapia surge depois da psicanálise
• Começa a existir divergências na teoria no círculo psicanalítico
• (Jung, Perls, Ferenczi e outros)
• Ex: para Jung não existia um inconsciente único, mas sim coletivo (carregamos a história através do
símbolos)
• Começa a se pensar que existem outros processos importantes acontecendo além da teoria da
sexualidade
• Processos que acontecem na cultura, nos símbolos não apenas centrada na teoria da sexualidade =
DISCORDÂNCIA
• Jung por exemplo – cria a Psicologia individual
• Reich – teoria das couraças – corpo – a função do orgasmo
• Para psicanálise anterior a estas discordâncias a teoria da sexualidade se dá no conceito de prazer, do
desejo e não no ato em si – Reich parte para a questão do ato em si
• Para a psicanálise – neurose surge na não resolução do complexo
de édipo
• Ex: a criança precisa solucionar o Édipo – não solucionando
teremos neuróticos ou psicóticos
• Otto Rank – discípulo de Freud – A neurose não surge no
complexo edipiano – surge no nascimento
• O nascimento para Otto Rank é traumático – causa a neurose
• Útero lugar de proteção – sair do útero causa ansiedade na criança
• Otto Rank – teoria – o trauma do nascimento
Ferenczi - ´Técnica ativa – reduzir o tempo de análise
Participação mais ativa do psicanalista – mais efetiva
Retirou o divã – frente a frente com o paciente
Criação de outra modalidade de tratamento
Otto Rank – Ferenczi – Criam outra área de atuação – Psicoterapia
Psicologia como ciência – Leipzig
Psicanálise como teoria como objetivo estudar o inconsciente
Os primórdios da psicoterapia
O QUE É PSICANÁLISE?
• Conjunto de teorias psicológicas sobre formação da personalidade
• Conceitos básicos: sexualidade infantil, mecanismos de defesa – Investigativa
• Investiga conteúdo do inconsciente
• Utiliza da livre associação
• Interpretação da relação transferencial – paciente – terapeuta
• Técnica – analisa a transferência e a resistência
• A centralidade da análise da transferência é [isoladamente] o aspecto mais
característico da psicanálise. É o que a diferencia da psicoterapia.
RAÍZES HISTÓRICAS DAS
ABORDAGENS PSICODINÂMICAS
• Psicanálise – se dá a partir da proposta de Freud
• Freud – desenvolve a psicanálise como um produto purificado
• Cria a psicanálise praticamente sem ajuda
• Nunca se voltou para nenhuma outra técnica
• Considerou que a psicanálise não tinha nada a oferecer a pacientes “não
adequados”
Ao método clássico
Visão permeou todo o período da vida de Freud
• Para Freud o que não era considerado psicanálise era sugestão
• É apoiado por Ernest Jones e Glover
• Glover – todas as outras terapias seriam de sugestão
• Sugestão – baseada em elementos que até poderiam incentivar a
interpretação de conflitos inconscientes – deviam estar baseadas na
autoridade transferencial – sugestão do terapeuta
• Para Glover interpretação incorreta era uma forma de sugestão
• Quando havia divergência era considerada sugestão – Rigidez –
Radical
• Desenvolvimento da psicoterapia psicodinâmica – Fenômeno Americano (EUA)
• Surgiu – tendências sociais e intelectuais da época – tentativa de aliar a psiquiatria à psicanálise
• 1930 – 1950 – psicanalistas refugiados da segunda guerra mundial enriquece a psiquiatria norte
americana
• Psicanálise – se torna a voz dominante influenciando as faculdades de medicina, hospitais
escolas e clínicas psiquiátricas
• Consequência importante – cuidado aos pacientes internados gravemente doentes
• Necessidade de adaptação para atendimento dos pacientes mais graves
a psiquiatria americana obriga a psicanálise a modificar as intervenções
• Esse desenvolvimento resultou na psicoterapia psicanalítica com
Robert Knight
• Robert Knight – Líder na psicanálise norte americana
• Ele dizia que a psiquiatria carecia de uma psicologia
• Ele se dedicou ao que chamou de “ciência básica da psicologia
dinâmica”
• Considerava – toda a psicoterapia competente deve se basear na
psicanálise
• Knight vai diferenciar as psicoterapia de apoio e as expressivas dentro do marco referencial
psicanalítico
• Formas de classificar as tentativas psicoterapêuticas – se cria dois grupos
• Apoio – apoio ao paciente, supressão dos sintomas
• Apoio – indicada para pacientes inflexíveis, com pouca capacidade de insight
• Apoio – apoiar os mecanismos de defesa
• Psicoterapia de Apoio:
• Objetivo: Favorecer a homeostase / Procura modificar
comportamentos através do ensaio de novos
comportamentos.
• Estratégia básica dessa técnica: Estabelecer vínculo
tranquilizador, protetor, orientador.
• Terapeuta – Não é uma “tela projetiva”, mas um
tranquilizador diretivo
• Nesta técnica deve-se evitar os silêncios e promover o
diálogo
• Psicoterapia de esclarecimento – objetivos já mencionados na terapia de apoio – Desenvolver
no paciente uma atitude de auto observação
• Estratégia – Manter uma relação de indagação –
• Objetivos: Esclarecimento da transferência de vínculos básicos conflituosos nas relações atuais e
os sintomas
• Esclarecimento da crise – estimular a autoaprendizagem na autocompreensão
• Terapeuta – papel de especialista e não de tela / caloroso, espontâneo – favorecer o diálogo
• Paciente – fornece dados – busca experimentar- identificado no papel do terapeuta – formulação
de suas próprias interpretações
• Silêncios breves devem ser manejados com interpretações,
sugestões ou perguntas
• Essa técnica converge para limitar a regressão e
fortalecer as funções egóicas adaptativas
• Expressivas – de mais longo alcance
• Uma psicoterapia primariamente expressiva torna-se, por sua vez, a forma preferida aqueles com
transtornos reativos agudos ou em estados transicionais de ajustamento, cujos egos não estão
excessivamente danificados e que podem tolerar o esforço de “analisar as defesas”.
• Psicoterapia expressiva em uma posição “intermediária” – certamente na técnica – entre a
terapia de apoio, de um lado, e a psicanálise de outro.
• Exploratória – para condições clínicas, experiências de vida perturbadora
• Todas dentro de uma unidade apoiadora a psicanálise
• Fromm Reichmann – tratamento da esquizofrenia - Assumiu um posição
diferente – Tratamento de indivíduos borderline ou psicóticos – modificações
na técnica psicanalítica – revisão da teoria da psicanálise clássica – direção a
uma visão mais moderna.
• Gill - estabeleceu principais linhas de demarcação entre os métodos
expressivos e os de apoio.
• [...] a designação “psicanálise” seria reservada para a técnica que analisa a
transferência e a resistência. Já a psicoterapia psicanalítica seria qualquer
procedimento que reconhecesse a transferência e a resistência e utiliza
racionalmente esse conhecimento na terapia, embora isso possa ser feito de
muitas formas diferentes, e parte ou até toda a transferência possa não ser
analisada.
• Stone – Misturou as abordagens expressivas e as de apoio diferenciando-as da psicanálise.
• A análise, então, é claramente o procedimento para um grupo intermediário (de gravidade), no
qual o ego está suficientemente danificado para que um extensivo reparo seja necessário, mas que
ainda é suficientemente forte para suportar a pressão.
• Gill, inclusive, refere os perigos da psicanálise para uma “personalidade precariamente
equilibrada”
• Gill propôs o nome “psicoterapia psicanalítica” para designar toda aquela abordagem
terapêutica que não interpretasse sistematicamente a transferência
• 1940 e 1950, de psicoterapia de apoio de orientação psicanalítica”
• Primeiro período – considerava tudo o que não era psicanálise como sugestão
• Segundo período – Diversidade nos objetivos e na técnica dentro de uma teoria
• Período de consenso fragmentado – surgimento de superposições
• Período de não consenso – dificuldade de estabelecer limites entre ambas
DIFERENÇAS ENTRE PSICANÁLISE E
P S I C O T E R A P I A D E O R I E N TA Ç Ã O
PSICANALÍTICA
• Psicanálise – sessões mais frequentes
• Paciente faz uso do divã
• Analista – postura neutra
• Paciente livre para expressar, pensamentos, sonhos
• Associação livre – não se julga o significado do conteúdo manifesto pelo paciente
• Analista busca promover conexões entre o conteúdo apresentado pelo paciente
• Ex.: Sonho, paciente, símbolo uma velha que vem buscar – o que a velha significa –
medo do pai descobrir a sexualidade
• TERAPEUTA - Faz interpretações – para que a transferência aconteça
• O que é transferência –
• Ex:
• Instigando reflexões – significado inconsciente
• Neutralidade e frequência – possibilita a regressão ao passado = CRIAÇÃO DE RELAÇÃO
TRANSFERENCIAL
• RELAÇÃO TRANSFERENCIAL NA PSICANÁLISE - Paciente desloca para a figura do
terapeuta sentimentos e emoções que era direcionadas a pessoas como pai, mãe
• Passado se torna presente
• Analista vai buscar junto com o paciente olhar para estas questões significativas para o paciente
– OLHAR O QUE MARCOU ESSE PACIENTE
• Paciente REVIVE – COMPREENDE A ORIGEM DOS SINTOMAS
• Processo árduo que vai na origem dos sintomas – ELABORAÇÃO
• Psicoterapia de ordem analítica – sessões em menor frequência
• Paciente fica de frente para o terapeuta – CONTATO VISUAL
• Sessões não são tão livres como na psicanálise
• Terapeuta – mais ativo no processo – foco no que o paciente traz
• Mesmo com o foco o terapeuta trabalha com as figuras de referência para este paciente no seu
passado
• Também se explora a relação com o terapeuta – RELAÇÃO TRANSFERENCIAL
• Terapeuta – esclarece mais
• AMBAS SE ORIENTAM ATRAVÉS DA TEORIA PSICANALÍTICA
• Ambas são tratamentos psicológicos que influenciam outros seres humanos por meio do discurso verbal,
bem como tratamentos racionais, construídos sobre uma metapsicologia idêntica.
• A centralidade da análise da transferência é [isoladamente] o aspecto mais característico da
psicanálise. É o que a diferencia da psicoterapia.
• Indicada – Pacientes com capacidade de se comunicar – CURA PELA FALA
• Disponibilidade para reviver os conflitos
• Capacidade de introspecção – auto reflexão – fora e dentro do setting terapêutico
• Capacidade de sentir - emoções intensas
• Conseguir trazer para o setting
• Ego precisa estar reservado – preservado
• Paciente consiga ter maior controle dos impulsos
• Psicanálise
• Objetivo: Restauração da personalidade
• Estratégia: desenvolvimento sistemático da regressão transferencial
• Enquadre temporal: término não estabelecido – intensivo
• Espacial: uso do divã
• Vínculo objetal que tende a instalar: transferencial – interpretação
• Universo discursivo: complexo, ambíguo (muitos significados)
• Definição do papel do terapeuta: depositário de múltiplos papéis
• Atitude básicas do terapeuta: passivo, silencioso,
interpretativo, distante (no contato pessoal)
• Intervenções essenciais: interpretações transferenciais
• Apoio
• Objetivo: recuperação do equilíbrio, alívio da ansiedade, atenuação ou supressão de sintomas
• Estratégia básica: tranquilização através do vínculo e da experimentação de comportamentos
diferentes
• Enquadre temporal: com frequência, limitação temporal fixada desde o começo
• Espacial: face a face
• Vínculo objetal que tende a se instalar: transferencial – diretivo
• Universo discursivo: simples
• Definição do papel do terapeuta: definido – protetor
• Atitudes básicas do terapeuta: ativo participante, diretivo, muito próximo
• Intervenções essenciais: intervenções sugestivo diretiva
• Esclarecimento
• Objetivos: Melhora dos sintomas, manejo mais determinado de conflitos, auto-observação,
fortalecimentos de defesas úteis, modificação parcial de atitudes
• Estratégia: desenvolvimentos de auto obejtivação: compreensão de atitudes e conflitos mais
diretamente ligados a sintomas e áreas de descompensação
• Enquadre temporal: com frequência, limitação temporal fixada desde o começo
• Espacial: face a face
• Vínculo objetal que tende a instalar: reforço da relação real com papel social de “especialista” ,
correlativa inibição do vínculo transferencial
• Universo discursivo: duplo
• Definição do papel do terapeuta: definido principalmente como docente
• Atitudes básicas do terapeuta: ativo participante, com iniciativas numa relação de diálogo,
diretamente próximo
• Intervenções essenciais: interpretações atuais e históricas de vínculos básicos conflituosos
(complementadas com interpretações transferenciais)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• WALLERSTEIN, R. "Psicanálise e psicoterapia de orientação analítica: raízes históricas e
situação atual". In: EIZIRIK, C. (org.) Psicoterapia de orientação analítica: fundamentos teóricos
e clínicos.
• BACKES, C. Psicanálise: clínica e conceitos. In: A clínica psicanalítica na contemporaneidade.
BACKES org.[online]. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007, p. 17-34.
• FIORINI, H. J. “Delimitação técnica das psicoterapias”. In: Teoria e técnica de Psicoterapias.
Cap. 3. p. 49-61.

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