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Infância e Adolescência
programáticos
Psicopatologia da adolescência (comportamentos):
• Agir e passagens ao acto
• Comportamentos centrados no corpo
• Sexualidade
• Perturbações da Identidade
• Perturbações do Comportamento
• Perturbações do Comportamento Alimentar
• Pertubações Obsessivo-Compulsivas
• Perturbações do humor
Psicopatologia da adolescência (reagrupamentos nosográficos):
• Neurose
• Estados-limite
• Psicose
• Depressão
• Suicídio
• Comportamentos psicopáticos
• Dependências
Adolescente no seu ambiente
• Família
• Escola
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Avaliação
Avaliação:
Avaliação Contínua:
• Trabalhos Intercalares (40%) avaliação de habilidades ou skills
• Atitudes (10%)
• PIP (50%) avaliação dos conhecimentos (toda a matéria)
Requisitos: Assiduidade mínima de 70%
Avaliação Final:
Exame Final avaliando o conhecimento acerca da totalidade da matéria (50% prova escrita) e a
aplicação dos mesmos numa prova oral (50%).
Bergeret, J. (2004). Psicologia patológica. Teórica e clínica (2ª Ed.). Lisboa: Climepsi.
Carr, A. (2003). The handbook of child and adolescent clinical psychology: A contextual approach. Routledge.
DelCarmen-Wiggins, R., & Carter, A. (2004). Handbook of infant, toddler, and preschool mental health assessment.
Oxford University Press: Oxford.
Dolle, J-M. (2005). Para compreender Jean Piaget (2ª Ed.). Lisboa: Instituto Piaget.
Janin, B. (2007). Niños desatentos e hiperactivos. Reflexiones críticas acerca del transtorno por deficit de atención
com o sin hiperactividad. Buenos Aires: Noveduc.
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Bibliografia principal
Janin, B. (2013). Intervenciones en la clínica psicoanalítica com niños. Buenos Aires: Noveduc.
McKelvey, L. M., Whiteside-Mansell, L., Conners-Burrow, N. A., Swindle, T., & Fitzgerald, S. (2015). Assessing adverse
experiences from infancy through early childhood in home visiting programs. Child Abuse & Neglect.
Merrell, K. (2010). Behavioral, social, and emotional assessment of children and adolescents (3rd Ed.). New York:
Routledge.
Saklofske, D., Reynolds, C., & Schwean, V. (2013). The Oxford handbook of child psychological assessment. Oxford
University Press: Oxford.
Zero to Three (2005). Diagnostic classification, 0–3-R: diagnostic classification of mental health and developmental
disorders of infancy and early childhood. Zero to Three, National Center for Infant, Toddlers, and Families:
Washington
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BLOCO 2. PSICOPATOLOGIA DA INFÂNCIA
Behaviorismo:
• John Watson (1913):
• Isenta o estudo do comportamento de subjectividade
• Comportamento é resultado de aprendizagem secundária a
um condicionante
• Burrhus Skinner (1937):
• Condicionamento operante
• Experiências com animais (ratos, pombos)
• Condicionamento é tanto mais rápido quanto mais
ponderosa for a motivação, e mais gratificante for a
recompensa.
•
O behaviorismo não considera a existência de estádios de
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Teorias centradas no meio envolvente
Escola Russa:
• Lev Vigotsky: teoria da aprendizagem
• Estuda o problema das transformações das acções
externas em processos intelectuais internos
(interiorização).
• Enfatiza a importância da socialização na criança
Etologia:
• Harry Harlow: demonstra a necessidade de um laço de
vinculação entre a cria Rhesus e a mãe, e descreve as
implicações resultantes da falta de vinculação
Etologia:
• John Bowlby:
• Refuta a teoria da pulsão libidinal através da satisfação oral, para
considerer (à uz dos estudos da etologia) a noção de vinculação
com a mãe.
• Vinculação entre mãe e bebé resulta de um determinado número de
sistemas característicos da espécie.
•
• Os sistemas organizam-se em torno da mãe
Protesto
• Sistemas: sugar-agarrar-seguir-chorar-sorrir
• Desespero
• Fases
Desvinculação
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Ciências da cognição
Henri Wallon:
• Estudou o desenvolvimento da criança:
• Na interacção entre o equipamento motor e a
afectividade (recém-nascido)
• Entre a criança e o campo social
• Descreve estádios de desenvolvimento
• 2 eixos fundamentais:
• Afectividade x Emotividade
• Equilíbrio tónico x Motor
•
• Importância da comunicação pré-verbal (diálogo tónico)
Sigmund Freud:
• Conceitos psicanalíticos importantes:
• Pont de vista dinâmico: Consciente- Pré-consciente –
Inconsciente (1ª tópica)
• Ponto de vista económico: considera o aspect quantitativo
das forças presents
• Ponto de vista tópico: Id – Ego – Superego (2ª tópica)
+
• Ponto de vista genético articula-se com noção de
estádio
•
• Patologia:
• Fixação
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Teorias psicanalíticas
Anna Freud:
• 2 dados novos:
• Importância da observação directa: aumenta a atenção
no papel do ambiente
• O desenvolvimento da criança não se faz segundo uma
programação inelutável com uma programação
regular.
Desenvolvimento do pensamento
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Teorias psicanalíticas
Melanie Klein
• Aspectos interpessoais do Modelo Estrutural;
•
• Contraria Anna Freud, referindo que o bebé se relaciona
rudimentarmente com a mãe desde o nascimento,
embora de forma parcelarizada;
•
• Mecanismos de defesa arcaicos;
•
• Origem da patologia mental e a actividade inicial do Ego,
como estranhamente destrutivos do próprio processo
de crescimento que é suposto promoverem.
René Spitz:
• A evolução normal é pautada pelos organizadores
do psiquismo (assinalam certos níveis
essenciais de integração da personalidade):
• Sorriso no rosto humano (2/3 meses)
• Angústia do estranho (8º mês)
• Aparecimento do NÃO (gesto e palavra)
(2º ano)
•
• Efeitos da hospitalização em crianças
Desenvolvimento infantil:
• O desenvolvimento humano é um processo
de crescimento e mudança a nível físico, do
comportamento, cognitivo e emocional ao
longo da vida.
• Em cada fase surgem características
específicas. As linhas orientadoras de
desenvolvimento aplicam-se a grande
parte das crianças em cada fase de
desenvolvimento.
• No entanto, cada criança é um indivíduo e
pode atingir estas fases de
desenvolvimento mais cedo ou mais tarde
do que outras crianças da mesma idade,
sem se falar, propriamente, de
problemáticas.
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Desenvolvimento infantil
Saúde
física
Desenvolvimento
cognitivo Linguagem
Desenvolvimento
Desenvolvimento social
Emocional
• Por volta dos 4 meses o controlo das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num brinquedo
• Entre os 4 e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para a frente;
apresenta também maior eficácia em alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no chão
para brincar
• Por volta dos 4-6 meses, possui já uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que
ouve
•
• A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta
• Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nome dele, "mamã", "papá"...),
virando a cabeça quando o chamam
• Imita os movimentos, fixa os rostos e sorri (aparecimento do 1º sorriso social por volta das 6
semanas)
• Por volta dos 4 meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas, o que
influencia a forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa
com quem interage.
•
• É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando preferência por rostos
familiares;
• Apresenta medo perante barulhos altos ou inesperados, objetos, situações ou pessoas estranhas,
movimentos súbitos e sensação de dor
•
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Desenvolvimento infantil: 6-12 meses
Desenvolvimento motor
•
• Desenvolvimento da motricidade: os músculos, o
equilíbrio e o controlo motor estão mais
desenvolvidos, sendo capaz de se sentar direito
sem apoio e de fazer as primeiras tentativas de
se pôr de pé, agarrando-se a superfícies de apoio
•
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Desenvolvimento infantil: 6-12 meses
Desenvolvimento motor (cont.):
• Nesta fase, o bebé gosta que os objetos sejam nomeados e começa a reconhecer palavras
familiares como "papa", "mamã", "adeus", sendo progressivamente capaz de associar ações a
determinadas palavras (por ex., "chau-chau" - acenar)
• A partir dos 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida: o bebé sabe
exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz som) ou
quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o)
•
• Começa também a relacionar os objetos com o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao
ouvido)
•
• Nesta fase, é comum os bebés mostrarem preferência por um determinado objeto (um cobertor
ou um peluche, por ex.), o qual terá um papel muito importante na vida do bebé - ajuda a
adormecer, é objeto de reconforto quando está triste
•
Sinais de Alerta
• Da mesma forma, através da sua rotina diária, o bebé desenvolve um entendimento das
sequências de acontecimentos que constituem os seus dias e dos seus pais
•
• Compreende ordens simples, inicialmente acompanhadas de gestos e, a partir dos 15 meses, sem
necessidade de recorrer aos gestos
•
• Embora possa estar ainda limitada a uma palavra de cada vez, a linguagem do bebé começa a
adquirir tons de voz diferentes para transmitir significados diferentes
•
• Progressivamente, irá sendo capaz de combinar palavras soltas em frases de 2 palavras
•
• As experiências físicas que vai fazendo ajudam a desenvolver as capacidades cognitivas. Por
exemplo, por volta dos 20 meses
•
• Sabe que um martelo de brincar serve para bater e já o deve utilizar
•
• Consegue estabelecer a relação entre um carrinho de brincar e o carro da família
•
• Entre os 20 e os 24 meses é também capaz de brincar ao faz-de-conta (por ex., finge que deita
chá de um bule para uma chávena, põe açúcar e bebe - recorda uma sequência de
acontecimentos e faz de conta que os realiza como parte de um jogo)
•
• A capacidade de fazer este tipo de jogos indica que está a começar a compreender a diferença
entre o que é real e o que não é
• A partir dos 20-24 meses, e à medida que começa a ter maior consciência de si própria, física e
psicologicamente, começa a alargar os seus sentimentos sobre si própria aos outros -
desenvolvimento da empatia (começa a ser capaz de pensar sobre o que os outros sentem)
•
• Está a aprender a confiar, pelo que necessita de saber que alguém cuida dela e vai de encontro
às suas necessidades
• A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que a leva à compreensã o
dos conceitos - progressivamente, e com a ajuda dos pais, vai sendo capaz de compreender
conceitos como dentro e fora, cima e baixo
• Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de sequências numéricas simples e
de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos de objetos -
10 animais de plá stico podem ser 2 vacas, 5 porcos e 3 cavalos)
•
Desenvolvimento social
• A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não gostando de
estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada da mãe,
para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este progresso com
menos ansiedade do que outras
•
• Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a loiça, maquilhar-se, etc.
• É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por exemplo ouvir histórias
•
• Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até à raiva frustrada. Embora a
capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a criança necessitará
de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos são adequados, o que
requer prática e ajuda dos pais
• Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a atenção - podem
dever-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras
costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de
comunicar de forma eficaz)
•
Desenvolvimento cognitivo
• Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para os adultos
• Utiliza bastante a imaginação: início dos jogos de faz-de-conta e dos jogos de papéis
• Compreende o conceito de "dois“
• Sabe o nome, o sexo e a idade
• Repete sequências de 3 algarismos
• Começa a ter noção das relações de causa-e-efeito
• É bastante curiosa e inquiridora
Desenvolvimento moral
• Medos excessivos
• Inibição nas atividades lúdicas, por exemplo: não joga ao faz-de-conta; não faz jogos de papéis;
não se entretém a brincar sozinha
•
• Adquiriu já um vocabulário alargado, constituído por 1500 a 2000 palavras; manifesta um grande
interesse pela linguagem, falando incessantemente
• Começa a reconhecer padrões entre os objetos: objetos redondos, objetos macios, animais...
• Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser seletiva acerca dos seus
companheiros
•
• Gosta de imitar as atividades dos adultos
• Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e depois bastante
envergonhada
• Tem maior consciência do certo e errado, preocupando-se maioritariamente em fazer o que está
certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus
comportamentos)
•
• Medos excessivos
• Ansiedade de separação extrema
• Enurese noturna
• Timidez
• Comportamentos de bullying (agressividade) relativamente aos pares
• Inibição manifesta nas brincadeiras e na linguagem
• Comportamentos ritualísticos, sobretudo à volta da comida
• Problemas na fala persistentes: Vocabulário pobre, inferior a 1500 palavras; Má articulação das
consoantes e vogais
•
•
•
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NORMAL E PATOLÓGICO NA INFÂNCIA
• Contexto social
Não de pode ignorar: • Incerteza face ao crescimento da criança
• Posição familiar e social da criança
Critérios de normalidade não podem resumir-se à attitude que motivou a consulta ou grelha de descodificação
sintomática.
Descrição semiológica
+ Não bastam para definer o carácter patológico ou organizador
Determinação do comportamento
Intervenções estruturantes
A diferença é quntitativa: a intensidade das pulsões agressivas pode provocar uma angústia tal, que a evolução
maturativa é bloqueada
• Inibição das tendências epistemofílicas
• Recalcamento da vida fantasmática
O crescimento da criança não é um processo geneticamente programado na sua totalidade desde o nascimento
Anna Freud propôs avaliar as diferenças entre normal e patológico através de desarmonias das linhas de
desenvolvimento:
Independência afectiva:
Dependência Autonomia afectiva e Relações de Objecto adultas
Independência corporal:
Jogo Trabalho
• O clínico cala-se para deixar o outro falar, e fala para lhe facilitar a palavra.
• Palavra feita de intervenções e não interpretações
• Convite à liberdade da palavra que corresponde à atenção flutuante, à liberdade de escuta e de
associação do clínico
Entrevista (cont.):
• Cliente vem sem grande conhecimento de causa, vem por pressão, por acaso, ou por sua
iniciativa pessoal, mas sempre com um certo desconhecimento do que pede e do que lhe
poderemos oferecer.
• Nossa disponibilidade não é sempre favorável ao estabelecimento de uma relação
• A nossa pessoa interfere e intervêm, mas por vezes podemos aprender mais com os nossos
erros do que com os nossos sucessos
PROJECÇÃO:
• 1- Projecção das memórias e de si mesmo
• 2- A projecção como defesa
• 3- Identificação projectiva
•TRANSFERÊNCIA:
• Transfer positivo
• Transfer negativo
• Resistência pelo transfer
• Clivagem
Pedido:
• Pedido anterior à marcação da consulta – escola, pediatra, médico de família
• PAIS
Estruturação da 1ª entrevista:
• Dos 0 aos 5/anos: Criança e pais juntos
•
• Dos 6 aos 13/14 anos: primeiro pais, depois criança só e finalmente família junta
•
• Dos 14 até 18 anos: Adolescente e pais juntos e depois adolescente sozinho
Pedido:
• Recolha do motivo de consulta
• Quem faz o pedido
• Porquê neste momento
• Urgência ou não
• Quem enviou
Abrir a possibilidade de não virem só os pais – pode haver surpresas que nos dão informações
importantes:
Entrevistas com pais não são de acordo com o estilo médico, como um lugar de recolha de dados, de
acordo com um questionário pré-estabelecido.
• Funcionamento como teoria da história pessoal como sendo cumulativa (procura de “traumas”).
• Os pais estão envolvidos e fazem parte da consulta. Temos de ouvi-los analiticamente.
•
•
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•
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Primeira consulta
Não perguntar directamente sobre as fases do desenvolvimento – tem de se estabelecer um vínculo
transferencial:
• Permite que apareçam novos dados no relato (fantasias, angústias, desejos insconscientes etc.).
• Vão construindo uma história sobre a criança (fragmentada contraditória…), que por vezes muda ao
longo das entrevistas.
Pais e mãe com diferentes histórias e versões: ouvi-los para perceber em que é que esta criança os
incomoda:
• Que lugar ocupa a criança
• Com quem a identificam
• Como se dá na família a transmissão de fantasias.
• Comunicação consciente e inconsciente
• Contágio afectivo
• Defesas predominantes
Desde o início que devemos colocar-nos na pele de clínicos, e não como professores ou especialistas de
quem conhece os segredos da “criança ideal”
•
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Primeira consulta
As primeiras entrevistas com os pais:
Aparece o funcionamento psíquico de cada um dos pais, as diferentes fantasias sobre a criança, como cada
um fez a história e expectativas em relação ao filho.
Importante perceber:
• Pais percebem o sofrimento dos filhos?
• Estão tristes ou irritados?
• A tónica está no que a criança sente, ou no seu efeito nos outros?
•
O outro é um semelhante diferente, que nos fala como pode do seu sofrimento. Perceber como a criança é
investia e identificada pelos outros.
•
• 126
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Primeira consulta
Anamnese:
1. GRAVIDEZ
• Desejada ou não
• Vivência subjectiva
• Evolução objectiva
•
2 – PARTO
• Informação médica – eutócico, apgar, etc..
• Vivência materna
•
•
•
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Primeira consulta
Anamnese (cont.):
3 – PÓS-PARTO
• Primeiras reacções da mãe
• Contacto precoce
• Amamentação
• Retorno a casa
• Apoio familiar
•
4 – PRIMEIROS ANOS DE VIDA
• Descrição do bebé
• Sono
• Alimentação
• Doenças corporais e acidentes
• Quem tomou/toma conta da criança
•
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Primeira consulta
Anamnese (cont.):
5 – DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
• Sorriso
• Segurar cabeça
• Sentar
• Gatinhar
• Marcha livre
• 8ºmês
• Controle dos esfíncteres
•
6 – AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
• Tempo
• Qualidade articulatória
• Qualidade da linguagem
•
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Primeira consulta
Anamnese (cont.):
7 – SEPARAÇÃO
• Descrição das separações realmente ocorridas
• Reacção às separações quotidianas
•
8 – SOCIABILIZAÇÃO
• Reacção aos outros
•
9 – PERCURSO ESCOLAR
• Creche
• Jardim de Infância
• Pré-primária
• Primária
• etc
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Primeira consulta
Anamnese (cont.):
10 – SINTOMAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA
• Alimentares
• Sono
• Psicomotores
• Esfíncteres
• Dificuldades de aprendizagem
• Medos e fobias
• Ansiedade
•
11 – FAMILIA
• História da mãe
• História do pai
• Relações intra e extra familiares
•
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Primeira consulta
A criança:
• “O MEU PEDIDO”
• “PORQUE VENHO?”
• “QUEM ÉS TU?”
• “O QUE ESPERO DESTA RELAÇÃO”
Observação da criança:
Investigar :
• 1. relação pais / criança
• 2. relação com família
• 3. relação com pares
• AVALIAÇÃO PADRONIZADA
Deve constar de :
• Teste de inteligência (WISC, WISC-R, etc)
• Testes grafo-perceptivos (Bender, Rey)
• Testes projectivos (CAT, TAT)
• Desenho livre
• Desenho da família
Relatório
Deve constar de :
• Observação sobre comportamento, linguagem, atitude da criança
• Descrição dos testes
• Analise descritiva e qualitativa dos subtestes da prova de inteligência
• Analise qualitativa dos testes grafo-perceptivos
• Analise qualitativa dos testes projectivos
• Conclusão – descrição da situação clínica sem rotular , métodos de intervenção e estratégias
pedagógicas, indicações terapêuticas
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•
Primeira consulta
Indicações terapêuticas:
• Intervenção psicopedagógica
• Consultas terapêuticas
• Psicoterapia com a criança
• Psicoterapia com os pais
• Encaminhamento para outros técnicos
Consulta terapêutica:
• Espaçada no tempo (2x por mês, mensal..)
• Utilização do desenho
• Utilização do Squiggle
• Entrevistas periódicas com os pais
PSICOTERAPIA
“ A psicoterapia focaliza-se nos obstáculos para confiar e nas barreiras para uma comunicação livre, as
barreiras que o self ergueu para se proteger de si próprio e dos outros. Estas auto-defesas e as
ansiedades subjacentes podem ser , calma e cuidadosamente atendidas e compreendidas pelo
terapeuta e pela criança.
As perdas podem ser apaziguadas . As agressões podem ser sanadas. A criança pode ser ajudada a
compreender os seus sentimentos e as suas respostas.
Gradualmente, pode tornar-se senhora da sua própria casa, consciente dos seus sentimentos e
responsável pelas suas acções. A Psicanálise, que pesquisa medos arcaicos e ansiedades ligadas a
estados primitivos do desenvolvimento, leva a que cada individuo possua o seu passado, e tome ,
então , responsabilidade pelo seu futuro.”
MARGARET HUNTER (2001)
•
Comportamento agressivo:
• Necessidade em estabelecer regras desde inicio, ou durante
determinado período de tempo
• Criança livre em se expressar sem se magoar, danificar a sala ou magoar
o terapeuta
• Capacidade de compreensão pelo terapeuta do sentido desse
comportamento
Valor do olhar na estruturação psíquica + lógica narcisista (o bebé pensa que gera o mundo)
Surgimento do Édipo!
Abandono dos pais como omnipotentes (de quem depende toda a renúncia pulsional)
Possibilita a incorporação de normas e leis como provenientes da ordem social, dando origem
a um pensamento mais abstrato.
• De fora do jogo:
• Ligar o que acontece no jogo com a história da criança
A evolução do desenho não é linear, como defende a perspectiva evolucionista (a criança tem
avanços e recuos no desenvolvimento)
Construção de categorias:
• Dentro-fora
• Cima-baixo
•
Noção de espaço: constituição do Eu
Até esta altura, é normal existir uma sobreposição espacial e temporal nos desenhos
Quando a criança fala enquanto desenha, a interpretação deve ter em consideração os 2 registos:
• Verbal
• Gráfico
•
•
• Perguntar
• Pedir para fazer histórias
• Recordar cenas semelhantes
•
As crianças também fazem desenhos especificamente para outras pessoas (prendas).
•
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O desenho na sessão. Intervenção do clínico
Representação visual é anterior à verbal
•
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O SQUIGGLE
Modelo Fisiológico
Modelo Sociológico
Modelo Psicanalítico
• Adolescência como etapa vital para o desenvolvimento com vários estádios em que o seu
cumprimento e passagem levam à idade adulta
desconfiança motor
● 12/18M-3A ● autonomia / vergonha e ● 12/18M-3A ● anal ● 2A-7A ● pré-
dúvida operatório
● 3A-6A ● iniciativa / culpa ● 3A-6A ● fálica
● 6A- ● produtividade / ● 6A-puberdade ● latência ● 7A-11A ● operatório-
puberdade inferioridade concreto
● puberdade- ● identidade / confusão de ● puberdade- ● genital ● 11A- ● operatório-
adulto jovem papéis idade adulta Idade formal
adulta
● adulto jovem ● intimidade / isolamento
● adulto na ● generatividade /
meia-Idade estagnação
(Erikson, 1976)
• Primeira adolescência é a procura do amigo idealizado, vindo a fazer concorrência aos pais.
• Adolescência estabelecida é a procura do primeiro amor e de uma relação sexual e dos seus
equivalentes.
• Pós adolescência como entrada no mundo dos adultos mas mantendo ligação ao mundo
infantil em certos aspectos.
•
• Luto do grupo.
• Bernfeld, 1915
• Anna Freud
Winnicott
“Não existe que um único remédio na adolescência (…) é o tempo que passa e os processos de
maturação graduais que chegam finalmente à pessoa adulta. Não podemos nem os acelerar,
nem os atrasar, mas intervindo, arriscamos interrompê-los e destrui-los ou ainda podem partir
no seu interior e levar à doença mental”
(Winnicott, 1962)
Melanie Klein
Os distúrbios psíquicos subjacentes à adolescência são entendidos como repetição dos infantis, e
nenhuma especificidade será levada em conta em função das diferentes categorias etárias, apenas é
levada em conta a técnica de intervenção terapêutica – associação verbal versus jogo.
• Recusa misturar a técnica das crianças e dos adultos com a dos adolescentes
• Importância do pai na saída da díade primitiva. Pode implicar uma fixação à sua grandiosidade, com
riscos de evolução homossexual e entrave à constituição do Ideal do Eu adulto.
Distingue a puberdade, tempo explosivo, com livre curso da “loucura” incestuosa e parricida, e a
adolescência , tempo de sucesso marcado pela constituição do Superego e do Ideal do Eu adultos.
• Amor/Ódio
• “Sobrecarga instintual”
• Tendência à acção
Construção da identidade:
A relação entre o Ego e o Ideal do Ego é marcada com o devir pessoal, e vem depois de uma relação
passiva com os projectos e desejos dos pais.
Corpo do Adolescente:
• Relação do adolescente com o seu corpo revela o tipo de relação que estabeleceu com os pais.
• Sexualidade adulta
• Plano individual
• Plano social
• Objectivos profissionais
Coimbra de Matos
Auto-identificação
Crise na adolescência:
Amor e sexualidade:
• Início da masturbação;
• Cenário amoroso;
• Fantasias;
• Ausência de masturbação;
• Ausência da fantasia;
• Homossexualidade;
• Gravidez;
• Abuso sexual.
Escola:
• Factores afectivos;
• Factores cognitivos;
• Factores familiares.
Família:
• Crise dos pais;
• Protecção e contenção;
• Incesto
• Estabelecimento de limites;
• Luto;
• Autonomização;
• Adolescência dos pais;
• Autoridade parental.
• Resto da família.
•
Habilidade
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O Normal e o Patológico na adolecência
Como avaliar?
Permite:
• Identificar interferências
2 modalidades de análise:
· Rumo futuro.
Coimbra de Matos
Patologia: desacordo com a textura da pessoa, o que representa atraso ou hipermaturação, a revivência de
conflitos já supostamente resolvidos.
Caracteres patológicos;
Sofrimento.
1. Conflito intrapsíquico;
2. Estrutura psíquica;
5. Duração da perturbação;
6. Intensidade;
Tipos de perturbações:
Perturbações do carácter
Perturbações corporais
Perturbações alimentares
Perturbações do sono
Droga
· Tipo de consumo;
· O consumidor;
· Frequência.
Mais do que identificar comportamentos sintoma, deve tartar-se de analisar o funcionamento psíquico do
adolescente, e ligar às interacções familiares
Aspectos importantes:
• Compreender a dinâmica relacional em que surge o pedido de exame psicológico
• Importância do momento em que a avaliação psicológica é proposta ao adolescente
• Natureza da perturbação
• Intensidade
• Sinais associados
• Idade da criança
• Evolução
Oposição ao deitar
Grita, agita-se e resiste a ir para a cama
Desaba após longo período de luta com os pais
Rituais ao deitar
Frequentes: 3-5/6 anos
Criança exige que determinados objectos estejam dispostos sempre da mesma forma
Manifestações obsessivas discretas como tentativa de control da angústia derivada do conflito edipiano
Fobia ao deitar
Frequente: 2-3 anos
Exigência contra-fóbica: luz com demasiada intensidade – criança tomada pelo pânico quando tenta adormecer
Criança quer dormir entre os pais, ou que lhe deem a mão
Fobia aparece frequentemente após episódios de angústia ou terrors nocturnos (2-3 anos)
Causas diversas:
• Desejo de control total da vida propria
• Despertar das angústias face à actividade pulsional intense
• Culpabilidade perante a vida onírica ou masturbatória
Reaparecimento de comportamentos de adormecer da infância
• Adormecer a ouvir música
• Ler até tarde
•
Anorexia 2º trimestre:
• 5-8 meses
• Surge com a mudança na alimentação (“anorexia de desmame”)
• Anorexia
•
•
Ansiedade maternal
Frustração contante
• Anorexia está isolada: lactente continua a crescer e a engordar
• Frequentemente está relacionada com relação mãe-bebé (lactente come bem com outras pessoas) –
Sensação de rejeição da mãe
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Anorexia
ESTUDO PSICPATOLÓGICO:
• Atitude terapêutica:
• Focar-se na relação mãe-bebé
• Apaziguar angústia materna
• Reduzir atitudes prejudiciais mais acentuadas
• Psicoterapia com a mãe (em caso de necessidade)
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Anorexia
Formas particulares de anorexia do lactente:
Anorexia essencial precoce
• Passividade desde o Nascimento
• Podem ser dos primeiros sinais de psicose ou autismo
Anorexia da 2ª infância
• Atitude intense de oposição
• Existência de caprichos alimentares mais ou menos inconstantes
•
Anorexia mental das meninas
• Adolescência
Obesidade:
2 períodos particulares:
• 1º ano de vida
• 10-13 anos
•
Personalidade da criança obesa:
• Moles, apáticos e tímidos (mas com fúrias súbitas)
• Outros sintomas:
• Enurese
• Dificuldades escolares
• Inibição e passividade podem ser entraves ao sucesso escolar
Crises de bulimia
• Adolescentes anoréticas, crianças obesas ou diferentes tipos de entruturas
mentais
Potomania
• Regressão (alimentos líquidos)
• Comportamentos de oposição a quem rodeia o bebé
Pica
• Ingestão de substâncias não comestíveis para lá do período normal (4-10
meses)
• Carência afectiva profundal, abandon e psicose
Coprofagia
• Não é frequente na infância
• Perturbação profunda: investimento corporal e relações com outro
(especialmente com a mãe)
• Crianças frias, sem afectividade
• Quadro evocador de psicose
Neurofisiologia esfincteriana:
Passagem do comportamento reflex automático para o comportamento voluntário controlado
Cultura:
• Evolução dos costumes e hábitos
• Difusão de conhecimentos sobre infância
• Maior liberalismo
Relacional:
Relação mãe-criança
Satisfação da criança
Enurese:
• Enurese primária
• Enurese secondária (3-4 anos)
• Enurese nocturna é a mais frequente!
• Prevalência: 10-15%
• Proporção: 2 (rapazes)/1 (rapariga)
• Pode associar-se a outras manifestações:
• Encoprese
• Potomania
• Imaturidade motora
•
Diagnóstico diferencial:
• Afectações urológicas
• Afectações neurológicas
• Epilepsia nocturna
Factores etiológicos:
• Hereditariedade
• Mecanismo vesical do enurético
• Sono do enurético
• Factores psicológicos
•
A criança e a sua personalidade:
• Dificuldade de traçar um perfil tipo
• Micção: simbolismo sexual
• Utilização auto-erotica da excitação uretal
• Equivalente masturbatório
• Agressividade uretal
• Afirmação viril do rapaz
• “Depressão simulada”
O ambiente da criança:
• 2 vertentes
1. Carência/défice: frequência de conflitos familiares
2. Sobre-investimento: por parte dos pais, na função esfincteriana da criança
• Mães obsessivas ou fóbicas
• Pouca sintonia com ritmos da criança
O ambiente da criança:
• 2 vertentes
1. Carência/défice: frequência de conflitos familiares
2. Sobre-investimento: por parte dos pais, na função esfincteriana da criança
• Mães obsessivas ou fóbicas
• Pouca sintonia com ritmos da criança
O ambiente da criança:
• Enurese: pode modificar a atiude familiar e perpectuar o comportamento patológico
Associações patológicas:
• Atraso mental
• Psicose
• Neurose
•
TRATAMENTO
Medidas gerais:
• Correcção de medidas educativas prejudiciais
• Moderação do consume de bebidas à noite
• Higiene de vidacom prática de desporto (crianças inativas)
Implicam participação da família e abandon de posições que reflectem conflitos neuróticos maternos
Motivação da criança:
Informação
Participação
Despertar nocturno:
• Despertar a uma hora regular, pelo pais
• Micção complete antes de deitar
• Despertar criança 60-90min depois de adormecer
• Duração: 3 semanas a 1 mês
• Adiar a cada noite o despertar cerca de 15 minutos
• Despertar mediante dispositivo sonnoro
• Lençóis com condutibilidade
• Não usar antes dos 7/8 anos
• Prescrição medicamentos
• Anti-depressivos
• Não usar antes dos 6 anos
• Psicoterapia
• Quando o plano neurótico predomina face aos outros
• Psicoterapia curta duração
• Psicoterapia tradicional ou psicodrama
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Encoprese
ESTUDO PSICOPATOLÓGICO:
Encoprese:
• Defecação nas cuecas depois da aquisição da hygiene (2/3 anos)
• Encoprese
• Primária
• Secundária
• Quase exclusivamente diurna
• Proporção: 3 (rapazes)/1 (rapariga)
• Idade aparecimento: 7/8 anos
• Prevalência: 1.5-3%
•
Estudo clínico:
• Aspecto das fezes
• Ritmo
• Condições
• Relação da criança com as fezes
• Indiferença (só se nota pelo odor)
• Comportamentos de dissimulação (cuecas escondidas e acumulada em cima de armário, e
sentimentos de vergonha)
•
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Encoprese
Factores etiológicos:
Factores etiológicos:
A família:
• Dificuldades na relação mãe-criança
• Pais tímidos ou inseguros
• Mães:
• Ansiosas
• Emotivas
• Sobreprotectoras
• Dissimulam ansiedade por detrás de comportamento rígido em matéria de educação esfincteriana,
quer por detrás de uma preocupação excessiva com “expulsões” do filho
• Dissociações familiars frequentes:
• Alterações da organização familiar
• Colocação na escola
• Nascimento de irmão
• Início trabalho mãe
Evolução:
• Geralmente desaparece ao fim de algumas semanas
• Se persiste, são graves
• Dimensão psicopatológica
• Patologia familiar
• Desaparece na adolescência, mas deixa traços caracteriais ou neuróticos
•
TRATAMENTO
Deve incluir a família
Não deve ser comportamental
Se há neurose: psicoterapia analítica
Mobilidade:
• inicialmente é travada pela hipertonia fisiológica
• Evolui ao ritmo de:
• maturação biológica
• Interacções possíveis com o meio que organiza
PERTURBAÇÕES DE LATERALIZAÇÃO:
Prevalência:
• Esquerdinos: 4%
• Dextrimanos: 64%
• Ambidextros: 32%
DISGRAFIA:
Depende de:
• Aprendizagem escolar standardizada
• Factores maturativos individuais
• Linguísticos
• Práxicos
• Psicosociais
TRATAMENTO:
Associação de:
• Imperícia voluntária da motilidade
• Sincinesias (imitação e tónicas)
• Paratonia
Dificuldade em executar determinadas sequências de gestos (a partir dos 6/7 anos) tais como:
• Vestir
• Atar os atacadores dos sapatos
• Abotoar a camisa
• Andar de bicicleta sem rodinhas
Plano afectivo:
• Imaturidade
• Inibição nos contactos Menos grave
• Reactividade (face ao escárnio dos pares)
• Organização da personalidade
• Aspecto estranho
• Dificuldade no contacto Mais grave
• Isolamento de pares
•
Ordem causal invertida: Não é a criança que tem determinadas manifestações, mas contrói-se uma identidade
que se torna causa de tudo o que acontece.
Crianças diagnosticadas com PHDA sofrem de quadros muito diferentes: luto, psicose, vítimas de violência…
• Reacção do meio aos primeiros tiques pode levar a um aumento ou diminuição da frequência do
comportamento.
•
•
• A um nível mais arcaico: perturbação gravida personalidade
•
ONICOFAGIA:
• Mais frequente (10-30%)
• Persiste em muitos adultos
• Significado:
• Deslocamento auto-erótico que associa o prazer da sucção a um equivalente masturbatório (com
castração auto-agressiva e punitiva)
Agressividade como:
• Estado tensional particular
• Comportamento objectivo
• Auto-defesa
• Destruição do objecto
• Intencionalidade
Mundo fantasmático
Fantasias agressivas: são normais nas crianças (“Estás morto, matei-te”; jogos de Guerra, brincadeiras com
armas…)
MAS…
MAS…
Quando os fantasmas são demasiado invadores:
• Aspecto inibido ou angustiado
• Comportamentos bruscos de passagens ao acto
•
Distinguir:
1. Fantasmas agressivos (processo primário)
2. Fantasias agressivas (processo secundário) – integrados na personalidade e no Ego
3.
4.
Jogo como área intermádia para viver fantasias
Até aos 2 anos: reacção de raiva com agitação, turbulência e gritos (quando não obtem o que quer)
Final 2 anos: Primeiros comportamentos agressivos
2/3 anos: comportamentos de oposição com fúria (ataca crianças da mesma idade)
4 anos: agressividade é expressa verbalmente (rapazes mais agressivos que raparigas)
• “Carraco familiar” (pode ser selective no(s) elementos da família que escolhe como alvos)
• Intolerância à frustração
• Normal 2/3 anos
• Nalgumas crianças mantém-se ao logo do tempo e aumenta de intensidade
• Entendimento entre pais fraco ou artificial
• Autoridade paterna injuriada
• Modos familiars organizados em torno da chantagem
•
Sequência:
• Violência material
• Bandos de adolescents
• Nível socioeconónimoc baixo
• Comportamentos impulsivos e pouco premeditados
• Violência organizada
• Furto ou ameaça
• Extorsão
• Pré-delinquência
“Eternas vítimas”
Auto-mutilações:
• Auto-mutilações fixas das grandes encefalopatias ou psicóticos graves
• Como resposta a frustração
• Como sinal de solicitação ao meio (menos violento e destruidor)
• Como retorno contra si próprio após uma interacção agressiva com o meio (desordem)
• Como comportamento auto-estimulador num context solitário (intensidade dos golpes fraca)
•
• Auto-mutilações impulsivas
• Observam-se durante crise de grande agitação (secundária a uma frustração)
Perturbações de articulação:
Existência isolada de deformações fonéticas (mais nas consoantes do que nas vogais)
Frequente até aos 5 anos. Se persistir: re-educação
Pode deriver de regressão (afecto)
Dislexia-disortografia
Dificuldade em adquirir leitura na idade habitual (associam-se a dificuldades de ortografia)
Prevalência: 5-15% crianças
Diagnóstico a partir dos 7 anos e meio
Dislexia:
Confusão de grafemas com proximidade:
• Fonética
• Forma
Inversão
Omissão
Frase: dificuldade em delimiter pausas e ritmos
Disortografia:
Erros assemelham-se aos da leitura
Factores associados:
• Atraso da linguagem
• Perturbações de lateralização
• Perturbação da organização espácio-temporal
•
Disortografia (cont.):
• Factores etiológicos
• Factores genéticos
• Sofrimento cerebral
• Perturbações perceptivas
• Equilíbrio psicoafectivo
• Meio sociocultural
• Inteligência
• Pedagogia
•
Tratamento:
• Se houver quadro de perturbação profnda da personalidade: necessidade de intervenção mais global
• Re-educação
Gaguez:
Prevalência: 1%
¾ rapazes vs. ¼ raparigas
Acompanhada de diversos moviementos motores:
• Crispação do rosto
• Tiques
• Manifestações emotivas
Início: 3-5 anos
Pode voltar na adolescência após choque afectivo
Factores associados:
• Hereditariedade: 30% casos
• Atraso da linguagem
Psicopatologia da gaguez:
Traços frequentes:
• Introversão
• Ansiedade e submissão
• Agressividade e impulsividade
Evolução e tratamento:
• Início precoce terapia (5-7 anos) tem bons resultados
• Re-educação ortofónica
• Exterioriação da agressividade
• Crianças mais velhas e neurse: terapia
• Relaxamento
• Psicodrama
Mutismo:
Ausência de linguagem depois de adquirida (sem se inserir num quadro de afasia)
Psicopatologia do mutismo:
Mecanismo de conversão histérica na adolescência
Pode ocultar perturbações graves de personalidade
“Segredo familiar” não assumido – mutismo pode proibir a sua divulgação
Tratamento:
Psicoterapia de apoio (mutismo emocional)
Mutismo elective: mais difícil
• Psicodrama
• Separação familiar
LINGUAGEM E PSICOSE
Perturbações da linguagem muito presentes na psicose
DEFICIÊNCIA MENTAL:
Definição, classificação e frequência:
Definição:
Difícil definir os limites da deficiência (existem diferente critérios)
Estudo clínico:
1. Nível de desenvolvimento e eficiência social
1. Deficiência mental profundal
2. Deficiência mental grave e moderada
3. Deficiência mental ligeira e limite
Estudo clínico:
2. Perturbações afectivas do comportamento:
• Deficiência mental profundal e grave
• Deficiência mental ligeira
• 2 linhas:
• Manifestações comportamentais
• Inibição, passividade, abatimento
•
•
Existência de perturbações afectivas traduz character dasarmónico da organização
da personalidade
Estudo clínico:
2. Perturbações afectivas do comportamento:
• Deficiência mental profundal e grave
• Deficiência mental ligeira
• 2 linhas:
• Manifestações comportamentais
• Inibição, passividade, abatimento
•
•
Existência de perturbações afectivas traduz character dasarmónico da organização
da personalidade
2. Abordagem psicopatológica:
As funções de realização estão comprometidas mas…
• Função apetitiva
• Organização fantasmática
Abordagem terapêutica:
• Psicoterapia de apoio
• Terapia familiar (ou mãe-criança):
• Tendência para a rejeição
• Sobreprotecção
• Demissão perante a desvantagem
•
Medidas pedagógicas:
Existam várias áreas que podem ser trabalhadas, que são alvo de intervenção de diferentes especialidades
Medidas institucionais:
Instituições: reunem possibilidade de psicoterapia e medidas pedagógicas
•
Características:
• QI elevado
• Aprendizagem espontânea a partir dos 4-5 anos, sem imposição familiar da leitura
• Capacidades intelectuais
• Aptidão escolar específica
• Pensamento criativo ou produtivo
• Arte visual ou expressão
• Capacidades psicomotoras
Abordagem epidemilógica:
• Prevalência: 2-5% crianças em idade esclar
• Mais rapazes do que raparigas
• Fratria: mais velhos
• Nível socioeconómico elevado
• Origem étnica:mais prodominante entre Judeus
• Desenvolvimento físico elevado
• Aptidão escolar: resultados contraditórios
• Interesses:
• Grande apetência para leitura
• Frquência do isolamento
Dificuldades:
• Desvio social
• Desvio interno
• Manifestações psicopatológicas
•
Comportamentos práticos:
• Pedagogia específica
• Criação de classes especiais
• Suplemento pedagógico (aula normal)
• Ausência de medidas específicas
•
•
Varia em função de diferentes países
Critérios:
• Alteração das capacidades de comunicação
• Alteração das interacções sociais
• Aspecto restrito repetitive e estereotipado dos comportamentos, interesses e actividades
•
Epidemiologia:
• Prevalência: 0.7/13.9 - 10.000
• Sexo: 3 rapazes/1 rapariga
• Somente ¼ tem QI na zona media
• 2/3 têm debilidade moderada ou grave
Descrição clínica:
• Síndrome autista típica
• Constitui-se durante o 1º ano
• Aos 2/3 anos é evidente
• Perturbações no contacto
• Perturbações da comunicação e da linguagem
• Reacções estranahas e restrição de interesses
• Modulação sensorial e motricidade
• Funções intelectuais
• Sinais precoces de autismo
•
• Formas clínicas
Diagnóstico diferencial:
• Surdez
• Disfasias graves
• Carência afectiva e depressão do lactente
• Associação encefalopatia e sindrome autística
Reacção de retirada
É tradução do autism secundário: isolamento social e afectivo
Comportamentos motores
2 pólos:
1. Inibição e retirada
2. Instbilidade e agitação psicomotora
HIPÓTESES ETIOLÓGICAS:
• Aspectos genéticos
• Genática das psicoses precoces
• Genética das pscioses da 2ª infância
• Aspectos neuropsicológicos
• Perturbações perceptive-sensoriais
• Perturbações cognitivas
• Abordagem psicopatológica e hipóteses psicogenéticas
• Abordagem psicopatológica
• Núcleo psicótico
• “Posição autística”
• Hipótse centrada no ambiente
• Papel dos pais
• Hipótese centrada na criança ou na interacção pais-criança
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Autismo e psicose
PSICOSES DA 2ª INFÂNCIA (OU ESQUIZOFRENIA INFANTIL) (cont.):
Tratamento:
• Psicoterapias
• Tratamentos educativos e re-educativos
• Contribuição pedagógica
• Terapias comportamentais
• Tratamentos medicamentosos
• Acções terapêuticas junto dos pais
• Tratamentos institucionais
Insuficiência
Spitz: depressão anaclítica
Hospitalismo
Existe nalgumas famílias um “Hospitalismo Familiar”
Vários sintomas
Descontinuidade (separação)
Bowlby: fases
●
Protesto ●
Desespero ●
Desvinculação
●
Expressão da dor e do ●
Manifestação da depressão ●
Trabalho psíquico de defesa
sofrimento e do luto e de reconstrução
Consequências:
• Interrupção do desenvolvimento afectivo e cognitivo
• Perturbações somáticas
• Perturbações psicossomáticas
• Dificuldades de adaptação à escola
Distorção (famílias-problema)
Miséria social tem repercussões graves no desenvolvimento infantil:
• Desemprego
• Rupturas e novas uniões constants
• Alcoolismo e violência
• Fratrias numerosas
• Negligência
•
•
Várias consequências para o desenvolvimento infantil
Pais psicóticos:
Aspectos clínicos:
• Relação mãe-bebé perturbada
• Impossibilidade de a mãe ver a criança real
• Irregularidade nos cuidados diários
• Crianças mais velhas: sobre-representação da patologia
• Delírio induzido
• Hipermaturidade
Pais deprimidos:
Interacção dos pais deprimidos com as crianças:
• Tronick: impassibilidade do rosto materno
• Bebé tenta interagir inicialmente, mas acaba por se isolar e ficar desesperado
• Depressão: reduz qualidade e diversidade dos contributos afectivos: contribui para interiorização de cenários
fantasmáticos de forma duradoura.
Famílias monoparentais
Criança normalmente fica com a mãe.
Factores a ter em consideração:
• Conhecer ou não identidade do outro progenitor
• Tem ou não contactos reguladores do outro progenitor
• Qualidade da relação do outro progenitor quando está presente
• Situação remonta ao nascimento ou 1ª infância
• Situação remonta após período de co-habitação ou casamento
• Idade da criança quando se deu a separação
• Viver com o pai do mesmo sexo
• O pai “desaparecido” é ou não do mesmo sexo
• Ser ou não filho único
• Número de irmãos
Famílias monoparentais
Criança normalmente fica com a mãe.
Factores a ter em consideração:
• Conhecer ou não identidade do outro progenitor
• Tem ou não contactos reguladores do outro progenitor
• Qualidade da relação do outro progenitor quando está presente
• Situação remonta ao nascimento ou 1ª infância
• Situação remonta após período de co-habitação ou casamento
• Idade da criança quando se deu a separação
• Viver com o pai do mesmo sexo
• O pai “desaparecido” é ou não do mesmo sexo
• Ser ou não filho único
• Número de irmãos
É difícil estabelecer tipologia de criança privada de um dos pais. Depende de vários factores, e de como os pais
vivem a monoparentalidade.
Funções principais:
Avaliação, diagnóstico e encaminhamento
População-alvo:
• Professores
• Pais
• Alunos
Outras funções
• Relatórios e pareceres
• Workshops e formação
Criança:
Distinguir possibilidades de aprendizagem e desejo de aprendizagem
Família:
• Meio socieconómico tem influência
• Separação da criança da família com a entrada na escola
• Tipo de investimento dos pais nas actividades escolares da criança (sub- ou sobre-investimento)
Escola:
Transformação da escola:
• Vaga demográfica
• Mudança da percepção de autoridade do professor Criança Escola
• Acesso à escola de todas as classes sociais
• Integração de imigrantes
Atraso escolar
Diminuição do rendimento escolar
• Dificuldades familiares
• Conflitos actuais da criança
• Início de desorganização psicótica
Insucesso escolar “permanente”
• Debilidade mental
• Recusa escolar
• Desinteresse escolar
• Inibição escolar
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A criança e a escola
CLÍNICA DAS DIFICULDADES ESCOLARES:
Estudo clínico
• Momento fóbico
• Longe dos momentos fóbicos
• Outras manifestações
• Sintomas de aparência neurótica
• Comportamento agressivo com família (especialmente com a mãe)
• Estado depressivo
Diagnóstico diferencial
Até aos 2-3 anos, a angústia de separação (e as suas manifestações) são normais. Se perdurar:
• Faltar às aulas
• Recusa escolar Procurar outros sintomas
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A criança e a escola
CLÍNICA DAS DIFICULDADES ESCOLARES:
Abordagens psicopatológicas
Dinâmica familiar
• Criança dependente da família
• Mãe ansiosa ou fóbica
• Pai pouco tranqulizante, fraco ou ausente
• Dificuldade da criança em identificar-se com o pai
Abordagem terapêutica
• Psicoterapia
• Abordagem familiar
• Medicação
Factores internos:
• Excitação pubertária
• Angústia
• Modificação do equilíbrio pulsão-defesa
• Antítese actividade/passividade
• Modificações instrumentais
• Modificações enquanto instrument
• Modificações da função
3 eventualidades diagnósticas:
1. Crises (Erik Erikson)
2. Comportamentos graves. Personalidades anti-sociais (BL)
3. Depressão na adolescência
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Agir e passagem ao acto na adolescência
AGIR E PASSAGEM AO ACTO NA ADOLESCÊNCIA:
Fugas e errâncias:
• Características comuns:
1. São comportamentos agidos
2. Não são delitos por si mesmos
3. Representam comportamento social importante da adolescência
4. Não têm necessariamente carácter patológico
5. Passagens do campo familiar ou institucional para o campo social
6.
Diferentes modos de partida na adolecência:
• Viagem: desejo de descoberta, gosto pela Aventura
• Caminhada: desejo de rupture e procura de nova identidade
• Fuga: dimensão de evasão, a angústia, o papel do meio
Hetero-agressividade:
• Violência contra bens
• Vandalismo
• Comportamentos destrutivos solitários (pirómano)
• Comportamentos hetero-agressivos com formas excremenciais
• Violências contra pessoas
• Violências escolares
Auto-agressividade:
• Auto-mutilações
• Impulsivas
• Crónicas
• Equivalentes suicidários e comportamentos de risco
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PSICOPATOLOGIA DA ADOLESCÊNCIA
COMPORTAMENTOS CENTRADOS NO CORPO
Imagem do corpo:
Tem sempre base afectiva
5.
6.
Lugar da regressão
Diversos tipos de regressão (com significados e quadros diferentes)
OBESIDADE
• Comportamentos e personalidade do adolescente obeso
• Hipóteses psicopatológicas
• Genética
• Ambiente (familiar)
• Afectivas (relação mãe-bebé)
• Obesidade e depressão (tédio)
• Encobre deficiência na elaboração do narcisismo
• Obesidade e sexualidade
• Defesa contra desejos sexuais e cumpabilidade adjacente
• Tratamento
• Medicação
• Psicoterapia
ANOREXIA MENTAL
• Caraterísticas epidemiológicas
• 90-97% sexo feminino
• Aparecimento: 15/6 ou 18/9 anos
• Co-morbilidade com outras patologias
• “Síndrome anorética”. Descrição clínica:
• O emagrecimento
• A amenorreia
• A hiperactividade
• Percepção deformada da imagem do corpo
• Desinteresse pela sexualidade
• A família da anorética
• Evolução:
• variável
• comportamento e estrutura não são indissociáveis
• Formas clínicas
Perturbações específicas:
• Insónias
• 3 tipos
1. “Verdadeiras”
2. Secundárias
3. Síndrome do atraso da fase de sono
• Comportamentos patológicos durante o sono: as parassónias
• Sonambulismo
• Terrores nocturnos
• Hipersónias
• Narcolepsia-cataplexia
• Hipersónia idiopática
• Síndrom Kleine-Levin
Tratamento
• Estratégias práticas (mudra progressivamente hora de deitar)
• Medicação
• Psicoterapia
• Orgasmo
20% das raparigas de 15 anos tiveram 1 orgasm
• Masturbação
90% rapazes (1ª ejecualação – 68%)
40% raparigas (1º orgasm – 84%)
• 1ª relação sexual
Dados estatísticos variam em função da época histórica e país
Ao longo dos anos, a idade media da 1ª relação sexual tende a ser cada vez mais cedo
●
Rapazes ●
Raparigas
●
Manutenção da relação sexual com a mesma ●
8% ●
29%
pessoa
●
Implicação afectiva na 1ª relação sexual (NÃO ●
46% ●
8%
EXISTENTE)
Homossexualidade
• 4.6% (rapazes)
• 2.9% (raparigas) Secundário
Tende a aumentar a partir dos 18/9 anos
Normalidade:
•
•Perspectiva sociológica Ponto de vista clínico
•
•
3 dificuldades no domínio da sexualidade do adolescente:
• Realização sexual e as suas dificuldades
• Escolha do objecto sexual e as suas dificuldades
• Identidade sexual e as suas dificuldades
•
Dificuldades específicas do estabelecimento da identidade sexual:
1. Transexualidade
2. Intersexualidade ambígua
Transexualidade:
• Começa na infância
• Adolescência: frequentemente dá início a crise de identidade
• Conflito interno: não deseja nem aceita o seu desenvolvimento
• Conflito externo: pressão familiar e da sociedade face às suas aspirações
• Puberdade e caracteres sexuais secundários: cride e depressão
• Pertence ao grupo de perversões
• Limites com travestismo e homossexualdade nem sempre é clara
•
Anomalia dos órgão genitais externos
• Origem orgânica
• Pseudo-hermafroditismo feminino
• Pseudo-hermafroditismo masculino
Aspectos somáticos
A partir dos 16 anos, existem poucas implicações negativas para a rapariga
Aspectos psicossociais
• Gravidez tende a surgir em clima de ruptura
• Genitor ausente (e por vezes não conhece a situação)
• Estatuto socioeconómico tendencialmente baixo
• Vida caótica
3 fases de desenvolvimento
1. Excitação somática difusa (manifestações físicas)
2. Angústia psíquica masrcada por um receio extremo que invade a psique (fobias arcaicas)
3. Angústia, sinal-sintoma (Ego suscita angústia face a perigo ptencial)
4.
ESTUDO CLÍNICO
Continuidade da infância na idade adulta
3 manifestações relacionadas com ansiedade têm continuidade da infância para a idade adulta:
5. Fobias simples (sangue, feridas corporais)
6. Inibição ansiosa
7. Ansiedade de separação
8.
Perturbações de pânico
Angústia
Inibição
Inibição intelectual
Inibição de fantasmar
Inibição relacional (timidez)
ATENÇÃO:
Ligação entre comportamento sintomático e estrutura psíquica é frouxo (a comprensão remete para outros eixos)
Diferença de sexos
Rapazes e raparigas têm diferentes formas de expresser o mal-estar:
• Rapazes: comportamento agressivo (descarregar de tensões e sofrimento relativamente auma imagem negative
de si, escondida numa aparente insolência ou reacção violenta)
• Raparigas: imagem do corpo, peso, dores mais ou menos difusas
Causas
• Biológicas
• Familiares (luto, pais deprimidos, divórcio, conflitos)
• Existenciais (decepção sentimental, insucesso escolar, doença física)
Ponto-chave:
Articulação entre os avatars da adolescência e a organização intrapsíquica depressive relativamente independente
das fases de vida
Perdas a 4 níveis:
• Corpo
• Pais
• Grupo
• Self, dos seus movimentos e formações psíquicas
Regressão narcísica
Desvio entre o que é o adoelscente e o que gostaria de ser – golpe na auto-estima
Movimentos regressivos
AGRESSIVIDADE E AMBIVALÊNCIA
Reactivação pulsional agressivas orais e anais são componete fundamental da “estrutura depressiva de base”
CLÍNICA
O ambiente familiar
• Separação do adolescente Luto dos pais
•
• Acontecimentos precipitantes dentro do seio familiar
• Controlo excessivo e as suas consequências
• Contenção das angústias do adolescente
• Depressão de inferioridade: projecção por parte dos pais do seu ideal megalómano na criança para se defenderem
da sua propria depressão
• Depressão de abandono: pais directamente relacionados (principalmente a mãe). Adolescência como 2ª forma de
separação-individuação
• Depressão melancólica
•
Evolução e diagnóstico
Depende largamente do Quadro clínico: estrutura, sintomas, idade de aparecimento…
Abordagens terapêuticas
• Tratamentos medicamentosos
• Terapia relacional
• Intervenção sobre o ambiente
• Prevenção
Raparigas: 3%
Rapazes: 1.5% Tentativa de suicídio na adolescência
30-50% das tentativas de suicídio têm reincidência nos 12-18 meses seguintes.
Características familiares:
• Famílias dissociadas
• Ausência figura paterna (autoridade)
• Antecedentes patológicos frequentes
• Alcoolismo
• Tentativas de suicídio
Factores sociais
Factores individuais
• Insucesso escolar
• Parâmetro sexo
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Estudos epidemiológicos
TENTATIVAS E SUICÍDIO: ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS (cont.)
Os meios
• Ingestão de medicamentos
• Produtos tóxicos
• Overdose
• Atirar-se para debaixo de um veículo
• Enforacamento
• Arma de fogo
• …
Síndrome de pseudo-cura
Primeiros dias após a tentativa de suicídio
Esquizofrenia
• Diagnóstico difícil
• 3 fases evolutivas
1. Pré-mórbida
2. Prodrómica
3. Psicose franca
Ver evolução!
Ter em consideração 3 pontos:
1. Antecedentes do sujeito
2. Aspecto clínico propriamente ditto
3. Avaliação fixa e pormenorizada do funcionamento mental
2. Idade de ocorrência
Quanto mais cedo, maior a probabilidade de evoluir para uma psicose crónica
3. Dados semiológicos
Restrição do afecto é desfavorável
5. Evolução
Isolada ou cronicidade
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Os diferentes estados psicóticos
ESTADOS PSICÓTICOS CARACTERÍSTICOS DA ADOLESCÊNCIA
1. Substâncias e psicose
Estado psicótico agudo “reactivo”
Efeito esquizo: alucinógenos (LSD, mescalina)
• Mergulho onírico
• Sentimento de despersonalização
• Angústia de fragmentação
Efeito parano: anfetaminas
• Participação delirante mais intense
•
Estado psicótico agudo: depoisde 24horas do consume
Evolução variável:
1. Acto isolado
2. Novo consume e repetição do surto
3. Psicose crónica
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Os diferentes estados psicóticos
ESTADOS PSICÓTICOS CARACTERÍSTICOS DA ADOLESCÊNCIA
As formas particulares:
2 formas:
1. Substâncias e psicose
2. Evolução na adolescência das psicoses infantis
1. Substâncias e psicose
Estado psicótico agudo “reactivo” (cont.)
Psicose aguda ocorre em sujeitos com:
• Ego fraco
• Fragilizados pela adolescência
• Borderline
2 estados:
• Estado psisótico contínuo à psicose infantile
• Estados psicóticos que aparecem com a adolescência
Abordagem psicanalítica
• Os processos primordiais
• A paradoxalidade
• Mecanismos psicóticos do Ego
• Ruptura psicótica
• Rupturas perigosas
• Abordagem psicanalítica familiar
• Objectivos da intervenção precoce
Mecanismosmentais arcaicos:
Predomínio da clivagem, que é complementada por:
Identificação projectiva
Idealização
Denegação
Enfraquecimento do Ego
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Estados-limite na adolescência
INTRODUÇÃO
Mecanismosmentais arcaicos:
Predomínio da clivagem, que é complementada por:
• Identificação projectiva
• Idealização
• Denegação
A especificidade não está no Quadro clínico, mas sim na organização conflitual, económica e dinâmica subjacente.
• Aspectos clínicos
• Clinicamente, os adultos borderline são descritos como “adolescente atrasados”
• Dinâmica conflitual
• Ego em posição de relativa fragilidade
• Mecanismos de defesa arcaicos
• Hesitação de identidade e fragilidade narcísica
• Génese das perturbações
• Distorção no desenvolvimento precoce da criança
SINTOMATOLOGIA CLÍNICA
Patologia identifica-se através da avaliação do funcionamento psíquico (e não pelo Quadro nosológico)
• Frequência do agir
• Frequência dos comportamentos marginais e delinquentes
• Dificuldades escolares
• Dificuldades sexuais
• Manifestações centradas no corpo
• Tédio, desinteresse, sentimentos de vazio e inutilidade
• Sensibilidade a perdas e sentimentos de abandono
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Estados-limite na adolescência
CONTEXTO FAMILIAR
ABORDAGEM PATOLÓGICA
1. Mecanismos de defesa
2. Organização tópica (fraqueza do Ego e severidade do superego)
3. Ponto de vista dinâmico e as relações de objecto
PROPOSTAS TERAPÊUTICAS
Abordagem dupla:
• Psicoterapia de Inspiração Psicanalítica
• Medidas institucionais
Terminologia
• Desvio e marginalidade: sociologia
• Delinquência: jurídica
• Sociopatia: anglo-saxónicos
ESTUDO CLÍNICO
1. Os comportamentos do indivíduo
2. O psicopata no seu ambiente
3.
ESTUDO CLÍNICO
Os comportamentos do indivíduo
• A impulsividade e a agressvidade
• Aspereza
• Frequência elevada
• A instabilidade
• Comportamental
• Afectiva
• Escolar
• Profissional
• A natureza das relações humanas
• 1º contacto aparentemente frágil
• Mudança dá-se quando adolescente não tem mais a esperar da relação
• Relações superficiais, irregulares e com necessidade de satisfação imediata
ESTUDO CLÍNICO
Os comportamentos do indivíduo (cont.)
• Comportamento de retirada
• Fragilidade, angústia e sofrimento (mais característicos na adolescência)
• Passividade
• Ociosidade e desocupação
• Tédio e falta de interesse
• Dependência
• Completa passividade
• Não há autonomia real
• Descompensações agudas
• Reacções persecutórias: o mal-estar é atribuído aos outros
• Não existe culpabilidade, mas um sentiment que se assemelha à vergonha
ESTUDO CLÍNICO
Psicopata no seu ambiente
• A família
• História famialiar em zonas de marginalidade
• Interacções perturbadas: dissociação, conflito duradouro, mistura de gerações, presença de estranhos
no grupo familiar
• Adultos: impulsivos
• Rixas e alcoolismo habituais
• Pai ausente (ausência de figura de autoridade)
• Mãe especial: vínculo forte e caótico
• O ambiente social: o grupo
• Grupo é a única estrutura que contém o adolescente. Oferece:
• Identidade (papel)
• Protecção
• Estatuto
ABORDAGEM PSICOPATOLÓGICA
Fraqueza do Ego
• baixa tolerância à angústia
• Falta de control e impulsividade
• Ausência de capacidade sublimatória (resulta em desinteresse)
• Mecanismo de defesa primitivos: clivagem, Identificação projectiva, idealização
HIPÓTESES ETIOLÓGICAS
1. Psicogenéticas
2. Tipo orgânico
3. Ambiental
Psicogenéticas
• Rupturas na 1ª infância
• Carência afectiva precoce
Tipo orgânico
• Imaturidade neuropsicológica (desordem cerebral minor)
Ambiental
• Factores familiares
• Factores sociais
• Factores culturais
•
A impulsividade é o traço major do quadro clínico
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PSICOPATOLOGIA DA ADOLESCÊNCIA
DEPENDÊNCIAS
Dependências:
• Com substância
• Sem substância
Comportamentos de escalada:
• Tendências para passagens ao acto
• Utilização quantitative de uma subtância num sujeito
• Funcionamento relacional em direcção a um funcionamento cada vez mais virado para si
Substituição da relação afectiva (vivida como ameaça potencial à autonomia) por relação de domínio sobre o
“objecto”
• Abordagens biológicas
• Procura de sensações
• Abordagem psicodinâmica geral
•
•
EPIDEMIOLOGIA
• Tabaco
• Álcool
• Medicamentos contra ansiedade e insónia
• Drogas ilícitas
• Haxixe
• Droga para inalar
• Anfetaminas
• Heroína e cocaína
• Precocidade e acumulação de substâncias
• Particularidades 2º substâncias
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Dependências
TOXICOMANIA
Personalidade do toxicómano:
Não existe “o toxicómano”
Tipo de comportamento
Estrutura/organização de personalidade
Toxicomania na adolescência
Antecedentes infantis
• Colocação fora do domicílio pouco depois do Nascimento
• Consultas medico-psicológicas
• Insucesso escolar
• Elementos de excitação
• Elementos de depressão
• Passagens ao acto
• Pânico adormecimento durante a 1ª infância
Características familiares
• Dissociação familiar
• Colocação em amas ou educação das crianças pela família “alargada”
• Abuso de substâncias psicotrópicos (medicamentos pela mãe, álcool pelo pai)
• Trnasplantações culturais múltiplas
Factores em jogo
• Socioculturais
• Individuais
• Utilização regular de drogas ilícitas
• Angústias na infância e pré-adolescência
• Desinserção social
• Ligados às substâncias
Abordagem terapêutica
• Medidas somáticas e psiquiátricas imediatas
• Medidas terapêuticas específicas
• Prevenção
Alcoolismo
• Critérios de comportamento
• Síndrome de dependência
•
Riscos de alcoolização na adolescência
• Modificações carácter
• Modificações afectividade
• Estados depressives
• Delírios (raros na adolescência)
Personalidade do alcoolico
Não existe “o alcoolico” (tal como na toxicomania)
Traços comuns habituais:
• Intolerância à frustração
• Ansiedade
• Tendência depressive e sentimento de inferioridade (perda de auto-estima, vergonha ou emabaraço
relativamente ao seu corpo no seu conjunto ou em parte)
• Dependência afectiva relativa a um pai ou a um grupo
Abordagem psicanalítica
Tratamento
Varia em função do tipo de intoxicação:
• Alcoolização como forma de integração no mundo adulto: prevenção em escolas
• Alccolização enquanto medicação: abordagem psiquíátrica e psicoterapêutica
• Alcoolização enquanto comportamento toxicómano: abordagem psiquíátrica e psicoterapêutica