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A Psicomotricidade e a construção do
conhecimento na Educação Infantil
A Psicomotricidade e a construção do
conhecimento na Educação Infantil
Monografia apresentada a
Universidade Cândido Mendes
em cumprimento da exigência
para conclusão do curso de
Pós-Graduação em Supervisão
Escolar.
Introdução...........................................................................................................07
Capítulo I – Conceituação da Psicomotricidade.................................................09
Capítulo II – Revisão de Literatura: origem da Psicomotricidade.......................12
Capítulo III – A Psicomotricidade e a construção do conhecimento...................16
Capítulo IV - Apostila de jogos e atividades lúdicas..........................................38
Índice.................................................................................................................45
Conclusão...........................................................................................................46
Referências bibliográficas...................................................................................48
Folha de avaliação..............................................................................................49
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INTRODUÇÃO
1
Sociedade Brasileira de Psicomotricidade. Site: www.psicomotricidade.com.br, em 01/12/2003, às
20h 50min.
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psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto; à
emoção ao meio ambiente e aos hábitos dos indivíduos (S.P.B. 2003).
No início da década de 30, Gessel definiu por características
motrizes “as relações posturais, a preensão, a locomoção, a coordenação geral
do corpo e outras aptidões específicas”.
Em 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame
psicomotor para fins de diagnóstico, de indicação terapêutica e de prognóstico
1947, Julian de Ajuriaguerra, psiquiatra, redefiine o conceito de debilidade
motora ou motriz, considerando-a como uma síndrome com suas próprias
particularidades. É ele quem delimita com clareza os transtornos psicomotores
que oscilam entre neurológico e psiquiátrico. Com estas novas contribuições, a
psicomotricidade diferencia-se de outras disciplinas, adquirindo sua própria
especificidade e autonomia (S.P.B. / 2003).
Até 1947 a psicomotricidade integrou alguns trabalhos de Freud, com
a teoria do inconsciente e Piaget com a psicogênese (Guimarães2, 2002).
Em 1959 começam aprofundarem os estudos da psicomotricidade
com referência aos conceitos psicanalíticos. O inconsciente também se
manifesta no corpo, na postura, no gesto, no tônus e na respiração (Guimarães,
2002).
Estudos feitos no ano de 1960, sobre a imagem corporal, de Schilder
e dos estudos de relaxação de Schultz e de Jacobson, este período introduziu a
educação psicomotora através de Vayer e Picq (Guimarães, 2002).
Na década de 70, diferentes autores definem a psicomotricidade
como uma motricidade de relação. Começa então, a ser delemitada uma
diferença entre a postura reeducativa e uma terapêutica que ao despreocupar-
se da técnica instrumentalista e ao ocupar-se do corpo em sua globalidade vai
dando progressividade, maior importância à relação, à afetividade e ao
emocional. No entanto, a psicomotricidade não é a soma da psicologia com a
motricidade ela tem valor em si (S.P.B. 12/2003).
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Le Boulch em 1980, renova a Educação Física tradicional propondo
técnicas de educação psicocinética ou educação psicomotora.
Em 1983 Ajuriaguerra definiu a psicomotricidade como “a realização
do pensamento através do ato motor preciso, econômico e harmonioso”. (Alves,
2003).
2
Apostila da aula de Psicomotricidade – Prof. André Luiz Pereira Guimarães, 2002.
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Esquemas do Subestágio 4
• Procedem do repertório prévio da criança, havendo a coordenação
intencional
• Sacudir um chocalho para produzir um som
• Os esquemas ainda não possuem a mobilidade necessária, a conduta
se repete tipicamente como foi aprendida
• Encontrar um objeto que foi escondido, quando isso é feito diante dela
• Progressos nas habilidades de imitação aproximada. Entre chocar de
mãos quando deve bater palmas
• Progressos nas habilidades de imitação análoga. Abrir e fechar as mãos
quando deve abrir e fechar os olhos
• Possibilidade de imitar movimentos invisíveis. Mover os lábios. Tocar o
nariz, a orelha. Mostrar a língua.
• Coordenação dos esquemas de representação facilitando a
compreensão de objetos e fatos
• Disposição de sair de casa quando lhe colocam determinada roupa
• Quando sua fralda é retirada sabe que irá tomar banho
• Esquemas de conhecimento têm progressos, como os relativos à
captação do espaço
• Observação e provocação de deslocamentos de objetos
• Distinção das pessoas (6-8 meses)
• Chorar quando algum estranho se aproxima sem que uma figura bem
conhecida e protetora esteja presente.
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No subestágio 5 (12-18 meses), vimos a última reação. As reações
circulares terciárias que é o descobrimento de novas relações instrumentais
como resultado de um processo de experimentação ajustada à novidade da
situação.
A assimilação agora não é mera repetição pois na reação circular
terciária o esquema sensório-motor está integrado por elementos móveis e
variáveis em cada repetição, à medida que as condições da ação são
modificadas.
A busca ativa de uma nova relação entre meios e fins inicia-se de
modo intencional, mas é atingida normalmente de modo fortuito: quando um
esquema prévio não é eficaz, a criança ensaia procedimentos aproximados até
que o tateio leve à resposta correta.
A criança começa a usar meios novos para atingir seus objetivos e
realiza verdadeiros atos de inteligência e de solução de problemas.
Aproxima um objeto puxando algo sobre o qual está situado, por
exemplo, uma manta ou uma almofada.
• A conduta do barbante é semelhante e consiste em atrair um objeto
puxando o prolongamento do mesmo que pode ser um barbante
• A conduta do bastão consiste em usar um bastão ou pau para alcançar
um objeto afastado
• Puxar um lençol sobre o qual está de pé e até compreender que precisa
sair de cima para poder pegá-lo
• Tentar passar um boneco horizontalmente através das grades verticais
do parque até entender que precisa fazê-lo girar para conseguir fazê-lo passar
• A criança descobre o uso correto do ancinho como instrumento para
aproximar objetos, brinca aproximando-os e afastando-os alternadamente.
O desaparecimento do erro de subestágio 4:
• Já que o esquema de busca prévio não é eficaz, a criança ensaia outros
procedimentos, até obter o resultado desejado. Exemplo: quando a bola
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desaparece sob a mesa, nós buscamos ali e não embaixo do sofá.
No estágio V temos o erro de transposição. Que são:
• A criança não consegue ainda enfrentar os deslocamentos invisíveis do
objeto.
• A criança é incapaz de inferir que, se o objeto não está na mão do
experimentador, deve estar embaixo do lenço.
• Ainda pesam muitas as evidências perceptivas diretas, por isso a
elaboração da permanência do objeto ainda é vista com dificuldade quando
ocorrem deslocamentos dos objetos com trajetórias ocultas para a criança.
• A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu
repertório imitativo novos esquemas.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I – CONCEITUAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE. 09
CAPÍTULO II – REVISÃO DE LITERATURA: ORIGEM DA 12
PSICOMOTRICIDADE
2.1 - História da Psicomotricidade no Brasil 14
CAPÍTULO III – A PSICOMOTRICIDADE E A CONSTRUÇÃO DO 16
CONHECIMENTO
3.1 – O desenvolvimento da inteligência da criança 16
3.2 – Jean Piaget 18
3.2.1 – A Teoria de Jean Piaget 19
3.2.2 - A inteligência sensório-motora depois de Piaget 26
3.3 – Jerome Bruner 30
3.3.1 – A Teoria de Bruner 31
3.4 – Lev Vygotsky 32
3.5 – Henri Wallon 33
3.6 – Contribuição da Psicomotricidade na formação da inteligência 35
CAPÍTULO IV - APOSTILA DE JOGOS E ATIVIDADES LÚDICAS 38
4.1 – Exercícios do Esquema Corporal 39
4.2 – Exercícios Espaço-temporal 41
4.3 – Atividades que trabalham a lateralidade 43
ÍNDICE 45
CONCLUSÃO 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48
FOLHA DE AVALIAÇÃO 49
46
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOLHA DE AVALIAÇÃO