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Universidade de Cabo Verde- UNICV

PEDAGOGIA

HELANY MICHELE FREITAS DOS SANTOS

A PSICOMOTRICIDADE EM CRIANÇAS COM PROBLEMAS NEUROLÓGICOS

Cidade
2024
HELANY MICHELE FREITAS DOS SANTOS

A PSICOMOTRICIDADE EM CRIANÇAS COM PROBLEMAS NEUROLÓGICOS

Monografia apresentada como pré requisito para a


conclusão do Curso de Pedagogia.

Orientador:

Cidade
2024
HELANY MICHELE FREITAS DOS SANTOS

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer as duas figuras de maior importância da minha vida, meus


pais pois, foram eles que desde o início me apoiaram e proporcionaram as
oportunidades necessárias para que eu chegasse ao final da minha graduação,
sempre com muito carinho, amor e respeito.
“Somos o resultado na natureza, da vida, mas
também, devido à nossa psicomotricidade, o
resultado da nossa cultura, da nossa mente, da
nossa consciência e do nosso pensamento.”
(Vitor da Fonseca)
RESUMO
Procura-se com esta pesquisa apresentar a incidência da psicomotricidade sobre a
escolaridade apontando os principais aspectos que influenciam o desenvolvimento
infantil. Visa-se observar os principais conceitos da psicomotricidade como o
movimento, o intelecto e o afeto buscando entender como a criança se desenvolve e
a importância desses fundamentos na aprendizagem. Fundamenta-se essa pesquisa
no construtivismo de Piaget conhecendo os estágios de desenvolvimento da criança
e entendendo os conceitos de assimilação, acomodação, esquemas de ação e
equilibração. Também se tem por critério de pesquisa, compreender o
desenvolvimento psicomotor, os conceitos de tonicidade, lateralidade, noção
corporal, estruturação espaço temporal, práxis global e práxis fina e fazer uma
relação com a educação psicomotora e o desenvolvimento infantil, contribuindo
assim, para fundamentações sólidas a respeito do tema. Portanto, tem-se como
objetivo conhecer a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil,
para tanto, usou-se de metodologia científica, com métodos adequados para o tema
explorado, sendo uma pesquisa bibliográfica de fontes importantes e reconhecidas
acerca do tema abordado e investigatória, buscando a realidade apresentada na
educação infantil. Justifica-se a pesquisa desse tema considerando que, a
psicomotricidade caracteriza-se por uma ferramenta que se utiliza dos movimentos
para atingir outras aquisições e compreendendo que a psicomotricidade estuda o
homem através de seu corpo em movimento, sendo estes as primeiras ações
realizadas pelas crianças, entendendo que é uma forma de comunicação que abre
caminhos para possibilidades de aprendizagem e consequentemente cria um elo
entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil, a partir disso, tentar-se-á
encontrar as razões que apoiam a psicomotricidade no desenvolvimento infantil.

Palavras-chave: Psicomotricidade, desenvolvimento infantil, educação.


ABSTRACT

This research seeks to present the incidence of psychomotricity on schooling,


pointing out the main aspects that influence child development. It aims to
observe the main concepts of psychomotricity such as movement, intellect and
affection, seeking to understand how the child develops and the importance of
these fundamentals in learning. This research is based on Piaget's
constructivism by knowing the child's developmental stages and understanding
the concepts of assimilation, accommodation, schemes of action and balance.
Research criteria also include understanding psychomotor development, the
concepts of tonicity, laterality, body notion, temporal space structuring, global
praxis and fine praxis and making a relationship with psychomotor education and
child development, thus contributing to the foundations solid about the topic.
Therefore, the objective is to know the importance of psychomotricity in child
development, therefore, it used scientific methodology, with appropriate methods
for the theme explored, being a bibliographic search of important and recognized
sources on the approached and investigative theme, seeking the reality
presented in early childhood education. Research on this topic is justified
considering that psychomotricity is characterized by a tool that uses movements
to achieve other acquisitions and understanding that psychomotricity studies
man through his body in movement, these being the first actions performed by
children , understanding that it is a form of communication that opens paths to
learning possibilities and consequently creates a link between psychomotricity
and child development, based on that, one will try to find the reasons that
support psychomotricity in child development.

Keywords: Psychomotricity, child development, education.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................09
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................13
2.1 DEFINIÇÃO DE PSICOMOTRICIDADE........................................................13
2.2 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL......................................16
2.2.1 Construtivismo piagetiano......................................................................17
2.2.2 Os estágios de desenvolvimento segundo Piaget................................18
2.3 A RELAÇÃO ENTRE PSICOMOTRICIDADE E DESENVOLVIMENTO
INFANTIL.............................................................................................................20
2.3.1 Educação psicomotora............................................................................21
2.3.2 Desenvolvimento psicomotor.................................................................27
2.3.3 A influência da psicomotricidade na aprendizagem.............................29
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 32
REFERÊNCIAS...................................................................................................34
1 INTRODUÇÃO

Hoje o mundo está crescendo muito rápido e as exigências sociais com o ser
humano estão muito grandes. A sociedade exige pessoas críticas, atuantes, que
saibam se expressar, posicionando-se e comunicando-se com clareza, portanto
vemos aí a grande necessidade do desenvolvimento motor no processo ensino
aprendizagem para que o ser humano possa enfrentar as situações do dia -a -dia,
com maior capacidade e desenvoltura.
Desde o início dos tempos o homem procurou desenvolver suas habilidades e
aptidões. Conheceu o fogo, criou a roda, estudou a relação movimento/espaço, foi à
lua, criou barreiras, destruiu barreiras e estudou os diversos elementos que compõe
a sociedade. Conheceu o poder da ação e reação, fez de sua inteligência sua arma
mais poderosa; construtiva e destrutiva. Houve mudança, houve movimento.
A educação tem uma função essencial e importante neste processo. A escola
deve ser um local agradável onde a criança sinta prazer em apreender e,
especialmente trabalhe a coordenação motora das mesmas.
Para que ela aprenda a conhecer e valorizar o seu corpo cabe aqui salientar a
necessidade de citar durante o trabalho e em anexo atividades psicomotoras, que
busquem despertar um melhor desenvolvimento psicomotor da criança, tais como:
Domínio dos movimentos gestuais do corpo, Movimento com as mãos e os dedos,
reconhecimento das partes do corpo, entre outros, tal trabalho resultara em uma
melhor aprendizagem no processo de formação do educando.
O movimento é o objeto primo da psicomotricidade. Entende-se o significado
da psicomotricidade como sendo a ciência que tem como objeto de estudo o homem
através de seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo externo e interno,
isto é, a capacidade de se movimentar com intenção. Nesta pesquisa aborda-se a
psicomotricidade no desenvolvimento infantil.
Falar de psicomotricidade é falar de possibilidades. Existem possibilidades em
cada etapa no desenvolvimento da criança, relacionando-a uma à outra. Cada
criança é única, cada ser é diferente, mas as relações de crescimento estão ligadas
diretamente a afetividade, cognição e organização.
Para tanto, o envolvimento desses processos é preenchido com os três
conhecimentos básicos que norteiam a psicomotricidade, que são o movimento, o
intelecto e o afeto, estes sim, são individuais e únicos em cada criança.
O conhecimento do próprio corpo e do seu funcionamento são aspectos
fundamentais para o desenvolvimento dos aspectos físico, motor e intelectual da
criança, que se criança for bem trabalhada, principalmente em seus movimentos de
lateralidade, espaço, tempo e percepção, ela estará melhor preparada para atuar na
sociedade, também percebeu-se que através das atividades motoras obtém-se
resultados mais rápidos e compensatórios por parte dos educandos e assim a
importância do papel da escola e do educador em todo o processo.
Sendo assim, formamos um espaço, um todo. Entendendo as relações de
movimento com o meio tornará o indivíduo mais ou menos confiante e
compreendente desse espaço que vive.
Entende-se que a referida pesquisa é de grande importância, considerando
que a psicomotricidade caracteriza-se por um método que se utiliza dos movimentos
para atingir outras aquisições, tanto no âmbito da educação quanto da reeducação.
Buscar-se-á as razões que apoiam a psicomotricidade no desenvolvimento infantil,
pontuando as principais teorias e relacionando-as.
Compreende-se a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento
infantil, vê-se a necessidade de conhecer as etapas do desenvolvimento humano,
mais especificadamente os desenvolvimentos infantis, delimitando fatores que faz a
ligação da criança com o meio. Neste aspecto, observa-se que as primeiras
percepções corporais da criança irão expressar suas sensações, sentimentos e, é a
partir do movimento que a criança passa a se conhecer melhor.
Desenvolver o esquema corporal e a psicomotricidade é parte fundamental
para uma boa aprendizagem e uma ótima preparação futura perante a sociedade. O
autor Seber (2014) afirma que é preciso entender que, o domínio de uma atividade
não é conquistada de imediata, só o funcionamento de uma ação pode conduzir a
um aprimoramento dos movimentos.
Conhecer o próprio corpo significa ter uma compreensão global do seu
desenvolvimento. Isso implica conhecer e entender o seu desenvolvimento motor,
sua lateralidade, saber orientar-se no espaço, ter uma memória sinestésica
desenvolvida, fazendo com que haja uma interação entre corpo e aprendizagem.
Avaliando que a criança, desde sua concepção, já possui movimentos, e se
os mesmos não forem bem trabalhados durante sua infância, trarão sérios
problemas na vida adulta, cabe ao educador, detectar as dificuldades de
aprendizagem, que pode ser constatado durante o período escolar, e investigar as
causas de forma ampla. Sabendo-se que tais dificuldades, podem muitas vezes ser
de aspecto orgânicos, neurológicos, mentais, psicológicos, adicionados a
problemática ambiental em que a criança vive.
Sendo este um ser social, com cultura e linguagem adquiridas durante sua
vida até o momento, traz consigo todo o conhecimento que já adquiriu. Ele faz parte
da sociedade e é um ser único, individual e precisa ser trabalhado em sua
totalidade, aí entra a importância do desenvolvimento psicomotor do processo
ensino aprendizagem
Diante desses fatos, percebe-se a necessidade de pesquisar acerca da
importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil, que vem a
colaborar para a estimulação perceptiva e o desenvolvimento do esquema corporal
da criança.
Assim sendo, questiona-se: O que leva a psicomotricidade ser um fator
importante no desenvolvimento infantil?
Nesse sentido, as perguntas de investigação que direcionaram o presente
estudo foram:
1. O que é psicomotricidade?
2. Quais as etapas do desenvolvimento infantil?
3. Qual a relação da psicomotricidade e o desenvolvimento infantil?
O objetivo geral atende diretamente ao problema da pesquisa, que direciona
todo o processo de busca, que é: Identificar a importância da psicomotricidade no
desenvolvimento infantil.
A metodologia é um caminho a ser percorrido durante a elaboração e a
construção de uma pesquisa. A abordagem do problema é de ordem qualitativa,
visto que se trata de pesquisa social e não aborda tratamento estatístico e no
entendimento de Richardson (2018) os estudos que empregam uma metodologia
qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a
interação entre curtas variáveis, compreender e classificar os processos dinâmicos
vividos por grupos sociais.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, visto não se fazer uso de materiais de
campo, ou pesquisa ação, apenas obras já conceituadas cientificamente, ou seja,
material já elaborado. Confirmando, Gil (2016) destaca que embora em quase todos
os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas
desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Parte dos estudos
exploratórios podem ser definidos como pesquisas bibliográficas.
A pesquisa se classifica, pela sua natureza, como pesquisa pura, pois não se
tem a intenção de aplicá-la e segundo Gil (2016), busca o progresso da ciência,
procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a preocupação direta com
suas aplicações e consequências práticas.
Também se classifica a pesquisa como descritiva pelo fato de descrever a
importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil. Para Gil (2016), na
pesquisa descritiva busca-se juntamente com a exploratória, as que habitualmente
realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática. São também
as mais solicitadas por organizações como instituições educacionais, empresas
comerciais, partidos políticos etc.
A pesquisa não deixa de ser exploratória, pois ao adentrar na opinião de
tantos teóricos, faz-se exploração do conhecimento científico para produção da
pesquisa. Segundo Gil (2016) a pesquisa exploratória tem como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação
de problemas mais precisos com hipóteses pesquisáveis.
2 DESENVOLVIMENTO

O ser humano é produto de um processo histórico que vem se expandindo e


aperfeiçoando de geração a geração, ampliando suas descobertas e curiosidades,
sempre lendo e revelando sua linguagem corporal através de gestos, risos,
expressão facial e sempre buscando onde se encaixar no quebra – cabeça da vida.
Nesta pesquisa, apresenta-se o embasamento teórico, constituído da
definição de psicomotricidade, apresentando suas etapas do desenvolvimento
infantil com ênfase no construtivismo piagetiano e os estágios deste
desenvolvimento. Finalizando com a descrição da relação entre psicomotricidade e
desenvolvimento infantil, através da subdivisão da seção com: educação
psicomotora, o desenvolvimento psicomotor e a influência da psicomotricidade na
aprendizagem.

2.1. DEFINIÇÃO DE PSICOMOTRICIDADE

A psicomotricidade refere-se diretamente ao movimento humano. É o


relacionamento através da ação, é a integração do corpo com a natureza. Como
ciência, a psicomotricidade é definida tendo como objeto de estudo o homem
através de seu corpo em movimento relacionado com a sociedade e consigo
mesmo.
As relações do movimento corporal com o meio tornam o indivíduo mais
confiante e compreendente do espaço que ocupa, e consequentemente melhor
entendimento de suas emoções.
Para Fonseca (2017) psicomotricidade como a posição global do sujeito, que
pode ser entendido como a função de ser humano que sintetiza psiquismo e
motricidade com o propósito de permitir ao indivíduo adaptar de maneira flexível e
harmoniosa ao meio que o cerca
De acordo com Coste (2016), é a ciência encruzilhada, onde se cruzam e se
encontram múltiplos pontos de vista biológicos, psicológicos, psicanalíticos,
sociológicos e linguísticos.
A psicomotricidade está relacionada ao desenvolvimento das aquisições
afetivas, cognitivas e orgânicas. Três conhecimentos básicos substanciam esse
processo: o movimento, o intelecto e o afeto. Compreender esses processos
direciona o olhar para a criança num todo, visando contribuir para o entendimento
desses três conhecimentos.
São conhecimentos básicos relacionados a psicomotricidade: o movimento, o
intelecto e o afeto.
O movimento, segundo dicionário Cegalla (2015), “movimento é o
deslocamento de um corpo, ou parte dele, no espaço; série de atividades
organizadas com um fim comum; atividade, ação”.
Fonseca (2017) define que o movimento humano é construído em função de
um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento
transforma-se em comportamento significante.
Para abordar o primeiro conhecimento básico é necessário citar José (2015),
que fundamenta os estágios da criança e foca no estágio inicial, o movimento.
Wallon define a criança em seu primeiro estágio de desenvolvimento como um ser
que expressa a emoção no seu corpo e a emoção antecede a cognitividade,
defendida por Piaget. O movimento segundo Wallon não é entendido apenas como
desenvolvimento a partir do fisiológico é também uma forma de relação com o meio.
O movimento tem ação direta sobre o meio, relacionando-se intrinsecamente com o
afetivo.
O movimento humano é a parte mais ampla e significativa do comportamento
do ser humano. É obtido através de três fatores básicos: os músculos, a emoção e
os nervos, formados por um sistema de sinalizações que lhes permitem atuar de
forma coordenada.
O movimento no desenvolvimento infantil tem uma função fundamental,
principalmente nos primeiros estágios da criança onde está não adquiriu a
linguagem falada ainda. O movimento tem a função de comunicação. É através do
movimento que a criança expressa suas sensações e manifesta o contato com o
mundo ao seu redor.
Entende-se por comunicação o ato ou ação de comunicar-se, está dada
através de gesticulação, expressando assim seus desejos, vontades e sentimentos.
As necessidades físicas ou psíquicas são expressas através do movimento,
essa, portanto, é a primeira forma de comunicação antes do desenvolvimento da
linguagem. Essa comunicação através do movimento é definida por Wallon como
comunicação emocional. A necessidade da criança de se expressar faz com que a
postura corporal demonstre seu estado orgânico ou emocional.
O intelecto, segundo Aurélio (2014) define intelecto como inteligência, e
inteligência como faculdade ou capacidade de aprender, apreender, compreender ou
adaptar-se facilmente; intelecto, intelectualidade, destreza mental; agudeza,
perspicácia.
O processo de cognição leva ao desenvolvimento do intelecto, isto é, quanto
mais aquisição do conhecimento, maior a maturação do processo intelectual.
Neste segundo conhecimento básico tem-se como base de fundamentação
Piaget. De acordo com Piaget, a aprendizagem é decorrência do desenvolvimento
cognitivo, vinculado por sua vez, à maturação biológica e a qualidade dos desafios
do meio.
O intelecto está relacionado ao cognitivo, que faz relação com o movimento
para se estabelecer a comunicação com o meio. Voltando ao primeiro conhecimento
básico com referência a comunicação, Wallon define que a maturação e
aprendizagem – processo de desenvolvimento do intelecto – estão condicionadas
pela riqueza do intercâmbio emocional e da comunicação com o outro.
O afeto é definido como afeição, carinho, atenção, simpatia. As aquisições
afetivas vêm completar os conhecimentos básicos. A ação é impulsionada pela
emoção.
Emoção é a referência a um sentimento e seus pensamentos distintos,
estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir. Há
centenas de emoções, juntamente com suas combinações, variações, mutações e
matizes.
Todos os movimentos, gestos, mímicas são expressos pela emoção,
indicando uma pré-linguagem. A criança associa novos significados e percepções as
suas ações a sua consciência e a sua cognição, possibilitando o desenvolvimento da
afetividade e consequentemente da inteligência.
A afetividade tem papel fundamental no desenvolvimento infantil, existem dois
fatores das quais a afetividade é dependente: o orgânico e o social.

...a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu
futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas
circunstâncias sociais da sua existência, onde a escolha individual não está
ausente (DROUET, 2011, p.87-88)

O aspecto afetivo por si só não pode modificar as estruturas cognitivas, mas


pode influenciar as estruturas a se modificar. No processo de ensino-aprendizagem,
o aspecto afetivo é de grande importância para compreender que cada criança é
única, tanto no desenvolvimento afetivo, quanto no cognitivo.
Afetividade é um termo que usamos para identificar um domínio funcional,
este por sua vez, de acordo com Wallon (1971), são quatro: o ato motor; o
conhecimento; a afetividade e a pessoa. São eles que dão uma determinada direção
ao desenvolvimento e no decurso da vida humana, cada um desses domínios tem
seu próprio campo de ação e organização, mas mantém em relação com os demais
uma espécie de mecanismo interfuncional.
A criança, no decorrer de seu desenvolvimento, estabelece diferentes níveis
de relacionamento, a partir dessas relações, também modifica suas sensações em
relação à afetividade. Intrinsecamente, todos os três conhecimentos básicos estão
ligados. É através do movimento, que a criança expressa suas emoções, e através
das emoções em relação com o meio que ela desenvolve sua cognição.
Considera-se a emoção altamente orgânica, pois é a partir das reações
fisiológicas da criança, que as emoções são expressas. Estas fazem modificar as
reações do organismo, como mudanças no batimento cardíaco, sensações
corporais, entre outros. A emoção faz com que a criança se relacione com o meio e
passa a se conhecer melhor.
Portanto, é necessário considerar de forma integrada os três conhecimentos
básicos, entendendo que o desenvolvimento da afetividade vai influenciar
diretamente no desenvolvimento do cognitivo da criança.

2.2. AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Quando se refere as etapas do desenvolvimento infantil nos remetemos as


correntes da psicologia. Etimologicamente, a palavra psicologia tem sua origem na
língua grega, onde psiché quer dizer alma e logia, razão significando então, o
tratado da alma.
A psicologia tem grande influência na educação. Existem práticas
pedagógicas que, ora oscila em favor de uma tendência subjetivista, e ora por uma
tendência objetivista de sujeitos. Foi a partir dos anos 70, no Brasil, que a
perspectiva teórica que influenciou o modo como processo de ensino-aprendizagem
seria definido. Chamamos então, de Behaviorismo ou Comportamentalismo.
Em diferentes partes do mundo, teóricos da educação procuraram criticar o
modo reducionista de conceber a aprendizagem, propondo visões alternativas.
Dentre esses teóricos, os Gestaltistas se destacaram pela teoria de Gestalt, que
estuda os processos cognitivos envolvidos na percepção e na aprendizagem. Por
ser inovadora e convincente, a teoria de Gestalt inspirou o surgimento de um campo
da psicologia que estuda a aprendizagem, a psicologia cognitiva.
A psicologia da educação estava insatisfeita com a noção de um sujeito
determinado por sua natureza individual externa, sentiu-se necessidade de uma
concepção que contemplasse a interação entre indivíduo e realidade.
Nesse contexto, a teoria genética de Jean Piaget se fortalece passando a ser
estendida a educação sob a denominação de Construtivismo Piagetiano.

2.2.1. Construtivismo Piagetiano

Jean Piaget (1975) buscou romper com as perspectivas aprioristas, ou seja,


que aceita, na ordem do conhecimento, fatores independentes da experiência; e as
teorias ambientalistas, introduzindo uma teoria do desenvolvimento da inteligência
baseada na interação do sujeito com os objetos do conhecimento.
Segundo Jean Piaget (2014) os atos biológicos são atos
de organização e adaptação ao meio ambiente. O termo organização refere-se à
tendência invariável das espécies de organizar seus processos internos em sistemas
coerentes. O termo adaptação se dá quando o organismo se transforma em função
do meio e quando essa variação tem como efeito um acréscimo das trocas entre
ambos. A inteligência, portanto, seria uma forma especial de adaptação biológica.
Existem outros quatro conceitos que Jean Piaget define como básicos no
processo de desenvolvimento infantil e intelectual, são eles:
 Assimilação: é quando o indivíduo incorpora em seu ser, ou seja, assimila as
características externas do meio à sua estrutura interna;
 Acomodação: o indivíduo após assimilar as características externas, ele as
acomoda para suportar as pressões do ambiente;
 Esquemas de ação: A partir da assimilação e acomodação, o indivíduo
(bebê) apresenta comportamentos baseados em reflexos, que são as respostas
automáticas dadas pelo organismo ao ambiente. Neste contexto, vê-se que o
movimento, um dos conhecimentos básicos da psicomotricidade, é a primeira forma
de comunicação do indivíduo, relacionando ao desenvolvimento da
psicomotricidade. Esses reflexos são transformados posteriormente, segundo Piaget
em esquemas de ação.
Enquanto um bebê de alguns meses de vida utiliza esquemas de
comportamento, uma criança quando estaria na escola trabalharia seu cérebro
realizando assim operações mentais, ou seja, os esquemas de ação permeiam até o
desenvolvimento total do intelecto do indivíduo.
 Equilibrarão: Essa etapa é um importante segmento na teoria piagetiana.
Seria uma forma de adaptação que procura maximizar as interações organismo-
meio através da construção de novos instrumentos de compreensão e ação sobre a
realidade. Esses conhecimentos vão sendo gerados e surgindo através de outros já
existentes.

2.2.2. Os estágios de desenvolvimento segundo Piaget

Os períodos que marcam o desenvolvimento intelectual da criança, segundo


Piaget (2014) são, período sensório-motor; período operatório; período operatório
formal.
 Período sensório-motor (compreende de zero a dois anos): A inteligência
sensório-motora caracteriza-se pela ausência de pensamento, representação ou
linguagem. A atividade intelectual é puramente sensorial e motora em sua interação
com o ambiente. O estágio sensório-motor é dividido em seis sub-estágios:
 Estágio reflexo: os efeitos da experiência estão centrados nos mecanismos
providos de hereditariedade: sucção, preensão, choro, etc. ainda que as
aprendizagens sejam significativas, estão ainda submetidas à esfera dos reflexos.
 Estágio das reações circulares primárias: caracteriza-se pela tendência de
exercitar os esquemas descobertos a partir dos reflexos através de comportamento
repetitivos. Os exercícios dos primeiros esquemas mentais são denominados
reações circulares primárias. As reações circulares, nesse estágio, centram-se no
corpo do bebê que, por exemplo, aprende a levar o dedo na boca.
 Estágio das reações circulares secundárias: elementos externos ao corpo do
bebê são incorporados aos esquemas até então construídos. O bebê começa a
engatinhar e manipular as coisas mais intensamente. As imitações passam a ser
sistemáticas. O bebê torna-se capaz de produzir eventos interessantes descobertos,
por acaso, o que envolve uma atividade mais complexa e intencional.
 Estágio da coordenação dos esquemas secundários: as ações do bebê
passam a visar uma meta pré-determinada. Surge o comportamento instrumental e a
busca ativa dos objetos desaparecidos. Se um objeto é colocado entre o bebê e o
objeto que ele deseja alcançar, ele desenvolve meios para remover o obstáculo. O
bebê tenta utilizar como meios esquemas desenvolvidos em outras situações,
generalizando padrões de comportamento previamente adquiridos (assimilação
generalizadora). No decorrer dessas generalizações, os esquemas vão sendo
modificados, mas o bebê só retém os que funcionam para remover o obstáculo.
Nesse estágio, a acomodação dos antigos esquemas à experiência adquirida com
as novas ações depende do sucesso dessas ações.
 Estágio das reações circulares terciárias: nesse estágio, o bebê está
aprendendo, ou já aprendeu a andar, e sai em busca de novidades. Não foca seu
interesse apenas nela mesma, ou nos objetos que servem de meios para alcançar
determinados fins, passando a ter curiosidade pelos objetos sob um outro ponto de
vista. Começa a atribuir permanência e reconhecer que eles têm uma existência
independente dela própria. Põe em prática, o ensaio-e-erro para descobrir as
propriedades dos objetos, enquanto vai acomodando seu próprio comportamento a
eles, e assimilando novos esquemas sem dificuldade.
 Início da representação: esse estágio representa a transição para o próximo
período de desenvolvimento, no qual a criança torna-se capaz de utilizar símbolos
mentais e palavras para referir-se a objetos ausentes. A representação significa a
libertação do aqui e agora, introduz a criança no mundo das possibilidades. Agora,
para imitar a criança ensaia mentalmente em lugar de repetir diversas vezes um
comportamento. O conceito de permanência do objeto é completamente elaborado.
Devido à capacidade de representação mental a criança pode reconstruir uma série
de deslocamentos invisíveis do objeto. É uma fase que revela o início da
descentração.
 Período operatório:
 estágio pré-operatório: caracteriza-se pelo exercício das habilidades
representacionais, pelo egocentrismo e pela socialização progressiva do
comportamento. O egocentrismo corresponde à indiferenciação entre o próprio
ponto de vista e o dos outros, ou entre a própria atividade e as transformações que
ocorrem na realidade. É inconsciente, pois tomar consciência dele, o destrói.
A partir dos dois anos o desenvolvimento do vocabulário e,
consequentemente, da linguagem, facilita o desenvolvimento conceitual, da
socialização da ação, da internalização da palavra como pensamento propriamente
dito.
O pensamento passa a construir-se pela internalização da ação, constituindo
uma linguagem interna e um sistema de signos. A ação deixa de ser puramente
perceptiva e motora, tornando-se uma representação intuitiva por meio de imagens e
experimentos mentais. O egocentrismo, ainda se expressa dos três aos sete anos.
 estágio operatório concreto: esse estágio compreende o período dos sete
a onze anos. A criança desenvolve o uso do pensamento lógico. Já pode solucionar
problemas de conservação e a maioria dos problemas concretos, demonstrando
capacidade de seriação e de classificação. Pode pensar logicamente, mas não pode
aplicar a lógica a problemas hipotéticos, abstratos. No campo afetivo, a conservação
de sentimentos, a formação da vontade, e o início do pensamento autônomo levam
a criança a considerar os motivos dos outros nos seus julgamentos morais, o que
demonstra uma superação do egocentrismo.
 Período operatório-formal: Nesse estágio, as estruturas cognitivas
(esquemas) qualitativamente maduras, e o indivíduo torna-se estruturalmente apto a
aplicar operações lógicas a problemas hipotéticos. O adolescente torna-se capaz de
raciocinar sobre a lógica de um argumento independentemente de seu conteúdo.

2.3. A RELAÇÃO ENTRE PSICOMOTRICIDADE E DESENVOLVIMENTO INFANTIL

O desenvolvimento é um processo ativo, dinâmico e interativo, que vai


acontecendo no desenrolar da vida. Como visto nos três conhecimentos básicos, a
criança, no processo de desenvolvimento, passa pelas três etapas que são, o
movimento, o intelecto e o afeto. A partir de cada um deles observa-se a importância
da psicomotricidade no desenvolvimento infantil.

2.3.1. Educação Psicomotora

A educação física tem um papel fundamental no desenvolvimento psicomotor


da criança. É através dela que as crianças vão demonstrar suas habilidades e
dificuldades em relação ao movimento. A educação física é baseada nas
necessidades da criança. Tão importante quanto se alimentar, ela deve ser bem
condicionada a fim de desenvolver meios para que a criança sinta-se estimulada e
consequentemente tenha um bom desenvolvimento.
Entende-se que o desenvolvimento da criança acontece através dos três
conhecimentos básicos, sendo o movimento o primeiro meio de comunicação da
criança. É a partir desses conhecimentos que a criança toma consciência de si
mesma, passando a conhecer seu corpo num todo, entendendo assim a importância
de se expressar e compreender o meio em que vive.
A educação física escolar tem como objetivo principal incentivar os
movimentos corporais buscando compreender todas as etapas da vida. A educação
psicomotora bem desenvolvida pode detectar problemas futuros e até mesmo
resolvê-los, em relação à concentração, coordenação, dificuldades de
aprendizagem. As habilidades da criança, bem desenvolvidas possibilitam que estas
aprendam melhor ou que, possam ser detectadas com antecedência problemas
como citados acima, colaborando assim para corrigi-los.
O esquema corporal da criança deixa de ser limitado tornando-a mais
perceptiva ao meio. Entende-se por esquema corporal o ritmo, o tempo e o espaço
da criança.
Tanto o afeto, quanto o intelecto é desenvolvido a partir do movimento –
atividade física – que possibilita esse desenvolvimento. É necessário que a criança
tenha uma boa coordenação motora para iniciar seu processo de escrita, assim
como para a leitura é necessário que consiga concentrar-se. Portanto a educação
psicomotora no ensino infantil exerce um papel fundamental em toda a vida do
indivíduo.
É a educação um fato social tão antigo quanto o próprio homem, devendo ter
sido praticada desde que apareceu na terra a primeira família humana. Coincide,
assim, o início da história da educação com o da história da humanidade (BELLO,
2016).
Não é possível falar de educação sem relatar um pouco da história da
mesma. História essa que começou com o início da humanidade no planeta terra, e
continua até os dias atuais, num processo contínuo e complexo que tem suas raízes
na família e em sua cultura, refletindo-se na sociedade em que está inserido. A
educação não é apenas aquela formal que a escola oferece, mas toda e qualquer
vivência que o ser humano está em contato e que vivencia. A educação primitiva
não seguia regras formais, mas tudo dependia da maneira como os povos viviam e,
como sua cultura era inserida na sociedade.

Era assim a educação informal dos povos primitivos, que deram origem à
nossa educação dos dias de hoje, não era como a atual que segue regras,
tudo acontecia de forma natural e espontânea mesmo que algumas pessoas
copiassem umas das outras, sem perceber. Essa educação imitativa foi
explicada por John Devey: “Como esclarece John Dewey, nessas
sociedades primitivas são todas as instituições que exercem a influência
educativa sem que nenhuma delas tenha propriamente, essa função.
9FONSECA, 2017, P.101-102)

No início dos tempos a escola não era institucionalizada, não havendo uma
pessoa qualificada especificamente para a educação do povo, esse processo
acontecia de forma que toda a comunidade exercia poderes e auxiliava de maneira
direta ou indireta na educação. Todas as instituições participavam igualmente.
A educação, portanto, não existia de forma sistematizada, ela consistia quase
que exclusivamente na imitação das atividades que os adultos realizavam e as
crianças os imitavam. Com o passar dos anos foram surgindo pessoas preocupadas
em descobrir e conhecer sempre mais sobre o processo educacional, conhecer mais
sobre o mundo e suas transformações, surgindo aí estudiosos que até hoje buscam
respostas para o desenvolvimento humano e social. A educação foi muitas vezes
identificada com o conceito mais restrito de instrução.
Hoje, temos a noção de que todas as influências, todos os estímulos que
provocam uma série de reações da parte do indivíduo, têm alguma influência no seu
caráter e fazem parte, portanto, da sua educação.
“Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos na prática social em
que tomamos parte” (FREIRE, 2011, p.88.).
Num sentido amplo, podemos dizer que a educação é um longo processo de
desenvolvimento, inicia desde o nascimento do indivíduo, assim sendo moldado na
família, na sociedade e principalmente na escola. A formação do ser vai depender
muito das pessoas que irão fazer parte de sua convivência no processo educacional.
De acordo com Mizukami (2018), há várias formas de se conceber o
fenômeno educativo. Por sua própria natureza, não é uma realidade acabada que se
dá a conhecer de forma única e precisa em seus múltiplos aspectos. É um fenômeno
humano, histórico e multidimensional. Nele estão presentes tanto a dimensão
humana quanto a técnica, a cognitiva, a emocional, a sócio-política e cultural. Não
se trata de mera justaposição das referidas dimensões, mas, sim, da aceitação de
suas múltiplas implicações e relações.
Sendo assim, a educação não começou e nem vai terminar hoje, ela é um
processo que sempre busca inovações, correções e aplicações em diversos níveis
de conhecimento. O ser humano faz parte da natureza, da sociedade e do universo
como um todo, estando sempre em contato com o novo, aprendendo com tudo que
está à sua volta, tanto ensinando como revisando. Pois aprender é isso: um
processo de aceitação, assimilação, revisão multidimensional de tudo e de todo o
conhecimento, sendo ele empírico ou científico.
O indivíduo, nesse processo, é caracterizado pelas suas dimensões
humanas, emocionais, cognitivas, sua vivência sócio histórica e cultural a qual
produz e renova seus saberes. Sendo assim, o ser humano está sempre em contato
com o novo, adquirindo e formando sempre novos conhecimentos, que serão parte
fundamental de sua formação.
Conforme Mizukami (2018), o conhecimento é uma ‘descoberta’ e é novo para
o indivíduo que a faz. O que foi descoberto já se encontrava presente na realidade
exterior. Não há construção de novas realidades”.
O ser humano é dotado de uma capacidade que muitas vezes nem ele se dá
conta, pois a todo o momento está adquirindo conhecimentos novos e
transformando os já existentes. Sendo assim, cada indivíduo interpreta o mundo à
uma maneira e através dos diferentes olhares, cada um forma a sua concepção.
Cada ser é único e tem uma maneira de ver o mundo, com o seu jeito de
aprender o novo. Um homem pode entrar em contato, por exemplo, com um livro
muito antigo, que muitas pessoas já o leram e sugaram segundo eles toda a sua
essência. Porém esse homem, ao lê-lo, conseguiu retirar algo dele que jamais
alguém havia percebido, isso não quer dizer que o conhecimento do livro mudou,
mas, a forma como as pessoas interpretam é que é diferente.
Nessa realidade de existência e transformação do conhecido para algo novo,
o processo de conhecimento passa por transformações onde muitas vezes o ser
humano não consegue aprender sozinho, ele necessita de seres que o ajudem.
Sendo assim, todo ser ao iniciar seu contato com a sociedade precisa de pessoas
conscientes que lhe mostrem o caminho a seguir, e lhe guie neste processo. Sendo
assim, o professor tem que estar preparado no momento em que a criança chega à
escola.
Dizemos que a criança está pronta para aprender, quando ela apresenta um
conjunto de condições, capacidades, habilidades e aptidões consideradas como pré
–requisitos para o início de qualquer aprendizagem.
Dessa forma, constatamos que a criança é um ser que vive em constante
transformação, e não podemos dizer que está pronta e acabada. Portanto, ela se
desenvolve pelas vivências e momentos, desenvolvimento esse que envolve seu
lado psicomotor, o que é muito importante para sua formação.
Quando a criança apresenta dificuldades de aprendizagem, na maioria das
vezes, uma simples atividade que envolva seu corpo pode solucionar tal problema.
Cabe ao educador ter o conhecimento e ajudar seu aluno, já que toda criança tem
capacidades, habilidades e aptidões. Basta só ser observada com carinho, pois o
seu futuro depende muito da sua formação inicial que acontece na família e
principalmente na escola.
O educador, através do seu conhecimento que adquiriu no decorrer do tempo,
deve buscar maneiras diferentes para conduzir todo o processo de educação, tendo
em mente que todo e qualquer indivíduo pode apresentar mudanças através do meio
que vive. Educar significa que o próprio educador deve criar sua identidade, ser
crítico e consciente, capaz de mudar os caminhos da educação.
Sendo a escola o local onde a criança irá receber estímulos para continuar
desenvolvendo suas capacidades psicomotoras é de suma importância que o
educador busque inovar e aperfeiçoar a cada momento sua maneira de trabalhar
tanto o lado motor como o afetivo da criança que e parte fundamenta do processo.
Quando uma criança apresentar problemas de aprendizagem, é muito
importante que o educador busque constatar, e consequentemente tente saná-lo. Se
o problema for mais grave, deverá buscar ajuda de outros especialistas.
É muito importante que, mesmo que sejam pequenas essas dificuldades, o
professor não deixe passar por despercebido, pois uma simples troca do tipo ‘P por
B’, pode parecer simples mais não o é. Essa simplicidade de erros pode causar com
o passar do tempo uma enorme dificuldade de aprendizagem.
Conforme afirma Seber (2014) é preciso entender que, o domínio de uma
atividade não é conquistado imediato. Só o funcionamento de uma ação pode
conduzir a um aprimoramento dos movimentos.
Conhecer o próprio corpo significa ter uma compreensão global do seu
desenvolvimento. Isso implica conhecer e entender o seu desenvolvimento motor,
sua lateralidade, saber orientar-se no espaço, ter uma memória cenestésica
desenvolvida, fazendo com que haja uma interação entre corpo e aprendizagem.
Mas, é preciso entender que qualquer atividade que a criança fará de imediato ela
não terá domínio do seu corpo. Somente a continuidade de atividades fará com que
haja o aprimoramento dos seus movimentos.

O ser humano, comparado com outras espécies animais, possui um


desenvolvimento motor bastante lento e isso acontece porque o cérebro da
criança está sendo programado para atividades mais complexas que
envolve a linguagem, o raciocínio lógico, poder de espacialização e
amadurecimento das emoções (ANTUNES, 2012, p. 153).

O desenvolvimento motor relacionado à criança está incluído num processo


lento de aquisições de conhecimentos. Isso porque, comparado com o de outros
animais, o cérebro humano é programado para atividades complexas como a
linguagem, raciocínio lógico, localização espacial, e amadurecimento das emoções,
enquanto o animal apenas preocupa-se com o seu desenvolvimento motor, (pois é
um animal irracional).
O homem tem que estar se desenvolvendo num todo. Por isso, faz-se
necessário trabalhar em cima de estímulos com a criança desde pequena,
desenvolvendo um conjunto de habilidades que engloba o domínio do esquema
corporal, só assim ela chegará à fase adulta sem problemas de aprendizagem, fazer
com que ela viva o real e o imaginário formando sistemas de interpretação do
mundo, da cultura em que faz parte e do meio em que vive, construindo e ampliando
sua história.
É na escola, através da mediação do professor com o aluno, que o processo
de desenvolvimento ocorre por completo. O ser humano por si só, não consegue
desenvolver-se sozinho, ele necessita de estímulos e de um mediador para que
esse processo se realize.
O educador, enquanto professor atuante terá um papel fundamental fazendo
a relação entre o amadurecimento do seu organismo, com estímulos trabalhados
para desenvolver melhor a motricidade do aluno. Para que essa mediação aconteça
faz-se necessário que ele esteja preparado e conheça sobre o assunto, devendo
estar sempre em busca constante do conhecimento, para poder ajudar seu aluno.
Despertando através de atividades a motivação, unindo corpo e mente e
através da expressão tornar o educando um ser criativo, desenvolvido, apto a
realizar atividades mais complexas.
Portanto, cabe a nós educadores, buscar a interação do movimento na escola
com objetivos e metas bem traçadas. Sendo eles peça fundamental no aprendizado
do aluno é de suma importância que se trabalhe na educação infantil e nas séries
iniciais, de forma interessante e prazerosa. Que as atividades aplicadas para
desenvolver corpo – movimento sejam estimuladoras e contribuam para desenvolver
o aluno no todo, não esquecendo que o motor não pode ficar isolado.
É através do desenvolvimento motor e das habilidades básicas que a criança
consegue ter uma aprendizagem globalizada e estará preparada para viver na
sociedade a qual está inserida.
De maneira alguma podemos separar movimento e atenção pois é um
processo interligado, somente trabalhando juntos é que o educando terá um
desenvolvimento completo de seu corpo e mente.
A aprendizagem da criança está interligada ao seu desenvolvimento
psicomotor, portanto, enfatizamos a importância da formação do educador,
interligando-se numa proposta pedagógica que proporcione à criança a visualização
de todo processo, aprendendo a conhecer, a conviver, a fazer e ser, transformando-
se em um indivíduo atuante e integrado em seu meio social.
O educador deve ser criativo em todos os aspectos, analisando: espaço,
materiais e atividades que condigam com a idade da criança, usando técnicas bem
criativas que venham somar no desenvolvimento e aprendizado do educando,
fazendo com que o mesmo aprenda a se comunicar com o mundo pela linguagem
corporal e que sinta prazer em aprender através das atividades motoras propostas.
A partir do momento em que todos os agentes envolvidos no processo do
desenvolvimento da aprendizagem da criança sejam os pais e professores
principalmente, faz-se necessário que eles estejam completamente engajados na
compreensão dos princípios do processo de aprendizagem, o educando poderá
desenvolver-se naturalmente sem maiores problemas de traumas e tabus.
Por isso é desejável que futuros profissionais da educação obtenham alto
grau de conhecimento e preparo para o desempenho de suas atribuições; buscando
juntas, escola e família fazer um trabalho em prol da criança e seu desenvolvimento,
não esquecendo que ela não é um adulto em miniatura e sim um ser em constante
transformação e necessita de todas as atenções, para vir a ser um adulto apto a
viver no meio social.
Conforme afirmação de José (2010) quando se fala em crescimento, todo
mundo se lembra facilmente de aumento de estatura, de peso, e outras mudanças
tanto estruturais como orgânicas que ocorrem na constituição física.
Muito mais amplo e complexo que as mudanças estruturais, são as mudanças
que ocorrem no organismo e na personalidade do ser humano, de tal maneira que o
desenvolvimento da criança se dá de forma amplamente integrada. Nessa
integração estão contidas: a hereditariedade, ambiente, maturação e aprendizagem.
O entendimento do educador é imprescindível para que o desempenho do
educando, possa ser conduzido de maneira correta e objetiva, com total sucesso
dos objetivos pedagógicos.
Muitas vezes nos preocupamos com o desenvolvimento mental e intelectual,
nos esquecendo de toda mudança estrutural, inclusive de ordem orgânica que
envolve o desenvolvimento integrado da criança. Portanto, precisamos estar atentos,
pois a criança possui um esquema corporal, movimentos e todo o lado psicológico, e
esses aspectos são de suma importância para o desempenho de uma aprendizagem
completa.

2.3.2. Desenvolvimento Psicomotor


De acordo com Barreto (2014), o desenvolvimento psicomotor é de suma
importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do
tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”.
A organização de todas as áreas de pende do desenvolvimento motor sendo
este responsável pelas habilidades e/ou dificuldades motoras que o indivíduo
apresentará. É também responsável pela progressão do intelecto.
Os estímulos dados à criança na fase da educação infantil possibilitam maior
integração da mesma ao meio, favorecendo a adaptação. É importante que a
criança tenha contato com atividades dinâmicas, como jogos, brincadeiras, que
contribua para seu desenvolvimento psicomotor.
Para o corpo desenvolver suas funcionalidades é necessário um bom
desenvolvimento psicomotor. Segundo Fonseca (2017), sete fatores são os que
norteiam o desenvolvimento psicomotor:
 tonicidade: É a que indica o tônus muscular, exerce um papel de suma
importância no desenvolvimento motor da criança. Ela garante, além das atitudes,
todos os sentidos de postura, mímicas e emoções de onde vêm as atividades
motoras.
 equilíbrio: O equilíbrio é o conjunto estático das aptidões. Abrange o controle
postural e de locomoção. Esse equilíbrio estático caracteriza-se pelo tipo de
equilíbrio conseguido em certa posição. Já o equilíbrio dinâmico é aquele que se
consegue por um corpo em movimento.
 lateralidade: A lateralidade do corpo se refere a dominância lateral da mão,
olho e pé, capacitando o indivíduo a desenvolver as aptidões adquiridas.
A lateralidade manual surge geralmente no fim dos doze meses de vida e no
início do segundo ano, mas vai firmar seu estabelecimento físico por volta dos
quatro ou cinco anos de idade.
 noção corporal: Trata-se da noção da personalidade da criança, ou de sua
formação. É o momento em que o indivíduo toma consciência do seu corpo,
separando-o por partes e cuidando mais do aspecto estático. Nesse momento
também a criança percebe que por intermédio do corpo há algumas possibilidades
de se expressar.
 estruturação espaço-temporal: Em função da lateralidade e da noção
corporal forma-se a estruturação do espaço temporal. A partir da motricidade e das
múltiplas relações com o meio e com os fatores citados que se desenvolve a
consciência espacial. A criança passa a conhecer seu próprio corpo tomando
consciência de lugar e espaço.
 praxia global: É a capacidade de realizar movimentos voluntários pré-
estabelecidos com a intencionalidade de alcançar um objetivo.
 praxia fina: É a relativa compreensão de todas as tarefas motoras finas. Tem
relação com os movimentos de olhos e mãos.

2.3.3. A Influência da Psicomotricidade na Aprendizagem

O desempenho motor da criança está intrinsecamente ligado à aprendizagem.


As habilidades motoras de recorte, colagem, escrita e o desenvolvimento do
intelecto requerem conhecimento do próprio corpo. Se os estímulos forem realizados
de forma a abranger todas as áreas do corpo, certamente o desenvolvimento
psicomotor se dará plenamente, contribuindo assim para uma melhor aprendizagem.
O desenvolvimento psicomotor bem estimulado para contribuir para evitar
problemas de aprendizagem. Estes podem ter várias causas como: causas
neurologias, sensoriais, emocionais, sociais, intelectuais ou problemas físicos. É
importante conhecer a causa para auxiliar a criança.
A educação psicomotora pode favorecer o desenvolvimento das capacidades
existentes e a motivação é um fator fundamental para a aprendizagem.
Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio,
diria isto: O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo
que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso seus
ensinamentos.
Para Ausubel (2017) a aprendizagem significativa, para que ela ocorra é
necessário que a criança tenha uma atitude positiva para aprender de modo
significativo, ou seja, tenha predisposição para aprender. É importante que a criança
relacione material novo aos materiais disponíveis em sua estrutura cognitiva.
Ao teorizar a aprendizagem significativa observa-se a importância da
motivação para aprender. A motivação é um fator subjetivo, mas pode ser
pontencializada através de estímulos.
A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo
já maduro. Por isso, é importante que a aprendizagem possa ser significativa, está
por sua vez, nos remete a psicomotricidade, que se bem desenvolvida na criança
pode gerar níveis de aprendizagem bem melhores, ou se não bem estimuladas,
causar consequências.
Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento
e amplie cada vez mais o potencial da criança, é necessário que ela estabeleça
relação direta com o meio e com aquilo que está aprendendo. Para isso, é
importante a estimulação.
É de suma importância, que o professor conheça as crianças e o processo de
aprendizagem e possa se interessar por elas como seres humanos, que sentem
emoções, que estão se transformando e mais que isso, que são únicos no seu
desenvolvimento.
As identificação dos problemas de psicomotricidade apresentadas em cada
criança é única, e é por isso, a importância de conhecê-la num todo, identificar suas
dificuldades para poder ajudá-la. Para saber se uma criança tem problemas de
psicomotricidade é necessário fazer uma avaliação psicomotora, através de
exercícios específicos, que verifiquem aspectos como:
 qualidade tônica (rigidez ou relaxamento muscular);
 qualidade gestual (dissociação manual e dos membros superiores e
inferiores;
 agilidade;

 equilíbrio;

 coordenação;

 lateralidade;

 organização temporoespacial;
 grafomotricidade.

Essa avaliação pode revelar na criança, respeitadas as características


próprias do seu desenvolvimento, se existem atrasos no desenvolvimento motor e
perturbações de equilíbrio, coordenação, lateralidade, sensibilidade, esquema
corpora, estrutura e orientação espacial, grafismo, afetividade, etc.
Tais problemas podem fazer-se notar tanto na Pré-escola como nas séries
iniciais, com maior ou menor intensidade e decorrendo das mais variadas causas
como:
 debilidade intelectual;
 problemática emocional;
 retardos de maturação;
 desarmonias tônico-motoras.
Os tipos de distúrbios psicomotores, quando usa-se o termo distúrbio liga-se
diretamente a problemas que envolve o indivíduo em sua totalidade. Distúrbios
afetivos e psicomotores estão ligados, se influenciam e se reforçam mutuamente.
Sendo assim, a psicomotricidade leva sempre em conta o indivíduo como um todo,
pesquisando se o problema está no corpo, na área da inteligência ou na afetividade.
Traçar um diagnóstico não é tarefa fácil, devido à complexidade do ser
humano. Com relação ao tratamento, ele varia de criança para criança, dependendo
da patologia que elas apresentam.
Segundo Barros (2015), os distúrbios apresentam os seguintes quadros:
instabilidade psicomotora, debilidade psicomotora, inibição psicomotora, lateralidade
cruzada, imperícia.
 instabilidade psicomotora é o tipo mais complexo e que causa uma série de
transtornos pelas reações que o portador apresenta. Nesse quadro predomina uma
atividade muscular contínua e incessante;
 debilidade psicomotora caracteriza-se pela presença da paratonia ou da
sincinesia. Paratonia é a persistência de uma certa rigidez muscular, que pode
aparecer nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. A sincinesia é a
participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários;
 inibição psicomotora é quando as características da debilidade psicomotora
estão presentes com uma distinção fundamental: na inibição psicomotora existe a
presença constante da ansiedade;
 lateralidade cruzada é a falta das dominâncias do mesmo lado do corpo. A
maioria dos autores acredita que existe no cérebro um hemisfério dominante
responsável pela lateralidade do indivíduo. Desta maneira, de acordo com a ordem
enviada do hemisfério dominante, teríamos o destro e o canhoto. No entanto, além
da dominância da mão, existe também a do pé, do olho e do ouvido. Quando estas
dominâncias não se apresentam do mesmo lado, dizemos que o indivíduo
tem lateralidade cruzada;
 imperícia é em geral, a dificuldade de realizar certas tarefas que requerem
uma apurada habilidade manual.
Para Coste (2016), as atividades motoras desempenham na vida da criança
um papel importantíssimo, em muitas das suas primeiras iniciativas intelectuais.
Enquanto explora o mundo que a rodeia com todos os órgãos do sentido, ela
percebe também os meios com os quais fará grande parte dos seus contatos
sociais.
Durante a infância, até aproximadamente 3 anos, a criança não tem bem
definida suas funções motoras, explora o mundo e os objetos com os seus órgãos
dos sentidos, cada vez com mais curiosidade, criando mediações entre ela e o meio
em que vive.
Só mais tarde é que ela começa a entender a relação entre o concreto e o
abstrato, separando movimentos e pensamentos.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa elaborada tem como tema principal a importância da


psicomotricidade no desenvolvimento infantil e busca conhecer e compreender a
importância da mesma.
Em resposta ao problema de pesquisa elaborado neste tema, considera-se
que a psicomotricidade é uma ferramenta de grande importância para o
desenvolvimento infantil, entendendo que esta ciência compreende o movimento
humano, o relacionamento através da ação. Também como tomada de consciência
que se dá através da união do ser corporal, mental, espiritual e social em relação ao
meio em que vive.
Entende-se que o desenvolvimento infantil, independente da teoria
relacionada a ele, tem como pontos principais o movimento, o afeto e o intelecto, o
que remete diretamente a psicomotricidade. As etapas do desenvolvimento infantil
se dão pelo contato com o meio relacionando o corpo com o ambiente. Para o corpo
desenvolver suas funcionalidades é necessário um bom desenvolvimento
psicomotor.
É importante pontuar que, a psicomotricidade no desenvolvimento infantil
contribui para melhor coordenação motora, tarefas de praxia global e praxia fina,
também como para a aprendizagem ajudando nas atividades de leitura, escrita,
concentração, raciocínio lógico.
A relação que a criança tem como meio em que vive se bem estimulado
passa a ser mais intensa, possibilitando a criança de conhecer-se melhor e
compreender o mundo que a rodeia.
Considera-se com essas colocações, que o objetivo geral dessa pesquisa foi
alcançado, visto que foi possível conhecer a importância da psicomotricidade no
desenvolvimento infantil.
Através de atividades psicomotoras, o educando terá melhor
desenvolvimento, que virá somar em sua aprendizagem, conforme estão descritas
no trabalho e em anexo, várias atividades que podem ser trabalhadas; sendo o ser
humano um ser único e individual, parte principal do processo, deve ser trabalhada
com várias atividades psicomotoras que venham auxiliá-lo em seu desenvolvimento;
a escola tem papel fundamental no desenvolvimento da criança, todos os agentes
são responsáveis para a boa formação do indivíduo, nela deve ter um espaço
adequado para a realização de atividades, bem como materiais necessários para
cada atividade.
Em partes, conclui-se que, quanto ao objetivo de caracterizar o que é
psicomotricidade, a pesquisa foi realiza com sucesso. As etapas do desenvolvimento
infantis teorizadas por Piaget contribuíram para o conhecimento do desenvolvimento
e facilitando assim fazer a relação entre psicomotricidade e desenvolvimento infantil,
entendendo a importância da mesma para o homem.
Considera-se que o educador tem que criar condições para que as crianças
desenvolvam suas capacidades num todo, sendo a criança um ser único e
individual, vindo de diferentes culturas e meios sociais adversos, apresentando
inúmeras carências.
Levando em consideração que Educação e aprendizagem caminham juntas, e
o aluno não é só conceitos, pois ele possui um corpo e este movimento, que
precisam ser trabalhados, pois se passarem despercebidos durante sua infância, e
na fase escolar, poderá acarretar sérios problemas em sua vida adulta
Por fim, a pesquisa foi importante, pois contribuiu para um aprofundamento
sobre o tema.
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