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PEDAGOGIA
Cidade
2024
HELANY MICHELE FREITAS DOS SANTOS
Orientador:
Cidade
2024
HELANY MICHELE FREITAS DOS SANTOS
AGRADECIMENTOS
1. INTRODUÇÃO................................................................................................09
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................13
2.1 DEFINIÇÃO DE PSICOMOTRICIDADE........................................................13
2.2 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL......................................16
2.2.1 Construtivismo piagetiano......................................................................17
2.2.2 Os estágios de desenvolvimento segundo Piaget................................18
2.3 A RELAÇÃO ENTRE PSICOMOTRICIDADE E DESENVOLVIMENTO
INFANTIL.............................................................................................................20
2.3.1 Educação psicomotora............................................................................21
2.3.2 Desenvolvimento psicomotor.................................................................27
2.3.3 A influência da psicomotricidade na aprendizagem.............................29
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 32
REFERÊNCIAS...................................................................................................34
1 INTRODUÇÃO
Hoje o mundo está crescendo muito rápido e as exigências sociais com o ser
humano estão muito grandes. A sociedade exige pessoas críticas, atuantes, que
saibam se expressar, posicionando-se e comunicando-se com clareza, portanto
vemos aí a grande necessidade do desenvolvimento motor no processo ensino
aprendizagem para que o ser humano possa enfrentar as situações do dia -a -dia,
com maior capacidade e desenvoltura.
Desde o início dos tempos o homem procurou desenvolver suas habilidades e
aptidões. Conheceu o fogo, criou a roda, estudou a relação movimento/espaço, foi à
lua, criou barreiras, destruiu barreiras e estudou os diversos elementos que compõe
a sociedade. Conheceu o poder da ação e reação, fez de sua inteligência sua arma
mais poderosa; construtiva e destrutiva. Houve mudança, houve movimento.
A educação tem uma função essencial e importante neste processo. A escola
deve ser um local agradável onde a criança sinta prazer em apreender e,
especialmente trabalhe a coordenação motora das mesmas.
Para que ela aprenda a conhecer e valorizar o seu corpo cabe aqui salientar a
necessidade de citar durante o trabalho e em anexo atividades psicomotoras, que
busquem despertar um melhor desenvolvimento psicomotor da criança, tais como:
Domínio dos movimentos gestuais do corpo, Movimento com as mãos e os dedos,
reconhecimento das partes do corpo, entre outros, tal trabalho resultara em uma
melhor aprendizagem no processo de formação do educando.
O movimento é o objeto primo da psicomotricidade. Entende-se o significado
da psicomotricidade como sendo a ciência que tem como objeto de estudo o homem
através de seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo externo e interno,
isto é, a capacidade de se movimentar com intenção. Nesta pesquisa aborda-se a
psicomotricidade no desenvolvimento infantil.
Falar de psicomotricidade é falar de possibilidades. Existem possibilidades em
cada etapa no desenvolvimento da criança, relacionando-a uma à outra. Cada
criança é única, cada ser é diferente, mas as relações de crescimento estão ligadas
diretamente a afetividade, cognição e organização.
Para tanto, o envolvimento desses processos é preenchido com os três
conhecimentos básicos que norteiam a psicomotricidade, que são o movimento, o
intelecto e o afeto, estes sim, são individuais e únicos em cada criança.
O conhecimento do próprio corpo e do seu funcionamento são aspectos
fundamentais para o desenvolvimento dos aspectos físico, motor e intelectual da
criança, que se criança for bem trabalhada, principalmente em seus movimentos de
lateralidade, espaço, tempo e percepção, ela estará melhor preparada para atuar na
sociedade, também percebeu-se que através das atividades motoras obtém-se
resultados mais rápidos e compensatórios por parte dos educandos e assim a
importância do papel da escola e do educador em todo o processo.
Sendo assim, formamos um espaço, um todo. Entendendo as relações de
movimento com o meio tornará o indivíduo mais ou menos confiante e
compreendente desse espaço que vive.
Entende-se que a referida pesquisa é de grande importância, considerando
que a psicomotricidade caracteriza-se por um método que se utiliza dos movimentos
para atingir outras aquisições, tanto no âmbito da educação quanto da reeducação.
Buscar-se-á as razões que apoiam a psicomotricidade no desenvolvimento infantil,
pontuando as principais teorias e relacionando-as.
Compreende-se a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento
infantil, vê-se a necessidade de conhecer as etapas do desenvolvimento humano,
mais especificadamente os desenvolvimentos infantis, delimitando fatores que faz a
ligação da criança com o meio. Neste aspecto, observa-se que as primeiras
percepções corporais da criança irão expressar suas sensações, sentimentos e, é a
partir do movimento que a criança passa a se conhecer melhor.
Desenvolver o esquema corporal e a psicomotricidade é parte fundamental
para uma boa aprendizagem e uma ótima preparação futura perante a sociedade. O
autor Seber (2014) afirma que é preciso entender que, o domínio de uma atividade
não é conquistada de imediata, só o funcionamento de uma ação pode conduzir a
um aprimoramento dos movimentos.
Conhecer o próprio corpo significa ter uma compreensão global do seu
desenvolvimento. Isso implica conhecer e entender o seu desenvolvimento motor,
sua lateralidade, saber orientar-se no espaço, ter uma memória sinestésica
desenvolvida, fazendo com que haja uma interação entre corpo e aprendizagem.
Avaliando que a criança, desde sua concepção, já possui movimentos, e se
os mesmos não forem bem trabalhados durante sua infância, trarão sérios
problemas na vida adulta, cabe ao educador, detectar as dificuldades de
aprendizagem, que pode ser constatado durante o período escolar, e investigar as
causas de forma ampla. Sabendo-se que tais dificuldades, podem muitas vezes ser
de aspecto orgânicos, neurológicos, mentais, psicológicos, adicionados a
problemática ambiental em que a criança vive.
Sendo este um ser social, com cultura e linguagem adquiridas durante sua
vida até o momento, traz consigo todo o conhecimento que já adquiriu. Ele faz parte
da sociedade e é um ser único, individual e precisa ser trabalhado em sua
totalidade, aí entra a importância do desenvolvimento psicomotor do processo
ensino aprendizagem
Diante desses fatos, percebe-se a necessidade de pesquisar acerca da
importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil, que vem a
colaborar para a estimulação perceptiva e o desenvolvimento do esquema corporal
da criança.
Assim sendo, questiona-se: O que leva a psicomotricidade ser um fator
importante no desenvolvimento infantil?
Nesse sentido, as perguntas de investigação que direcionaram o presente
estudo foram:
1. O que é psicomotricidade?
2. Quais as etapas do desenvolvimento infantil?
3. Qual a relação da psicomotricidade e o desenvolvimento infantil?
O objetivo geral atende diretamente ao problema da pesquisa, que direciona
todo o processo de busca, que é: Identificar a importância da psicomotricidade no
desenvolvimento infantil.
A metodologia é um caminho a ser percorrido durante a elaboração e a
construção de uma pesquisa. A abordagem do problema é de ordem qualitativa,
visto que se trata de pesquisa social e não aborda tratamento estatístico e no
entendimento de Richardson (2018) os estudos que empregam uma metodologia
qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a
interação entre curtas variáveis, compreender e classificar os processos dinâmicos
vividos por grupos sociais.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, visto não se fazer uso de materiais de
campo, ou pesquisa ação, apenas obras já conceituadas cientificamente, ou seja,
material já elaborado. Confirmando, Gil (2016) destaca que embora em quase todos
os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas
desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Parte dos estudos
exploratórios podem ser definidos como pesquisas bibliográficas.
A pesquisa se classifica, pela sua natureza, como pesquisa pura, pois não se
tem a intenção de aplicá-la e segundo Gil (2016), busca o progresso da ciência,
procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a preocupação direta com
suas aplicações e consequências práticas.
Também se classifica a pesquisa como descritiva pelo fato de descrever a
importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil. Para Gil (2016), na
pesquisa descritiva busca-se juntamente com a exploratória, as que habitualmente
realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática. São também
as mais solicitadas por organizações como instituições educacionais, empresas
comerciais, partidos políticos etc.
A pesquisa não deixa de ser exploratória, pois ao adentrar na opinião de
tantos teóricos, faz-se exploração do conhecimento científico para produção da
pesquisa. Segundo Gil (2016) a pesquisa exploratória tem como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação
de problemas mais precisos com hipóteses pesquisáveis.
2 DESENVOLVIMENTO
...a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu
futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas
circunstâncias sociais da sua existência, onde a escolha individual não está
ausente (DROUET, 2011, p.87-88)
Era assim a educação informal dos povos primitivos, que deram origem à
nossa educação dos dias de hoje, não era como a atual que segue regras,
tudo acontecia de forma natural e espontânea mesmo que algumas pessoas
copiassem umas das outras, sem perceber. Essa educação imitativa foi
explicada por John Devey: “Como esclarece John Dewey, nessas
sociedades primitivas são todas as instituições que exercem a influência
educativa sem que nenhuma delas tenha propriamente, essa função.
9FONSECA, 2017, P.101-102)
No início dos tempos a escola não era institucionalizada, não havendo uma
pessoa qualificada especificamente para a educação do povo, esse processo
acontecia de forma que toda a comunidade exercia poderes e auxiliava de maneira
direta ou indireta na educação. Todas as instituições participavam igualmente.
A educação, portanto, não existia de forma sistematizada, ela consistia quase
que exclusivamente na imitação das atividades que os adultos realizavam e as
crianças os imitavam. Com o passar dos anos foram surgindo pessoas preocupadas
em descobrir e conhecer sempre mais sobre o processo educacional, conhecer mais
sobre o mundo e suas transformações, surgindo aí estudiosos que até hoje buscam
respostas para o desenvolvimento humano e social. A educação foi muitas vezes
identificada com o conceito mais restrito de instrução.
Hoje, temos a noção de que todas as influências, todos os estímulos que
provocam uma série de reações da parte do indivíduo, têm alguma influência no seu
caráter e fazem parte, portanto, da sua educação.
“Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos na prática social em
que tomamos parte” (FREIRE, 2011, p.88.).
Num sentido amplo, podemos dizer que a educação é um longo processo de
desenvolvimento, inicia desde o nascimento do indivíduo, assim sendo moldado na
família, na sociedade e principalmente na escola. A formação do ser vai depender
muito das pessoas que irão fazer parte de sua convivência no processo educacional.
De acordo com Mizukami (2018), há várias formas de se conceber o
fenômeno educativo. Por sua própria natureza, não é uma realidade acabada que se
dá a conhecer de forma única e precisa em seus múltiplos aspectos. É um fenômeno
humano, histórico e multidimensional. Nele estão presentes tanto a dimensão
humana quanto a técnica, a cognitiva, a emocional, a sócio-política e cultural. Não
se trata de mera justaposição das referidas dimensões, mas, sim, da aceitação de
suas múltiplas implicações e relações.
Sendo assim, a educação não começou e nem vai terminar hoje, ela é um
processo que sempre busca inovações, correções e aplicações em diversos níveis
de conhecimento. O ser humano faz parte da natureza, da sociedade e do universo
como um todo, estando sempre em contato com o novo, aprendendo com tudo que
está à sua volta, tanto ensinando como revisando. Pois aprender é isso: um
processo de aceitação, assimilação, revisão multidimensional de tudo e de todo o
conhecimento, sendo ele empírico ou científico.
O indivíduo, nesse processo, é caracterizado pelas suas dimensões
humanas, emocionais, cognitivas, sua vivência sócio histórica e cultural a qual
produz e renova seus saberes. Sendo assim, o ser humano está sempre em contato
com o novo, adquirindo e formando sempre novos conhecimentos, que serão parte
fundamental de sua formação.
Conforme Mizukami (2018), o conhecimento é uma ‘descoberta’ e é novo para
o indivíduo que a faz. O que foi descoberto já se encontrava presente na realidade
exterior. Não há construção de novas realidades”.
O ser humano é dotado de uma capacidade que muitas vezes nem ele se dá
conta, pois a todo o momento está adquirindo conhecimentos novos e
transformando os já existentes. Sendo assim, cada indivíduo interpreta o mundo à
uma maneira e através dos diferentes olhares, cada um forma a sua concepção.
Cada ser é único e tem uma maneira de ver o mundo, com o seu jeito de
aprender o novo. Um homem pode entrar em contato, por exemplo, com um livro
muito antigo, que muitas pessoas já o leram e sugaram segundo eles toda a sua
essência. Porém esse homem, ao lê-lo, conseguiu retirar algo dele que jamais
alguém havia percebido, isso não quer dizer que o conhecimento do livro mudou,
mas, a forma como as pessoas interpretam é que é diferente.
Nessa realidade de existência e transformação do conhecido para algo novo,
o processo de conhecimento passa por transformações onde muitas vezes o ser
humano não consegue aprender sozinho, ele necessita de seres que o ajudem.
Sendo assim, todo ser ao iniciar seu contato com a sociedade precisa de pessoas
conscientes que lhe mostrem o caminho a seguir, e lhe guie neste processo. Sendo
assim, o professor tem que estar preparado no momento em que a criança chega à
escola.
Dizemos que a criança está pronta para aprender, quando ela apresenta um
conjunto de condições, capacidades, habilidades e aptidões consideradas como pré
–requisitos para o início de qualquer aprendizagem.
Dessa forma, constatamos que a criança é um ser que vive em constante
transformação, e não podemos dizer que está pronta e acabada. Portanto, ela se
desenvolve pelas vivências e momentos, desenvolvimento esse que envolve seu
lado psicomotor, o que é muito importante para sua formação.
Quando a criança apresenta dificuldades de aprendizagem, na maioria das
vezes, uma simples atividade que envolva seu corpo pode solucionar tal problema.
Cabe ao educador ter o conhecimento e ajudar seu aluno, já que toda criança tem
capacidades, habilidades e aptidões. Basta só ser observada com carinho, pois o
seu futuro depende muito da sua formação inicial que acontece na família e
principalmente na escola.
O educador, através do seu conhecimento que adquiriu no decorrer do tempo,
deve buscar maneiras diferentes para conduzir todo o processo de educação, tendo
em mente que todo e qualquer indivíduo pode apresentar mudanças através do meio
que vive. Educar significa que o próprio educador deve criar sua identidade, ser
crítico e consciente, capaz de mudar os caminhos da educação.
Sendo a escola o local onde a criança irá receber estímulos para continuar
desenvolvendo suas capacidades psicomotoras é de suma importância que o
educador busque inovar e aperfeiçoar a cada momento sua maneira de trabalhar
tanto o lado motor como o afetivo da criança que e parte fundamenta do processo.
Quando uma criança apresentar problemas de aprendizagem, é muito
importante que o educador busque constatar, e consequentemente tente saná-lo. Se
o problema for mais grave, deverá buscar ajuda de outros especialistas.
É muito importante que, mesmo que sejam pequenas essas dificuldades, o
professor não deixe passar por despercebido, pois uma simples troca do tipo ‘P por
B’, pode parecer simples mais não o é. Essa simplicidade de erros pode causar com
o passar do tempo uma enorme dificuldade de aprendizagem.
Conforme afirma Seber (2014) é preciso entender que, o domínio de uma
atividade não é conquistado imediato. Só o funcionamento de uma ação pode
conduzir a um aprimoramento dos movimentos.
Conhecer o próprio corpo significa ter uma compreensão global do seu
desenvolvimento. Isso implica conhecer e entender o seu desenvolvimento motor,
sua lateralidade, saber orientar-se no espaço, ter uma memória cenestésica
desenvolvida, fazendo com que haja uma interação entre corpo e aprendizagem.
Mas, é preciso entender que qualquer atividade que a criança fará de imediato ela
não terá domínio do seu corpo. Somente a continuidade de atividades fará com que
haja o aprimoramento dos seus movimentos.
equilíbrio;
coordenação;
lateralidade;
organização temporoespacial;
grafomotricidade.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
AURÉLIO. (2004). Novo dicionário eletrônico. (Versão 5.0). Positivo Informática Ltda.
BELLO, Ruy de Ayres. Pequena História da Educação. 12.ed. São Paulo, Ed. Do
Brasil, 2016.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5.ed. São Paulo:
Atlas, 2016.