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FACULDADE CASA BRANCA - FACAB

THAIS FRASSON ARAUJO

CURSO: PÓS GRADUAÇÃO “NEUROPSICOPEDAGOGIA


CLÍNICA E INSTITUCIONAL”

ANA LUIZA ZANETTI

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

DATA DA AULA 24/04/2021


CASA BRANCA
2021

FACULDADE CASA BRANCA – FACAB


THAIS FRASSON ARAUJO

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Trabalho apresentado como requisito de


avaliação na Disciplina de A importância da
psicomotricidade na educação infantil do Curso
de Neuropsicopedagogia da Faculdade Casa
Branca - FACAB, sob a orientação do Profº
(Ana Luiza Matielli Campos Zanetti)
CASA BRANCA
2021

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO.................................................................................................08
CONCLUSÃO..............................................................................................................09
REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
ANEXOS......................................................................................................................11
INTRODUÇÃO

A psicomotricidade contribui de modo expressivo na formação do indivíduo e tem


como objetivo incentivar a prática do movimento em todas as etapas do
desenvolvimento infantil. Através de atividades lúdicas as crianças criam,
interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Perante este contexto, o
educador infantil deve estimular o desenvolvimento psicomotor com a intenção de
contribuir para a formação integral dos alunos na educação infantil. O movimento
permite a criança explorar o mundo exterior, por isso a estimulação psicomotora é
fundamental no desenvolvimento da criança. O papel do professor ou pedagogo que
trabalha na educação infantil é proporcionar aos seus alunos processos de
afetividade, pensamento, motricidade e linguagem, na qual a dinâmica psicomotora
auxilia no potencial de relação pela via do movimento, incentiva o brincar e amplia a
possibilidade de comunicação. A criança encontra-se em constante movimento,
expressando-se através da linguagem corporal, o que é uma das formas de ela
interagir com seus iguais, propiciando, assim, o contato com o mundo do
conhecimento. Considerando a infância como princípio do desenvolvimento humano,
observa-se que no Brasil a educação infantil vem progressivamente ganhando
destaque por entender a infância como um período de transformações corporais,
cognitivas e subjetivas, as quais possibilitam à criança descobertas sobre ela
mesma e o universo que a cerca. Nesse contexto, o cuidado com o desenvolvimento
da criança torna-se fundamental, já que é o início do processo de aprendizagem
assistemático e sistemático. É na infância em que se iniciam as primeiras
aprendizagens sistemáticas, ou seja, as escolares. A infância de hoje é bem
diferente do que foi antigamente. A partir da necessidade de se manter em um
mercado de trabalho competitivo, os pais tornaram-se cada vez mais distantes no
processo de maturação e desenvolvimento de seus filhos, ocasionando mudanças
nas relações familiares. A urbanização e a segurança também são fatores de
transformação dos costumes infantis, uma vez que geram a diminuição dos espaços
e da própria liberdade para as crianças desfrutarem do momento de brincar. Além
disso, o fator da iniciação escolar precoce torna as instituições de ensino
responsáveis por grande parte da estimulação motora, emocional, cognitiva e social.
A escola transformou-se, então, em um espaço importante para as crianças
experimentarem novas vivências. Assim confere (Fonseca, 2008, p.488): “O ato
motor humano, embora possa ser estudado em uma abordagem modular nos seus
elementos ou fragmentos componentes (sensoriais neuronais, motivacionais,
motores, etc.) não pode ser expresso isoladamente de um contexto comportamental,
uma vez que a sua execução é inseparável dos fins e dos objetivos a atingir”. O
objetivo desse trabalho é trazer uma parcela das experiências concretas da infância
para dentro da escola e utilizá-las como ferramenta pedagógica, associando aos
verbos brincar, aprender e crescer, além de levar a criança a utilizar seu corpo como
instrumento de aprendizagem e de relação. Tem-se também o objetivo de estimular
o contato com as sensações, as percepções, com o meio e com o outro, mantendo
contato com formas, espaço e tempo trabalhando de diversas formas com o contato
direto com o próprio corpo e com o corpo do outro, com um universo de fantasia,
alegria, brincadeiras e frustrações. Enfim, quer-se facilitar a relação da criança com
seu meio, descobrindo-se como parte individualizada, porém, pertencente ao todo. O
corpo surge, portanto, mais uma vez, como o componente material do ser humano,
que, por isso mesmo, contém o sentido concreto de todo o comportamento sócio
histórico da humanidade. O corpo não é, assim, o caixote da alma, mas o endereço
da inteligência. O ser humano habita o mundo exterior pelo seu corpo, que surge
como um componente espacial e existencial, cordialmente organizado, no qual e a
partir do qual o ser humano concentra e dirige todas as suas experiências e
vivências. (Fonseca, 2008, p.410) Ao longo de uma experiência pedagógica dentro
da Educação Infantil, pode-se perceber que a psicomotricidade constitui um meio
auxiliar na estruturação do desenvolvimento das crianças, ligando às experiências
motoras, cognitivas e sócio afetivas indispensáveis a formação do sujeito. Além
disso, a psicomotricidade pode favorecer um trabalho preventivo adequado para
equacionar possíveis lacunas deixadas durante o processo de maturidade das
crianças, compensando deficiências atribuídas à privação de movimento e da
experiência lúdico-espacial, comuns nessa infância contemporânea. Compactuando
com os objetivos propostos pelo (RCNEI), acredita-se na necessidade de os
educadores aprofundarem seus conhecimentos sobre o desenvolvimento da criança
de forma integrada, já que é através do corpo, na sua integridade motora, cognitiva e
psíquica, que o sujeito virá a conquistar diferentes aprendizagens, entre elas a
leitura e a escrita. Portanto, entende-se que os estímulos psicomotores destinados à
criança no decorrer da infância poderão auxiliar no desempenho da aprendizagem
escolar. A esse respeito, vale destacar a seguinte constatação: [...] “cuidar da
criança é, sobretudo, dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo
crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e
respondendo às suas necessidades. Isso inclui interessar-se sobre o que a criança
sente, pensa, o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste
conhecimento e de suas habilidades, que aos poucos a tornarão mais independente
e mais autônoma”. (Brasil 1998a, p. 25). A psicomotricidade é uma ciência que
busca em muitos campos de pesquisa dados, argumentos e teorias. Duas são as
áreas de grande envolvimento com a evolução destas pesquisas. A Educação Física
e a Psicologia buscam a cada dia um número maior de resultados em pesquisa para
que seus profissionais façam de sua atuação algo cada vez mais competente e
sólido no desenvolvimento do homem.
DESENVOLVIMENTO

Toda ação educativa tem origem em uma necessidade própria do aluno.


Os objetivos específicos são definidos pelo professor, mas o interesse e o nível de
desenvolvimento do aluno são fatores importantes para que o processo aconteça
aprender é em síntese um esforço para estimular o desenvolvimento, que é facilitado
pela integração sistemática entre o professor e o aluno. A educação infantil é
reconhecida como dever do Estado com a educação a partir do que se afirma a
Constituição de 1988, que diz que o atendimento em creches e pré-escolas é um
direito social da criança. (BRASIL, 2010, p. 7) A educação infantil é um período
muito importante, pois possibilita a criança uma educação libertadora,
potencializando a construção do processo de desenvolvimento e sua relação com o
mundo esse trabalho é elaborado e sistematizado de acordo com as Diretrizes,
possui um plano educativo que garante a qualidade do ensino para as crianças.
Dessa nova e rica identidade da infância, que contrasta com a imagem empobrecida
e carente de criança passiva e inerte, exclusivamente vista no seu relacionamento
com a mãe, e sempre descrita na sua imaturidade e incompetência por tanta
literatura psicológica, nasce forte convicção de considerar a idade de zero a três
anos enormemente importante para o crescimento pessoal de cada indivíduo.
(BONDIOLI; MANTOVANI, 1998, p. 102) É partindo de observações e
estabelecendo relações com a realidade e com o meio que ela aprende e assim
segue na construção de sua identidade e esse processo de construção, é uma
busca da autonomia da criança percorrendo diversos caminhos. As atividades
devem desenvolver a autonomia e construção da identidade de cada um respeitando
seus gostos, desejos e conhecimento de si mesmo. O objetivo da educação infantil é
educar e cuidar e segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil (BRASIL, 2010, p. 12) é: Primeira etapa da educação básica, oferecida em
creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não
domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que
educam e cuidam das crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em
jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do
sistema de ensino e submetidos a controle social. A proposta curricular da educação
infantil deve conter eixos que vão nortear as interações e a brincadeira, ampliando
as experiências sensoriais, expressivas, corporais que vão estimular sua
individualidade, lembrando sempre de respeitar o ritmo da criança. O trabalho
psicomotor privilegia o ato físico, mas leva-o ao trabalho mental, no qual se aprende
a escutar, interpretar, imaginar, organizar, representar, passar da ideia ao ato, do
abstrato ao concreto, bases imprescindíveis da aprendizagem formal. (COSTALLAT
et al, 2002, p. 40) Deve também oferecer diferentes linguagens e formas de
expressão, como: gestual, verbal, plástica, dramática e musical, bem como a
linguagem oral e escrita com o uso de diferentes gêneros textuais orais e escrito,
contextualizar as relações quantitativas, medidas e orientação espaço temporal.
Outro eixo é desenvolver a autonomia da criança principalmente no asseio pessoal,
organização e saúde. O trabalho em grupo, o incentivo a curiosidade a exploração
do meio, bem como a arte, a música, cinema e fotografia, teatro, poesia e literatura
também são eixos a serem trabalhados. Para complementar, trabalhar questões de
natureza e sociedade, tradições culturais do país e utilizar recursos tecnológicos e
midiáticos também fazem parte do currículo da educação infantil. Cabe ao educador
trabalhar a educação motora com as crianças na educação infantil, e saber a
importância do conhecimento e aplicação da psicomotricidade, pois quando se fala
em movimento, falamos principalmente da psicomotricidade, a qual é importante
para o desenvolvimento do movimento e da cognição infantil aprimorando o
processo ensino-aprendizagem. O não planejamento do trabalho leva o executor a
sérios problemas de condução, de direcionamento das práticas e principalmente de
perda de foco. Se não houver objetivos claros, se não houver uma linha de
pensamento para seguir, o professor poderá começar a pegar tudo que aparece e
assim acabar perdendo efetivamente a direção e os objetivos que deveriam ser
propostos. (ALMEIDA, 2007, p. 19) A psicomotricidade na educação infantil tem a
finalidade de ampliar as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas
corporais, desenvolvendo deste modo o movimento do indivíduo, que é mais que um
simples deslocamento do corpo no espaço, é uma linguagem que permite às
crianças interagirem com o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano,
expressando sentimentos, emoções e pensamentos.
CONCLUSÃO

A importância dos testes psicológicos na educação infantil centra-se no


esporte, principalmente em suas diversas formas de desempenho esportivo, de
forma que possa ampliar o desenvolvimento de aspectos específicos da cinemática
infantil. A pesquisa oferece uma nova perspectiva para o teste psicológico na
educação infantil, indicando que a pesquisa alcançou resultados notáveis.
Comprova que os testes psicológicos auxiliam na construção do conhecimento e,
assim, favorecem o processo de ensino na educação infantil. Este trabalho busca
mostrar a importância dos testes psicológicos no desenvolvimento global das
crianças e a necessidade da educação psicomotora nas escolas de educação
infantil. A educação psicomotora é um fator muito importante no desenvolvimento
físico, psicológico e social das crianças, e seus benefícios podem ser percebidos
na idade adulta.
O ambiente escolar deve propiciar à criança igualdade de oportunidade
educacional bem como buscar práticas pedagógicas que busquem articular saberes
e experiências com os conhecimentos prévios sejam sociais, culturais ou ambientais
visando o desenvolvimento integral da criança. O papel fundamental da escola é dar
à criança oportunidades de agir sobre os objetos do conhecimento e o professor não
deve ser aquele que apenas transmite o conhecimento, mas ser um agente
facilitador e desafiador de seus processos de elaboração. Na escola tanto o
conteúdo que está sendo ensinado como o papel do adulto que ensina devem ser
cuidadosamente planejados e analisados. Diante de todas as experiências e práticas
vivenciadas neste processo e por todo o trabalho exercido em sala de aula podemos
então concluir que cada vez mais o papel no qual desempenhamos é de uma
importância muito grande na vida das crianças, pois fazemos parte desse
desenvolvimento e esperamos contribuir de forma responsável e enriquecedora na
vida delas e que todos possam se comprometer com uma educação de qualidade.
O professor tem um papel fundamental na construção do processo de
aprendizagem dos alunos, e sua função ganha ainda maior ênfase quando se trata
da educação infantil, pois nesse período é através do vinculo aluno-professor que se
dá a aprendizagem, que acontece especialmente no campo emocional, deste modo,
com o trabalho adequado da psicomotricidade em sala de aula e com o auxilio e
dedicação do educador poderá amenizar as dificuldades de aprendizagem
presenciadas pelos educandos, diminuindo o fracasso escolar. Sendo assim,
verificou-se que a educação psicomotora é indispensável como formação de base,
tanto para o desenvolvimento motor, como para o desenvolvimento afetivo e
psicológico. Com o auxilio da educação psicomotora a criança terá circunstância
favorável à realização do seu autoconhecimento, proporcionando a ela capacidade
de pensar, desejar, perceber, raciocinar, a ter consciência de seu próprio corpo,
ajudando-a e beneficiando-a no seu desenvolvimento integral, ou seja, nas suas
aptidões perceptivas, seu comportamento psicomotor, como também na
manutenção e conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio afetivo, que
são indispensáveis a qualquer ser humano ao desenvolvimento do seu intelecto.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, G. P. Teoria e prática em psicomotricidade: jogos, atividades
lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. 3 ed. Rio de Janeiro: Wak,
2007.

BONDIOLI, A.; MANTOVANI, S. Manual de educação infantil: de 0 a 3 anos: uma


abordagem reflexiva. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil / Brasília:
MEC/SEF, 1998.

COSTALLAT, D. M. M. et al. A psicomotricidade otimizando as relações


humanas. São Paulo: Arte e Ciência, 2002.

FONSECA, Vitor. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Porto Alegre:


Artmed, 2008

Anexos

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