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SINOP
2023
EMANUELE THAÍS ADAM
SINOP
2022
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13
2 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................15
2.1 Conceito socioafetivo através da Ludicidade.................................................................15
2.2 Conceito de lúdico para a Educação Infantil.................................................................17
3 METODOLOGIA................................................................................................................20
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................................22
REFERÊNCIAS......................................................................................................................27
APÊNDICES...........................................................................................................................28
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1 INTRODUÇÃO
Essa monografia que tem como o título “O lúdico e suas potencialidades socioafetivas
na Educação Infantil", proporciona um caminho educacional agradável, tanto para o aluno
quanto para o professor. Dessa forma, focou-se sobre como as atividades recreativas (jogos,
brinquedos e brincadeiras) proporcionam afetividade e socialização entre os sujeitos nos
espaços escolares e sua contribuição, respectivamente, para a convivência social. Portanto, a
ludicidade é fundamental para a construção de valores, conhecimentos e habilidades que são
essenciais para a vida das crianças no futuro.
A temática justificou-se em razão que atividades recreativas contribuem para o
desenvolvimento integral do sujeito, sobretudo, para as relações socioafetivas tanto no
ambiente escolar quanto para a sociedade, auxiliando na inter-relações, expressões e
comunicações entre as crianças e ao seu redor. Contudo, tornou-se uma questão
constantemente abordada no curso de Licenciatura em Pedagogia, no qual despertaram a
importância de utilizar propostas pedagógicas com atividades recreativas de uma maneira
significativa e contínua com as crianças, especialmente na Educação Infantil, levando em
consideração que essa fase serve como sustentação para seu futuro.
Dessa forma, desenvolveu a temática em questão, destacando-se um objetivo principal,
que proporcionou como o desenvolvimento socioafetivo das crianças de 3 a 5 anos da
Educação Infantil tem relação com uma perspectiva pedagógica que valorize a ludicidade nas
relações de ensino-aprendizagem.
Os objetivos específicos referiram-se em: conceituar sobre atividades recreativas na
Educação Infantil com crianças de 3 a 5 anos, que são voltadas para o desenvolvimento
socioafetivo; compreender as inter-relações mediadas pelas atividades recreativas com
crianças de 3 a 5 anos, focando no desenvolvimento socioafetivo e descrever as interações
socioafetivas promovidas pelas atividades recreativas nas crianças de 3 a 5 anos na Educação
Infantil.
Esta proposta teve como estrutura para o referencial teórico revisões bibliográficas, em
estudos científicos, livros, artigos que abordam o tema. As principais autoras utilizadas para
essa pesquisa são Tizuko Morchida Kishimoto, Roseli Aparecida Bregolato, Janet. R Moyles.
A partir dessas revisões, foram identificadas as principais contribuições da ludicidade para a
promoção da afetividade e desenrolaram-se em discussões para implicações desse processo
para o desenvolvimento infantil.
Com base em análise apresentou inicialmente com uma abordagem de pesquisa
qualitativa, com um estudo de caso, e direcionamento de coleta de dados sob a base da
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Conceito socioafetivo através da Ludicidade
O afeto e o carinho são elementos essenciais para o desenvolvimento saudável de uma
criança. Desde o nascimento, a criança precisa sentir-se amada, segura e acolhida para que
possa desenvolver sua confiança e autoestima. Dessa forma, infância é o período da vida
humana em que são desenvolvidos os aspectos de pensar e viver, os quais influenciarão o
comportamento da criança tanto no âmbito escolar quanto nos contatos sociais. Segundo a
autora Bregolato (2005, p. 69), "o homem é um ser social por natureza, isso significa que se
relaciona com os “Outros” e viver coletivamente torna-se uma necessidade”. Por isso, a escola
tem um papel importante na socialização das crianças, principalmente, na Educação Infantil
ajudando-as a aprender e a dissolver habilidades sociais, como a colaboração, o respeito, a
comunicação entre outros.
A criança é um ser humano frágil e delicado. Dessa forma, através da ludicidade
desenvolve a afetividade que envolve elementos como carinho, amor, respeito, sentimento,
expressão. É através da afetividade que a criança aprende a lidar com as emoções, e expressá-
las e a compreender as emoções dos outros. Portanto, com essa análise sobre essas
características que contém na primeira infância, as atividades com perspectivas lúdicas na
Educação Infantil despertam cada vez mais relevância nas práticas pedagógicas, pois o
indivíduo é estimulado e direcionado a constituir a sua identidade através de jogos,
brinquedos e brincadeiras. Por isso, a autora Janet R. Moyles (2002, p. 22) ressalta que: “o
brincar ajuda os participantes a desenvolver confiança em si e em suas capacidades e, em
situações sociais, ajuda-os a julgar muitas variáveis presentes nas interações sociais e ser
empático com os outros”.
É importante reconhecer que o brincar de uma criança é uma forma de linguagem, a
qual deve ser respeitada e não repreendida, como acontece frequentemente nos ambientes
escolares, seja para não incomodar ou “atrapalhar a aula”. Para estimular as crianças, é
necessário brincadeiras reflexivas, criativas e imaginativas. Porém, deve-se ser respeitado o
espaço de cada indivíduo, como salienta a autora Moyles:
A promoção do brincar social, por mais importante que seja, não deve obscurecer o
fato de que nem todos nós gostamos de ser parte de um grupo o tempo todo. As
crianças, como os adultos, gostam de momentos de tranquilidade em que possam
refletir ou exercitar o próprio julgamento (MOYLES, 2002, p 65).
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[...] saber como a criança vê o mundo e como gostaria que ele fosse, pois na
brincadeira ela expressa seu pensamento, organizando e compreendendo o seu
mundo. Isto ocorre porque a criança cria uma situação imaginária quando brinca
sendo que, esta situação imaginária nasce a partir do conhecimento que possui do
mundo adulto (BORDIGNON; CAMARGO, 2013, p. 8).
Dessa forma, o lúdico incentiva uma experiência mais significativa para a criança sem
cobranças acadêmicas que o ensino regular desempenha contribuindo, principalmente, para o
seu comportamento social e aprendizagem no âmbito escolar.
No livro “O brincar e suas teorias", organizado por Tizuko Morchida, a autora Heloysa
Dantas (1998, p. 111) afirma que “o termo lúdico abrange os dois: atividade individual e
coletiva e regrada. O que chama atenção, quando pedimos a profissionais da educação infantil
sinônimos para ele, é a tendência a oferecer ‘prazeroso’ e ‘nunca livre”. Isso acontece, visto
que alguns professores utilizam atividades com perspectiva lúdicas como imposição e não
com estratégias com características livres. Além disso, desenvolver uma atividade lúdica não
significa que será útil para a criança, ou que será proveitosa. Porém, é necessário utilizá-lo
durante toda a Educação Infantil (Dantas, 1998).
O conceito de lúdico na Educação é compreendido por jogos, brinquedos e
brincadeiras. Para Tizuko Morchida Kishimoto, em seu livro “Jogos, Brincadeiras e a
Educação”, desmistificam-se esses conceitos. Em relação ao jogo, comenta que “tentar definir
o jogo não é tarefa fácil. Quando se pronuncia a palavra jogo, cada um pode entendê-la de
modo diferente” (Kishimoto, 2017, p. 15). Ou seja, existem vários tipos de jogos, os quais
podem ser: com ou sem regras; com materiais concretos ou sem; cooperativo ou competitivo;
restrito ou livre.
Além disso, a autora ressalta que o jogo é instrumento que deve ser utilizado de
maneira extremamente objetiva, pois produz vários benefícios, como: desenvolvimento físico,
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cognitivo, afetivo, social e moral (Kishimoto, 2017). Convém ressaltar que um jogo
representa um lugar cultural, intencionando significados, regras, e objetos, que os
caracterizam, como, por exemplo:
viver experiências do mundo real através da sua imaginação simbólica, aprimorando seus
conhecimentos, pois a brincadeira possibilita favorecer a aquisição de novos conceitos.
Existem diferentes definições acerca do brincar, por exemplo, a brincadeira é vista como uma
ação livre, no qual o seu objetivo é proporcionar um momento divertido e relaxante para o
indivíduo. (Kishimoto, p.1, 2010). Então, a brincadeira contribuirá para a criança criar
significados e sentirá protagonista do seu universo, por exemplo, quando uma criança brinca
com a boneca, irá reproduzir como sua mãe a trata, dando carinho, oferecendo comida, dar
banho, entre outros.
Moyles reconhece que o brincar deve ser considerado como um processo, e que se
aceitarmos dessa forma, não precisamos defini-lo.
Se aceitamos o brincar como um processo, fica óbvio que uma definição satisfatória
será elusiva. Tentem definir, por exemplo, o processo de apaixonar-se: nos
deparamos imediatamente com muitas variáveis da situação e o tipo de química
pessoal envolvida. A qualidade do brincar de uma criança depende igualmente de
inúmeras variáveis, entre os quais o valor que a criança e outros atribuem a ele
(Moyles, 2002, p.24).
A criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das interações
com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com objetos e
brinquedos, certas formas de uso desses materiais. Observando outras crianças e as
intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas regras (2010, p.1).
Dessas direções, é razoável sustentar a ideia que as atividades com perspectiva lúdica
terão um papel mediador e potencializador do desenvolvimento integral da criança, que
desafiam os fazeres pedagógicos dos professores. A Educação Infantil é um espaço dinâmico
e vivo, de protagonismos, tendo na criança o prioritário do processo de ensino e
aprendizagem.
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3 METODOLOGIA
Nesse processo metodológico, foi utilizada abordagem de pesquisa qualitativa, por
meio de estudo de caso, a qual se concentrou na compreensão do significado que os
indivíduos atribuíram às suas experiências e ao mundo ao seu redor. Segundo a autora Minayo
(1994, p. 21), a pesquisa qualitativa “[..] responde a questões muito particulares. Ela se ocupa,
nas Ciências Sociais, com um nível de realidade que não pode ou não deveria ser
quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das
aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes”.
O estudo de caso ocorreu na Cooperativa de Profissionais da Educação “Arco-Íris”, na
cidade de Cláudia, Mato-Grosso. A turma escolhida foi o Grupo 5 (Pré-Fase II) na Educação
Infantil, com 13 crianças sendo 5 meninas e 8 meninos. Assim, esse método permitiu uma
exploração contextualizada e detalhada de questões específicas. Dessa forma, segundo
Triviños (1997, p. 111) “mas aqui está o grande valor do estudo de caso: fornecer o
conhecimento aprofundado de uma realidade delimitada que os resultados atingidos podem
permitir e formular hipóteses para encaminhamento de outras pesquisas”.
Partindo dessa concepção, a técnica adotada de coleta de dados para essa monografia
foi a observação participante. Isso permitiu possibilitar observações das interações e registros
das atividades, ao mesmo tempo em que teve o envolvimento com as atividades do grupo que
foi analisado. Dessa forma, Minayo (1994) destaca que a observação participante é
fundamentada na filosofia de que todo pesquisador social deve ter a necessidade de relativizar
o espaço social de onde provém e aprender a se colocar no lugar do outro.
Para complementar a observação participante, foi utilizada uma roda de conversa que
analisou como as crianças socializaram e as interações com os brinquedos no qual têm maior
finalidade. Essa técnica estimulou as discussões em grupo sobre quais eram os jogos,
brincadeiras, e se gostavam de fazer as ações sozinhos ou com os outros. Segundo o autor
Leandro Rogério Pinheiro a roda de conversa possibilita uma participação positiva e efetiva
entre os sujeitos, enfatizando que “[...] a utilização de rodas de conversa é estabelecida sob o
propósito de dar voz aos sujeitos, visando possibilitar sua participação efetiva no processo, à
medida que lhes são facultadas falas dialógicas pelas quais se espera o aporte de seus saberes”
(2020, p.4).
A entrevista semiestruturada consistiu em um roteiro formulado e composto por
questões abertas cuja aplicabilidade desenrolou-se de forma individual tanto para os
professores quanto para o coordenador pedagógico da instituição. Foi realizada com
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pedagogas que estão inseridas da Educação Infantil, das etapas que a escola Cooperativa de
Profissionais da Educação “Arco-Íris” oferece sendo do Grupo 3, Grupo 4 e Grupo 5. A
entrevista semiestruturada conteve o mesmo roteiro para todas as participantes com 7
perguntas, e ao decorrer do momento surgiu outras perguntas. Os assuntos eram relacionados
a formação acadêmica, experiências que vivenciam na sala de aula sobre o uso de materiais
pedagógicos na questão da socialização, conflitos, as vantagens e desafios, entre outros. Além
disso, houve uma entrevista semiestruturada com a coordenadora da escola sobre os
benefícios, programas e espaços que oferecem para essas experiências da ludicidade para a
questão do desenvolvimento socioafetivo.
Essa técnica é privilegiada de coleta de dados em virtude da valorização da presença
do investigador diante dos sujeitos participantes da realidade pesquisa, oferecendo ao
informante todas as perspectivas possíveis para alcançar a liberdade enriquecendo a
investigação (Triviños, 1987). Desse modo, este instrumento se apresentou como uma
ferramenta da qual o roteiro, conjugado com a observação, impulsionando a problematização
das dimensões não previstas inicialmente, levando a inclusão de novas perguntas, de
descobertas essenciais na pesquisa qualitativa. Foi um roteiro formulado e composto por
questões abertas cuja aplicabilidade desenrolou-se de forma individual tanto para os
professores quanto para o coordenador pedagógico da instituição.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Quadro 2- Como você define o termo “lúdico” no contexto do desenvolvimento socioafetivo das crianças da
Educação Infantil?
Professora G3 Na minha opinião é muito importante trabalhar com o lúdico porque as crianças
aprendam brincando e isso ajuda muito na questão do desenvolvimento social delas,
criando regras nas brincadeirinhas quando eu as deixo brincarem à vontade. Além disso
elas aprendem a resolver conflitos por si só, eu acho muito importante.
Professora G4 O lúdico ajuda a criança a aprender mais, e isso ocorre mais na Educação Infantil. A
criança vai aprender a interagir, socializar, a atividade que a gente coloca vem no
lúdico. E tudo isso ajuda a criança desde da aprendizagem até na interação, a dividir,
no brincar. Eu faço muitas brincadeiras para eles ter contato entre eles.
Professora G5 A ludicidade antigamente na Educação Infantil era colagem com arroz, feijões e não
deixávamos as crianças criarem. Então era tudo pronto, pronto, pronto, pronto e hoje é
bem diferente. Hoje em dia a visão do que é ludicidade é o que dar prazer e traz muitos
benefícios tanto para as crianças nas suas socializações como na aprendizagem.
Quadro 3 - Quais materiais você utiliza em sala de aula para desenvolver a socialização
entre as crianças?
Professora G3 Eu utilizo músicas, brinquedos, roda de conversas e bastante brincadeiras em duplas e
eles amam. Utilizo jogos de memória, peças, quebra cabeças aí coloco grupinhos na
mesa e eles ajudam o outro, e é muito bacana.
Professora G4 Na parte da socialização eu gosto de utilizar jogos de dominó que vem na apostila bem
grande, jogos de quebra cabeça para a idade deles e fazer brincadeiras mais antigas
como, por exemplo, amarelinha e noite e dia que é onde eles vão estar interagindo
entre eles desde o esperar sua vez e as regras.
Professora G5 Atividades assim para desenvolver o lúdico, bastante histórias, brincadeiras e jogos. O
lúdico é um elo, eu acredito que seja um elo entre aspectos cognitivos, afetivos e
sociais. E esse elo aí vai ajudar as crianças na sua formação. Que num futuro lá na
frente, elas vão adquirir habilidades que vai ajudar na sua vida socioafetiva e
socioemocional, né? Na sala temos brinquedos, fazemos muitas brincadeiras faz-de-
conta também. Com os brinquedos percebemos que alguns momentos a solidariedade
de emprestar para os coleguinhas, e soltam a imaginação.
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Quadro 4 - Em sua experiência, quais são os impactos positivos que as atividades recreativas podem ter na
construção de relacionamentos saudáveis entre as crianças na Educação Infantil?
Professora G3 Os impactos são positivos, quando um aluno não traz um brinquedo eu pergunto se
alguém gostaria de repartir e eles são bem solidários. Eu tenho um aluno especial, e é
incrível porque ele sempre é o primeiro a querer compartilhar. Os pais percebem as
mudanças e sempre mandam mensagens agradecendo, e eu acho incrível.
Professora G4 Elas iniciam aí para nós e já ajudam na interação, porque eles vêm de casa muitas
vezes sendo filhos únicos e nessa parte eles ainda não sabem socializar. Então eu
utilizo brincadeiras coletivas, muitas vezes eles não conseguem dividir um brinquedo,
e vai sendo um trabalho de formiguinha que vamos fazendo, desde o inicio colocamos
brincadeiras e jogos para a socialização entre eles, e aprendem regras do dividir e isso
ajuda no social deles.
Professora G5 Então, para a socialização, muitas crianças chegam na escola e eles não tem aquela
socialização, alguns são muitos são filhos únicos, ficam muito na televisão ou tem
alguém que cuida. Então os materiais para estimular a socialização, trabalhar bastante
com jogos. No primeiro momento, sempre no início da alfabetização, a Educação
Infantil na nossa escola se dá um pontapé inicial para a alfabetização, é uma Pré-
Alfabetização na Educação Infantil. Então trabalhamos com muitos jogos pedagógicos
em grupos, para eles se socializarem, mas ainda tem crianças que não se socializam e
muitas brincadeiras fora no pátio também.
Quadro 5 - Como as crianças reagem a atividades recreativas? A faixa etária é um desafio nesse aspecto?
Professora G3 Não acho que a faixa etária é um desafio nesse aspecto. Eles reagem bem,
principalmente, nos momentos de Educação Física.
Professora G4 A faixa etária é difícil, porque eles não têm essa visão do esperar e muitas vezes
correm porque é a vez deles na brincadeira e você tem que falar “Você vai esperar sua
vez, porque agora é a vez do coleguinha”. Então tudo isso é um trabalho que você tem
que fazendo com eles. Aqui na escola temos o dia do brinquedo que trazem de casa e é
bem complicado, porque vai passando os anos e as vezes não aprendem a dividir,
porque é um processo demorado. Eu sugiro sempre trocar os brinquedos uns com os
outros, e isso ajuda bastante. E também nas brincadeiras as vezes tem que interferir no
meio para que eles entendam.
Professora G5 Então, essa interação que elas começam a ter conseguem ter prazer nessas atividades e
eu sinto isso, né? Com essa interação elas começam a brincar, interagir, e elas têm um
prazer nas brincadeiras principalmente por brincadeiras antigas como pular corda e
amarelinha. E também, eles se desenvolvem fisicamente e emocionalmente.
Quadro 6 - Como você lida com as situações de conflito entre as crianças durante essas atividades recreativas e
quais estratégias utiliza para promover a resolução pacífica?
Professora G3 Quando acontece desavenças as vezes eu interfiro com a ideia “E se acontecesse
comigo?”, e eles pensam e se resolvem, e voltam a brincar, isso é uma graça. Para
ajudar eu utilizo músicas, aí no começo da aula a gente cantar a musiquinha sobre
respeitar o coleguinha, ai quando acontece uma briga é sempre por causa de brinquedo.
Mas assim, não preciso gritar porque sempre resolvemos em base de conversa.
Professora G4 Então, quando tem esses conflitos entre eles eu gosto de deixá-los resolverem entre
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Professora G5 Na teoria que a gente fala e prega muitas vezes a realidade lá dentro da sala é diferente.
Então, tem que ter muita calma para lidar com eles, né? Muito calma, muita conversa,
às vezes retirar da sala para conversar. Às vezes a diretora ajuda também conversa.
Quando a gente vê que está muito difícil, mas sempre com calma e conversando às
vezes olho no olho ajuda bem. E também temos que conversar também para família,
né? Para intervir e nos ajudar, nesse sentido.
0.0769
0.1538
0.3077 0.3077
Bola
Bonecos
Pula Pula
Carinhos
0.1538
0.2308
25
0.1538
0.3808 Amarelinha
Pular corda
0.2308 Pega-Pega
Estátua
0.2308
A nossa escola possui apostilas que vem bastante conteúdos, então devemos buscar as
habilidades e desenvolvimento delas. Na questão de projetos lúdicos elas aparecem mais
como jogos e brincadeiras dentro das salas de aula, né? Mas dentro de cada sala e de cada
projeto que vem da apostila direto. Sempre a gente faz brincadeiras quando nós temos um, por
exemplo, uma data comemorativa, então a gente projeta esse momento, né? Dentro do dia do
palhaço e dos dias das crianças, principalmente. Daí a gente busca, né? Trazer para as crianças
a importância desses momentos, então a gente desenvolve muitos projetos fora da apostila a
brincadeiras é todo dia todo. Os brinquedos as crianças trazem na sexta-feira e todos tem um
momento para brincarem e socializarem fora da sala, lá no pátio. Então dentro de um contexto
as crianças podem brincar, cantar e trazer jogos, porque a partir do lúdico a criança aprende
mais, fixa mais. Outras formas de brincadeiras para eles brincarem, buscar resultados, com
certeza ele aprende com mais rapidez e com menos dificuldade. Sempre vai ter aquele que vai
ter, mas o lúdico é bastante desenvolvido nas e cria queria possibilidades para as crianças
buscarem, condições que melhorem os seus conhecimentos e até o seu social. Porque a hora
que ele brinca, ele estava o quê? Está socializando. Então, isso é, isso favorece o
conhecimento.
Baixo.
Quais são os resultados ou benefícios que a escola observou ao enfatizar o lúdico como
parte das habilidades sociais das crianças na educação infantil?
Os resultados do lúdico são aparentes logo no início que você desenvolve uma atividade.
Logo que você desenvolve uma atividade, você vê que ele aprendeu e vê o resultado imediato.
Então há muitos benefícios para o professor que trabalha dessa forma. E eu gosto de ver
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resultados desse tipo, porque às vezes a criança sai falando ou contando em casa para os pais
sobre o que ele aprendeu na escola através de uma brincadeira que a professora inseriu na sala
ela está falando aquilo que aprendeu na escola através da brincadeira que a professora. Então,
por isso que o professor na Educação Infantil ele tem que criar, ele tem que buscar, ele tem
que gostar, porque se ele não gostar, não vai ter ludicidade nenhuma, né? Porque é para ter
habilidade para isso, você precisa gostar do que faz. E quem sai beneficiado é a escola, os pais
e o aluno. Os pais esperam resultados da escola, ele vem buscar uma da criança, chega às
vezes fantasiada para o pai. Na Educação Infantil o diferente deve ser feito, os professores
devem ser criativos. Eles usam bastante os brinquedos, tem o dia do brinquedo. geralmente
aqui na escola é na sexta-feira. Se eles podem trazer os brinquedos deles, né? A escola tem
poucos brinquedos, mas as crianças precisam brincar bastante, não apenas para brincar, mas
para aprender.
Nós não temos brinquedoteca. Nós temos brinquedos soltos na sala, soltos, assim, a caixa
estava como eu falei antes, utilizam para as crianças brinquem. Temos caixas com carrinhos,
bonecas e casinhas, brinquedos de encaixar e trazem brinquedos de casa. Na sala da biblioteca
temos alguns jogos concretos que as professoras também utilizam.
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REFERÊNCIAS
BORDIGNON, Jaqueline G.B; CAMARGO, Gisele Brandelero. Ludicidade e Educação: uma
parceria que contribui para a aprendizagem. Os Desafios da Escola Pública Paranaense na
Perspectiva do Professor PDE. In: CADERNOS PNE. [s.l;s.n], 2013. Disponível em:
<Chrome (4).pdf>. Acesso em: 4 de abr. 2023.
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal do Jogo. São Paulo: Ícone, 2005.
DANTAS, Heloysa. Brincar e trabalhar. In: Morch; DA, Tizuko (org). O brincar e suas
teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 1998. Acesso em: 28 abr. 2023.
MINAYO, Maria C. de Souza. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1994. Acesso em: 20 mai. 2023.
APÊNDICES
4- Quais materiais você utiliza em sala de aula para desenvolver a socialização entre as
crianças?
7- Como você lida com as situações de conflito entre as crianças durante essas atividades
recreativas e quais estratégias utiliza para promover a resolução pacífica?