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PLANO DE AULA/AÇÃO

1. DADOS DO ESTUDANTE
Nome: Augusta de Souza Silva Fernandes
RU: 2756233
Curso: Curso de Graduação – Educação Especial - Licenciatura
Polo: THE BEST LTDA

2. IDENTIFICAÇÃO
Local: Belo Horizonte.

Disciplina: Estagio supervisionado – Ensino Infantil (modelo híbrido de ensino):


Escola / local: Creche Comunitária Cantinho da Vovó Naná
Componente curricular: Interdisciplinar

Conteúdos: Números e Formas

3. CONTEÚDO DA AULA ou PROJETO DE ENSINO

O conteúdo proposto nesse plano vai de encontro com as necessidades em


que os estudantes do ensino infantil/alfabetização precisa, que é de conhecer os
números e as suas possibilidades de uso.
Esse conhecimento é interessante para os alunos, pois sabe -se que vários
estudos e pesquisas sobre a elaboração das classificações, noções de quantidade,
número, ordem, entre outras, deixaram bem claro que “a lógica não é absolutamente
inata na criança” e que o indivíduo não poderia adquirir suas estruturas mentais mais
essenciais sem o fator social ou educativo, como condição do desenvolvimento.
Dessa forma, propiciar aos alunos diferentes meios de vivenciar e conhecer os
números se faz relevante. Como educadora é preciso que de fato seja posto em
prática o ensino da matemática. Aprender matemática não é só aprender uma
linguagem, é adquirir também modos de ação que possibilitem lidar com outros
conhecimentos necessários à sua satisfação, às necessidades de natureza
integrativas, com o objetivo de construção de solução de problemas tanto do indivíduo
quanto do coletivo.
Desenvolvimento da Aula:

Os alunos serão dispostos numa roda em sala de aula e será distribuído


tampinhas de refrigerantes para auxiliar no desenvolvimento proposto pelo plano
de aula a ser executado.
A professora irá conversar sobre a quantidade de alunos que se encontram na
sala, pedindo para eles contarem qual é o total de alunos naquele dia, e será
registrado na lousa a quantidade. Juntos também, contaremos quantos são os
meninos e meninas, e após esse momento, será perguntado sobre os dias da
semana, se sabem quantos são os dias e qual a data do dia, isso será feito com o
auxílio do calendário, onde será mostrado os dias e os números , sempre registrando
os números para fixar.
Em um segundo momento, será distribuído os crachás aos alunos com seus
nomes e trabalharemos quantas letras tem, quem tem mais letras e menos letras no
nome, os alunos irão escrever no caderno, enquanto contam com o auxílio do docente.
Feito isso, as crianças irão para o pátio da escola para desenhar uma amarelinha,
desenho feito com alguns quadrados enumerado de 0 até o 9 e pularão um por vez,
contando em voz alta, e sempre que colocar os pés num quadrado com os números
falarão qual é o número.
O encerramento será feito com uma música chamada, os números falam.

4. OBJETIVOS

• Aprender os números;
• Relacionar os números às suas respectivas quantidades;
• Contar manuseando materiais;
• Compreender o uso dos números.

5. SÍNTESE DO ASSUNTO (pressupostos teóricos do conteúdo)

As crianças aprendem melhor quando têm suficientes oportunidades para


explorar, construir e lançar as suas próprias atividades para aprender ao seu próprio
ritmo e sua experiência em um mundo palpável. Nesta perspectiva, percebe-se o
lúdico como instrumento eficaz para a promoção da aprendizagem e do
desenvolvimento holístico. Mas, por ser um tema amplo, necessita ser estudado para
a compreensão da sua real relação com a aprendizagem e de como pode ser utilizado
pelo professor em brinquedotecas (NASCIMENTO, 2016).
De acordo com Guijarro (2005), o direito à educação envolve não só o acesso
a ela, mas a qualidade e garantia de aprendizagem, além de igualdade de
oportunidades e respeito às necessidades individuais e na medida do possível um
currículo comum a todos. Ou ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais
(BRASIL,1998), para a educação infantil é imperativo oferecer às crianças "Um
atendimento que integre os aspectos físicos, cognitivos, linguísticos, afetivos e sociais
da criança entendendo que ela é um ser indivisível". O cuidado, o acolhimento, a
atenção, a brincadeira e o aprender devem sempre estar presentes na educação
infantil.
De acordo com Whitmont (2010), quando se trata da educação infantil, é
importante contemplar o desenvolvimento integral da criança, físico e cognitivo. No
início tudo se dá sempre em nível corporal. A formação da identidade do sujeito, suas
habilidades, suas percepções e seu estar no mundo dependem, em grande medida,
do que é feito no e com o corpo nos espaços sociais e culturais diversos, na primeira
infância.
O desenvolvimento infantil é um processo muito complexo, visto que desde
antes do nascimento, sofrem uma infinidade de transformações que dão lugar
as estruturas diversas, tanto no âmbito psíquico (afetividade, inteligência)
como em todas as manifestações físicas (estrutura corporal, funções
motoras) (WHITMONT, 2010, p.1).

Através de um longo processo, iniciado quando nasce a criança vai aos poucos
aprendendo a andar. Esse processo se dá através de etapas que levam a criança ao
domínio de dois aspectos básicos: o amadurecimento neurológico e a técnica da
tentativa e erro.
As crianças até cinco anos vivem experimentando a si mesmos e aos espaços,
na tentativa de construir sua própria noção de si e do mundo externo especialmente
em relação aos tempos, ritmos, as distâncias, as medidas e a sua consciência
corporal, entre outros (BERK, 2009).
Os tipos de mediação que o adulto realiza na aprendizagem da criança vão
“desde a sua presença (proporciona um entorno de aprendizagem seguro), até o
apoio, o desafio e o feedback” (VYGOTSKY, 1988, p.31).
Nesse sentido, quando a criança brinca assume uma situação imaginária,
assumindo um papel de imitação da vida adulta e atuando no contexto. Neste
contexto, pode-se compreender por que o jogo, o brincar dentro da perspectiva sócio-
histórica deve ser considerado uma atividade socialmente humana com base num
contexto sociocultural a partir do qual a criança recria a realidade utilizando sistemas
simbólicos próprios, passando além de uma atividade psicológica, atingindo a cultural
(VYGOTSKY, 1991).
Observa-se que as atividades e materiais educativos podem ser mais eficientes
e eficazes se lhes são incorporados elementos lúdicos, para que se tornem mais
motivadores, principalmente, tratando-se de crianças pequenas (SCHRÖTER, 2004).
A esse respeito, Weiss (2007) afirma que é importante que tanto o profissional
como qualquer outro responsável pela educação da criança esteja consciente de que
o lúdico, empregado no sentido de jogar, brincar, representar e dramatizar, como
conduta comum na vida infantil, representa uma série de atividades a serem utilizadas,
não só para entreter a criança, como estratégias mais importantes dentro do complexo
processo de socialização da mesma.
Segundo Russi e Lira (2004) as atividades coletivas e lúdicas são de extrema
importância para o desenvolvimento da classe, especialmente no processo de
socialização da criança. Ao trabalhar o lúdico, o profissional responsável estará
proporcionando relações equilibradas e construtivas entre as crianças e seus colegas
de grupo.
Nessa perspectiva, o pedagogo que leva o lúdico para o contexto escolar estará
contribuindo para tornar o processo de ensino/ aprendizagem mais rico e significativo
para a criança.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não


pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico
facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural,
colabora uma boa saúde mental, facilita os processos de socialização (ROSA,
2007, p.58).

É nas atividades lúdicas que a criança dedica a maior parte do seu tempo,
assim, ela articula conhecimentos, emoções, sentimentos e relações interpessoais.
A atividade de brincar representa uma possibilidade de se aprender as relações
dos indivíduos com a realidade social, sejam através de atividades dinâmicas ou
desafiadoras que exijam uma participação realmente ativa da criança para delimitar
todas as situações apresentadas, além de sua adequação ao mundo exterior e ao
outro (WEISS, 2007).
Embora o desejo de brincar seja espontâneo na criança, as brinquedotecas
canalizam seus esforços para promover o desenvolvimento da personalidade das
crianças através de atividades recreativas e convertendo uma atividade prazerosa
para a criança em uma importante ferramenta de aprendizagem. Elas não são
simplesmente colocadas onde a criança passa a maior parte do seu tempo, mas uma
ferramenta muito valiosa para a educação e desenvolvimento (WANDERLIND et al.,
2016).
Desse modo, a escola que se preocupam com a cidadania busca reduzir a
cultura de exclusão e promove uma ambientação e conteúdos que permitam aos
participantes entenderem seus direitos e deveres, sendo de suma importância, o
currículo.
Conforme Russi e Lira (2004) o planejamento e desenvolvimento do currículo
que produzam resultados positivos esperados, são de extrema importância e as
brinquedotecas podem ser uma grande ferramenta. Preparação, cooperação,
investimento, sobretudo em tecnologia da informação, contato com a comunidade,
além de professores que atuem como planejadores, instrutores e avaliadores, levarão
com certeza à uma educação inclusiva.

6. RECURSOS UTILIZADOS

• Giz Branco;
• Lousa;
• Aparelho de som;
• Papel cartão;
• Calendário.
REFERÊNCIAS

BERK, Laura E. Desenvolvimento Infantil. 8th ed. Estados Unidos da América:


Pearson Education, 2009.

BRASIL, Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental. Referencial


Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. v.1, v.3.

GUIJARRO, María Rosa Blanco. Inclusão: um desafio para os sistemas


educacionais. Ensaios Pedagógicos: Construindo Escolas Inclusivas. MINISTÉRIO
DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. Brasília, 2005.

NASCIMENTO, Heliana Acris do. Brinquedoteca: um espaço um espaço de


interação na educação infantil. Monografia - Curso de Especialização em Docência
na Educação Infantil – Universidade Federal da Bahia, como requisito para obtenção
do grau de especialista em Docência na Educação Infantil. 2016.

ROSA, Adriana. Lúdico e Alfabetização. Curitiba: Juruá, 2007.

RUSSI, C.A.S.; LIRA,C.F.O Papel do Jogo no Desenvolvimento da Criança


Hiperativa. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG. Vol. 2 n. 5 -
abr./jun./2004.

SCHRÖTER, B. A. F. O Jogo e o Ensino de Línguas. 2004. Acesso


em:01.04.2016. Disponível em: http://www.tede.udesc.br/tde_arquivos/10/TDE-2006-
02-22T14:01:24Z-70/Publico/Brigite%20A%20Farina.pdf. Acesso em 17 de set. de
2023.

VYGOTSKY, L. S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 4. ed.


São Paulo: Ícone, 1988. 228p.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos


processos psicológicos superiores. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

WANDERLIND, Fernanda et al. Diferenças de gênero no brincar de crianças pré-


escolares e escolares na brinquedoteca. Paidéia (Ribeirão Preto) [online]. 2006,
vol.16, n.34, pp.263-273.

WEISS, M.L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de


aprendizagem esolar. 12 ed. Ver. E ampl. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.

WHITMONT, E. C. A busca do símbolo: conceitos básicos de psicologia analítica.


Cultrix, 2010.

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