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educação infantil
RESUMO
A infância se vincula a cada tempo e lugar e nunca se dá da mesma forma, uma vez que
as diferentes culturas, os níveis socioeconômicos e o tempo histórico em que cada uma
se insere dizem muito acerca de suas particularidades. Arriscamos dizer, que existem
muitas infâncias; e dentro destas, muitas nuances que se descortinam em diferentes
contextos. Aquela criança que estuda, brinca, se diverte e se frustra; passa por diferentes
experiências que serão amplificadas na vida adulta. Enfim, estas são algumas evidências
para que alguns autores possam se referir às “infâncias”. Este artigo, busca discutir o
aparato bibliográfico acerca da construção do conhecimento a partir das vivencias com
os princípios da escuta e do olhar do professor, compreendendo estes como elementos
essenciais na reflexão e análise dos registros feitos pelos educadores. Ao propiciar às
crianças vivencias que instiguem a curiosidade e o desejo de sentir, manusear e
experimentar; estamos contribuindo para que elas se empenham cada vez mais em suas
explorações, descobrindo assim novas texturas, sensações e na criação de muitas outras
possibilidades de brincar. Para tanto, consideramos que ao propor contextos
investigativos, estamos desencadeando novas perspectivas para que a criança se
desenvolva de forma confiante, exercitando a autonomia e compreendendo que é capaz
de criar e aprender.
INTRODUÇÃO
Entretanto, ainda é necessário se fazer muito, refletir bastante e nos refazer (mais
uma vez); pois na mesma intensidade em que ocorrem as mudanças; o modo de viver
muda, fazendo com que a educação se adapte mais uma vez ao contexto externo que nos
impõe. Diante desse contexto, os professores podem enfrentar o desafio de aproximar
seus ensinamentos dentro da sala de aula à realidade fluida e cada vez mais veloz que
acontece fora dos muros da escola.
Pois bem; nesta etapa criou-se metodologias que fossem cada vez mais aplicáveis a
esta faixa etária com vistas ao desenvolvimento crítico e social das crianças; tendo a
preocupação de inseri-las no mundo escolarizado com vistas a progressão dos estudos.
Porém, esta abordagem não é tão simples; uma vez que o brincar pelo brincar é aos
olhos da criança. Ao nosso olhar, o ato de brincar é um fazer pedagógico que nos
favorece perceber o desenvolvimento de habilidades educativas nos contextos macro
que serão vivenciados em sociedade. Tanto que, para Piaget (1967), é necessário deixar
de ver o jogo somente como atividade recreativa e transformá-lo em um tempo bem
planejado, capaz de proporcionar a construção de novos saberes na educação infantil,
com uma postura inovadora, buscando levar para a sala de aula algo que desperte na
criança o desejo de aprender.
Com relação a este tema, Vygotsky (1979, p. 45) complementa nossas percepções
quando afirma que “a criança aprende muito ao brincar. O que aparentemente ela faz
apenas para distrair-se ou gastar energia é na realidade uma importante ferramenta para
o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social e psicológico”. Assim, percebe-se
que para que as crianças possam avançar no seu desenvolvimento, é necessário uma
ação reflexiva de todos os envolvidos na organização escolar, e que esta volte seus
olhos para o ato de brincar como uma ferramenta pedagógica que favorece a observação
atenta do professor nos atos espontâneos das crianças. Estes atos, irão entregar subsídios
fatídicos para aquilo que a criança faz, como ela faz e por que ela o faz.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, A. M. P., VANNUCCHI, A. I., BARROS, M. A., GONÇALVES, M. E.
R.; REY, R. C. Ciências no Ensino Fundamental: o conhecimento físico. São Paulo:
Scipione, 2009.
Não me recordo qual foi a primeira vez que ouvi sobre os contextos na perspectiva de
proposições na educação infantil, mas de repente eles invadiram as redes sociais. Tenho
acompanhado publicações sobre os contextos de aprendizagem ou de investigação e as
perguntas que rondam esse tema são: qual a diferença entre eles? Afinal, o que são?. Fiz
cursos, pesquisei referências e dialoguei com minha própria prática para chegar no que
trago aqui. Porém, é uma breve reflexão que está em processo e reflete o meu
entendimento atual sobre o assunto, minhas escolhas e concepções.
Mais algumas perguntas surgiram sobre os contextos: qual a diferença entre cantos e
contextos? Para mim é principalmente a perspectiva que muda do adulto para a criança.
E entre projetos e contextos? Essa é mais complexa, pois um projeto tem contextos,
preciso ter novas vivências para experimentar e refletir, mas considero o trabalho com
projetos (em uma determinada perspectiva) a partir de 3 anos.
Você sabe como se organiza a ação pedagógica na sua instituição? Quando fiz
pedagogia, há mais de 15 anos, aprendi a trabalhar com os projetos, as sequências
didáticas e as atividades permanentes - uma concepção tradicional centrada no adulto.
Hoje o projeto já não é mais o mesmo existem diversas concepções, não se trabalha com
sequência didática na educação infantil e as atividades permanentes foram
ressignificadas. Falar de contextos de aprendizagem ou contextos educativos já traz esse
novo olhar de que não há um momento especifico e único para aprender e sim a escola
toda precisa ser este contexto rico em possibilidades de pesquisa, descoberta, invenção,
materialidades, natureza, desafios motores, acolhimento, relações respeitosas, ambientes
provocativos, múltiplas linguagens etc.
É ainda no cotidiano que o currículo emergente se faz presente, onde a vida é conteúdo.
A repetição de algumas situações gera previsibilidade, antecipação, intimidade e
apropriação da vida cotidiana com abertura para o inusitado e o encantamento.
Quando penso em como qualificar minhas práticas e fazer uma curadoria potente, me
oriento pelos princípios éticos, estéticos e políticos das Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Infantil para pensar os espaços, os materiais, os tempos e as
relações.
Ainda existem muitos aspectos para pensar e aprofundar, mas acredito que não há uma
regra única como: deve ser em pequenos grupos, deve ter mais de um contexto...isso vai
depender da realidade de cada instituição. Dê seu melhor, dentro das suas
possibilidades, estude, registre, reflita, troque, busque parcerias (mesmo que fora da
instituição) construa seu percurso com as crianças.
Desse modo, tudo o que a criança julgar digno de atenção será motivo de interesse e
investigação. Este processo é subjetivo. Cada criança se empenhará, à sua maneira, a
desenvolver e testar os conceitos que elabora, porém, à medida que compartilha suas
pesquisas e seus achados com os outros, escuta outras ideias ou é confrontada com
novos modos de sentir, pensar e agir, notará uma diversidade, atualizando seu desejo
de indagar o mundo, de aprender em relação.
A cada dia que passa nossas crianças tem ficado mais tempo em unidades de ensino. O que os
documentos norteadores da Educação Infantil falam sobre o brincar? De que forma podemos
brincar nesses ambientes? Como o brincar pode favorecer um desenvolvimento integral e
saudável?
Durante o período que exerci o cargo de professora em uma Instituição de Educação Infantil
não compreendia o brincar e nem tinha conhecimento sobre a sua importância no processo do
desenvolvimento infantil. Aplicava as brincadeiras como forma de passar o tempo quando não
tinha outra atividade programada. Eu enxergava a brincadeira como um prêmio para o bom
comportamento e como um momento para entreter as crianças enquanto eu realizava outras
tarefas como, relatórios e organizava outras coisas na sala. Com o tempo fui chamada para
compor a equipe gestora nessa mesma instituição. Então vi a necessidade de me aprofundar
em alguns temas . O brincar foi um deles, minha concepção sobre o brincar mudou e comecei
a ter um novo olhar para o brincar na Educação Infantil. Comecei a observar mais as
professoras e pude concluir que as brincadeiras e o ato de brincar estava inserido nesse
ambiente, mas não da forma que deveria estar.
O brincar era para o momento de distração ou somente liberado na hora do parque, faltava
tempo, espaço e materiais para a promoção do brincar. Gerando ansiedade e agitação nas
crianças. Reuniões e cursos realizados na Diretoria de Ensino me auxiliaram muito.
Documentos norteadores foram criados e outros incluíram o brincar , trazendo base para uma
Educação Infantil voltada para a criança e o brincar.
Mesmo com tantas pesquisas e estudiosos que falam sobre o brincar e nos traz riquíssimas
aprendizagens ,ainda falta muito para que as escolas ofereçam um brincar de qualidade para
as nossas crianças. O Referencial Curricular para a Educação Infantil entende a brincadeira
como uma linguagem infantil. Na brincadeira as crianças assumem papeis e ressignificam
experiências vividas no seu cotidiano.
No ato de brincar os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa
daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que
lhe deram origem (RCNEI 1988, pág 27)
A Base Nacional Comum Curricular coloca o brincar como um dos seis direitos de
aprendizagem e desenvolvimento. Todos esses documentos compreendem que o brincar deve
fazer parte da vida das crianças dento das Unidades de Ensino. Estabelecendo assim condições
para um desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social.
Em quais espaços e durante quanto tempo os bebês e crianças brincam? Em todos os espaços
e com o que eles contêm. Por isso é importante oferecer às crianças ocasiões para explorar e
experimenta diferentes possibilidades e modos de interpretar os espaços, os mobiliários e os
materiais. (2019,pág 97)
Sendo assim, o ambiente escolar pode oferecer as crianças diversas experiências e diferentes
tipos de brincar/brincadeira. Temos brincadeiras de movimento, tradicionais, as que envolvem
fala, faz de conta e as que envolvem papéis sociais.
Conclusão
Levando-se em conta o que foi mencionado, entendemos que o brincar/brincadeira é citado
nos documentos norteadores para a Educação Infantil e é compreendido como direito da
criança e deve ser praticado em todos os ambientes das Unidades. Mas compreendemos que a
escola deve se esforçar para que o brincar seja praticado e entendido por todos como
fundamental para a vida das crianças. O brincar também é necessário entre
pais ,filhos ,familiares, enfim, todos devem brincar. Para tanto não basta só compreender os
benefícios, é preciso tempo, espaço e materiais que vão auxiliar num brincar de qualidade. É
necessário que essas unidades estimulem e dê acesso as brincadeiras, pois elas oferecem o
desenvolvimento integral da criança.
Bibliografia
São Paulo. Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da Cidade:
Educação Infantil. São Paulo: SME / COPED, 2019.
https://sescrn.com.br/educacionais/contexto-investigativo/
CARTA DE INTENÇÕES:
CARTA DE INTENÇÕES: O QUE É, COMO ELABORAR E QUAIS CONTEÚDOS SÃO
ESSENCIAIS: https://www.youtube.com/watch?v=0Jbk7vUD6V8
ALIMENTAÇÃO:
ORIENTAÇÃO NORMATIVA DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA
EDUCAÇÃO INFANTIL: https://www.youtube.com/watch?v=P2tri_bNwZQ
ANTIRRACISTA:
https://novaescola.org.br/conteudo/21778/como-levar-a-educacao-
antirracista-para-a-educacao-infantil
https://www.unicef.org/brazil/pia - PRIMEIRA INFANCIA ANTIRRACISTA
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