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CAMPO GRANDE/MS
2020
LUANNA MARYS ALVES DA SILVA
PEDAGOGIA
O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O LÚDICO COMO
ESTRATÉGIA EDUCATIVA
CAMPO GRANDE/MS
2020
SUMÁRIO
Introdução..................................................................................... 03
Referências...................................................................................... 14
INTRODUÇÃO
1.1-Concepção de infância.
Ate meados do século XVI, a ideia de infância basicamente não existia. Não existia
entendimento ao que se refere ao período que caracterizava a infância, pois muitos a
caracterizavam como o período que vai do nascimento dos dentes até os sete anos de idade.A
partir dessa idade as crianças eram tratadas como miniadultos, adquirindo e participando dos
hábitos corriqueiros dos adultos, se vestindo como gente grande, trabalhando para ajudar os
adultos com o que pudessem fazer, como, por exemplo,pequenos artesanatos, atividades de
caça dentre outras, de forma que se pulavam inúmeras etapas do desenvolvimento das quais
conhecemos atualmente. Assim por séculos a criança foi vista como um ser sem papel
fundamental dentro do seio familiar; No entanto hoje ela é considerada e assistida em todas as
suas especificidades.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) apresenta a
criança como um ser um único que possui identidade própria. A criança é detentora de desejos
sentimentos, curiosidades o que a torna protagonista de cada ação que realiza ao longo de seu
crescimento. Desse modo, vemos a criança como um ser atuante e detentor de uma cultura,
um jeito próprio e peculiar de ser. Diante disso a prática educativa deve buscar compreender
um ensino que se aproxime desse sujeito, em que valoriza-se os aspectos da infância sobre
uma perspectiva de reconhecer a criança como produtora de conhecimento e não como aquela
que recebe um conhecimento organizado segundo a perspectiva do adulto
.
A criança enquanto produtora de seu conhecimento, não recebe as informações
exatamente do jeito que são transmitidas a ela. Para que se possa realizar a construção do
conhecimento a criança desenvolve processo de ressignificação que fazem das ações dos
adultos, tornando assim sujeitos que criam seu modo e sua forma de entender e compreender
aspectos do mundo, sujeitos construtores de uma cultura própria. Assim,de acordo com
Almeida (2012, p. 33), “dentre as inúmeras possibilidades de produzir cultura, um dos meios
mais presentes na vida da criança é o brincar. É brincando que a criança recria o que entende
do mundo e transforma em cultura lúdica”. Complementa as Diretrizes Curriculares para a
Educação Infantil:
A criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que se
desenvolve nas interações, relações e práticas cotidianas a ela disponibilizadas e por
ela estabelecidas com adultos e crianças de diferentes idades nos grupos e contextos
culturais nos quais se insere. Nessas condições ela faz amizades, brinca com água ou
terra, faz-de-conta, deseja, aprende, observa, conversa, experimenta, questiona,
constrói sentidos sobre o mundo e sua identidade pessoal e coletiva, produzindo
cultura. (BRASIL, 2009, p.06)
Essa concepção traz a criança como um sujeito que esta em pleno processo de
desenvolvimento, um ser capaz de protagonizar suas ações e produzir e reproduzir significados a
partir delas. Portanto, uma escola em sua proposta pedagógica deve contemplar a criança
enquanto indivíduo participante do seu processo de aprendizagem. Assim, a escola visa formar o
seu aluno como um indivíduo ativo, reflexivo e autônomo nas suas práticas cotidianas.
1.2- O brincar
O desenvolvimento da criança na educação infantil e seu aprendizado por meio do jogo,
da brincadeira e do brinquedo ocorrem quando o aluno participa ativamente da construção de sua
aprendizagem, seja por meio da discussão das regras do jogo ou da encenação de algo atrelado a
realidade. É de grande importância que os educadores proponham desafios e incentivem a
participação coletiva infantil nessas atividades.
A brincadeira, bem como os jogos tradicionais ou e tabuleiro, sob essa ótica pedagógica
voltada ao planejamento das ações do professor funciona como um desafio, tanto que a
competitividade - em geral, presente nos jogos – torna-se um aspecto que venha a atrair os alunos
nessa idade. O professor, assim, pode aliar seus objetivos pedagógicos aos desejos dos alunos por
meio de jogos, leituras expressão corporal bem como outras ações, utilizando-os em suas
atividades diárias, proporcionando um ambiente prazeroso, de modo que o lúdico seja uma
ferramenta presente e torne a aprendizagem assim mais significativa.
Segundo o Ministério da Educação (2004), a LDB estabelece no art.2º que a criança desde
pequena possui seu ritmo e modo diferente de aprender – ler, escrever, brincar, falar. Sendo
assim, uma educação voltada para estes aspectos, precisa ser pensada de modo que o foco seja
direcionado a essas características:
Nesse sentido quando a criança entra na escola, tudo é novo para ela. Pensando nessa
novidade é de suma importância que ela sinta-se acolhida, respeitada, de modo que vê a escola
como um ambiente agradável, prazeroso, ate mesmo uma extensão do seu lar onde se possa
brincar, expressar-se, relacionar-se.
As crianças já muito antes da sua inserção no ambiente escolar aprendem na vivência com
seu meio. Assim o educador tem a função primordial de realizar uma proposta pedagógica
articulada com a cultura, o meio ambiente, a linguagem atreladas as vivências características dos
alunos a que atende. Isso deve acontecer de modo prazeroso e o mais lúdico possível.
CAPÍTULO II
A criança pequena e sua relação com a brincadeira.
moral (p.19-20).
Os autores acima ressaltam que: [...] “Ela assimila o mundo objetivo como um mundo
de objetos humanos reproduzindo ações humanas com eles” (2001, p.59). Nesse sentido a
criança vai apropriando os objetos que pertencem aos adultos com os quais convive e vai se
reinventando a cada brincadeira. Assim ao relaciona-se com outros indivíduos a possibilidade
da criança de se desenvolver aumenta, pois por meio dessa interação ela vai se sentir amparada
diante daquela situação vivenciada dia a dia assimilando e incorporando novos conhecimentos
a sua formação.
O que hoje se realiza com a assistência, ou com o auxílio de uma pessoa mais
especializada no domínio em jogo, no futuro se realizará com autonomia sem
necessidade de dita autonomia. Esta autonomia no desempenho se obtém, um tanto
paradoxalmente como produto da assistência ou auxílio, o que forma uma relação
dinâmica entre aprendizagem e desenvolvimento (p.97).
Assim pode-se contemplar que é fato e de extrema necessidade essa assistência que o
adulto, tanto família quanto escola, precisa estar disposta a oferecer para a criança, para que a
mesma possa desenvolver de forma ampla.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS