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FUNDAMENTOS DA LUDOPEDAGOGIA

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Sumário

NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3

Definindo Ludopedagogia ........................................................................ 4

Descobrimento e Construção do Conceito de Criança e Infância; ........... 9

A Criança x Infância ............................................................................... 13

A Criança E A Cultura Lúdica ................................................................ 17

Ludicidade na educação infantil: a brincadeira como fonte de interesse e


aprendizagem................................................................................................... 20

O lúdico na formação do educador ........................................................ 29

O lúdico no processo do desenvolvimento da criança ........................... 31

O desenvolvimento cognitivo infantil através do lúdico .......................... 34

CONCLUSÃO ........................................................................................ 36

REFERÊNCIA ........................................................................................ 37

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

O lúdico é um das expressões humanas que mais fascina e permanece


em diferentes contextos de uma geração a outra. Na história da humanidade, o
lúdico é evidenciado em culturas e ambientes variados. Talvez em nossa história
dessa ludicidade.

A Ludopedagogia é uma tendência que busca nas atividades lúdicas uma

forma de planejar atividades escolares que motivem os alunos para a construção

do conhecimento. O que ocorre é o que o uso do lúdico na escola ora tem sido

empregado como recreação simplesmente, ora como uma técnica pedagógica.

Atualmente, não há mais dúvidas de que o lúdico deve ser incorporado à

educação como algo que pode desencadear um processo permanente de


educar. Portanto, o foco principal do nosso estudo está centrado em conhecer
os fundamentos da Ludopedagogia.

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Definindo Ludopedagogia

A introdução do lúdico na vida escolar do educando é uma maneira muito


eficaz de perpassar pelo universo infantil para imprimir-lhe o universo adulto,
nossos conhecimentos e principalmente a forma de interagirmos. A atividade
lúdica é muito importante para o desenvolvimento sensóriomotor e cognitivo,
desta forma, torna-se uma maneira inconsciente de se aprender, de forma
prazerosa e eficaz.

A finalidade é enfatizar a importância dos educadores terem em mente os


objetivos e os fins da brincadeira desenvolvida, sua utilização lúdica, cognitiva,
sócio-cultural, e mais, precisam saber observar as condutas dos educandos para
então diagnosticar, avaliar e elaborar estratégias de trabalho; identificando,
desta forma, as dificuldades e os avanços dos educandos. Este estudo está
fundamentado em Lev Vygotsky e Jean Piaget, pois, embora estes estudiosos
tenham concepções diferentes de desenvolvimento, cada qual em conformidade

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com a sua concepção trata da importância do brinquedo no desenvolvimento
infantil.

Fröebel foi o primeiro educador que justificou o uso do brincar no processo


educativo. Ele tinha uma visão pedagógica do ato de brincar. O brincar, pelo ato
de brincar desenvolve os aspectos físico, moral e cognitivo, entre outros, mas o
estudioso defende, também, a necessidade da orientação do adulto para que
esse desenvolvimento ocorra. Como metodologia, primeiramente, buscamos
suporte teórico para, em seguida, observar e aplicar algumas atividades lúdicas
com a finalidade de analisar na prática o desempenho dos educandos.
Ressaltamos, ainda, que na brincadeira as crianças aprendem a refletir e
experimentam situações novas ou mesmo do seu cotidiano, e a ação de brincar
está ligada ao preenchimento das necessidades da criança e nestas está incluso
tudo aquilo que é motivo para ação. É muito importante procurar entender as
necessidades da criança, bem como os incentivos que a colocam em ação para,
então, entendermos a lógica de seu desenvolvimento.

Ao lidar com os objetos existentes na brincadeira e nos jogos a criança


pode lidar com o significado das palavras por meio do próprio objeto concreto, e
por esta ação de brincar a criança embora não possua linguagem gramatical,
consegue internalizar a definição funcional de objetos, e a criança passa a
relacionar as palavras com algo concreto. O ato de brincar estimula o uso da
memória que ao entrar em ação se amplia e organiza o material a ser lembrado,
tudo isto está relacionado com aparecimento gradativos dos processos da
linguagem que ao reorganizarem a vivência emocional e eleva a criança a um
novo nível de processos psíquicos. Conclui-se então que a ação de brincar (o
lúdico) é um fator importante para o desenvolvimento humano, sendo que ele a
partir da situação imaginária introduz gradativamente entre outras coisas a
criança a um mundo social, cheio de regras. Portanto, surgem transformações
internas no desenvolvimento da criança em conseqüência do brinquedo, cujo
fundamento é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o
campo da percepção visual, ou seja, entre as situações do pensamento e as
reais.

O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao


desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem

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organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um
tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através
de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar
não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas
demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o
que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a
escrita de letras assim como Vygotsky (1987), em sua psicologia de
aprendizagem.

Os benefícios e os estágios do lúdico para o desenvolvimento infantil, as


brincadeiras, para a criança, constituem atividades primárias que trazem
grandes benefícios do ponto de vista físico, intelectual e social. Como benefício
físico, o lúdico satisfaz as necessidades de crescimento e de competitividade da
criança. Os jogos lúdicos devem ser a base fundamental dos exercícios físicos
impostos às crianças pelo menos durante o período escolar. Como benefício
intelectual, o brinquedo contribui para desinibir, produzindo uma excitação
mental e altamente fortificante. Illich (1976), afirma que os jogos podem ser a
única maneira de penetrar os sistemas informais. Suas palavras confirmam o
que muitas professoras de primeira série comprovam diariamente, ou seja, a
criança só se mostra por inteira através das brincadeiras. Como benefício social,
a criança, através do lúdico representa situações que simbolizam uma realidade
que ainda não pode alcançar; através dos jogos simbólicos se explica o real e o
eu.

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A brincadeira não é uma atividade inata, mas sim uma atividade social e
humana e que supõe contextos sociais, a partir dos quais as crianças recriam a
realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios. É uma atividade
social aprendida através das interações humanas. É o adulto ou as crianças mais
velhas que ensinam o bebê a brincar, interagindo e atribuindo significado aos
objetos e às ações, introduzindo a criança no mundo da brincadeira, nessa
perspectiva, os educadores e auxiliares cumprem um papel fundamental nas
instituições quando interagem com as crianças através de ações lúdicas ou se
comunicam através de uma linguagem simbólica, estando disponíveis para
brincar.

Além das interações, a oferta o uso e exploração dos brinquedos também


contribuem nessa aprendizagem da brincadeira, deve-se considerar o brinquedo
como um elemento da brincadeira, pois contribui para a atribuição de
significados. Tem um importante valor simbólico e expressivo. O brinquedo é um
importante abjeto cultural produzido pelos adultos para as crianças e que ganha
ou produz significados no processo da brincadeira, pela imagem que a realidade
representa e transmite.

A brincadeira como atividade social específica é vivida pelas crianças


tendo por base um sistema de comunicação e interpretação do real, que vai
sendo negociado pelo grupo de crianças que estão brincando. Mesmo sendo
uma situação imaginária, a brincadeira não pode dissociar suas regras da
realidade. As unidades fundamentais da brincadeira, que permite que ela
aconteça, é o papel assumido pelas crianças. O papel revela sua natureza social,
bem como possibilita o desenvolvimento das regras e da imaginação.

A relação entre a imaginação e os papéis assumidos são muito


importantes para o ato de brincar, pois ao mesmo tempo em que a criança é livre
na sua imaginação, ela tem que obedecer às regras sociais do papel assumido.
A brincadeira é então, uma atividade sócio-cultural, pois ela se origina nos
valores e hábitos de um determinado grupo social, onde as crianças têm a
liberdade de escolher com o quê e como elas querem brincar. Para brincar as
crianças utilizam-se da imitação de situações conhecidas, de processos
imaginativos e da estruturação de regras. Por exemplo, brincar de boneca
representa uma situação que ainda vai viver desenvolvendo um instinto natural.

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Como benefício didático, as brincadeiras transformam conteúdos maçantes em
atividades interessantes, revelando certas facilidades através da aplicação do
lúdico. Outra questão importante é a disciplinar, quando há interesse pelo que
está sendo apresentado e faz com que automaticamente a disciplina aconteça.

Concluindo, os benefícios didáticos do lúdico são procedimentos didáticos


altamente importantes; mais que um passatempo; é o meio indispensável para
promover a aprendizagem disciplinar, o trabalho do aluno e incutir-lhe
comportamentos básicos, necessários à formação de sua personalidade.
Estudar as relações entre as atividades lúdicas e o desenvolvimento humano é
uma tarefa complexa, e para facilitar o estudo classificou-se o desenvolvimento
em três fases distintas: aspectos psicomotores, aspectos cognitivos e aspectos
afetivo-sociais. Nos aspectos psicomotores encontram-se várias habilidades
musculares e motoras, de manipulação de objetos, escrita e aspectos sensoriais.

Os aspectos cognitivos dependem, como os demais, de aprendizagem e


maturação que podem variar desde simples lembranças de aprendido até
mesmo formular e combinar idéias, propor soluções e delimitar problemas. Já os
aspectos afetivo-sociais incluem sentimentos e emoções, atitudes de aceitação
e rejeição de aproximação ou de afastamento.

O fato é que esses três aspectos interdependem uns do outros, ou seja,


a criança necessita dos três para tornar-se um indivíduo completo. Ainda com
respeito às categorias psicomotoras, cognitivas e afetivas, assim como a
seriação dos brinquedos, deve-se levar em conta cinco pontos básicos:
integração entre o jogo e o jogador, deixando-o aberto para o mundo para
transformá-lo à sua maneira; o próprio corpo humano é o primeiro jogo das
crianças; nos jogo de imitação, a imagem ou modelo a ser seguido é importante;
os jogos de aquisição começam desde cedo e para cada idade existem alguns
mais apropriados; os jogos de fabricação ajudam na criatividade, no sentimento
de segurança e poder sobre o meio.

A ludopedagogia nos oferece a magia de ensinar, aprender brincando,


diferente das aulas perturbadoras afastam o aluno do conhecimento, e, como em
muitos casos, o abandono escolar, por meio da ludopedagogia podemos
oferecer ao aluno uma proximidade da realidade qual está inserida.

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Todos devem aprender de forma que seja prazeroso, que não sejam
reprimidos, ou estancados no processo ensino/ aprendizagem, não precisamos
encarar a ludopedagogia como uma arte de brincar, limitados entre brincadeiras
e brinquedos, mas, em uma arte de ensinar, diferenciando do tradicionalista das
aulas expositivas, monótonas e improdutivas. O aluno deve ser estimulado com
a criatividade do educador assumindo sua natureza de mediador do
conhecimento, oferecendo pontes novas a seu educando.

Descobrimento e Construção do Conceito de


Criança e Infância;

 O CONCEITO DE INFÂNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA


OCIDENTAL

Retrato dos acontecimentos mais preciosos e importantes da história, que


foi o desenvolvimento do conceito e visão sobre a infância, onde crianças
pararam de ser vistas e tratadas pela sociedade como adultos em miniaturas e
ganharam um olhar individualizado e voltado exclusivamente para elas.

Idade média

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Na idade média a criança era vista como um adulto em miniatura,
trabalhavam nos mesmos locais, usavam as mesmas roupas. “A criança era,
portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as
outras características permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981, p.14). Por essa visão,
foi um período onde a infância era caracterizada pela inexperiência, dependência
e incapacidade pois não tinha as mesmas compreensões que um adulto. Por
não haver distinções entre adulto e criança, cabia a elas aprender as tarefas do
dia a dia, a trabalhar, ajudar os mais velhos nos serviços, e a passagem que
tinham por sua família era muito breve, pouco depois que se passava o período
de amamentação a criança já passava a fazer companhia aos adultos para que
aprendesse a servir e trabalhar, eram criadas por outras famílias para que nesse
novo ambiente aprendessem um oficio.

Renascimento

É no decorrer do século XVII que se da os primeiros passos para a


separação do adulto e da criança, por meio da escolarização. Antes, por não
haver a distinção entre idades, todos aprendiam da mesma maneira e sobre as
mesmas temáticas. No fim deste século que pode-se notar as primeiras
mudanças do conceito de infância. Um dos maiores contribuintes para tal
mudança foi a igreja, que teve um papel fundamental ao associar a imagem das
crianças com a de anjos, que refletiam inocência e pureza, sendo assim, Deus
as favoreciam devido a sua singeleza e suavidade, que se aproxima da
impecabilidade, impondo uma necessidade de amar as crianças e tornando a
educação obrigatória, contrariando a indiferença existente a tanto tempo. A partir
daí, a iconografia começou a ser demonstrada na figura de crianças-anjos,
estabelecendo uma religião para as crianças (ARIÈS, 1981, p.14). O fim deste
século foi considerado o marco na evolução dos sentimentos em relação a
infância, onde começaram realmente falar na fragilidade da criança, nas suas
peculiaridades e a se preocupar com a formação moral e construção da mesma.

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Nascimento da concepção de infância

Então, a partir do século XVIII, as crianças começaram a ser reconhecidas


em suas particularidades, começaram a possuir um quarto único, alimentação
considerada específica e adequada, começaram a ocupar um espaço maior no
meio social. Ali nascia a concepção de infância. Antes, como se viu, a infância
era considerada um período sem valor. Agora a família começa a dar ênfase ao
sentimento que tem em relação à criança. Considera-se uma revolução este
novo sentimento dirigido à criança. Ela começa a ser importante, apreciada por
sua família e a infância é reconhecida como uma época da vida merecedora de
orientação e educação.

Vemos que, enquanto na idade média a criança era sem valor e suas
responsabilidades eram trabalhar e chegar o mais rápido possível na fase adulta,
no Renascimento se da o início do processo de escolarização infantil.

A infância nos dias de hoje

Com o passar dos anos os direitos das crianças foram sendo cada vez
mais fortes, embora por muitas vezes funcione só no papel, já pode ser
considerado um grande avanço. Na visão de muitos autores a criação do
Conselho da Criança e do Adolescente é vista como um marco no diz respeito
ao reconhecimento e valorização da infância por parte das políticas públicas.
Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), os principais direitos
das crianças são:

 Ter uma educação de boa qualidade;

 Ter acesso à cultura e aos meios de comunicação e informação;

 Poder brincar com outras crianças da mesma idade;

 Não ser obrigado a trabalhar como adulto;

 Ter uma boa alimentação que dê ao organismo todos os nutrientes que


precisam para crescer com saúde e energia;

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 Receber assistência médica gratuita nos hospitais públicos sempre que
precisarem de atendimento;

 Ser livre para ir e vir, conviver em sociedade e expressar ideias e


sentimentos;

 Ter a proteção de uma família seja ela natural ou adotiva, ou de um lar


oferecido pelo Estado se, por infelicidade, perderem os pais e parentes
mais próximos;

 Não sofrer agressões físicas ou psicológicas por parte daqueles que são
encarregados da proteção e educação ou de qualquer outro adulto;

 Ser beneficiada por direitos, sem nenhuma discriminação por raça, cor,
sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou riqueza e toda
criança do mundo deve ter seus direitos respeitados;

 Ter desde o dia em que nasce um nome e uma nacionalidade, ou seja,


ser cidadão de um país;

Cabe aos pais e educadores lutarem para que tudo isso não fique apenas
no papel. Lutar para conquistar os mesmos direitos a todas as crianças,
independente de sua classe social. Após uma análise sobre tantos períodos
tristes que a infância enfrentou, que possamos fazer uma avaliação sobre nossos
conceitos de infância.

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A Criança x Infância

Movimentos a favor da criança tomaram impulso de algumas décadas


para cá. O reconhecimento do direito à vivência infantil expressou-se através de
grandes movimentos, do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e de
outros aparatos legais.

Tomou-se DE REPENTE o conhecimento de que a criança tem direitos,


acima da diversidade de cultura. Ela tem direito à higiene, à escola, ao lazer, à
saúde.

Há séculos passados, as crianças eram educadas como cópia


comportamental dos adultos em vestuário, gestos, fala. Hoje, com a
modernidade, a correria de pais e mães também se torna um impedimento para
que a criança viva a infância.

A urbanização, seja em comunidades mais simples ou não, reduz o


espaço, ou melhor, a liberdade espacial da criança. Veículos, máquinas,
oprimem a construção espacial e aglomeram-se na “Cidade dos Compromissos
Urgentes”.

Muitos são os fatores sociais os quais constam como impedimento para a


vivência de uma infância saudável em sociedade no tocante à criança e à sua
família:

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1) Mães com trabalho full time;

2) Falta de emprego;

3)Miséria;
4)Mínimas condições sociais;

A criança viver em constante adultice. Ela está sempre confinada nos


ambientes dos adultos. Ela é repudiada se não cumpre com as regras que não
fazem parte do seu mundo. É um ser privado de vivência. Estão dependentes da
tirania dos adultos.

Atualmente, muitos são os espaços construídos para as crianças em


sociedade: áreas de recreação, publicações infantis, móveis em tamanhos
adequados. Radicalmente, o trato infantil migrou de polo. De regras adultas ela
passou a viver em plena era de crianças afáveis e dóceis. A criança considerada
meiga, calma, disciplinada é a criança inserida em um contexto social infantil.

Qual seria, então, o problema de inclusão social da infância?


Muitas continuam não tendo constante acesso ao Maravilhoso Mundo Infantil.
Mudou-se a forma de tratá-la. E por mais iniciativas que apareçam a favor dos
menores, os excluídos não são abraçados em anos de história de exclusão.
Montessori (1980, p. 10):

[...] Todas as iniciativas esporádicas, nascidas sem ligações recíprocas, são


provas evidentes de que nenhuma delas tem importância construtiva: constituem
apenas comprovação do nascimento ao nosso redor de um impulso real e
universal no sentido de uma grande reforma social. [...]

A criança deve ter o seu mundo independente do mundo do adulto e, entre


ambos, relações serem construídas de troca CONSTRUTIVA.

O objetivo, além de zelar pelos direitos infantis e zelar como um todo pela
INFÂNCIA, Montessori é muito clara nesse ponto. O desenvolvimento infantil
como um todo deve ser o foco dessas relações construtivas.

[...] A criança não é um estranho que o adulto possa considerar apenas

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exteriormente, com critérios e objetivos. A infância constitui o elemento mais
importante da vida do adulto: o elemento construtor. (1980, p. 10)

No limiar da história a criança foi alvo de questões absolutistas. O bem e


o mal, por exemplo. Ela foi educada pelo certo e pelo errado. Jamais com
intenções de relativizar.

 Concepção de Infância

Para entender como se deu o processo do desenvolvimento da


concepção de infância, é importante analisar as diferentes mudanças e destacar
que a visão que se tem de criança hoje é algo que foi historicamente construído
ao longo dos anos.

Dessa maneira, é possível observar os contrastes em relação ao


sentimento de infância presente em determinados momentos da história.
Algumas atitudes que hoje parecem um absurdo, como o tratamento indiferente
à criança pequena, há alguns séculos atrás era considerado como algo normal.

Por mais estranho que pareça, a sociedade nem sempre viu a criança
como um ser especial e único, dotado de particularidades e cuidados especiais.
Por muito tempo a tratou como um adulto em miniatura.

Philippe Ariès, um grande historiador francês, problematizou o conceito


de infância e fez uma análise de três períodos distintos (que vai do século XIII
ao século XVIII e do século XVIII à atualidade). Ele afirma que não havia
distinção entre o mundo adulto e o infantil, as crianças viviam em meio ao
universo dos adultos. Falavam e se vestiam como eles, jogavam os seus jogos
e até participavam de suas festas.

Já no segundo período (séc. XVIII) houve uma significativa mudança. A


sociedade passou a separar as crianças dos adultos e então surgem as primeiras
instituições escolares. Por fim, no terceiro período (atualidade), a criança já
começa a ocupar o seu verdadeiro espaço e acontece então a consolidação do

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conceito de infância que conhecemos hoje, embora muitos progressos ainda
estivessem por acontecer.

As instituições escolares, por muito tempo, organizavam seus espaços e


rotinas diárias embasadas nas ideias assistencialistas, ou seja, a principal
função da escola não era transmitir conhecimentos por meio de informações e
conteúdos didáticos, o principal objetivo era cuidar, especialmente, de crianças
de 0 a 6 anos.

Porém, com as diversas mudanças ocasionadas pelo desenvolvimento


das grandes cidades e as diversas modificações socioculturais, as coisas foram
mudando de figura.

Para modificar essa concepção assistencialista, houve uma mudança


atenuada na educação infantil. Era necessário enxergar e assumir as suas
especificidades e rever quais eram as responsabilidades da sociedade e o real
papel do Estado perante as crianças pequenas.

A educação para as crianças pequenas deve promover a integração entre


os diversos aspectos que as norteiam, como o aspecto físico, emocional,
cognitivo, entre outros.

Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente


e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas,
emocionais e sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e
integrado da criança. Ela deve ter todas as suas dimensões respeitadas.
Segundo Zabalza ao citar Fraboni: a etapa histórica que estamos vivendo,
fortemente marcada pela “transformação” tecnológico-científica e pela mudança
ético-social, cumpre todos os requisitos para tornar efetiva a conquista do salto
na educação da criança, legitimando-a finalmente como figura social, como
sujeito de direitos enquanto sujeito social” (1998:68).

Assim, a concepção da criança como um ser particular, com


características bem diferentes das dos adultos, e contemporaneamente como
portador de direitos enquanto cidadão, é que vai gerar as maiores mudanças na
educação infantil, tornando o atendimento às crianças de 0 a 5 anos ainda mais
específico, exigindo do educador uma postura consciente de como deve ser

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realizado o trabalho com as crianças pequenas, quais as suas necessidades
enquanto criança e enquanto cidadão.

A Criança E A Cultura Lúdica

"Brincar tem de ser divertido e, mais que aprender a perder, é importante


saber que brincar, por si só, é gostoso." (Cyrce Andrade)

No decorrer da história, os primeiros questionamentos sobre o brincar não


estavam relacionados a jogos, brinquedos e brincadeiras, mas focavam a
cultura. Wallon, Piaget e Vygotsky buscavam compreender como os pequenos
se relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Wallon pontuou que a

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diversão deve ter fins em si mesma, possibilitando às crianças o despertar de
capacidades, como a articulação com os colegas, sem preocupações didáticas.

Já Piaget, percebeu que enquanto os pequenos fazem descobertas com


experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de
compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras. Ao ponto que
Vygotsky em suas pesquisas descobriu que a produção de cultura depende de
processos interpessoais, destacando a importância do professor como mediador
e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Esse processo
independe de intervenções que coloquem elementos desafiadores nas
atividades, possibilitando aos pequenos desenvolver essa habilidade. Mas e o
que significa ser criança na época atual? Desde que nasce a criança convive
num meio social voltado para o seu desenvolvimento.

Conforme afirma BROUGÈRE: "A criança está inserida, desde o seu


nascimento, num contexto social e seus comportamentos estão impregnados por
essa imersão inevitável." (2000, p. 54) Esse meio nato à cada criança induzirá a
sua cultura lúdica. É através das relações que ela estabelece desde o seu
nascimento que esta vai se formando.

Atualmente, as influências da mídia, a correria do cotidiano, e as escolas


em geral não favorecem a cultura própria da infância. A falta de espaço
apropriado para as brincadeiras, o excesso de brinquedos automatizados e a
evolução da informática acabam por adultizar cada vez mais cedo os nossos
infantes. Sendo a infância a fase da vida reservada para brincar e estabelecer
relações sociais, todos os atos, sinais, gestos, objetos e espaços possuem um
significado próprio, afinal o brincar reproduz atividades do cotidiano da criança,
tornando-se assim uma espécie de linguagem secreta que devemos respeitar
mesmo não sendo entendida.

Segundo ALVES: "À medida que cresce, sustentado pelas imagens


mentais, que já se formaram, a criança utiliza-se do jogo simbólico para criar
significados para objetos e espaços." ( 2004, p.2) Conforme ocorre o seu
desenvolvimento, a criança torna-se capaz de atribuir novas significações aos
objetos explorados no dia a dia, dessa forma atrás da cortina pode ser sua

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caverna secreta, assim como, seu cachorrinho pode vir a ser seu cavalo numa
batalha.

Estes recursos são frutos do jogo simbólico ou faz-de-conta. Essa


representação simbólica porque o jogo, conforme Piaget, na infância passa por
três fases distintas: primeiramente o jogo do exercício, onde ocorre a prática dos
sentidos, que nos acompanhará por toda a vida nas nossas relações com as
coisas e as pessoas. Segundo, o jogo simbólico, expresso nas brincadeiras e
nas infinitas possibilidades de imaginação, própria a esse período da vida. E em
terceiro, mas não menos importante, ocorre o jogo com regras e objetivos
definidos, além da interação com pessoas e coisas.

Os jogos fazem parte de todas as fases da vida e estão na base do


surgimento e do desenvolvimento da civilização, a ponto de definir a organização
cultural da sociedade. Mesmo fazendo parte da essência do ser humano, a
brincadeira precisa de um contexto social para ocorrer. Sabemos que o brincar
se diferencia conforme a sociedade em que a criança convive. Conforme os
hábitos de sua cultura são fornecidos subsídios pra brincadeiras próprias de
determinado lugar. Facilmente encontramos sociedades que ainda consideram
o brincar como oposição ao trabalho, designando-o como algo fútil e irrelevante.

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BROUGÈRE critica aqueles que consideram o brinquedo uma futilidade:
Se o brinquedo é um objeto menor do ponto de vista das ciências sociais, é um
objeto de profunda riqueza. A sua sombra, a sociedade se mostra duplamente
naquilo que é mais, sobretudo naquilo que se dá a conceber as suas crianças.
Assim sendo, mostra a imagem que faz da infância. O brinquedo é um dos
reveladores de nossa cultura, incorpora nossos conhecimentos sobre a criança
ou, ao menos, as representações largamente difundidas que circulam as
imagens que nossa sociedade é capaz de segregar. (2000, p. 98)

Nesse sentido, o jogo surge como enriquecedor da cultura lúdica, uma vez
que este é uma atividade de 2º grau e pressupõe a ruptura com as significações
da vida cotidiana. O modo de falar específico, os gestos exagerados nas
brincadeiras, as músicas formam o repertório inicial do jogo. A existência ou não
de regras varia conforme a cultura lúdica de cada sociedade e s regras
conhecidas por cada indivíduo são frutos da sua própria cultura lúdica. Quando
carrinhos, panelinhas, bonecas e blocos de construir, entre outros, são objetos
do brincar, as crianças ganham a chance de explorar a realidade, conhecer
valores diferentes dos seus e inventar o próprio universo. Elas constroem
vínculos com esses objetos e estabelecem relações de posse, de abandono e
de perda, refletindo sobre si mesmas e descobrindo como reagir a situações que
vão reproduzir ao longo da vida no convívio social. Em uma etapa mais adiantada
da cultura lúdica, surgem os personagens.

Ludicidade na educação infantil: a brincadeira


como fonte de interesse e aprendizagem

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A criança brinca e através de suas brincadeiras, ela interage e se socializa
com o meio. Podemos dizer que a brincadeira contribui para a formação e
desenvolvimento, contribui para sua linguagem e, por meio dela, permite
construção de sua percepção e sua identidade acerca de várias formas de sua
representação, e de sua própria autonomia, pois a criança que brinca tem em
seu sentimento, suas emoções e com isso usa em forma de aprendizado e
cultura para melhor compreender suas capacidades e potencialidades.

Para a criança, tudo que ela faz é uma interação, são experiências que
vão sendo construídas com o brincar. A criança aprende com suas próprias
brincadeiras, onde o brincar é uma diversão prazerosa.

A brincadeira pode também pode trazer para a realidade o imaginário


criado pela compreensão das vivencias, dos desenhos, do que a criança vê e
interage com o seu meio.

A infância também é a idade do possível, podendo projetar sobre essa


fase a esperança da mudança.

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 O PAPEL DA BRINCADEIRA NA FASE INFANTIL

Por todo o país são inúmeras as brincadeiras apreciadas pelas crianças.


Elas demonstram as características sociáveis e procuram outras crianças com o
intuito de se divertirem. O que mais é valorizado é a participação da criança que
quer brincar. As características da expressividade e senso lúdico das crianças
são bastante trabalhadas e estimuladas.

Através das brincadeiras educativas, as crianças aprendem a respeitar o


próximo e as ideias divergentes das suas, aprendendo assim, como conviver
harmoniosamente em sociedade.

O brincar não é uma qualidade inata da criança. “Brincar não é uma


dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação
social precisa que, como outras, necessita de aprendizagem” (BROUGÉRE,
1998).

Isto é, a criança aprende a brincar e isto se dá desde as primeiras


interações lúdicas entre a mãe e o bebê.

Sabe-se que desde pequena a criança brinca e se diverte com suas


brincadeiras. As brincadeiras, portanto, parte do universo da criança, assim
como o lúdico e o faz de conta.

De acordo com SALOMÃO e MARTINI (2007, p.4), “[...] o lúdico tem sua
origem na palavra latina “ludus” que quer dizer ‘jogos’ e ‘brincar’. Segundo as
autoras”, ”[...] o desenvolvimento do aspecto lúdico facilita ainda a
aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social, cultural e colabora para a boa
saúde mental e física” (SALOMÃO; MARTINI, 2007, p.4). Diante disso pode-se
dizer que a presença do lúdico é fator importante para o indivíduo em seus
diferentes aspectos.

Observa-se ainda que, de acordo com o conceito de lúdico anteriormente


citado, o mesmo remete o termo ao ato de brincar. Com relação ao brincar,
LOPES o define como sendo:

“[...]uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da


identidade e da autonomia. O fato de a criança desde muito cedo poder se
comunicar por meio de gestos, Sons e mais trade, representar determinado

22
papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginação. ” (LOPES,
2006, p.110).

Dessa forma, é possível dizer que a brincadeira contribui ainda para o


desenvolvimento da linguagem da criança e, por meio dela, contribui ainda para
o desenvolvimento da linguagem da criança e, por meio dela, contribui ainda
para lhe permitir construções acerca de várias formas de representação, e,
consequentemente, o desenvolvimento de sua identidade, de sua autonomia.

Assim, o brincar pode ser compreendido como o berço das atividades


intelectuais da criança e por assim o ser, indispensável à prática educativa
(PIAGET, 1988).

Também o brincar pode ser compreendido, ainda como um dos principais


processos da infância em que são construídas as capacidades e as
potencialidades da criança (PEREIRA, 2002).

Contudo, acredita-se que essa valorização do lúdico enquanto


instrumento capaz de construir para o desenvolvimento da criança não deva
apenas limitar-se ás linhas dos projetos pedagógicos, e sim, ser realmente
colocado em prática nas escolas, principalmente na Educação Infantil.

23
 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR

Dentre as causas mais significativas da transformação do brincar no


decorrer do século nas grandes cidades destacam-se:

· Uma significativa redução do espaço físico: com o crescimento das


cidades e a falta de segurança, os espaços lúdicos viram-se seriamente
ameaçados e diminuídos.

· A redução do espaço temporal: dentro da instituição escolar, a


brincadeira foi deixada de lado em detrimento de outras atividades julgadas mais
produtivas. “No contexto família, toma espaço a televisão no cotidiano infantil, ou
por outras atividades diferentes.

· O incremento da indústria de brinquedos colocou no mercado, objetos


muito atraentes transformando as interações sociais, nas quais eles passam a
ter um papel relevante.

24
· A propaganda contribui para o incremento do consumo de brinquedos
industrializados no mundo infantil.

Tais transformações em suas vantagens e desvantagens, não podem ser


negadas.

Deve-se, pois, pensar em como é possível atuar para mudar os aspectos


negativos da realidade lúdica atual; a falta de espaço para brincar, a falta de
tempo enfim, a falta de oportunidades de brincar. A ação fundamental a ser
empreendida é a de resgatar o espaço da brincadeira na vida das crianças.

Pode-se dizer então, que há na escola hoje, uma necessidade de valorizar


o lúdico tanto quanto se valoriza o conhecimento, uma vez que este contribui
para o aprendizado do aluno.

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor


do conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas das
brincadeiras e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade
construtiva da criança. Contudo, acredita-se que essa valorização do lúdico de
grande importância, enquanto instrumento capaz de contribuir para o
desenvolvimento da criança não deva apenas limitar-se às linhas dos projetos
pedagógicos, e sim, ser realmente colocado em prática nas escolas,
principalmente na educação infantil. Todavia, crê-se que essa é uma ação que
depende, entre outras coisas do professor e da maneira como desenvolve a sua
prática pedagógica junto aos seus alunos.

25
 BRINCADEIRAS COM FINALIDADES EDUCACIONAIS E DE
TRANSMISSÃO DE VALORES

A brincadeira estimula a aprendizagem de artes, ciências, matemática,


estudos sociais, linguagens e alfabetização.

No Brasil, podemos destacar a nova LDB (1996), onde pela primeira vez
foi citada a educação infantil, inclusive com Referências Curriculares Nacionais
(RCNEIs), tratando especificamente desse assunto.

Uma distinção produtiva pode ser feita entre a brincadeira educativas e a


brincadeira não-educativa (SPODEK & SARACHO, 1998). A diferença não está
nas atividades e nem no grau de divertimento que as crianças extraem delas,
mas sim, nos objetos atribuídos à brincadeira pelas pessoas responsáveis pelas
atividades das crianças. A brincadeira educativa tem como objetivo primário a
aprendizagem. Ela é divertida para as crianças, pois se não proporcionar
satisfação pessoal, a atividade deixa de ser lúdica.

As brincadeiras educativas, entretanto, servem a um propósito


pedagógico, ao mesmo tempo em que mantém sua função de satisfação
pessoal. Assim, as crianças na área de tarefas domésticas de uma sala de aula,
obtêm satisfação pessoal ao dramatizarem o papel que escolheram, ao
interagirem com pessoas em outros papéis e ao usarem vários objetos de uma
forma inovadora em sua brincadeira.

Seus valores educativos é que ajuda as crianças a explorarem e


entenderem as dimensões dos papéis e os padrões de interações entre eles,
estimulando o seu conhecimento e entendimento futuro do mundo social e
ajudando-as a construírem um autoconceito realista.

À medida que as crianças crescem, os professores geralmente limitam o


tempo dedicado à brincadeira livre na sala de aula, e aumentam o total de
brincadeiras dirigidas e de trabalho.

A brincadeira educativa pode assumir muitas formas. O papel chave dos


professores nela é modificar a brincadeira natural espontânea das crianças para
que ela adquira um valor pedagógico, ao mesmo tempo em que mantém suas
qualidades lúdicas. Os professores também criam brincadeiras educativas

26
menos espontâneas, que são avaliadas não comente de acordo com o grau de
envolvimento das crianças, mas também com sua eficácia em atingir as metas
educativas.

 O BRINCAR E A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Já se apontou a importância do lúdico, principalmente da brincadeira para


o desenvolvimento da criança. Em função das contribuições do brincar para o
desenvolvimento da criança, comentou-se ainda a necessidade de se incluir o
brincar na prática pedagógica cotidiana, principalmente na Educação Infantil.

Acredita-se, porém, que nem todos os professores tenham tido uma


formação que contemplasse a importância do brincar na escola, em vista disso,
nem sempre é dada à brincadeira o valor e a seriedade que a mesma merece.
Porém, com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI)
e os PCNs, observou-se que houve um resgate ao lúdico no contexto da
educação, consistindo-se assim numa importante contribuição para a prática
pedagógica dos professores. No entanto, como afirma FRIEDMANN (2007):

27
“[...] esse movimento não é instantâneo nem está garantido pelo fato de
existir espaço para discussões, reflexões, ou leituras críticas sobre o assunto. É
necessária coragem para assumir que o brincar é primordial no trabalho junto às
crianças de 0 a 6 anos. É imprescindível, também, que essa postura seja
abraçada por toda a equipe escolar (desde o diretor, coordenadores, auxiliares
até os funcionários que prestam serviço dentro da escola), não somente pelo
professor de classe” (FRIEDMANN, 2007, p. 2-3).

A autora evidencia em sua fala a necessidade de que brincar seja uma


prática compreendida, aceitada e praticada não somente pelo professor, mas por
toda a escola. Com isso compreende-se que o brincar deva ser parte do
cotidiano e do contexto escolar como um todo, limitando apenas ao recreio ou a
uma atividade extraclasse.

Fala-se aqui da postura e do comprometimento do professor que,


entendendo o brincar como instrumento propulsor do desenvolvimento da
criança, passa a utiliza-lo como instrumento de ensino aprendizagem. No tocante
a isso, AZEVEDO (2001) diz o seguinte:

“Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor


deverá comtemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades
didático – pedagógicas, possibilitando as manifestações corporais encontrarem
significado pela ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o
mundo (AZEVEDO, 2001, p. 21).

28
O lúdico na formação do educador

Compreende-se que o papel do professor está associado à função de


educar, utilizando-se da conceituação de CONSTANCE KAMII, tem-se que:

“Educar não se limita a passar informações ou mostrar apenas um


caminho, aquele caminho que o professor considera mais correto, mas é ajudar
pessoas a tomar consciência de si mesmas, dos outros e da sociedade. É
aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas
para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for
compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias
diversas que cada um irá encontra – Educar é preparar para a vida. ” (KAMII,
1991, p.125).

Pode-se dizer que a prática docente é um reflexo da formação no


indivíduo. Em vista disso, se acredita que deveriam estar presentes na formação
dos professores de educação infantil disciplinas de caráter lúdico (SANTOS,
1997).

Diante da relevância dada ao lúdico e a brincadeira para o


desenvolvimento da criança, acredita-se que seria de muita valia que os cursos
de licenciatura e da própria pedagogia, pudessem enfatizar mais a importância
do brincar na prática pedagógica cotidiana, forma que o mesmo fizesse parte da
identidade do professor.

Com relação a essa formação lúdica do professor aqui sugerida, SANTOS


esclarece que esta:

29
“Se assenta uns pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da
sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionando aos
futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporais, que se utilizam da
ação, do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora. “
(SANTOS, 1997, p.14).

Assim, acredita-se que o professor não deva partir de um conceito teórico


de lúdico, e de brincar. Mas, ele próprio tinha contato com o brincar, com
experiências lúdicas diversas, para que então, as possa incluir em sua prática
pedagógica.

 A BRINCADEIRA

A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial


com aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no
plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha domínio da
linguagem simbólica.

De qualquer modo, é através do brincar, que a criança aprende a se


preparar para o futuro e para enfrentar direta ou simbolicamente as dificuldades
do presente. Pois, além de ajudar a descarregar o excesso de energias, é
agradável, dá prazer, a criança estimula o desenvolvimento intelectual da
mesma. Por isso, a ato de brincar é muito importante porque, além de estimular
o desenvolvimento motor e intelectual, ensina, sem forçá-la, os hábitos
necessários para o seu crescimento. As crianças têm várias maneiras de brincar,
tanto sozinhas como em grupo. Quando a criança é muito pequena, por exemplo,
seu mundo, de certo modo, é muito restrito.

30
PASSERINO (1996, p. 43), também mostra a preocupação sobre a forma
como as crianças brincam e colocam “que todos os meios de educação deveriam
se informar sobre este aspecto e sobre os objetos que poderiam ajudar na
atividade construtiva da brincadeira”.

CUNHA (1998, p. 9), por sua vez, coloca que “brincando a criança
experimenta, descobre, inventa, exerce e confere suas habilidades”. Acrescenta
ainda que o brincar é um dom natural que contribuirá no futuro para o equilíbrio
do adulto, pois o ato de brincar é imprescindível e indispensável à saúde física,
emocional e intelectual da criança.

O lúdico no processo do desenvolvimento da


criança

Para desenvolverem e participarem ativamente do mundo em que vive,


a criança precisa brincar, pois brincando a criança desenvolve seu senso de
companheirismo, sua auto-expressão , sua auto-estima, sua autoconfiança e
autonomia.

31
Brincando a criança se sente estimulada a experimentar,descobrir ,
criar e aprender. Além disso, brincar é um direito garantido por lei: Capítulo
IV- Do direito à educação, à cultura e ao lazer- Artigo 59, do Estatuto da Criança
e do Adolescente.

As atividades lúdicas contribuem para o desenvolvimento da criança,


pois colabora na sua formação de homem autônomo, na
participação comunitária, em seu desenvolvimento pessoal
e consequentemente no desenvolvimento de uma auto-estima satisfatória.

Quando ( Samples 1990, p. 24 apud Costa, 2004 ) refere-se ao


brinquedo, evidencia tal experiência por parte da criança como sendo
essencial ao seu crescimento físico e psíquico e totalmente desvinculado ao
que os adultos consideram como certo ou errado dentro do processo de
aprendizagem.
Brincando a criança aprende a conviver, a esperar por sua vez,
aceitar regras, independente do resultado, e a lidar com frustrações sem
deixar que isso interfira na sua vida. Além disso a criança desenvolve sua
linguagem, pensamentos,atenção, concentração, conseguindo, assim
uma participação satisfatória da criança na construção do seu conhecimento.
Através de livros de literatura infantil ela conhece diversos personagens,
possibilitando e ampliando sua compreensão sobre as diferentes formas de se
relacionarem com o mundo ao seu redor, identificando seu papel na sociedade
na qual está inserida.

As brincadeiras e jogos fazem a criança crescer, pois proporciona


na maioria das vezes, ou senão em todas as ocasiões, a procura de soluções
e de alternativas para desenvolverem de forma prazerosa o que lhe é proposto.
Estudos psicológicos e educacionais revelam que brincar é fundamental para a
construção do pensamento e para aquisição de conhecimento pela criança,
pois além de contribuir para que ela aprenda a se expressar e a lidar com suas
próprias emoções, a brincadeira contribui para o desenvolvimento da auto-
estima.

As relações cognitivas e afetivas a partir da ludicidade, promovem o


amadurecimento emocional, o desenvolvimento da inteligência e da

32
sensibilidade da criança, garantindo assim que suas potencialidades e
afetividades se harmonizem.

O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que


merece atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um
ser único,com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem
sempre um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia.

Para pode garantir o sucesso do processo ensino-aprendizagem


o professor deve utilizar-se dos mais variados mecanismos de ensino, entre
eles as atividades lúdicas. Tais atividades devem estimular o interesse,
a criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar
e relacionar conteúdos e conceitos.

O professor deve-se limitar apenas a sugerir, estimular e explicar,


sem impor, a sua forma de agir, para que a criança aprenda
descobrindo e compreendendo e não por simples imitação. O es
paço para a realização das atividades, deve ser um ambiente agradável,
e que as crianças possam se sentirem descontraídas e confiantes.

As crianças aprendem com maior eficácia a partir do momento que


elas sentem prazer em aprender. Nesse sentido, espera-
se que os educadores reflitam e reconheçam a importância que
as atividades lúdicas têm em assegurar a eficácia do processo ensino-
aprendizagem.

33
O desenvolvimento cognitivo infantil através do
lúdico

O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o


desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para a saúde mental,
prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização,
comunicação, expressão e construção do conhecimento (SANTOS, 1997, p.12).

Segundo Vygotsky (1991, p.126) é “[…] no brinquedo que a criança


aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa,
dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos
fornecidos pelos objetos externos”.

Para este educador (1991, p.106), o brinquedo atua na resolução da


tensão gerada na criança pela vontade de satisfazer um desejo imediato e a
impossibilidade (física e mental) desta realização: “Para resolver esta tensão, a
criança em idade pré- escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde
os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que
chamamos de brinquedo”.

A imaginação é, segundo o autor, um processo psicológico inteiramente


novo para a criança pré-escolar e que não pode ser encontrado ainda nas
crianças com menos de três anos, ainda incapazes de postergar a realização de
um desejo. Segundo Vygotsky (1991), o que distingue a brincadeira de outras
atividades infantis, é que esta possui regras e imaginação, sejam elas explícitas
ou não. Assim, na brincadeira do faz de conta, própria da idade pré-escolar, a

34
imaginação está explícita e as regras implícitas. Vejamos o exemplo de brincar
de casinha, nesta a criança precisa da imaginação para transformar-se em mãe,
em filhinha ou em papai, mas, ao mesmo tempo, a criança precisa obedecer às
regras inerentes ao papel assumido. Nos jogos, que aparecem na idade escolar,
por outro lado, as regras estão explícitas, mas a imaginação implícita. O jogo de
futebol pode servir para exemplificar o que o autor quer dizer, assim ao iniciar a
partida o jogador submete-se às regras pré-fixadas, mas vai precisar da
imaginação para realizar suas jogadas e ter uma boa atuação no jogo. Vygotsky
(1991) afirma que a importância do brinquedo está no fato deste criar Zonas de
Desenvolvimento Proximal na criança, pois ao brincar ela realiza, mesmo de
forma imaginativa, atividades e funções que muitas vezes estão acima de suas
reais capacidades, mas que são possíveis na situação do brinquedo.

O lúdico torna-se facilitado na prática pedagógica com Portadores de


Necessidades Educativas Especiais (PNEE), pois é algo que ocorre de forma
espontânea, sem imposição, contribuindo em muito na integração da criança e
servindo principalmente como facilitador da aprendizagem, pois permite uma
flexibilidade, conforme a necessidade, despertando o interesse e servindo como
motivador, já que oportuniza a descoberta, do que lhe foi solicitado, em especial
nas abstrações, como cálculos, por exemplo, já que torna a aprendizagem por
meio de brincadeiras, dinâmicas e atividades mais atrativas, significativas e
eficazes

35
CONCLUSÃO

A ludopedagogia é um segmento da pedagogia dedicado a estudar


a influência do elemento lúdico dentro da educação.Se trata de uma forma de
introduzir a criança no mundo por meios da própria linguagem do universo
infantil. É uma maneira quase inconsciente de aprender, de forma prazerosa e
eficaz.

Brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o
mundo a sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente,
no que quer que a criança esteja fazendo. Durante a infância, ela desempenha
um papel fundamental na formação e no desenvolvimento físico, emocional e
intelectual da criança.

Quer que sejam o brincar fisicamente, as brigas e perseguições de faz-


de-conta, ou as brincadeiras de dramatização, que imitam o mundo dos adultos,
quer que seja o brincar com palavras, o certo é que o brincar evoca o mundo
infantil, livre de preocupações para adultos que se sentem esmagados pelas
responsabilidades do dia a dia.

Quanto mais à criança for estimulada melhor será seu desenvolvimento,


mas cuidado, estimular não significa perseguir a perfeição, a estimulação
acontece de forma natural através do carinho, das conversas, do brincar e das
regras. A ludopedagogia, e um dos principais eixos norteadores do processo
ensino-aprendizagem das crianças.

36
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