Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Sumário
LUDOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................. 3
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
Renascimento........................................................................................... 9
A Criança x Infância....................................................................................... 12
A BRINCADEIRA ....................................................................................... 28
O lúdico no processo do desenvolvimento da criança ................................... 29
CONCLUSÃO ................................................................................................ 32
REFERÊNCIA................................................................................................ 34
1
NOSSA HISTÓRIA
2
LUDOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
INTRODUÇÃO
3
Definindo Ludopedagogia
4
com algo concreto. O ato de brincar estimula o uso da memória que ao entrar em
ação se amplia e organiza o material a ser lembrado, tudo isto está relacionado com
aparecimento gradativos dos processos da linguagem que ao reorganizarem a
vivência emocional e eleva a criança a um novo nível de processos psíquicos.
Conclui-se então que a ação de brincar (o lúdico) é um fator importante para o
desenvolvimento humano, sendo que ele a partir da situação imaginária introduz
gradativamente entre outras coisas a criança a um mundo social, cheio de regras.
Portanto, surgem transformações internas no desenvolvimento da criança em
consequência do brinquedo, cujo fundamento é a criação de uma nova relação entre
o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre as situações
do pensamento e as reais.
5
A brincadeira não é uma atividade inata, mas sim uma atividade social e
humana e que supõe contextos sociais, a partir dos quais as crianças recriam a
realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios. É uma atividade
social aprendida através das interações humanas. É o adulto ou as crianças mais
velhas que ensinam o bebê a brincar, interagindo e atribuindo significado aos objetos
e às ações, introduzindo a criança no mundo da brincadeira, nessa perspectiva, os
educadores e auxiliares cumprem um papel fundamental nas instituições quando
interagem com as crianças através de ações lúdicas ou se comunicam através de
uma linguagem simbólica, estando disponíveis para brincar.
6
imaginação, ela tem que obedecer às regras sociais do papel assumido. A brincadeira
é então, uma atividade sociocultural, pois ela se origina nos valores e hábitos de um
determinado grupo social, onde as crianças têm a liberdade de escolher com o quê e
como elas querem brincar. Para brincar as crianças utilizam-se da imitação de
situações conhecidas, de processos imaginativos e da estruturação de regras. Por
exemplo, brincar de boneca representa uma situação que ainda vai viver
desenvolvendo um instinto natural. Como benefício didático, as brincadeiras
transformam conteúdos maçantes em atividades interessantes, revelando certas
facilidades através da aplicação do lúdico. Outra questão importante é a disciplinar,
quando há interesse pelo que está sendo apresentado e faz com que
automaticamente a disciplina aconteça.
7
para cada idade existem alguns mais apropriados; os jogos de fabricação ajudam na
criatividade, no sentimento de segurança e poder sobre o meio.
Todos devem aprender de forma que seja prazeroso, que não sejam
reprimidos, ou estancados no processo ensino/ aprendizagem, não precisamos
encarar a Ludopedagogia como uma arte de brincar, limitados entre brincadeiras e
brinquedos, mas, em uma arte de ensinar, diferenciando do tradicionalista das aulas
expositivas, monótonas e improdutivas. O aluno deve ser estimulado com a
criatividade do educador assumindo sua natureza de mediador do conhecimento,
oferecendo pontes novas a seu educando.
8
ser vistas e tratadas pela sociedade como adultos em miniaturas e ganharam um
olhar individualizado e voltado exclusivamente para elas.
Idade média
Renascimento
9
fim deste século foi considerado o marco na evolução dos sentimentos em relação a
infância, onde começaram realmente falar na fragilidade da criança, nas suas
peculiaridades e a se preocupar com a formação moral e construção da mesma.
Vemos que, enquanto na idade média a criança era sem valor e suas
responsabilidades eram trabalhar e chegar o mais rápido possível na fase adulta, no
Renascimento se dá o início do processo de escolarização infantil.
Com o passar dos anos os direitos das crianças foram sendo cada vez mais
fortes, embora por muitas vezes funcione só no papel, já pode ser considerado um
grande avanço. Na visão de muitos autores a criação do Conselho da Criança e do
Adolescente é vista como um marco no diz respeito ao reconhecimento e valorização
da infância por parte das políticas públicas. Segundo o ECA (Estatuto da Criança e
do Adolescente), os principais direitos das crianças são:
10
Não ser obrigado a trabalhar como adulto;
Ter uma boa alimentação que dê ao organismo todos os nutrientes que
precisam para crescer com saúde e energia;
Receber assistência médica gratuita nos hospitais públicos sempre que
precisarem de atendimento;
Ser livre para ir e vir, conviver em sociedade e expressar ideias e
sentimentos;
Ter a proteção de uma família seja ela natural ou adotiva, ou de um lar
oferecido pelo Estado se, por infelicidade, perderem os pais e parentes
mais próximos;
Não sofrer agressões físicas ou psicológicas por parte daqueles que são
encarregados da proteção e educação ou de qualquer outro adulto;
Ser beneficiada por direitos, sem nenhuma discriminação por raça, cor,
sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou riqueza e toda
criança do mundo deve ter seus direitos respeitados;
Ter desde o dia em que nasce um nome e uma nacionalidade, ou seja,
ser cidadão de um país;
Cabe aos pais e educadores lutarem para que tudo isso não fique apenas no
papel. Lutar para conquistar os mesmos direitos a todas as crianças,
independentemente de sua classe social. Após uma análise sobre tantos períodos
tristes que a infância enfrentou, que possamos fazer uma avaliação sobre nossos
conceitos de infância.
11
A Criança x Infância
12
A criança viver em constante adultice. Ela está sempre confinada nos
ambientes dos adultos. Ela é repudiada se não cumpre com as regras que não fazem
parte do seu mundo. É um ser privado de vivência. Estão dependentes da tirania dos
adultos.
O objetivo, além de zelar pelos direitos infantis e zelar como um todo pela
INFÂNCIA, Montessori é muito clara nesse ponto. O desenvolvimento infantil como
um todo deve ser o foco dessas relações construtivas.
13
Concepção de Infância
Por mais estranho que pareça, a sociedade nem sempre viu a criança como
um ser especial e único, dotado de particularidades e cuidados especiais. Por muito
tempo a tratou como um adulto em miniatura.
14
Para modificar essa concepção assistencialista, houve uma mudança
atenuada na educação infantil. Era necessário enxergar e assumir as suas
especificidades e rever quais eram as responsabilidades da sociedade e o real papel
do Estado perante as crianças pequenas.
15
A Criança E A Cultura Lúdica
"Brincar tem de ser divertido e, mais que aprender a perder, é importante saber
que brincar, por si só, é gostoso." (Cyrce Andrade)
16
Conforme afirma BROUGÈRE: "A criança está inserida, desde o seu
nascimento, num contexto social e seus comportamentos estão impregnados por
essa imersão inevitável." (2000, p. 54) Esse meio nato à cada criança induzirá a sua
cultura lúdica. É através das relações que ela estabelece desde o seu nascimento
que esta vai se formando.
Segundo ALVES: "À medida que cresce, sustentado pelas imagens mentais,
que já se formaram, a criança utiliza-se do jogo simbólico para criar significados para
objetos e espaços." (2004, p.2) Conforme ocorre o seu desenvolvimento, a criança
torna-se capaz de atribuir novas significações aos objetos explorados no dia a dia,
dessa forma atrás da cortina pode ser sua caverna secreta, assim como, seu
cachorrinho pode vir a ser seu cavalo numa batalha.
17
fornecidos subsídios pra brincadeiras próprias de determinado lugar. Facilmente
encontramos sociedades que ainda consideram o brincar como oposição ao trabalho,
designando-o como algo fútil e irrelevante.
Nesse sentido, o jogo surge como enriquecedor da cultura lúdica, uma vez que
este é uma atividade de 2º grau e pressupõe a ruptura com as significações da vida
cotidiana. O modo de falar específico, os gestos exagerados nas brincadeiras, as
músicas formam o repertório inicial do jogo. A existência ou não de regras varia
conforme a cultura lúdica de cada sociedade e s regras conhecidas por cada indivíduo
são frutos da sua própria cultura lúdica. Quando carrinhos, panelinhas, bonecas e
blocos de construir, entre outros, são objetos do brincar, as crianças ganham a
chance de explorar a realidade, conhecer valores diferentes dos seus e inventar o
18
próprio universo. Elas constroem vínculos com esses objetos e estabelecem relações
de posse, de abandono e de perda, refletindo sobre si mesmas e descobrindo como
reagir a situações que vão reproduzir ao longo da vida no convívio social. Em uma
etapa mais adiantada da cultura lúdica, surgem os personagens.
19
Para a criança, tudo que ela faz é uma interação, são experiências que vão
sendo construídas com o brincar. A criança aprende com suas próprias brincadeiras,
onde o brincar é uma diversão prazerosa.
Por todo o país são inúmeras as brincadeiras apreciadas pelas crianças. Elas
demonstram as características sociáveis e procuram outras crianças com o intuito de
se divertirem. O que mais é valorizado é a participação da criança que quer brincar.
As características da expressividade e senso lúdico das crianças são bastante
trabalhadas e estimuladas.
O brincar não é uma qualidade inata da criança. “Brincar não é uma dinâmica
interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social precisa
que, como outras, necessita de aprendizagem” (BROUGÉRE, 1998).
De acordo com SALOMÃO e MARTINI (2007, p.4), “[...] o lúdico tem sua origem
na palavra latina “ludus” que quer dizer ‘jogos’ e ‘brincar’. Segundo as autoras”,” [...]
o desenvolvimento do aspecto lúdico facilita ainda a aprendizagem, o
20
desenvolvimento pessoal, social, cultural e colabora para a boa saúde mental e física”
(SALOMÃO; MARTINI, 2007, p.4). Diante disso pode-se dizer que a presença do
lúdico é fator importante para o indivíduo em seus diferentes aspectos.
21
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
Dentre as causas mais significativas da transformação do brincar no decorrer
do século nas grandes cidades destacam-se:
22
enfim, a falta de oportunidades de brincar. A ação fundamental a ser empreendida é
a de resgatar o espaço da brincadeira na vida das crianças.
No Brasil, podemos destacar a nova LDB (1996), onde pela primeira vez foi
citada a educação infantil, inclusive com Referências Curriculares Nacionais
(RCNEIs), tratando especificamente desse assunto.
23
Uma distinção produtiva pode ser feita entre a brincadeira educativas e a
brincadeira não-educativa (SPODEK & SARACHO, 1998). A diferença não está nas
atividades e nem no grau de divertimento que as crianças extraem delas, mas sim,
nos objetos atribuídos à brincadeira pelas pessoas responsáveis pelas atividades das
crianças. A brincadeira educativa tem como objetivo primário a aprendizagem. Ela é
divertida para as crianças, pois se não proporcionar satisfação pessoal, a atividade
deixa de ser lúdica.
24
Já se apontou a importância do lúdico, principalmente da brincadeira para o
desenvolvimento da criança. Em função das contribuições do brincar para o
desenvolvimento da criança, comentou-se ainda a necessidade de se incluir o brincar
na prática pedagógica cotidiana, principalmente na Educação Infantil.
Acredita-se, porém, que nem todos os professores tenham tido uma formação
que contemplasse a importância do brincar na escola, em vista disso, nem sempre é
dada à brincadeira o valor e a seriedade que a mesma merece. Porém, com o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) e os PCNs,
observou-se que houve um resgate ao lúdico no contexto da educação, consistindo-
se assim numa importante contribuição para a prática pedagógica dos professores.
No entanto, como afirma FRIEDMANN (2007):
“[...] esse movimento não é instantâneo nem está garantido pelo fato de existir
espaço para discussões, reflexões, ou leituras críticas sobre o assunto. É necessária
coragem para assumir que o brincar é primordial no trabalho junto às crianças de 0 a
6 anos. É imprescindível, também, que essa postura seja abraçada por toda a equipe
escolar (desde o diretor, coordenadores, auxiliares até os funcionários que prestam
serviço dentro da escola), não somente pelo professor de classe” (FRIEDMANN,
2007, p. 2-3).
A autora evidencia em sua fala a necessidade de que brincar seja uma prática
compreendida, aceitada e praticada não somente pelo professor, mas por toda a
25
escola. Com isso compreende-se que o brincar deva ser parte do cotidiano e do
contexto escolar como um todo, limitando apenas ao recreio ou a uma atividade
extraclasse.
26
“Educar não se limita a passar informações ou mostrar apenas um caminho,
aquele caminho que o professor considera mais correto, mas é ajudar pessoas a
tomar consciência de si mesmas, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como
pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa
possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores,
sua visão de mundo e com as circunstâncias diversas que cada um irá encontra –
Educar é preparar para a vida.” (KAMII, 1991, p.125).
27
A BRINCADEIRA
CUNHA (1998, p. 9), por sua vez, coloca que “brincando a criança
experimenta, descobre, inventa, exerce e confere suas habilidades”. Acrescenta
ainda que o brincar é um dom natural que contribuirá no futuro para o equilíbrio do
adulto, pois o ato de brincar é imprescindível e indispensável à saúde física,
emocional e intelectual da criança.
28
O lúdico no processo do desenvolvimento da criança
29
deixar que isso interfira na sua vida. Além disso a criança desenvolve sua linguagem,
pensamentos, atenção, concentração, conseguindo, assim uma participação
satisfatória da criança na construção do seu conhecimento. Através de livros de
literatura infantil ela conhece diversos personagens, possibilitando e ampliando sua
compreensão sobre as diferentes formas de se relacionarem com o mundo ao seu
redor, identificando seu papel na sociedade na qual está inserida.
30
As crianças aprendem com maior eficácia a partir do momento que elas sentem
prazerem aprender. Nesse sentido, espera
se que os educadores reflitam e reconheçam a importância que as atividades lúdicas
têm em assegurar a eficácia do processo ensino aprendizagem.
31
é que esta possui regras e imaginação, sejam elas explícitas ou não. Assim, na
brincadeira do faz de conta, própria da idade pré-escolar, a imaginação está explícita
e as regras implícitas. Vejamos o exemplo de brincar de casinha, nesta a criança
precisa da imaginação para transformar-se em mãe, em filhinha ou em papai, mas,
ao mesmo tempo, a criança precisa obedecer às regras inerentes ao papel assumido.
Nos jogos, que aparecem na idade escolar, por outro lado, as regras estão explícitas,
mas a imaginação implícita. O jogo de futebol pode servir para exemplificar o que o
autor quer dizer, assim ao iniciar a partida o jogador submete-se às regras pré-
fixadas, mas vai precisar da imaginação para realizar suas jogadas e ter uma boa
atuação no jogo. Vygotsky (1991) afirma que a importância do brinquedo está no fato
deste criar Zonas de Desenvolvimento Proximal na criança, pois ao brincar ela realiza,
mesmo de forma imaginativa, atividades e funções que muitas vezes estão acima de
suas reais capacidades, mas que são possíveis na situação do brinquedo.
CONCLUSÃO
Brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o
mundo a sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, no
32
que quer que a criança esteja fazendo. Durante a infância, ela desempenha um papel
fundamental na formação e no desenvolvimento físico, emocional e intelectual da
criança.
Quanto mais à criança for estimulada melhor será seu desenvolvimento, mas
cuidado, estimular não significa perseguir a perfeição, a estimulação acontece de
forma natural através do carinho, das conversas, do brincar e das regras. A
Ludopedagogia, e um dos principais eixos norteadores do processo ensino-
aprendizagem das crianças.
33
REFERÊNCIAS
3º EDIÇÃO, 1996.
34
KISHIMOTO, TIZIKO MORCHIDA ET AL. O BRINCAR E SUAS TEORIAS. S ÃO PAULO:
PIONEIRA THOMSON LEARNIRNG, 2002.
35
REICH, W ILHELM. A FUNÇÃO DO ORGASMO . PROBLEMAS ECONÔMICO -SEXUAIS
LOWEN, 1989.
36